terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Vendas de veí­culos caem 22% em novembro, informa Fenabrave

Brasil pode entrar em recessão, diz Morgan Stanley

Economia dos EUA virou para baixo após setembro, afirma Fed

Garibaldi descarta votação de reforma tributária este ano

Vendas de minério de ferro caem 33% no Brasil

Argentina corta subsídios e eleva tarifa

BNDES libera R$ 10 bilhões para capital de giro

Brasil é o melhor preparado para crise na América Latina, aponta OCDE

China 'perde competitividade' em meio a crise

Garibaldi descarta votação de reforma tributária este ano

Agência Brasil
02/12/2008
O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse nesta segunda-feira (1º) que “neste ano não se vota a reforma tributária de jeito nenhum”. Na sua opinião, só um cenário de acordo das lideranças com uma convocação do Congresso Nacional em janeiro de 2009 e “o interesse do governo de aprovar logo a proposta” seria capaz de viabilizar a apreciação da reforma, que ainda está pendente de apreciação na Câmara. Ele acrescentou que uma eventual convocação do Senado para trabalhar em janeiro para analisar a matéria só acontecerá caso haja um acordo firmado entre todos os líderes partidários e o governo.
“Se quiserem votar a reforma tributária a única alternativa seria uma convocação extraordinária mas, mesmo assim, é preciso dar garantias que essa matéria vai ser aprovada, sob pena de a convocação ser realizada e não se chegar a votar, o que seria motivo de muita incompreensão e contestação”, afirmou o presidente do Senado.
Quanto à pauta do Senado, o presidente acredita que amanhã (2) os parlamentares deverão votar a medida provisória 442, que possibilita ao Banco Central socorrer pequenas instituições financeiras. Às 10 horas, está agendada uma reunião do presidente do Senado com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, quando esse assunto deverá ser tratado.
Garibaldi Alves também comentou os desdobramentos do impasse criado por ele a partir da decisão de devolver ao governo a medida provisória 440, que prorroga por cinco anos as concessões de funcionamento de instituições filantrópicas. Segundo ele, há um grupo de trabalho constituído para elaborar um projeto de lei que substitua a MP.
O senador acrescentou que é necessário acelerar a elaboração desse projeto para que possa ser apreciado ainda neste ano pelo Congresso Nacional. Garibaldi lembrou que existe o prazo de cinco anos de vigência de cerca de duas mil concessões, que vencerão no final desse mês.

Economia dos EUA virou para baixo após setembro, afirma Fed

Agencia Estado / Suzi Katzumata
02/12/2008
O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, disse que a economia dos Estados Unidos "permanece sob considerável estresse" e que após contrair 0,5% no terceiro trimestre, em termos anuais, "a atividade econômica parece ter virado em baixa" depois de setembro.
Refletindo essa avaliação, a atividade industrial - medida pelo Instituto de Gestão de Oferta (ISM) - caiu para seu nível mais baixo em novembro desde 1982 e a expectativa para o relatório de emprego de novembro nos EUA é de uma queda de mais de 300 mil vagas, com um aumento adicional na taxa de desemprego.
De fato, Bernanke disse que os dados semanais de pedidos de auxílio-desemprego "sugerem que as condições nos mercados de mão-de-obra pioraram mais em novembro". E com a piora nas condições dos mercados de trabalho e de crédito, o gasto de consumo está "a caminho de registrar outro acentuado declínio no quarto trimestre", disse.
O Escritório Nacional de Pesquisa Econômica dos EUA (NBER) disse que o país entrou em recessão em dezembro de 2007, encerrando um período de expansão econômica iniciado em novembro de 2001. Para evitar uma recessão mais profunda e prolongada, espera-se que o Fed volte a reduzir suas taxas de juro de curto prazo no último encontro de política monetária deste ano, nos dias 15 e 16 de dezembro.
A taxa está em 1% ao ano, atingindo as mínimas desde 2003 e 2004. Cortes adicionais colocariam a taxa em níveis que não são vistos em meio século. E mesmo se os Fed Funds se aproximarem de zero - como muitos economistas de Wall Street esperam -, o banco central ainda tem considerável influência sobre os mercados e a economia através de seu balanço.
"Embora a política convencional de taxa de juro seja limitada pelo fato de que as taxas nominais de juro não podem cair abaixo de zero, a segunda arma no arsenal do Fed - a provisão de liquidez - permanece eficaz", disse Bernanke.
O presidente do Fed está otimista com a perspectiva para a inflação, dizendo que com os preços das commodities (matérias-primas) caindo "dramaticamente", a inflação "parece estar posicionada para cair significativamente ao longo do próximo ano para níveis consistentes com a estabilidade de preço". As informações são da Dow Jones.

