sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Produção industrial no Japão desaba em janeiro

EFE
27/02/2009
A produção industrial no Japão caiu 10% em janeiro em relação ao mês anterior, no que foi a terceira redução consecutiva e a mais alta desde que se começou a calcular o indicador em 1953, informou hoje o governo.
A histórica redução, que desbanca o recorde de dezembro passado, quando houve recuo de 9,8%, é motivada, sobretudo, pela contração das exportações e da demanda interna, segundo o Ministério da Economia, Comércio e Indústria japonês.
A queda afeta quase todos os setores e não apenas os muito dependentes das exportações, conforme asseguraram fontes do Ministério citadas pela agência de notícias local "Kyodo".
Dos 16 setores revisados no estudo, todos sofreram cortes de produção em janeiro frente a dezembro.
As peças de eletrônica registraram queda de 21,8% em janeiro frente ao mês anterior, enquanto no setor de equipamento para o transporte a redução foi de 17,3 %.
Segundo as projeções do governo, o recuo de produção da indústria manufatureira para os próximos meses ficará em 8,4% em fevereiro e em 2,8% em março.
O índice de exportações da indústria caiu em janeiro 11,4% frente a dezembro passado, enquanto os estoques, 2%.

Nova barreira argentina

O Estado de São Paulo / Opinião
27/02/2009
O governo argentino deu mais um passo em sua escalada protecionista e impôs uma taxa adicional de 413% sobre talheres de aço importados do Brasil e de 1.450% sobre os chineses. Diante da passividade do governo brasileiro, a administração da presidente Cristina Kirchner não tem dificuldade para elevar barreiras aos produtos fabricados no Brasil. Justificativa não é problema. Sempre se recorre ao mesmo arsenal de explicações - é preciso combater algum dumping, deter uma invasão ou compensar o desequilíbrio causado pelas políticas de Brasília, especialmente os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A atual presidente continua, sem dificuldade, a política em vigor durante a gestão de seu marido, Néstor Kirchner. A imposição de barreiras a produtos brasileiros é parte da rotina, assim como a revisão periódica do acordo especial de comércio do setor automobilístico. Se os acordos fossem cumpridos, esse comércio já teria sido liberalizado há anos, mas ninguém sabe quando isso finalmente ocorrerá. De tempos em tempos, o governo argentino propõe - e o brasileiro aceita - uma alteração dos termos do acordo, sempre com novos limites para um dos lados - o Brasil.
Desde o agravamento da crise internacional, no segundo semestre do ano passado, as barreiras multiplicaram-se, com a suspensão de licenças automáticas de importação de vários produtos e a adoção de uma grande lista de preços de referência, sempre com valores calculados para dificultar o ingresso de mercadorias brasileiras.
Ninguém tem dúvida sobre a natureza das ações do governo argentino, quando se trata de regular o comércio com o Brasil, mas o governo brasileiro geralmente prefere curvar-se e aceitar as imposições. De vez em quando, ensaia alguma resistência, mas sem vigor e por pouco tempo. As autoridades de Buenos Aires normalmente comandam o jogo. Foi assim, mais uma vez, na reunião de ministros em Brasília, na semana passada, quando os argentinos deram todas as cartas e afirmaram sem meias palavras sua intenção de continuar adotando medidas protecionistas. A imposição de uma enorme alíquota aos talheres de aço inoxidável foi apenas uma demonstração de coerência.
Uma nova reunião ministerial está prevista para 4 de março, em Buenos Aires, para continuação das discussões. Essa é a descrição oficial do evento, porque, de fato, não houve discussões em Brasília. Houve um monólogo protecionista. Se não houver uma grande surpresa, o novo encontro será mais uma cerimônia de sujeição brasileira às decisões tomadas em Buenos Aires. Pouco acrescentará, portanto, à preparação do encontro dos presidentes da Argentina e do Brasil previsto para 20 de março em São Paulo.
O secretário argentino de Relações Econômicas Internacionais, Alfredo Chiaradia, propôs a participação dos empresários no debate. "Nada melhor que quem conhece o setor ajude a encontrar fórmulas, saídas e sugestões, já que nós, funcionários, conhecemos apenas os aspectos gerais", afirmou. Mas esse envolvimento ocorreu várias vezes, desde a gestão de Néstor Kirchner. Os industriais argentinos foram sempre respaldados por seu governo, enquanto os brasileiros eram pressionados por Brasília para ceder.
Para que essa leniência? Para fortalecer o Mercosul, pode responder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas o Mercosul nem chega a ser uma caricatura de união aduaneira.
O governo argentino tem hoje motivos mais fortes do que nunca para se preocupar com a indústria. A produção industrial em janeiro foi 4,6% menor que a de um ano antes, de acordo com dados oficiais. Segundo escritórios privados, a diferença para menos foi muito maior - em torno de 11%.
A maior parte da economia argentina tem vivido num mundo de ficção, com preços controlados, inflação subestimada e elevado protecionismo. Mas nenhuma proteção pode substituir por muito tempo o investimento produtivo e a modernização. O governo brasileiro olha para outro lado e prefere criticar o protecionismo embutido na cláusula "buy american" do pacote americano, embora a violação de regras, nesse caso, seja menos clara e os prejuízos para o País, menos evidentes. Ao mesmo tempo, aceita os prejuízos injustificáveis causados por uma política incompatível com o Mercosul. Ficção econômica de um lado, fantasia diplomática de outro.

Mantega rebate 'The Economist' e mantém crescimento para 2009

Terra / Marina Mello
27/02/2009
Em resposta à revista The Economist, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou nesta quinta-feira que o Brasil deve ter um crescimento positivo do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009, ao contrário da previsão de recuo de 0,5% que a publicação divulgou na quarta-feira.
"Nós temos um conjunto de previsões da economia brasileira que neste momento são mais pessimistas do que otimistas e refletem mais o cenário internacional, principalmente o que está acontecendo na economia americana e européia, que têm queda de PIB, da produção industrial, etc., e eles projetam essas previsões para cá", rebateu Mantega.
"A nossa situação é bem melhor que a delas. Há setores que sequer desaqueceram, que tiveram retração muito pequena, como varejo e consumo. Não acredito nestas previsões, continuo acreditando que vamos ter crescimento positivo neste ano", completou.
A projeção de queda da revista americana levou em conta os dados da produção industrial de novembro e dezembro. "Esperamos um período longo de ajuste dos estoques, queda no investimento e no nível de emprego", afirmou a revista, que anteriormente previa um avanço de 1,6% para o País.
No entanto, o ministro preferiu não dar sua previsão de quanto seria este acréscimo do PIB em 2009, mas continuou ressaltando o objetivo do governo. "Tenho repetido várias vezes que 4% não é uma mera previsão de economista. É uma meta para ser alcançada pelo governo", disse.

Governo cria restrição e abre crise com exportadores

Agência Estado
27/02/2009
Em meio ao cenário de retração da demanda externa e redução do saldo da balança comercial, uma decisão do Ministério da Fazenda que dificulta a compensação de créditos tributários abriu nos bastidores uma crise entre governo e empresas exportadoras. Incluída na Medida Provisória 449, que trata de parcelamento de dívidas, editada em dezembro passado, a restrição, na prática, retira recursos do caixa das empresas exportadoras neste momento de crise financeira. As empresas que exportam mais de 30% da produção são as mais prejudicadas.
O artigo 29 da MP proibiu as empresas de compensar créditos tributários, de forma automática, com os pagamentos devidos do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A restrição atinge empresas que declaram pela sistemática de lucro real apurado, mas optam por pagar esses tributos com base em estimativa mensal.
As mais afetadas são as grandes empresas exportadoras porque as vendas externas são desoneradas de vários tributos, entre eles a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o PIS. Normalmente, o crédito referente a esses tributos acaba se acumulando, mas as empresas podiam compensá-los mensalmente com o IRPJ e a CSLL, que incidem na exportação.
O setor exportador considerou a mudança contraditória com o discurso da equipe econômica de estimular as exportações e acusa o governo de querer fazer caixa às custas das empresas. "O dinheiro que poderia estar aplicado na atividade produtiva fica imobilizado sob a forma de impostos. É um contrassenso", criticou o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.
"A legislação permite a compensação de tributos federais com outros tributos federais e, neste caso, a regra não está sendo cumprida. Isso obriga as empresas a pagar e esperar um ano para pedir a compensação no ajuste anual", ressaltou.
O Ministério da Fazenda prometeu estudar mudanças na MP, mas ainda não há decisão oficial. De acordo com subsecretário de Tributação da Receita, Sandro de Vargas Serpa, a medida tem caráter de "proteção" e "segurança" para o controle do Fisco. Segundo ele, as empresas que pagarem a mais um tributo num mês podem compensar no outro mês pagando menos os tributos devidos, por meio de um instrumento chamado de balancete de suspensão. Mas o setor exportador argumenta que esse recurso não resolve o problema.
A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) foi a primeira a reagir. O diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Fiesp, Roberto Gianetti da Fonseca, esteve no início do mês no Ministério da Fazenda para pedir a suspensão da medida. A entidade também trabalha no Congresso Nacional para mudar a MP. Mais de 20 emendas foram apresentadas para suprimir a restrição. "Não encontrei o pai da criança. Deve estar com vergonha. Quem propôs a medida vive num outro mundo", criticou Gianetti.

