Rodrigo Postigo
17/01/2008
As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) paulistas registraram R$ 22,7 bilhões de receita em novembro de 2007, um acréscimo de 1,9% em relação ao mesmo período de 2006, já descontada a inflação.
Segundo dados do Sebrae-SP, este foi o décimo mês do ano passado que as MPEs apresentaram expansão no faturamento médio real. A única exceção foi no período de setembro. No acumulado de janeiro a novembro, a taxa de crescimento foi de 3,2% ante o igual período de 2006.
A pesquisa traz que os empreendimentos de pequeno porte do comércio foram os líderes em expansão de receita nos últimos 12 meses, faturando 6,8% a mais do que novembro do ano passado, seguido pela indústria, com 2,2%. Na contramão, as prestadoras de serviços amargaram queda de 8% no faturamento.
Outro índice negativo apontado no estudo foi o nível do pessoal ocupado, que não acompanhou o ritmo do crescimento da receita e caiu 2,4% na comparação de 12 meses, totalizando 5,6 milhões de pessoas - cerca de 4,24 funcionários por MPE em São Paulo.
De acordo com Pedro Gonçalves, economista do Sebrae-SP, o bom desempenho das micro e pequenas empresas é resultado da melhora do mercado interno.
"Com a inflação sob controle, os trabalhadores começaram a recuperar seu poder aquisitivo, o que favoreceu as vendas das pequenas empresas no comércio. Outro fator importante foi o aumento das opções de crédito ao consumo na economia, o que alavancou as vendas de bens de maior valor unitário, por exemplo, veículos e eletroeletrônicos. Com o aumento das vendas desses bens, a indústria aumentou as encomendas para segmentos que fornecem peças e componentes, muitas vezes, indústrias de pequeno porte", observa.
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