quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Cadastro de inadimplentes de SP será regulamentado em 60 dias

InfoMoney

17/01/2008

O governo paulista vai instituir o Cadin (Cadastro Informativo de Créditos não-Quitados de órgãos e entidades estaduais) para reunir em uma única base de dados informações relativas aos inadimplentes de impostos e taxas.A nova lei estadual foi publicada no Diário Oficial, do último dia 12, e aguarda regulamentação, prevista para sair no prazo de 60 dias.

O Cadin Estadual contribuirá para o saneamento dos débitos relacionados aos impostos e, com isso, deve assegurar o ingresso imediato de recursos que serão destinados a programas essenciais, bem como à aceleração dos investimentos. O governo federal e a prefeitura paulistana já contam com seus respectivos cadastros em operação.Exclusão do Cadin em cinco dias úteis.

A inclusão de um inadimplente, pessoa física ou jurídica, se dará 75 dias após a comunicação ao devedor da existência do débito passível de inscrição.O processo de inclusão, no Cadin, somente será feito depois da comunicação ao devedor por escrito, seja via postal ou telegráfica. Por outro lado, a exclusão se dará no prazo de cinco dias úteis após a regularização da situação.

A consulta ao Cadin será obrigatória para os órgãos e entidades do Poder Executivo, toda vez que forem celebrados convênios, acordos, ajustes ou contratos que envolvam o desembolso, a qualquer título, de recursos financeiros, repasses de valores de convênios ou pagamentos referentes a contratos, concessão de auxílios e subvenções, além da concessão de incentivos fiscais e financeiros.

Nova Lei Contábil facilitará exportação

Correio da Bahia / Alan Amaral

17/01/2008

Após sete anos de tramitação no Congresso Nacional, já está em vigor no país a nova Lei Contábil (11.638/07). Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela introduz a contabilidade brasileira nos padrões internacionais, atualizando uma legislação de mais de três décadas de existência. “As regras contábeis, que eram bastante formais, passam agora a ser atualizadas, permitindo, assim, maior agilidade a essas práticas”, destaca o sócio-líder da área de auditoria da Deloitte – uma das maiores organizações mundiais na prestação de serviços de consultoria –, José Roberto Carneiro.

A previsão dos especialistas é que a renovação em curso facilite o acesso das empresas nacionais aos mercados externos, além de aumentar a atração de capitais estrangeiros ao país. Entre as mudanças adotadas, está a obrigatoriedade, por parte das unidades de capital aberto, da divulgação regular de suas demonstrações de fluxo de caixa e outra de valor adicionado. A partir dessa medida, a expectativa é que os investidores passem a conhecer melhor a movimentação de dinheiro nas companhias e a quantidade da riqueza produzida ao longo do ano. “Isso irá permitir, por exemplo, uma maior transparência nas transações financeiras”, afirma Roberto.

A legislação em vigor também obriga as grandes corporações de capital fechado a divulgarem seus balanços. Nesse caso, a exigência irá atingir as organizações com ativos totais superiores a R$240 milhões ou uma receita bruta anual acima de R$300 milhões, que não tenham ações negociadas em bolsa. Já as companhias fechadas com patrimônio líquido inferior a R$2 milhões, na data do balanço, não estão obrigadas à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.

Outro efeito previsto, em virtude da padronização das regras contábeis com o segmento internacional, é a diminuição do chamado custo-Brasil para o investidor estrangeiro, o qual era obrigado a desenvolver departamentos exclusivos para avaliar os balanços das unidades empresarias lotadas no território nacional.

Receita das MPEs paulistas atingem R$ 22 bi em 2007

Rodrigo Postigo

17/01/2008

As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) paulistas registraram R$ 22,7 bilhões de receita em novembro de 2007, um acréscimo de 1,9% em relação ao mesmo período de 2006, já descontada a inflação.

Segundo dados do Sebrae-SP, este foi o décimo mês do ano passado que as MPEs apresentaram expansão no faturamento médio real. A única exceção foi no período de setembro. No acumulado de janeiro a novembro, a taxa de crescimento foi de 3,2% ante o igual período de 2006.