Brazil Real Rises as New U.S. Financial Aid Fuels Recovery Bets

By Adriana Brasileiro
Feb. 26 (Bloomberg) -- Brazil’s real strengthened for a second day on speculation new aid to the U.S. financial system may help pull the world’s largest economy out recession.
The real rose 0.4 percent to 2.3589 per U.S. dollar at 3:09 p.m. New York time, from 2.3691 yesterday.
President Barack Obama asked for as much as $750 billion in aid to shore up the financial industry in his first budget proposal. The funds would come on top of the $700 billion rescue package the U.S. Congress approved last October.
“The expansionist measures in the U.S. and around the world, especially those aimed at the financial system, are an effective way to restore confidence,” said Reginaldo Alexandre, vice-president of the Brazilian Association of Analysts and Capital Markets Investment Professionals, or Apimec.
Gains in commodities, which account for almost two-thirds of Brazil’s exports, also helped boost the real. Crude oil, a Brazilian export, rose to the highest level in a month.
Yields on Brazil’s local-currency bonds and overnight futures contracts fell after the country’s broadest measure of inflation advanced less than analyst expected.
The IGP-M price index calculated by the Getulio Vargas Foundation rose 0.26 percent in February, less than the median forecast of 0.41 percent in a Bloomberg survey of 29 economists.
The yield on Brazil’s zero-coupon, local-currency bonds due in January 2010 declined 15 basis points, or 0.15 percentage point, to 10.81 percent. The yield on the overnight futures contract for July delivery slid 11 basis points to 11.26 percent.
Bids Rejected
Brazil’s central bank didn’t accept any bids to buy reais in the currency market at three auctions today.
The bank said yesterday it would buy reais with U.S. dollars in three auctions in the foreign-exchange market to prop up the Brazilian currency. The contracts included an agreement to re-sell the reais at a later date, the central bank said in a statement.
“The central bank probably didn’t think the bids were interesting enough, so it didn’t see the need to buy reais at just any rate,” said Alex Martins, a currency trader at Futura Corretora in Sao Paulo.

UPDATE 1-Petrobras eyes Australia, Indonesia gas opportunities

Fri Feb 27, 2009 5:08am EST
(Adds details, background)
By Judy Hua
SINGAPORE, Feb 27 (Reuters) - Brazil's state-run energy giant Petrobras (PETR4.SA)(PBR.N) is seeking opportunities for natural gas in Northwest Australia and Indonesia, to expand its energy investments in Asia, a company official said on Friday.
Petrobras, which gets most of its output from the Americas, has put aside almost $16 billion for its international business in the next five years, and has been spreading its wings by boosting oil exports to China and acquiring a refinery in Japan.
"Asia can be considered a new frontier for Petrobras. Asia represents lots of opportunities for Petrobras because we need gas and there are gas in Southeast Asia," said Simone Totti Davidovich, Senior Adviser of E&P International Business Development of Petrobras.
"The countries we are focusing on are mainly Australia and Indonesia. Those are the most important countries, but we are not close to those countries," she told Reuters on the sidelines of an upstream oil and gas conference.
Davidovich said Petrobras was talking to some firms but did not elaborate on the opportunities it was looking at.
"We are talking to some companies and we have seen some blocks. I hope it's not that far away. I hope it's in near future."
Among companies working in natural gas developments in Western Australia are Chevron (CVX.N), Apache Corp (APA.N), Woodside Petroleum (WPL.AX), ENI (ENI.MI) and BHP Billiton (BHP.AX) in a joint venture with Exxon Mobil Corp (XOM.N).
Petrobras has no oil and gas exploration deals so far in East Asia and Australia. It holds upstream interests in Pakistan and India to explore offshore blocks.
The company unveiled in January a huge plan to invest $174 billion between 2009 and 2013, up 55 percent from the $112 billion planned for 2008-2012, bucking the wider trend of oil firms cutting their spending amid the economic downturn.
Davidovich said of the total investment, $15.9 billion would be for its international business, of which 20 percent would go to new businesses, including Asia Pacific.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Regulamento aduaneiro fora de contexto

Paraná News
26/02/2009
Um novo regulamento aduaneiro, em vigor desde o início do mês no Brasil, não está sendo bem recebido por empresas de logística. Falta de flexibilidade, poucos detalhes sobre a profissão de despachante aduaneiro e a não concessão de tempo de adaptação estão entre as principais reclamações de empresários.
O decreto 6759 foi publicado no último dia 6 de fevereiro e entrou em vigor na mesma data. De acordo com a Receita Federal, o governo buscou “atualizar, sistematizar e consolidar a legislação, visando aperfeiçoá-la após seis anos de vigência do Regulamento Aduaneiro Brasileiro”.
“Acordamos de manhã e tínhamos uma nova lei. Não tivemos tempo sequer de nos adaptarmos. Operadores de logística, importadores e exportadores não foram chamados para discutir as mudanças. Precisamos de algo mais consistente”, reclama o executivo Sávio Ferreira de Souza, diretor da Pinho International Logistics. “Ainda não temos uma noção completa das mudanças que o decreto traz. Algumas são profundas, e outras não entram em detalhes”, observa.
Para ele, a legislação aduaneira do Brasil é muito antiga e foi muito remendada ao longo dos anos. “E as novas regras são, outra vez, mais um remendo”, completa.
Souza também lamenta que, assim como acontecia durante a vigência das regras anteriores, continue havendo pouca flexibilidade no novo regulamento. “A legislação brasileira nunca tem lugar para o eventual”, diz. Ele cita o exemplo da burocracia gerada em torno da Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA).
“Por conta disso, cargas que iriam para o porto de Itajaí ficaram retidas por mais de 60 dias no porto de Santos, por conta dos problemas em Santa Catarina”, lembra.
Outra reclamação do executivo é em relação ao fato da profissão de despachante aduaneiro ser, na prática, regulamentada pela Receita Federal. “Por que não é o Ministério da Educação (MEC) que faz isso?”, questiona.
Também sobram críticas à forma de acesso à profissão, que mudou no novo regulamento, mas ainda não está bem detalhada, na opinião de Souza. “É necessário um curso de tecnólogo, específico para a profissão. Os cursos de comércio exterior não têm o mesmo foco”, avalia.

Reguladores dos EUA impõem teste de estresse a bancos

Reuters
26/02/2009
Reguladores financeiros americanos lançaram nesta quarta-feira um "teste de estresse" para avaliar a capacidade dos grandes bancos de lidar com a possibilidade de uma recessão mais profunda em que a taxa de desemprego suba para além de 10% no próximo ano.
Os testes de estresse, obrigatórios para cerca de 20 instituições com ativos acima de US$ 100 bilhões, serão usados para determinar se os bancos precisam de mais recursos de um novo programa do Tesouro dos Estados Unidos.
O novo programa, conhecido como Programa de Assistência de Capital, complementará um programa anterior que já injetou cerca de US$ 200 bilhões nos bancos desde outubro. Ambos usarão os recursos remanescentes do fundo de resgate financeiro de US$ 700 bilhões do Tesouro.
Os testes de estresse, a serem conduzidos até o final de abril pelo Federal Reserve e outros órgãos do governo, medirá a força dos bancos frente a dois cenários. O cenário básico terá como parâmetros projeções consensuais do mercado para a economia e o cenário "mais adverso" prevê uma recessão mais longa e profunda.
Os reguladores conduzirão "uma avaliação de todos esses bancos para tentar estimar quanto capital eles precisam para enfrentar até o cenário mais fraco", afirmou o chairman do FED, Ben Bernanke, a uma comissão do Congresso nesta quarta-feira.
"Os bancos serão informados quanto capital eles precisam levantar, se algum. Alguns não precisarão de capital, mas outros sim", acrescentou.

Proposta autoriza compensação de débitos fiscais com precatórios

Agência Câmara
26/02/2009
A Câmara analisa o Projeto de Lei Complementar (PLP) 436/08, que permite aos contribuintes compensar débitos tributários com créditos de precatórios. A proposta, de autoria do deputado Cleber Verde (PRB-MA), altera o Código Tributário Nacional (CTN).
De acordo com o texto, a compensação será automática. Ou seja, o contribuinte que tiver precatório a seu favor poderá, de imediato, usar o valor do crédito para pagar débito com o fisco estadual e municipal, vencido ou a vencer. O projeto determina que a compensação será feita por decisão judicial, independentemente da ordem cronológica de pagamento do precatório.
O precatório é um direito de crédito que uma pessoa física ou jurídica possui após ganhar uma ação judicial contra um órgão público e que já está na fase de execução.
Justiça
Segundo o deputado Cleber Verde, o objetivo da proposta é dotar o Poder Judiciário de meios para promover o encontro de contas entre o crédito do contribuinte com o Estado, representado pelo precatório, e as suas dívidas com o fisco.
Ele afirma que o CTN já permite que estados e municípios compensem as dívidas tributárias com "créditos líquidos e certos", categoria em que estão os precatórios. Mas a compensação depende de lei local, e poucos estados e municípios aprovaram a regulamentação do dispositivo. Com o PLP 436, caberá ao Judiciário fazer a compensação.
O deputado salienta que há decisões liminares do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a favor do uso do precatório para o pagamento de débitos fiscais.
Tramitação
O projeto será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois segue para votação em dois turnos no Plenário.