Brasil pode entrar em recessão, diz Morgan Stanley

Rodrigo Postigo
02/12/2008
A economia brasileira pode se contrair durante dois trimestres consecutivos no final de 2008 e no início de 2009, entrando em uma "recessão técnica", afirmou o Morgan Stanley nesta segunda-feira.
O banco de investimento, um dos primeiros a mencionar a possibilidade de recessão no País, espera atualmente que o Brasil cresça cerca de 2% no próximo ano. O banco afirmou, no entanto, que uma perspectiva externa mais pessimista impõe riscos negativos a sua previsão de 2009.
"Um número próximo de zero não pode ser descartado", afirmou o economista Marcelo Carvalho do Morgan Stanley em nota, acrescentando que o Brasil "pode cair em uma recessão técnica nos próximos trimestres".
"Nós suspeitamos que o debate local nos próximos três a seis meses envolverá a questão sobre se o Brasil já está em recessão - e como fará para sair dela", afirmou ele.
Carvalho argumenta que o recente crescimento brasileiro foi fortemente apoiado em corte de juros facilitados pelo fortalecimento do real, que ajudou a desacelerar a inflação.
Mas o real se enfraqueceu mais de 20% frente ao dólar desde o começo do ano, com investidores vendendo seus ativos em países emergentes para cobrir perdas em outros mercados.

Vendas de veículos caem 22% em novembro, informa Fenabrave

Agência Estado
02/12/2008
As vendas totais de veículos no mercado brasileiro registraram queda de 22,28% em novembro, na comparação com outubro, e de 23,44% em relação ao mesmo mês do ano passado, totalizando 309,712 mil unidades, segundo dados divulgados hoje pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Os números incluem automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários.
No acumulado do ano até o mês passado, as vendas totais do setor somaram 4,5 milhões de unidades, o que representa uma evolução de 17,36% em relação ao mesmo período de 2007.
Considerando só o segmento de automóveis e comerciais leves, as vendas somaram 166,279 mil unidades, com queda de 26,01% em relação a outubro e de 26,34% sobre novembro de 2007. No acumulado de janeiro a novembro de 2008, as vendas dos dois segmentos somaram 2,487 milhões de unidades, o que indica uma expansão de 17,85% sobre igual intervalo do ano passado.

Vendas de minério de ferro caem 33% no Brasil

Gazeta Mercantil/Caderno C
02/12/2008
A redução na produção siderúrgica brasileira também fez as vendas nacionais de minério de ferro caírem. Em outubro, somente a Companhia Vale do Rio Doce (Vale) vendeu no País 2,93 milhões de toneladas de minério de ferro, o que representa queda de 33,3% em relação ao volume comercializado em igual mês de 2007. Já as vendas de pelotas somaram 471 mil toneladas, queda de 28,4%, em igual comparação. Os dados são do Sindicato Nacional da Indústria da Extração de Ferro e Metais Básicos (Sinferbase).
No acumulado do ano, as vendas de minério de ferro no mercado nacional somaram 38,75 milhões de toneladas de minério de ferro, queda de 11,9% em relação ao verificado de janeiro a outubro do ano passado. Também foram comercializadas 5,48 milhões de toneladas de pelotas no mesmo período, o que representa alta de 17,7% ante os 4,66 milhões até outubro do ano passado. As exportações subiram no mês de outubro 8,9% e atingiram 22,9 milhões.