A pesquisa traz que os empreendimentos de pequeno porte do comércio foram os líderes em expansão de receita nos últimos 12 meses, faturando 6,8% a mais do que novembro do ano passado, seguido pela indústria, com 2,2%. Na contramão, as prestadoras de serviços amargaram queda de 8% no faturamento.

Outro índice negativo apontado no estudo foi o nível do pessoal ocupado, que não acompanhou o ritmo do crescimento da receita e caiu 2,4% na comparação de 12 meses, totalizando 5,6 milhões de pessoas - cerca de 4,24 funcionários por MPE em São Paulo.

De acordo com Pedro Gonçalves, economista do Sebrae-SP, o bom desempenho das micro e pequenas empresas é resultado da melhora do mercado interno.

"Com a inflação sob controle, os trabalhadores começaram a recuperar seu poder aquisitivo, o que favoreceu as vendas das pequenas empresas no comércio. Outro fator importante foi o aumento das opções de crédito ao consumo na economia, o que alavancou as vendas de bens de maior valor unitário, por exemplo, veículos e eletroeletrônicos. Com o aumento das vendas desses bens, a indústria aumentou as encomendas para segmentos que fornecem peças e componentes, muitas vezes, indústrias de pequeno porte", observa.

Terceirização crescerá 8,1% em 2008

Expectativa do Gartner é de que novos países sejam alternativas. Contratantes vão preferir o multisourcing e receita da Índia deve cair

COMPUTERWORLD

16/01/2008

Este ano o mercado global de outsourcing deverá crescer 8,1%, segundo previsão da consultoria Gartner. Entretanto, segundo Kurt Potter, diretor de pesquisa da organização, embora as empresas usuárias freqüentemente iniciem de maneira saudável seus contratos de terceirização, para muitas as estruturas de TI para outsourcing e governança ainda são imaturas e faltam ou estão desalinhadas com os objetivos da empresa.

“Porque falta a construção de blocos nas companhias para o bem-sucedido gerenciamento do fabricante e a terceirização, a obtenção de economia de custos e outros benefícios são difíceis de serem obtidos”, afirma. Em casos extremos, a ausência de confiança necessária e da otimização do controle podem fazer o relacionamento da terceirização caminhar para a falência e fracasso.
Além disso, mais organizações focam menos na terceirização para economia de custos em comparação aos anos anteriores e mais nos modelos de oferta dos provedores globais para acessar as habilidades certas por um preço razoável, onde quer que estejam.

Embora a prática da terceirização continue crescente, contratos de outsourcing de TI (ITO) e de business process outsourcing (BPM) significativamente decresceram cerca de 50% em 2007. Parte da explicação para isso aparentemente descontinuada se deve ao fato do amadurecimento do mercado, que se tornou mais um lugar comum e atualmente existe menos publicidade em cima dos negócios fechados.

As companhias estão simplesmente terceirizando mais, mas elegendo realizar uma estratégia de multiprovedores do serviço e os acordos são menores em tamanho, com muitos acordos que não tem porte o suficiente para que se divulgue.

“Em 2008 esperamos ver algumas empresas assumindo a ponta na adoção dp multisourcing para consolidar-se entre os poucos provedores para reduzir seus serviços de integração de custos e aumentar os benefícios de uma relação de gerenciamento com poucas estratégias de fornecedores”, avalia.

O executivo diz ainda que por causa da complexidade do multisourcing freqüentemente associada a dois pontos de transmissão entre provedores competidores e fornecedores não esclarecidos sobre o processo de gerenciamento, algumas organizações vão considerar contratos principais de outsourcing ou nomeação de novos vendedores de gerenciamento nas empresas.
Os compradores também estão buscando mais ofertas de menos custo, como centros de entrega de offshore. Embora os custos permaneçam o principal guia para modelos de entregas globais (GDMs), usuários mais maduros estão buscando formas de oferecer melhor suporte para suas necessidades de negócios. Provedores indianos ganharam espaço na Europa em 2007, mas encararam forte competição de fornecedores mais estabilizados com GDMs.