O mercado diante dos novos consumidores digitais

Gazeta Mercantil / Carlos Alberto Júlio
26/02/2009
Até pouco tempo, alguns visionários da área de marketing anunciavam que as empresas que não tivessem um site na internet estavam fadadas ao fracasso. Ou melhor, uma empresa sem presença virtual perderia inúmeras oportunidades de negócios e não sobreviveria. Os mais céticos olharam com desconfiança, mas acabaram se rendendo. Afinal, o que era uma novidade há dez anos, virou regra em cinco. Só que hoje este conceito está totalmente ultrapassado. Ter um site não basta. Virou commodity.
As empresas e os executivos precisam, literalmente, estar plugados 24 horas por dia. Além do site - dinâmico e interativo - é preciso conhecer o twitter, o orkut, o facebook, o myspace, o youtube, o linkedin e suas variantes. As redes sociais e os blogs não são mais "passatempo" de adolescentes e ocupam espaço importante no dia-a-dia dos executivos e no budget da área de marketing.
Afinal, com um post em um blog, o consumidor automaticamente se conecta com uma rede invisível de contatos e pode descobrir instantaneamente, e em um clique, todas as informações que um serviço de atendimento ao cliente (SAC) de uma grande empresa demoraria um ou mais dias para fornecer. Ou, pior, um post de reclamação sobre um produto ou serviço pode manchar a reputação de uma empresa. Isto porque a disseminação de conteúdos é instantânea.
O The Wall Street Journal de 8 de janeiro trouxe uma reportagem sobre o novo consumidor da web - o "new info shopper". Segundo pesquisa da Penn, Schoen and Berland Associados, para 78% desses consumidores a publicidade não tem mais toda a informação de que eles precisam. E 92% confiam mais nas informações que buscam na web do que em qualquer outra fonte. Este novo consumidor confia mais no que descobre sozinho e sempre procura informações na web antes de comprar qualquer produto.
Ainda segundo a pesquisa, 85% dos novos consumidores usam a web para tirar dúvidas sobre carros e 81% fazem consultas sobre imóveis. Uma pesquisa da consultoria Deloitte sobre hábitos de consumo de mídia mostra que estes jovens passam mais tempo navegando na web do que assistindo TV. No Brasil, os jovens já gastam 19,3 horas por semana com internet, o dobro do que passam vendo TV.
O consumidor do futuro é aquele que, na definição do especialista em marketing Walter Longo, é um "nativo" no ambiente digital, porque nasceu e cresceu com a web. É a chamada geração do milênio e tem entre 14 e 19 anos. Os nativos da web não são como a maioria dos profissionais que atualmente ocupam cargos executivos em empresas e que, como eu, teve que imigrar para este novo universo, deixando para trás máquinas de escrever, câmeras fotográficas e aparelhos de fax e xerox. Para os nativos, a internet faz parte da rotina.
Em um futuro não muito distante, vai ser corriqueiro perguntar: "O que está passando na internet?" no lugar de "O que está passando na TV?". Diante deste cenário, como fica a publicidade tradicional na TV? Ou, ainda, o que será dos jornais e revistas em papel? Mas a principal pergunta é: o que as empresas estão fazendo para acompanhar estas mudanças?
Aproveitar as oportunidades que o mundo virtual apresenta é um desafio para os homens de venda e marketing. Passado o medo natural do computador e das redes sociais, o novo mundo traz muitas vantagens. O iPhone, por exemplo, é um recurso que veio para ficar. Ele concentra tudo - e-mail, acesso à internet, música, foto, vídeo, jogos, calculadora, agenda - e ainda é telefone. E facilita muito a vida. Outra oportunidade que não pode ser desprezada: vender na web é infinitamente mais barato do que nos formatos tradicionais.
O novo consumidor é digital e não tem como fugir desta realidade. Se você ainda não sabe o que "blogar" e "twittar" significam, "dê um google" para descobrir. E logo, antes que alguém descubra.

Ten Steps for Mitigating Data Risk During a Merger

From backups to software licenses, here's a checklist for IT leaders at consolidation or acquisition time. Whether you're gaining an internal group or an external company, be prepared and be realistic.
ComputerWorld / Craig S. Mullins
26/02/2009
Merger and acquisition activity stands to increase as global markets struggle to stay afloat during the worst economic slowdown in decades. What will you do when you find out you're about to acquire or consolidate with another firm or division? Are you aware of the risks you may be inheriting? What data is going to demand the highest availability? What IT regulations will you have to address and how do you know if existing controls already address them?
Below are 10 "data health" checks a CIO can conduct to answer these questions before giving a green light to a merger, acquisition or consolidation.
Step One: Assess your dataFrom a data perspective, the first step needs to be an assessment of the independent data assets of each organization participating in the merger. If you do not know what data exists before the acquisition, gaining this understanding after combining the data, if it can be combined at all, will be extremely difficult. The task at hand will be simpler if both organizations practiced strong data governance. This is rarely the case though.
Step Two: Plug the governance gapsAfter completing an honest assessment of where each organization stands in terms of data governance, the next step needs to be plugging the gaps. Work toward creating a definition of data that is not well understood or undocumented. Do not turn this into a long process; define what data you have and where it is stored. Consider using tools like data dictionaries and repositories and consult the subject matter experts (business users, programmers, data architects, etc.) at each organization for this information.
Step Three: Leverage the M&A for governance improvementsUse the acquisition as a springboard for instituting new or stronger data governance policies and procedures. Lack of insight into important business data can be a strong motivational tool for implementing improved data management practices.
Step Four: Plan for increased workload and capacityThe basic premise behind mergers is that the combined companies can conduct the same, or more, business more efficiently than two separate companies. Will you need more powerful hardware? Will the new combined business require more uptime, which translates to higher data availability?
Existing hardware, transactions, applications, databases, and data maintenance processes may need to be overhauled to meet the new requirements. For mainframe shops, perhaps you can better utilize cheaper specialty engines like zIIP, zAAP, and IFL processors. And look into more efficient software and utilities for performance management, change control, and backup and recovery.
Step Five: Evaluate backup and recovery plansA simple question, such as "Is everything backed up?" can be a crucial starting point. In the clamor of an acquisition, evaluating recoverability is often forgotten or ignored. The on-going health of those backups must be checked periodically. A systematic method of reviewing recovery health, include examination of backups, evaluation of IT hardware and software specification, and matching objectives to reality is helpful.

Emerging-Market Debt Trading Sinks 36%, EMTA Says (Update2)

By Lester Pimentel
Feb. 25 (Bloomberg) -- Trading in emerging-market debt plunged 36 percent to a five-year low of $4.2 trillion in 2008 as the global financial crisis prompted investors to shun higher- yielding assets.
Trading dropped from $6.49 trillion in 2007, the Emerging- Markets Traders Association, or EMTA, said in a statement. Developing-nation debt trading in the final three months of 2008 tumbled 40 percent from the year-earlier period, the survey by New York-based EMTA showed.
Investors pulled almost $18 billion from emerging-market bond funds last year as they fled all but the safest investments amid more than $1 trillion of credit losses and writedowns at financial firms worldwide, according to ING Financial Bank NV and Cambridge, Massachusetts-based research company EPFR Global.
“Outflows have resumed from retail investors who have increased allocations into money market funds,” Joyce Chang, global head of emerging-markets research, foreign exchange and commodities at JPMorgan Chase & Co., said in EMTA’s statement. “Since August 2008, retail outflows have been steady.”
The extra yield investors demand to own developing-nation debt instead of U.S. Treasuries has swelled 3.68 percentage points since August to 6.53 percentage points today, according to JPMorgan Chase & Co. The spread surged as high as 8.65 percentage points in October.
Brazilian bonds remained the most-traded emerging-market securities, with $847 billion of the country’s debt changing hands last year, EMTA said. Brazil’s 11 percent bond maturing in 2040 was the most frequently traded.
The yield on Brazil’s 2040 bond was unchanged at 8.76 percent at 7:30 p.m. in New York, according to JPMorgan Chase & Co. The bond’s price rose 0.06 cent on the dollar to 123.91 cents.

Brazil to supply oil to China for loans

Financial Times

By Jonathan Wheatley in São Paulo and agencies
Published: February 19 2009 23:44 Last updated: February 19 2009 23:44
Brazil and China signed a landmark agreement on Thursday that will ensure long-term supplies of oil to China while delivering much-needed financing to help Brazil develop enormous reserves of oil and gas recently discovered in its coastal waters.
The deal was announced after Xi Jinping, China’s vice-president, met President Luiz Inácio Lula da Silva in Brasília.
Petrobras, Brazil’s publicly traded but state-controlled oil company, will supply China with between 100,000 and 160,000 barrels of oil a day. In return, China will supply loans of up to $10bn (£7bn, €8bn) to help Petrobras and its private-sector partners develop the so-called “pre-salt” fields.
Petrobras said it signed a contract to sell between 60,000 and 100,000 barrels a day to Unipec Asia, a subsidiary of China Petroleum and Chemical Corporation (Sinopec), and a memorandum of understanding with PetroChina to sell between 40,000 and 60,000 barrels a day. It also signed a memorandum of understanding with the China Development Bank and Sinopec to provide up to $10bn in finance to Petrobras. The agreement also covers potential joint development of oil industry projects and supply of goods and services to Petrobras by Chinese companies.
Sérgio Gabrielli, president of Petrobras, said details of the agreement would be settled in time for a May visit to China by Mr Lula da Silva.
Celso Amorim, Brazil’s foreign minister, said: “This is the most important South-South relationship.” It comes as part of China’s efforts to secure long-term supplies of raw materials such as oil, minerals and agricultural commodities.
On Tuesday, the China Development Bank signed a $25bn financing deal with Rosneft, Russia’s government-controlled oil company, and Transneft, the Russian monopoly pipeline operator, in exchange for oil from the East Siberian fields over the next two decades.
Petrobras has been seeking financing from a variety of non-traditional sources to help fund planned investments of $174.4bn between 2009 and 2013. The plans include about $29bn to begin developing the pre-salt fields, discovered over the past three years under several kilometres of seawater, rock and a hard-to-penetrate layer of salt.
Petrobras is developing the fields in partnership with foreign oil companies including ExxonMobil and Amerada Hess of the US, BG of the UK, Galp of Portugal, Repsol of Spain and Royal Dutch Shell.
It has refused to speculate on the total size of the reserves, although government officials have said they could add more than 100bn barrels to Brazil’s proven reserves of 14.4bn barrels of oil and natural gas equivalent.
Petrobras said on Monday it was negotiating with up to four consumer countries to secure financing in exchange for oil supplies, as traditional sources of finance have dried up in the global economic crisis.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Brasil é questionado na OMC sobre sistema tributário

Agência Estado
25/02/2009
O Brasil é questionado na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre seu sistema tributário e sobre eventuais suspeitas de incentivos indevidos às exportações. Nesta terça-feira (24), governos de todo o mundo enviaram "toneladas" de perguntas ao Brasil sobre sua política comercial. As dezenas de questões farão parte da sabatina que o Itamaraty passará na OMC no dia 9 de março.
O questionamento não significa a abertura de uma disputa comercial contra o Brasil. A cada quatro anos, os países emergentes são obrigados a passar por uma avaliação completa de suas políticas comerciais. Os países ricos passam pela sabatina a cada dois anos. A OMC publicará um relatório sobre a situação no País, enquanto governos aproveitam a ocasião para pressionar a economia que está sendo sabatina a mudar certos aspectos de seu sistema.
Nas dezenas de questões enviadas nesta terça pelos governos ao Brasil, uma chamava a atenção: as críticas contra o sistema tributário, considerado como uma verdadeira barreira para países com interesse no mercado nacional. Algumas das perguntas alertam para a "complexidade" da carga de impostos, como um elemento que estaria dificultando o acesso de empresas e produtos estrangeiros no País. Uma das perguntas ainda sugeria que o Brasil deveria promover uma reforma em seu sistema tributário.
Neste ano, o Brasil terá ainda de enfrentar questões sobre os esquemas existentes para incentivar as exportações, além das dificuldades para produtos importados entrarem no mercado nacional. Governos estrangeiros querem saber exatamente como está ocorrendo o financiamento das exportações no País e garantir que não há ilegalidades ou subsídios escondidos para permitir que os produtos nacionais ganhem competitividade no mercado internacional. Nos últimos anos, a expansão das exportações brasileiras chamou a atenção de vários governos, que começaram a olhar com cuidado os programas nacionais para garantir que não haveria um incentivo ilegal. Não por acaso, questões sobre a isenção de PIS/Confins para alguns setores fazem parte do questionamento.
Os níveis de taxas de juros dadas ao financiamento às exportações terão também de ser respondidas pelo Itamaraty até o dia 9 de março. Só o governo do presidente americano Barack Obama enviou inúmeras páginas com perguntas ao Brasil. A Casa Branca pede explicações sobre licenças à importação, regras e mesmo o acesso ao mercado brasileiro para o setor de serviços.
Alguns ainda atacam os sinais de protecionismo no Mercosul. Governos estrangeiros querem saber porque é que o bloco elevou suas tarifas para calçados e têxteis em 2008. Na OMC, os esforços nesse momento de crise são direcionados a questionar medidas protecionistas de diversos países.
Há ainda quem questione as políticas brasileiras de apoio à agricultura. O Itamaraty, porém, considera a crítica como uma verdadeira ironia, diante dos bilhões de dólares dados pelos países ricos em subsídios agrícolas.