Brazil may slip into recession - Morgan Stanley

Mon Dec 1, 2008 1:41pm EST
NEW YORK, Dec 1 (Reuters) - The Brazilian economy may shrink during two consecutive quarters through the end of 2008 and beginning of the 2009, slipping into a "technical recession," Morgan Stanley said on Monday.
The investment bank, one of the first to mention the possibility of a recession in Latin America's largest economy, currently expects Brazilian growth of some 2 percent next year. It said, however, that a gloomier external outlook poses more downside risks to its 2009 forecast.
"A figure closer to zero cannot be ruled out," Morgan Stanley's economist Marcelo Carvalho wrote in a research note, adding that Brazil "may well fall into technical recession in coming quarters."
"We suspect that the local debate in the next three to six months will evolve as to whether Brazil is already in recession -- and how to get out of it," he said.
Carvalho argued that Brazil's recent growth was greatly supported by interest rate cuts that were facilitated by a stronger currency, which helped slow down inflation.
But the Brazilian real has weakened more than 20 percent against the dollar since the beginning of the year as investors sold their emerging-market assets to cover losses elsewhere. (Reporting by Walter Brandimarte; Editing by James Dalgleish)

Brazil's auto sales plunge in November - retailers

Mon Dec 1, 2008 4:23pm EST
BRASILIA, Dec 1 (Reuters) - Brazil's auto sales dove in November compared with the month and year earlier periods, showing the impact of the international financial crisis, the auto distributors federation Fenabrave said on Monday.
Auto sales fell to 177,906 units in the month, down 25 percent from a year ago and down 25.7 percent from October sales, Fenabrave said.
The figures are based on new car license registrations.
For the year through November sales are still up 18 percent with nearly 2.63 million units. Fenabrave still expects to end the year with record sales of 2.87 million vehicles.
Official figures for November from the auto manufacturers association Anfavea are expected in the coming days. (Reporting by Vanessa Stelzer; Translating by Reese Ewing)

UPDATE 2-Brazil trade surplus widens in Nov as imports fall

Mon Dec 1, 2008 3:42pm EST
(Recasts, adds quote and details)
BRASILIA, Dec 1 (Reuters) - Brazil's trade surplus widened in November as imports fell further than exports on a sharply weaker currency and lower oil prices, the trade ministry said on Monday.
Brazil posted a trade surplus of $1.61 billion in November after a $1.2 billion October surplus, government data showed, bringing to $22.43 billion the surplus for the year to date.
"You have a very big foreign exchange impact here and from the rise in the cost of imported goods," said Welber Barral, the Secretary of Foreign Trade at the Trade and Industry Ministry said.
Imports eased 24.1 percent to $13.14 billion from $17.31 billion in October but were up 9.2 percent compared to the same time last year.
Brazil's real BRBY has lost more than 23 percent against the dollar as a global financial crisis pushed investors away from riskier emerging market assets. Earlier in the year a rise in the currency fueled a surge in imports.
Investors are watching Brazil's trade balance for signs sagging global commodity prices could sharply reduce exports.
Brazil is a major exporter of iron ore and farm products such as coffee and sugar.
Exports last month fell 20.3 percent from October to $14.75 billion on lower iron ore sales abroad and the closure of the port of Itajai, used primarily by food processing companies. The port was closed because of floods in the south of Brazil.
Exports in November 2007 reached $14.05 billion.
Barral said exports could marginally fall short of the government's target of $202 billion this year.
Brazil's trade balance is expected to close the year with a surplus of $23.6 billion, according to the latest central bank survey, having fallen in 2007 for the first time in seven years to $40.04 billion.
For details on the latest official Brazilian trade data, please see: here (Reporting by Ana Nicolaci da Costa and Renato Andrade; Editing by James Dalgleish)