Esses fornecedores indianos estão crescendo aproximadamente 40% anualmente nos EUA e 60% anualmente na Europa. Embora os gastos com serviços offshore sejam três vezes mais altos na América do Norte do que no Leste Europeu, a diferença está diminuindo.

“Outros países vão continuar ganhando representatividade como desafiantes da Índia, como Brasil por diversas razões”, afirma Ian Marriot. “Grande demanda está gerando tensão na força de trabalho indiana, enquanto as atribuições da equipe e o aumento de custos continuam altos”.
Empresas globais continuam a acelerar suas demandas pela presença em países que não seja a Índia e os provedores estão procurando expandir suas plantas geográficas de acordo com os centros de delivery. Compradores mais sofisticados estão buscando uma estratégia multipaíses para minimizar o risco e alinhar o chamado nearshoree o offshore e por isso em 2008 a receita com a prática na Índia vai cair em 2008.

Brasil fica em 122º em ranking de facilidade para negócios

Rodrigo Postigo

17/01/2008

O Banco Mundial divulgou um estudo nesta quarta-feira que coloca o Brasil como 122º país mais fácil para se fazer negócios em um ranking com 178 nações. Segundo o órgão, o tempo para se abrir uma empresa no País é de 152 dias.

Dentre os quesitos analisados, a melhor posição do Brasil foi com relação à proteção para os investidores, quando o País ficou com a 64ª colocação. O pior quesito analisado no Brasil foi com relação a pagamentos de taxas: 137º lugar. Segundo o Banco Mundial, as companhias brasileiras destinam 69,2% de seus lucros para pagarem taxas.

Outro quesito que puxou o Brasil para baixo no ranking foi para se fechar uma empresa, em que o País ficou na 131ª colocação. De acordo com o Banco Mundial, são necessários quatro anos para se fechar um negócio no Brasil.

O primeiro país do ranking foi Cingapura, seguido de Nova Zelândia e Estados Unidos. Dentre os países em desenvolvimento conhecidos como BRIC, a Rússia ficou na 106ª posição, a Índia aparece na 120ª, e a China, na 83ª.

Vendas no varejo têm maior crescimento desde 2001

Invertia / Daniel Gonçalves

17/01/2008

O volume de vendas e a receita do comércio brasileiro tiveram alta de 1,6% no mês de novembro de 2007 em relação ao mês de outubro, apontou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com novembro de 2006, a alta (9,9%) é a maior para o mês desde o início da pesquisa, em 2001.

Com o resultado, o setor se recuperou da perda de 0,1% registrada no mês anterior. O avanço foi o segundo maior registrado no ano passado, ficando atrás somente de janeiro, que apresentou aumento de 1,9% tanto no volume quanto na receita em relação a dezembro de 2006. Os dados apresentados constam da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), elaborada pelo instituto.

Nas demais comparações (séries sem ajuste sazonal), o indicador acumula alta de 9,7% de janeiro a novembro de 2007 ante igual período de 2006, e expansão de 9,2% nos últimos 12 meses. Para a receita nominal, as taxas foram 13,3%, 11,6% e 10,9%, respectivamente.

Em novembro, quatro dos cinco grupos pesquisados tiveram alta em vendas e receita nominal. tecidos, vestuário e calçados (1,6%); combustíveis e lubrificantes (1,5%); móveis e eletrodomésticos (1,4%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%) puxaram a alta. Neste último segmento, segundo o IBGE, o crescimento ocorreu porque os preços de alguns alimentos caíram - principalmente os do leite e seus derivados.

Para o IBGE, o resultado do setor em 2007 pode ser recorde. A queda de outubro, segundo o órgão, ocorreu por ajustes no orçamento das famílias.

Mesmo assim, segundo o economista Nilo Lopes de Macedo, da coordenação de serviços e comércio do IBGE, é muito improvável que o setor consiga manter o mesmo ritmo de crescimento nos dados de dezembro.

"A queda do dólar, o aumento da renda familiar e a confiança na política econômica do governo colaboraram para este grande crescimento", explicou. Para ele, outro fator que contribuiu para o resultado foi a antecipação, por parte das famílias, das compras de Natal.