Brasil é novo membro do Comitê Técnico da IOSCO

CVM
25/02/2009
O Comitê Técnico (CT) da IOSCO – International Organization of Securities Commissions, organização internacional que reúne reguladores do mercado de capitais do mundo inteiro, acaba de convidar o Brasil para ser um de seus membros. O convite, além de dirigido à CVM, foi enviado às autoridades reguladoras da China e da Índia.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador da China, The China Securities Regulatory Commission (CSRC), e da Índia, The Securities and Exchange Board of Índia (SEBI), que já são membros do Comitê de Mercados Emergentes da IOSCO, vão participar pela primeira vez como membros do Comitê Técnico em junho deste ano.
O Comitê Técnico é o órgão da IOSCO que estabelece padrões e critérios para o desenvolvimento da regulação dos principais mercados do mundo. Para a CVM, o convite representa o reconhecimento da importância que o mercado de capitais brasileiro vem adquirindo nos últimos anos, além de ser resultado do compromisso e da atuação intensa da autarquia em vários fóruns da IOSCO.
Os novos membros do Comitê Técnico foram escolhidos com base no tamanho de seus mercados de capitais, em sua representatividade internacional e no desenvolvimento dos seus sistemas de regulação e de suas entidades reguladoras.
Sobre o Comitê Técnico:
Trata-se de um comitê constituído, até então, por 15 reguladores de alguns dos maiores, mais desenvolvidos e internacionalizados mercados. Seu objetivo é rever as principais questões relacionadas à regulação de valores mobiliários e mercados futuros, oferecendo respostas práticas. O Comitê Técnico é dirigido por Kathleen Casey, diretora da SEC, e inclui representantes dos reguladores de: Austrália, França, Alemanha, Hong Kong, Itália, Japão, México, Holanda, Ontário, Quebec, Espanha, Suíça, Reino Unido e EUA.

Banco Mundial destaca força do Brasil contra crise

EFE
25/02/2009
O Brasil, ao lado do Chile, é o país da América Latina que menos sentirá as consequências da atual crise econômica, "a pior" dos últimos 80 anos, segundo a vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, Pamela Cox.
No entanto, o crescimento da economia latino-americana cairá bruscamente em 2009, para 0,3%, disse Cox.
O prognóstico de crescimento para a região foi anunciado pela funcionária em Madri, durante sua participação no fórum da Tribuna Ibero-Americana, organizado pela Casa da América e a Agência Efe.
A vice-presidente regional do Banco Mundial ressaltou que as previsões do órgão para a América Latina caíram de tal modo que "em setembro" havia sido calculado que a região cresceria 2,7% este ano.
Em janeiro último, porém, a expansão prevista já tinha despecado para 1%, e agora em fevereiro caiu ainda mais, para 0,3%.
Cox chegou a prever que países como o México podem entrar em recessão.

Algumas obras ainda não saíram do papel

Gazeta Mercantil / Ana Carolina Oliveira
25/02/2009
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), contempla obras em 25 aeroportos de todas as regiões do país. Porém, nem todos os projetos começaram a ser executados. Algumas obras como o terceiro aeroporto na Região Metropolitana de São Paulo e o novo aeroporto de Ilhéus, além dos terminais de passageiros de Confins, Teresina, Fortaleza, Foz do Iguaçu e Manaus ainda não saíram do papel. Do total previsto, dez ainda só são projetos do governo e apenas sete obras já foram concluídas.
Estão prontas as duas obras: a reforma da pista e do terminal de passageiros do Aeroporto de Congonhas (SP), a reforma do Terminal de Passageiros do Aeroporto Santos Dumont (RJ), o terminal de cargas do Aeroporto de Fortaleza (CE), o acesso viário do Aeroporto de Salvador (BA), o terminal de passageiros do Aeroporto de João Pessoa (PB) e a primeira fase da reforma da pista do Aeroporto do Galeão (RJ).
Enquanto algumas obras já estão concluídas, a situação nos aeroportos de Brasília, Vitória e Macapá é bem diferente. O governo os classificou como em estado de atenção e preocupação. Em Brasília, o projeto ainda nem foi licitado. Segundo a Infraero, a licitação do projeto executivo de ampliação de Terminal de Passageiros e Sistemas Viários do Aeroporto Internacional de Brasília está na fase de apresentação dos recursos pelos licitantes.
A previsão é de que o projeto executivo seja iniciado em março deste ano e a obra seja concluída em abril de 2012. O projeto está orçado em R$ 9,4 milhões. Esse número orçado pela estatal está bem abaixo do previsto no balanço do PAC, que prevê investimentos até 2010 na ordem de R$ 149 milhões.

Ministra argentina joga pesado com governo brasileiro

Agência Estado
25/02/2009
O mais recente conflito comercial entre Brasil e Argentina tem como protagonista a mesma figura que aterrorizou os negociadores brasileiros entre 2000 e 2002. A economista Débora Giorgi, 51 anos, voltou aos embates bilaterais em dezembro passado, quando foi nomeada titular do Ministério da Produção.
Com o mesmo discurso nacionalista, Débora congelou os três ministros brasileiros que tentaram recentemente convencer o governo argentino a desmontar o arcabouço protecionista.
Débora deixou para o chanceler Jorge Taiana a missão de explicar o verniz da posição argentina a preservação das licenças automáticas, dos requisitos de preço mínimo e das medidas antidumping que têm bloqueado as importações de produtos brasileiros.
A ministra exigiu a rápida aprovação do Mecanismo de Adaptação Competitiva (MAC) pelo Congresso brasileiro. Trata-se de um sistema de salvaguardas no comércio bilateral criado em fevereiro de 2006 por pressão de Buenos Aires, que o presidente Lula esperava manter na gaveta ad infinitum. Ela contrariou o enfoque do ministro da Fazenda, Guido Mantega, na queda do comércio bilateral nos últimos três meses, em razão da crise internacional. O problema, ressaltou Débora, era o déficit para a Argentina nos últimos 70 meses.

China Starts Investing Globally

The New York Times
By DAVID BARBOZA
Published: February 20, 2009
SHANGHAI — China is taking advantage of the economic downturn to go on a major shopping spree, investing in energy and other natural resources that could give it an economic advantage it has never had before.
Some economic analysts say they believe that China’s investments pose a threat to competitors like the United States. In the last move, Beijing said on Friday that one of its big state-owned banks, the China Development Bank, would lend the Brazilian oil giant Petrobras $10 billion in exchange for a long-term commitment to send oil to China.
China signed similar deals this week with Russia and Venezuela, bringing Beijing’s total oil investments this month to $41 billion. They represent an important investment. Supplies of commodities like oil are likely to tighten again once global growth picks up, and China will have a toehold it lacked during the recent boom, when it grew phenomenally even with limited access to resources.
But some analysts say China’s recent investments are welcome because they will help finance much-needed development, increasing the global supply of oil and natural resources at a time when many of the world’s biggest banks are reluctant to lend.
“It’s a good thing because a lot of projects have been postponed,” said Prof. Philip Andrews-Speed, director of the energy policy center at the University of Dundee in Scotland. “Oil companies may now have the money to produce oil.”
It is not just oil. This month, China’s biggest aluminum producer also agreed to invest $19.5 billion in Rio Tinto, an Australian mining company that is one of the world’s biggest. On Monday, China Minmetals bid $1.7 billion to acquire OZ Minerals, also of Australia, a huge zinc mining company.
China is flush with cash — thanks to trillions of dollars from decades of selling goods to the West — at a time when credit markets are tight and collapsing commodity prices have left energy and natural resource companies desperate for cash. For many of these companies, China has gone from pariah to lender of first resort.
“This is heavy energy diplomacy,” Professor Andrews-Speed said. “If you need money, you go to where the money is, and today, China’s the place.”
President Hu Jintao of China traveled this week on his “Friendship and Cooperation Tour” in Africa, where China has huge interests in resources and mining. The vice president, Xi Jinping, visited South America, met with the leaders of Brazil and Venezuela and signed cooperation agreements on oil and minerals.
Venezuela borrowed $6 billion from China and agreed to increase its oil exports to China, bringing China’s total investment in the country to $12 billion. In Brazil, China signed a $10 billion “loan-for-oil” deal that guarantees the country up to 160,000 barrels a day at market prices.
And in Beijing this week, Prime Minister Wen Jiabao met his Russian counterpart after China agreed to lend Russia’s struggling oil giant Rosneft and Russia’s oil pipeline company, Transneft, $25 billion in exchange for 15 million tons of crude oil a year for 20 years.
The investments are China’s biggest moves since 2005, when a Chinese state-owned oil company made an unsuccessful bid for Unocal, the American oil company, prompting worries about whether fast-growing China was seeking to tie up global resources.
But the world has changed drastically since then. Commodity prices have fallen sharply in recent months, after a long bull market that was partly fueled by China’s voracious demand for energy and resources. And China has built up nearly $2 trillion in foreign currency reserves, giving the country easy access to capital.
“What’s changed for China is that their key competitive strength has increased, and that’s capital,” said Andrew Driscoll, a resources analyst at CLSA, an investment bank. “A lot of companies are begging for capital.”
China wants reliable supplies of crude oil to fuel its growing transport sector; it needs iron ore for steel production, and copper and aluminum to build homes and consumer goods.
Analysts say there are still worries about whether China will compete with other nations, like the United States and India, for oil and other natural resources.
Analysts say China could continue to make deals this year for small oil and gas companies, mineral producers and mining firms.
This week, for instance, shares of the Fortescue Metals Group, an Australian mining company, rose after reports the company was in talks with China over a big investment to help the company expand operations.
In many cases, China has struck deals in countries that have access to large supplies of oil and minerals but where American and European countries are not well positioned, like parts of Africa and the Middle East. In one of the deals struck this week, China made an alliance with the government of Hugo Chávez, the president of Venezuela, who has denounced American leadership. While the oil deals announced this week vary in terms, analysts say they ensure China a steady supply of oil for decades to come, sometimes at favorable prices.

World Sugar Production to Drop Most on Record, Czarnikow Says

By Rudy Ruitenberg
Feb. 25 (Bloomberg) -- World sugar production will fall the most on record this year as output declines in India and China, resulting in a greater supply deficit than expected, Czarnikow Group Ltd. said.
The global sugar deficit is expected to total 10.4 million metric tons in the 2008-09 season, compared with a November forecast that production would fall 5.8 million tons short of consumption, Czarnikow analysts led by Toby Cohen said in a report published today.
Lower crops in India, Pakistan and China, along with reforms to the European Union sugar industry, will contribute to a 15.2 million-ton decline in production, according to Czarnikow. Demand is expected to rise 1.5 percent, the report said.
“Though the end of the global 2008-09 crop cycle is still several months away it is already very clear that this has been a bad year for sugar production,” the analysts wrote. “It is difficult to see a quick rebound from this season’s fall in production.”
While production in Brazil is expected to rise by 170,000 tons to 33.69 million tons, the outlook for the Indian crop has been deteriorating since the season began in October 2008, Czarnikow said.
Brazil is the world’s largest producer of sugar followed by India.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Pesquisa aponta que 82% das empresas pretendem investir em 2009

Rodrigo Postigo
20/02/2009
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quinta-feira mostrou que 82% das empresas pretendem investir em 2009, frente a 89% no ano anterior.
Segundo o estudo, 41% destas empresas apontaram como objetivo dos investimentos a melhoria da qualidade dos produtos, e 40% têm como intenção um aumento na produção.
Ainda de acordo com a CNI, neste ano houve uma redução na expectativa de compra de matérias-primas. O índice que mede esta expectativa recuou de 56,4 pontos em 2008 para 38,1 pontos em 2009.
O índice varia de 0 a 100 pontos e valores acima de 50 pontos indicam expectativa de crescimento da compra de matérias primas. A CNI ouviu 1.407 empresas, de 5 a 20 de janeiro.
O principal risco aos investimentos apontados pelos industriais entrevistados foi a incerteza econômica, citada por 75% das empresas. A reavaliação de demanda vem em segundo lugar, com 43% das respostas e dificuldades relacionadas ao crédito (custo e escassez) foram apontadas por 37% das empresas.
Se, em 2008, a maioria dos investimentos planejados era voltado à expansão da produção das fábricas, neste ano, diante da desaceleração da demanda, as empresas estão focadas principalmente na melhoria de seus produtos.

Número de internautas residenciais cresce em janeiro

Dados do Ibope Net/Ratings relativos ao primeiro mês de 2009 apontam que 24,5 milhões de brasileiros acessam a rede de suas residências
MMOnline
20/02/2009
No primeiro mês do ano, o Brasil possuía um total de 24,5 milhões de usuários ativos de internet residencial. Nesse mesmo período, também o País angariou o primeiro lugar no tempo de permanência na web. Durante todo o mês de janeiro de 2009, os brasileiros dedicaram, em média, 24 horas e 49 minutos para navegar na web.
Esses números foram divulgados nesta quinta-feira, 19, pelo instituto Ibope/NetRatings e visam mapear os hábitos e a utilização da rede no Brasil. De acordo com os dados divulgados, o total de usuários ativos da internet em janeiro deste ano é 16% maior do que o índice registrado em janeiro de 2008. Já a quantidade de pessoas que residem em lares com acesso a internet manteve-se no patamar de 38,2 milhões, o mesmo alcançado no último trimestre do ano passado.
O tempo de navegação média mensal (24 horas e 49 minutos) dos brasileiros foi 6,9% maior do que o tempo registrado em janeiro de 2008 e 8,7% maior do que a apontada no último mês de dezembro. O resultado coloca o Brasil em primeiro lugar, em termos de tempo de navegação, entre os países avaliados pelo Ibope/NetRatings. Em segundo lugar aparece o Reino Unido (com 24 horas e 37 minutos de média de navegação por mês) e em terceiro ficou a França, onde os internautas passaram, no último mês de janeiro, cerca de 24 horas e 35 minutos na internet.
Em relação aos conteúdos procurados pelos internautas na web, as categorias automóveis e viagens foram as que obtiveram um crescimento mais expressivo. Em janeiro, a procura por assuntos relativos a carros e afins foi 14,2% maior do que a registrada em dezembro e a busca por temas que dizem respeito à viagens e turismo teve um crescimento de 13,3% em relação ao índice do mês de dezembro.

Carga tributária vai a 37,58% do PIB em 2008, diz CNM

Terra
20/02/2009
A carga tributária do País avançou para 37,58% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) nesta quinta-feira. Com relação a 2007, o acréscimo foi de 1,1 ponto percentual.
A confederação ressalta que o o resultado ocorreu mesmo sem a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), extinta no início do ano passado. O percentual inclui todos os tributos recolhidos compulsoriamente da sociedade e das empresas, incluindo royalties, taxas e cobranças judiciais.
Em valores absolutos, a arrecadação foi de R$ 1,09 trilhão em 2008, segundo a CNM. Os municípios responderam por 3,4% deste valor, ou R$ 56,9 bilhões. A receita dos municípios foi a que mais cresceu desde 2002 - 152% em valores nominais, sem descontar a inflação.
A arrecadação com o Imposto sobre Serviços (ISS) foi a terceira que mais cresceu no mesmo período (179%), atrás apenas da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), que avançou 236%, e dos royalties, que cresceram 250%.

China, Índia e Brasil se unem a fórum de regulação financeira

Reuters
20/02/2009
China, Índia e o Brasil se juntaram ao seleto grupo de um importante forum global de regulação financeira nesta quinta-feira, como parte de amplos esforços para reconhecer formalmente a influência econômica dos três países.
A Organização Internacional de Comissões de Valores (Iosco, na sigla em inglês) reúne membros de mais de 100 países, representando mais de 90% dos mercados mundiais de títulos.
Mas o principal trabalho da organização é feito pelo seu comitê técnico que conta com apenas 15 membros, incluindo os Estados Unidos, Japão, Alemanha, França e a Grã-Bretanha.
A organização deixou de fora países como a China, que agora é a terceira maior economia mundial com um mercado financeiro em rápido crescimento.
"A mudança do panorama do sistema financeiro internacional neste momento de crise exige que organizações, como a nossa, reflitam tais mudanças na composição de seus membros", disse Kathleen Casey, presidente do comitê técnico e comissária da Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos, órgão que regula o setor financeiro do país.
A iniciativa do Iosco espelha tendências mais amplas, já que a capacidade de apenas um pequeno grupo de países para determinar as regras financeiras globais é cada vez mais vista como insustentável.

China, India, Brazil join inner regulatory circle

Thu Feb 19, 2009 11:12am EST
LONDON, Feb 19 (Reuters) - China, India and Brazil have joined the inner circle of a top global financial regulation forum on Thursday as part of wider efforts by policymakers to formally recognise the three countries' growing economic clout.
The International Organisation of Securities Commissions (IOSCO) groups watchdogs from over 100 countries representing more than 90 percent of the world's securities markets.
But the key standards-devising work is done by its technical committee of just 15 members, including the United States, Japan, Germany, France and Britain.
It has left out watchdogs from countries such as China, now the world's third biggest economy and with a fast growing financial market.
"The changing landscape of the international financial system in this time of crisis demands that organizations, such as ours, reflect such changes in the composition of its membership," said Kathleen Casey, chairman of the technical committee and a commissioner at the U.S. Securities and Exchange Commission.
IOSCO's move mirrors broader trends as the ability of just a handful of countries to determine global financial rules is increasingly seen as untenable.
Global leaders have agreed to draw regulatory lessons from the credit crunch via the Group of Twenty (G20) countries so that nations like China, Brazil and India have a say.
The Financial Stability Forum (FSF), a body aimed at ensuring market stability, is made up of government and central bank officials from 12 countries and several financial institutions, is expected to be expanded.
Haggling over which new countries may join the FSF continues behind the scenes and some observers expect China, Brazil and India to be given a seat.
The G20 holds a summit on April 2 in London to agree on a more detailed set of actions to reform financial market regulation and oversight. (Reporting by Huw Jones, editing by Swaha Pattanaik)

UPDATE 2-Brazil sells oil to China, expects $10 bln loan

Thu Feb 19, 2009 1:55pm EST
By Raymond Colitt
BRASILIA, Feb 19 (Reuters) - Brazil signed an agreement on Thursday to supply China with 100,000 to 160,000 barrels of oil per day at market prices and expects to obtain billions of dollars in Chinese investment to develop its huge oil reserves.
The agreement, which will take effect immediately, was announced at Brazil's foreign ministry after President Luiz Inacio Lula da Silva met with Vice President Xi Jinping of China in the capital city of Brasilia.
The oil will go to state-owned China National Petroleum Corp and to Sinopec (0386.HK).
Brazil's state-run energy company, Petrobras (PETR4.SA) (PBR.N), signed a memorandum of understanding to secure long-term financing from the Chinese Development Bank and hopes to receive up to $10 billion from it by May. The funds are to help extract massive, newly found oil reserves deep beneath the ocean floor off Brazil's southern coast.
"We'll settle it by the time the president (Lula) visits China in May," Petrobras Chief Executive Jose Sergio Gabrielli told reporters after meeting with Chinese officials.
"It could reach $10 billion," he added.
The foray into Brazil is part of China's global push to ensure future supplies of key natural resources, such as petroleum, agricultural goods and minerals.
Petrobras needs cash to help cover the massive costs of exploring vast new discoveries of high-grade light oil and natural gas in the so-called Santos Basin, which analysts estimate could hold up to 80 billion barrels of oil.
Brazilian Foreign Minister Celso Amorim hailed the deals as proof of growing cooperation between two large emerging markets.
"This is the most important South-South relationship," he said, referring to growing trade ties between developing countries.
On Tuesday, China Development Bank signed a $25 billion financing deal with Russia's state oil champion Rosneft (ROSN.MM) and pipeline monopoly Transneft (TRNF_p.RTS) in exchange for oil from the huge new East Siberian fields for the next two decades.
Petrobras said on Monday it was negotiating with up to four oil consumer countries to receive financing from them in exchange for future oil supplies. It is the first time that the Brazilian firm has negotiated this type of financing. (Writing by Todd Benson; Editing by Walter Bagley)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Pior momento para indústria nacional já passou, diz Ipea

Terra / Marina Mello
19/02/2009
Um estudo divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a "transmissão" dos efeitos da crise financeira mundial sobre a economia brasileira aponta que são grandes as chances de o setor industrial já ter enfrentado seu momento mais difícil.
O estudo mostra que, levando em conta dados sobre expectativa coletados por instituições como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), janeiro de 2009 não foi um mês tão ruim para o setor na comparação com dezembro de 2008.
Para comprovar isso, o Ipea cita exemplos de melhora como o fato de em janeiro ter havido um aumento de 3,16% nas vendas de veículos leves na comparação com dezembro.
"Existem alguns sinais de que em janeiro de 2009 não foi um mês tão difícil para a produção industrial como foi o mês de dezembro. (...) Embora não seja possível afirmar que haverá recuperação da indústria, já nos primeiros meses do ano, talvez seja possível dizer que o pior do ajuste da indústria já passou", diz a pesquisa.
Com base nesse estudo, o Ipea afasta a possibilidade de a economia brasileira entrar em recessão nos próximos meses. "Existem vários elementos que permitem inferir uma possível melhora nas condições econômicas do País nos próximos meses, ou pelo menos, no segundo semestre de 2009. Em outras palavras, o quadro recessivo observado nos países desenvolvidos não está posto para a economia brasileira", conclui a pesquisa.
O diretor do Ipea, Marcio Wholers, explica que nem o mais "crítico" dos analistas possui "bola de cristal" para saber o que pode vir a ocorrer, dada a prematuridade da crise e das diversas variáveis imprevisíveis nesse sentido.
Mesmo assim, diante dos pequenos sinais de melhora da economia brasileira diante de medidas anunciadas pelo governo, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que elevou a venda de veículos, Wholers acredita ser possível se dizer que, por enquanto, o País não corre risco de entrar em recessão.
"Não vemos essa condição de recessão no ano de 2009, dado os elementos que existem na economia brasileira", afirmou o diretor do Ipea.

Parlamentares aprovam ingresso da Venezuela no Mercosul

Agência Senado
19/02/2009
Por nove votos favoráveis e quatro contrários, a Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul) aprovou nesta quarta-feira o ingresso da Venezuela no bloco econômico. A decisão já foi aprovada na Câmara, mas ainda tem que ser referendada pela Comissão de Relações Exteriores e pelo Plenário do Senado.
O deputado Claudio Diaz apresentou voto em separado contra o ingresso da Venezuela no bloco. Ele disse que isso não é bom para o Brasil, neste momento, e criaria mais problemas para o Mercosul, além dos conflitos que já existem entre os quatro países membros: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Diaz fez vários questionamentos sobre o tratamento privilegiado que a Venezuela receberá em relação a Brasil e Argentina. O texto determina que, enquanto Brasil e Argentina abrirão o comércio para a Venezuela em janeiro de 2010, o contrário só ocorrerá em 2012.
Em resposta, o relator do Projeto de Decreto Legislativo 387/07, que contém o Protocolo de Adesão da Venezuela ao Mercosul, deputado Dr. Rosinha (PT-PR), afirmou que o discurso político do presidente venezuelano Hugo Chávez não corresponde à prática econômica da Venezuela.
Segundo Dr. Rosinha, atualmente os principais parceiros comerciais daquele país são os EUA e a Colômbia, países contrários à Venezuela no plano ideológico.

Hidrovias exigirão investimentos de R$ 18 bilhões

Gazeta Mercantil / Ana Carolina Oliveira
19/02/2009
O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, disse que o órgão apresentará, no próximo mês, para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, um programa para ampliação e instalação de três hidrovias que demandará investimentos na ordem de R$ 18 bilhões. Para alcançar o objetivo, serão ampliados e instalados três projetos de grandes hidrovias nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do País. Ao todo, o projeto prevê mais de 4 mil quilômetros de hidrovias nos próximos quatro anos.
A maior obra está avaliada entre R$ 5 e R$ 8 bilhões para a expansão da Hidrovia Paraná-Tietê em 1,2 mil quilômetros, passando dos atuais 800 quilômetros para 2 mil quilômetros, além disso, serão construídas 12 eclusas (elevadores que permitem a subida ou descida de embarcações em trechos de rios que apresentam desníveis) nessa hidrovia.
Segundo Pagot, a ampliação da hidrovia aumentará a capacidade de transporte de carga de 5 milhões para 30 milhões de toneladas por ano e a hidrovia terminaria a uma distância de 150 quilômetros do Porto de Santos. A hidrovia escoará a carga dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e levará principalmente soja, açúcar, álcool e biocombustíveis.

Carga tributária recorde vai a 36,54% do PIB

Último Segundo
19/02/2009
Com 36,54%, um ponto acima de 2007, a carga tributária em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) bateu novo recorde no ano passado. Estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) usou como referência a arrecadação de R$ 1,056 trilhão para um PIB estimado em R$ 2,890 trilhões. O aumento de um ponto percentual ficou dividido em 0,52 ponto para os tributos federais, 0,35 para os estaduais e 0,13 para os municipais. As informações são do jornal “Folha de S. Paulo”.
A carga tributária tem crescido ano a ano desde 2004. O último ano em que houve recuo em relação ao PIB foi 2003, quando ficou em 32,54% -em 2002, havia sido de 32,65%.
"Isso quer dizer que o governo avança cada vez mais na riqueza nacional, sem que isso revele efetivamente um aumento substancial da qualidade do serviço público", afirma o advogado Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT, coordenador do estudo.
Procurada pela reportagem, a Receita não se manifestou. A assessoria de comunicação disse que a arrecadação e assuntos correlatos serão tratados em entrevista nesta quinta-feira.
Embora questione a elaboração de estimativas antes da divulgação dos números oficiais, o ex-secretário da Receita Everardo Maciel, diretor da Logos Consultoria, avalia que a carga tributária "provavelmente aumentou". Maciel defende que se separe, no assunto, o conceito de pressão fiscal. Segundo ele, houve, no ano passado, aumento real de arrecadação -7,6% apenas no âmbito federal-, e não elevação de alíquotas nem da base de impostos. "Mantida a pressão fiscal, um ponto não é nada."
Em 2009, a arrecadação tende a cair. Espera-se recuo expressivo nos tributos relacionados ao ganho das empresas -Imposto de Renda e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), além de desonerações, como as que ocorreram com o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a indústria automobilística, com as alíquotas intermediárias do IR das pessoas físicas e com o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), com o objetivo de oxigenar o crédito.
Este ano vai marcar "a despedida da bonança",diz o consultor econômico Raul Velloso, diretor da ARD Associados.

Regras para demonstração contábil

DCI / Fernando Albino
19/02/2009
Novas exigências trazem preocupação às empresas abertas e também às companhias consideradas de grande porte
As novas exigências legais aplicáveis às demonstrações contábeis a serem publicadas até 30 de março, relativas ao exercício terminado em 31 de dezembro de 2008, têm sido fonte de preocupações para as sociedades anônimas abertas e para aquelas consideradas de grande porte (com ativos superiores a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões, sociedades anônimas fechadas ou sociedades limitadas).
A Lei número 11.638, de dezembro de 2007, alterou dispositivos de natureza contábil da Lei nº 6.404/76, que regula as sociedades por ações, com o intuito de fazer convergir os padrões contábeis brasileiros para aqueles recomendados pelo International Accounting Standards Board (IASB), órgão responsável por editar os International Financial Reporting Standards (IFRS).
A partir de 2010, todas as empresas enquadradas na nova lei estarão obrigadas a seguir as suas regras, sendo que algumas delas já se aplicam às demonstrações de 2009.
Se o cronograma for fielmente seguido, o que vem acontecendo até aqui, o Brasil poderá se orgulhar de ser o primeiro país a se enquadrar inteiramente nos novos parâmetros internacionais de contabilidade.
A adaptação das regras contábeis nacionais aos IFRS está sendo conduzida pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que congrega a Associação Brasileira das Sociedades de Capital Aberto (Abrasca), a Associação dos Investidores em Mercado de Capitais (Apimec Nacional), a BMF&Bovespa, o Conselho Federal de Contabilidade, a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e o Instituto Brasileiro de Contabilidade (Ibracon).
Algumas dessas normas têm sido transformadas em atos administrativos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) naquilo que se aplica às sociedades abertas.
A Medida Provisória número 449, de 3 de dezembro de 2008, instituiu o Regime Tributário de Transição (RTT) para apuração do lucro real, optativo e transitório para os anos-calendário de 2008 e 2009 e obrigatório a partir do ano-calendário de 2010, inclusive quanto à apuração de lucro pelos regimes de lucro presumido e arbitrado, visando a manter a neutralidade fiscal com relação às eventuais consequências tributárias que os novos padrões contábeis possam provocar.
As autoridades fiscais, em conjunto com a CVM e com o Banco Central (no que se refere às instituições financeiras e entidades autorizadas a funcionar pelas autoridades monetárias), continuam se reunindo e participando do esforço de adaptação à nova realidade.
Até o final de 2008, a CVM já havia editado medidas que abordam um grande número de questões, entre as quais se destacam a estrutura conceitual para a elaboração das demonstrações contábeis, a demonstração do fluxo de caixa, o tratamento de partes relacionadas, as operações de arrendamento mercantil, a subvenção e assistência governamentais, os pagamentos com ações, os contratos de seguros, os ajustes a valor presente e a atividade imobiliária.
Para 2009 estão previstas ainda 28 medidas que pretendem esgotar o universo de alterações, e, com isso, introduzir em sua inteireza todas as adaptações necessárias aos padrões internacionais, o que fará com que no ano que vem todas as demonstrações contábeis já estejam submetidas aos padrões IFRS.
A importância dessa inclusão contábil internacional não deve passar despercebida.
Em uma economia globalizada, as empresas brasileiras estarão em igualdade de condições com as suas congêneres de outros países, a propiciar com muito mais facilidade operações de fusão e aquisição, contratos entre elas, padrões de comparação de eficiência e lucratividade em operações de captação de recursos externos, enfim, uma transparência econômico-financeira que as fará partícipes do quadro internacional com muito mais facilidade.
Além disso, os padrões internacionais procuram sempre aperfeiçoar os lançamentos contábeis, de forma a que reflitam da melhor maneira os eventos econômico-financeiros das empresas, permitindo aos seus acionistas e ao mercado em geral uma avaliação mais precisa de agregação de valor a suas operações.
Aliás, é de se destacar a qualidade de regulação da economia brasileira.
Em todos os segmentos sobre os que se debruçar, constata-se que as autoridades reguladoras estão atualizadas com o que há de mais moderno no mundo.
Será assim no campo contábil, como já vem sendo no mercado de capitais, no mercado financeiro, no setor da concorrência, no meio ambiente e no direito do consumidor.
Esses aspectos institucionais certamente favorecerão a economia brasileira quando a atual crise econômica global for superada.
O Brasil tem tudo para sair fortalecido da turbulência e ser distinguido com um bom ambiente para negócios.
Dentro desse contexto, merece destaque a Instrução CVM número 475, que tratou da divulgação, em nota explicativa específica, de informações detalhadas sobre os instrumentos financeiros firmados pelas sociedades abertas.
Entre esses contratos, encontram-se todos aqueles que deram origem à débâcle bancária internacional, que começou nos Estados Unidos e resultou em uma das maiores destruições de valor já assistidas pela economia capitalista, tais como, derivativos, contratos a termo, swaps (trocas) e opções, bem como as suas combinações possíveis.
Chamou a atenção o rigor com que agiu a autoridade brasileira, exigindo que a companhia esclarecesse as consequências que poderiam advir de uma situação de estresse nos contratos, a exemplo dos descolamentos de moedas ou de índices de referência que provocam riscos inesperados e de grande monta às partes. Estamos no caminho certo, pois a informação adequada constitui a base para uma decisão acertada.
Novas exigências legais para os balanços têm sido fonte de preocupação para as empresas.

Brazil real best-positioned Latam currency-Merrill

Wed Feb 18, 2009 12:42pm EST
SAO PAULO, Feb 18 (Reuters) - Brazil's real is the best-placed currency in Latin America to weather increased risk aversion caused by the ongoing turmoil in global financial markets, U.S. securities firm Merrill Lynch said.
The country's massive $200 billion in foreign exchange reserves and the central bank's market interventions will likely keep the Brazilian currency steady for most of the year, Merrill said in a report dated Feb. 17 .
The real BRBY should strengthen by the end of 2009 as investors flock back to Brazil because of the country's high domestic interest rate.
"Improved global risk appetite toward the end of the year should encourage renewed financial inflows given the attractive carry," Merrill said in a report, referring to an investment strategy where investors borrow in currencies with low funding costs such as the Japanese yen to buy high-yield assets.
Merrill revised its 2009 and 2010 forecasts for the real to account for a weakening of the currency in recent months. The firm sees the real trading at 2.3 per dollar in March, a low point for the year, before strengthening to 2.1 in December and 1.95 at the end of 2010.
The estimates compare to 2.05 for March, 1.9 for December 2009 and December 2010, which Merrill forecast on Nov. 25.
The real weakened 1.4 percent on Wednesday to 2.358 against the dollar.
Mexico's peso also stands out as a well-performing currency in the region, Merrill said. The peso is forecast to trade around 14.5 to the dollar for most of the year, before a "strong rebound" at the end of 2009 as risk aversion eases.
Mexico's currency is forecast to gain to 13.25 pesos per dollar at the end of 2009 because "the unwinding of the oil revenue FX hedging should provide strong support to the currency," Merrill said. The peso should gain further in 2010, trading at 12.5 pesos at the end of December.
(Reporting by Elzio Barreto; Editing by Diane Craft)

Bovespa Volume May Tumble to 2006 Level, Pinto Says (Update3)

By Leonardo Lara and Francisco Marcelino
Feb. 18 (Bloomberg) -- Brazil’s stock-exchange volume may tumble to 2006 levels this year amid the global financial crisis, said BM&FBovespa SA Chief Executive Officer Edemir Pinto.
Trading volume will decline after rising to 1.4 trillion reais ($582 billion) in 2008 and 1.2 trillion reais in 2007 on surging share sales, Pinto said in a Bloomberg Television interview in Sao Paulo. Volume was 598.9 billion reais in 2006.
“The total amount traded could return to 2006 levels,” Pinto said in a separate interview later in the day.
BM&FBovespa, Latin America’s biggest exchange, slumped 4.5 percent to 6.22 reais in Sao Paulo trading. The decline extended a drop this week to 11 percent.
Brazil stock trading surged in 2007 as companies raised a record 75.5 billion reais selling shares in initial and secondary offerings, according to the country’s securities regulator. Average daily stock trading volume rose to a record 7 billion reais in May 2008 before sliding to 3.8 billion reais in December after a plunge in equities prices.
“The years of 2007 and 2008 were atypical because of share offerings,” Pinto said.
A Bovespa spokesman said tonight that the bourse gave no projection for stock market volumes in 2009.
‘Zero Return Abroad’
Victor Kaneo Mizusaki, an analyst at Itau Corretora de Valores SA in Sao Paulo, said a fall in average daily volume to 2006 levels would be about 50 percent bigger than he estimated. Mizusaki expects daily volume will average 4.4 billion reais in 2009, he said in an interview.
Average daily volume in the fourth quarter of 2006 was 3 billion reais, compared with 4.45 billion reais in the same period last year. Average volume reached 6.96 billion reais a day in the fourth quarter of 2007, according to Bloomberg data.
A return of foreign investors may boost volume toward year end, Pinto said.
“Foreign investors are coming back to Brazil as they face almost zero return abroad and because of Brazilian economic fundamentals,” said Pinto. “Foreign inflows may fully recover in the second half of the year.”
Foreign investors pulled a record 24.6 billion reais from Brazilian stocks last year, according to BM&FBovespa. The Bovespa index tumbled 41 percent in 2008, the most ever.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Plano de estímulo marca princípio do fim da crise, diz Obama

Rodrigo Postigo
18/02/2009
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou nesta terça-feira, em Denver, o plano de estímulo econômico aprovado por deputados e senadores na última semana. Segundo ele, o pacote "marca o princípio do fim (da crise)".
"Começamos o trabalho essencial para manter o sonho americano vivo", disse Obama na cerimônia de assinatura do plano de cerca de US$ 787 bilhões.
Pelo plano, segundo Obama, serão criados milhões de empregos. Cerca de 400 mil americanos devem ser contratados para a reconstrução de estradas e pontes do país. "Estamos colocando americanos para trabalhar, fazendo trabalhos que os Estados Unidos precisam que sejam feitos", afirmou ele.
Apesar disso, o presidente Obama alertou que "não será fácil" sair da crise. "Não vou pretender que este dia marque o fim de nossos problemas econômicos. O plano também não representa a totalidade do que deveríamos fazer para reverter a situação econômica", declarou Obama pouco antes de assinar o texto.

Conselho publica normas de contabilidade no Diário Oficial

Agência Brasil
18/02/2009
O Conselho Federal de Contabilidade publica na edição de hoje (17) do Diário Oficial da União medidas sobre a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade.
De acordo com a resolução n.º 1.156, os procedimentos adotados no Brasil devem seguir os mesmos padrões de elaboração e estilo das normas internacionais.
A estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, segundo o texto, classifica-se em Profissionais “aquelas que estabelecem preceitos de conduta para o exercício” e Técnicas, que prevêem conceitos doutrinários, estrutura técnica e procedimentos a serem aplicados, sendo classificadas em Contabilidade, Auditoria Independente e de Asseguração, Auditoria Interna e Perícia.

Brasil quer agilizar o ingresso da Venezuela no Mercosul

Correio do Brasil
18/02/2009
A aprovação, por referendo, de reeleições ilimitadas na Venezuela não deve atrapalhar a entrada do país no Mercosul, na avaliação do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Ao contrário, o chanceler acredita que o clima de tranquilidade em que transcorreu a consulta popular pode ser positivo para o processo de adesão.
– É positivo. O fato de ter transcorrido de maneira pacífica, sem incidentes e sem contestação da oposição, é algo que fortalece o presidente Hugo Chávez politicamente – afirmou o chanceler, em entrevista a jornalistas.
O ingresso da Venezuela no bloco regional já foi aprovado pela Argentina e pelo Uruguai, mas depende de aprovação do Senado brasileiro e do Parlamento paraguaio. No Congresso brasileiro, a adesão da Venezuela vem esbarrando na figura do presidente Hugo Chávez, acusado de ser ditador e antidemocrático por partidos como o DEM. A resposta do governo brasileiro e da base aliada tem sido sempre de que governantes são passageiros e o processo de integração regional é algo que transcende governos. A perspectiva de que Hugo Chávez se mantenha indefinidamente no poder dá munição ao discurso da oposição.
– Em política não existe pra sempre. Está previsto que haverá eleições, ele não estabeleceu uma ditadura. O importante é que a Venezuela continue respeitando, como tem feito, a vontade majoritária do povo e, ao mesmo tempo, levando na devida conta e da maneira adequada, os direitos da minoria. Não tem havido repressão, que eu saiba não há presos políticos na Venezuela – disse Amorim.

Vendas no varejo caem 0,3% em dezembro e crescem 9,1% em 2008,diz IBGE

Valor Online
17/02/2009
O volume de vendas do comércio varejista nacional expandiu-se 9,1% no ano passado completo. No mês final de 2008, houve declínio de 0,3%, seguindo recuo de 1% em novembro e de 1% em outubro, considerando ajuste sazonal. Em relação a dezembro de 2007, porém, o comércio varejista avançou 3,9%. As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na passagem de novembro para dezembro do ano passado, quatro das oito atividades analisadas verificaram queda, como Móveis e eletrodomésticos (-3,7%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,8%). Em sentido inverso, Livros, jornais, revistas e papelaria registraram acréscimo de 1,2% e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação ampliaram-se 11,9%.
Respeitando o comparativo dezembro de 2008 com mesmo mês do exercício antecedente, sete de oito atividades do varejo tiveram volume de vendas maior. A exceção ficou com Tecidos, vestuário e calçados, com baixa de 6,3%.
A receita nominal de vendas diminuiu 0,6% entre novembro e dezembro do ano passado. Ante o mês final de 2007, houve, contudo, ampliação de 9,6%. Em 2008 completo, a alta foi de 15,1%.
O comércio varejista ampliado, que inclui o comércio de veículos, motos, partes e peças e material de construção, apresentou elevação de 9,9% no volume de vendas em 2008 em relação ao exercício anterior. Nesse confronto, a receita nominal ampliou-se em 15,1%. Entre novembro e dezembro de 2008, as vendas cederam 1% e a receita nominal teve queda de 0,8%, na série com ajuste sazonal.

Argentina manterá restrições à entrada de produtos do Brasil

Agência Brasil
18/02/2009
Três horas de reunião entre ministros brasileiros e argentinos não foram suficientes para convencer o governo do país vizinho a suspender a regra de licenças não automáticas de importação, impostas nos últimos meses a mercadorias de sete segmentos - linha branca, linha marrom, autopeças, calçados, têxteis e confecções, vidros e siderúrgicos.
“Não consideramos que tomamos medidas restritivas. As regras vigentes continuam vigentes, isso com certeza”, afirmou o chanceler da Argentina, Jorge Taiana, ao final da reunião, no Itamaraty.
O regime implica na demora de até 60 dias para a liberação de importações e é considerado, pela indústria brasileira, como uma restrição à entrada de produtos fabricados aqui. Mesmo pressionado no âmbito doméstico, o governo brasileiro não pretende – ao menos por enquanto – responder na mesma moeda, adotando medidas restritivas à entrada de produtos argentinos no país.
“O Brasil prefere não tomar as medidas porque achamos que são contraproducentes ao próprio desenvolvimento da integração. Discutimos várias outras formas que poderão atender a sensibilidades mais imediatas”, garantiu o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim. “Nossa expectativa é de que, através destas conversas, se encontrem formas mutuamente acordadas que evitem medidas de caráter unilateral. A convicção do Brasil é de que não é positivo que haja medidas dessa maneira”, reiterou.

Doubts About Stimulus Drag Stocks Down Sharply

By THE ASSOCIATED PRESS
Published: February 17, 2009
Filed at 7:34 p.m. ET
NEW YORK (AP) -- Doubts that the government's stimulus and bank bailout programs can stop the global economic freefall dragged Wall Street to within a fraction of a point of its lowest close in 5 1/2 years Tuesday.
As President Barack Obama signed the $787 billion stimulus bill and automakers scrambled to come up with restructuring plans, investors waited anxiously for more specifics about efforts to rescue the economy.
''The government has their hand on the tiller. They're steering. And that's the problem. The markets are not confident the proper course has been set yet,'' said Henry Herrmann, chief executive officer at investment management firm Waddell & Reed.
Richard E. Cripps, chief market strategist for Stifel Nicolaus, said Tuesday's drop represented ''a crescendo, if you will, of uncertainty. We're still in that period where more information needs to come out.''
The Dow Jones industrial average closed down 297.81 points, or 3.79 percent, at 7,552.60 -- just 31-hundredths of a point above its post-meltdown Nov. 20 close of 7,552.29, which was its lowest close since March 12, 2003. The Standard & Poor's 500 index fell 37.67, or 4.56 percent, to 789.17.
Worries about ailing banks, struggling automakers, tumbling home prices and cash-strapped consumers are threatening to push U.S. stocks back to levels not seen since the late 1990s.
Tuesday's trading session followed sharp pullbacks on overseas exchanges as investors around the world considered the likelihood of a delayed recovery. And over the weekend, a meeting of Group of Seven finance ministers failed to produce any specific steps to revive the global financial system.
''We don't think the recession's over until at least the middle of the year, and that's even starting to seem very early,'' said JPMorgan equities analyst Thomas J. Lee, adding that the market's worries are ''nothing new -- the magnitudes are worse.''
Obama is scheduled to discuss a program Wednesday on preventing foreclosures, but investors are especially anxious for details from the Treasury Department about its new rescue plan for the troubled banking sector.
The stock market is usually regarded as a forward-looking mechanism, but Lee pointed out that about one-third of the time, the S&P recovered around the same time as the economy.
''I'm tilting toward thinking we're going to have lows in mid-July,'' Lee said.
Investors are questioning whether the major indexes will breach their lows of last November, when investor fears ran high.
During that period, the Dow came within 102 points of the five-year trading low of 7,449.37, and the S&P came with 48 points of its 11-year low of 741.02.
On Tuesday, the Nasdaq composite index fell 63.70, or 4.15 percent, to close at 1,470.66. The Russell 2000 index of smaller company stocks fell 19.46, or 4.34 percent, to 428.90.
Only 219 stocks rose on the New York Stock Exchange, while 2,898 fell. Volume came to 1.61 billion shares. Investors fled from stocks and flocked instead to Treasurys, sending government debt yields lower.
The retreat in U.S. stocks occurred alongside a pullback in markets overseas. In Asia, Japan's Nikkei stock average fell 1.4 percent, and Hong Kong's Hang Seng index fell 3.79 percent.
In Europe, Britain's FTSE 100 fell 2.43 percent; Germany's DAX index fell 3.44 percent; and France's CAC-40 fell 2.94 percent. In Latin America, Brazil's Ibovespa index plunged 4.8 percent, and Mexico's IPC index fell 3.4 percent.
One big worry on Wall Street in particular is that General Motors Corp. and Chrysler LLC might not be able to repay billions of dollars in loans and return to profitability.
GM has already received $9.4 billion from the government and could get another $4 billion if the Treasury Department signs off on its viability plan. Chrysler, which has already borrowed $4 billion, said Tuesday in its restructuring plan that it wants another $5 billion -- $2 billion more than its initial request of $3 billion in additional financing.
GM shares dropped 32 cents, or 12.8 percent, to $2.18. Chrysler's shares are not publicly traded. The White House said Tuesday it has not closed the door to a government-backed automaker bankruptcy.
The biggest fear in the market is not that the stocks of banks and automakers will get wiped out. If all the Dow companies involved in financial services or automaking -- American Express Co., Bank of America Corp., Citigroup Inc., JPMorgan Chase & Co., General Electric Co. and General Motors Corp. -- saw their shares sink to zero right now, the Dow would only lose about 400 points, or 5 percent.
Rather, the concern is that these ailing industries will keep hobbling the broader financial system and the economy. On Tuesday, Wall Street got another dose of grim economic news -- the New York Federal Reserve said its regional index of manufacturing activity is showing the sharpest contraction in February since it started the gauge in 2001.
Not even slightly better-than-expected fiscal fourth-quarter results from the world's largest retailer, Wal-Mart Stores Inc., could help buoy stocks. The market recently has shrugged off bits of stronger-than-anticipated corporate data as anomalies rather than harbingers of improvement. There is a ''tendency to dismiss them as, at the moment, not relevant,'' Herrmann said.
Wal-Mart reported operating earnings of $1.03 per share for the quarter ended Jan. 31, compared with analysts' expectations for earnings of 99 cents per share, according to Thomson Reuters. But the company also said first-quarter earnings could miss Wall Street expectations.
Wal-Mart was only company among the 30 Dow components to rise Tuesday. Its shares rose $1.71, or 3.68 percent, to $48.24.
Bank stocks were the biggest losers of the day, but nearly all sectors performed badly on Tuesday -- including technology, energy and airlines.
Insurance companies were hit hard, too. Allstate Corp. fell $2.09, or 9.8 percent, to $19.14, and MetLife Inc. fell $2.71, or 10 percent, to $24.09.
The yield on the benchmark 10-year Treasury note, which moves opposite its price, fell to 2.65 percent from 2.90 percent late Friday. The yield on the three-month T-bill, considered one of the safest investments, rose marginally to 0.29 percent from 0.28 percent late Friday. U.S. markets were closed on Monday.
The dollar rose against other major currencies. Gold prices also rose.
Oil prices fell $2.58 to $34.93 per barrel on the New York Mercantile Exchange.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Governo prepara ofensiva para elevar exportações

Agência Estado
17/02/2009
Diante dos temores de desaquecimento econômico, o governo brasileiro decidiu nadar contra a corrente negativa e partir para o ataque na tentativa de garantir o fluxo de comércio no mercado internacional. Os resultados negativos da balança comercial no início de 2009 impuseram ao governo uma dura realidade, que exige, segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, agressividade nas negociações bilaterais com parceiros prioritários, na conquista de novos mercados e na manutenção daqueles onde o Brasil já tem participação.
O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, decidiu na quinta-feira da semana passada, com sua equipe, que irá liderar as missões comerciais para países prioritários. "O ministro vai se engajar em mais missões, além das que já estão programadas", informou Barral à Agência Estado. Já estão agendadas para este ano missões comerciais para Rússia, Moçambique, Angola e África do Sul. Na semana passada, o ministério lançou uma agenda de eventos internacionais programados para 2009 para dar transparências às ações de comércio exterior e ajudar o setor privado a se organizar.
O secretário explicou que a estratégia do governo também será a de levar para as reuniões bilaterais todas as reclamações recebidas do setor privado. "Temos uma preocupação sistêmica com o protecionismo", afirmou. A preocupação do MDIC não é compartilhada pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que acredita que a onda protecionista não chegará ao setor agrícola. "O mundo vai continuar comendo. Soja - quem produz? Brasil, Argentina e Estados Unidos. Vão continuar comprando do Brasil", afirmou.

Carga aérea vai crescer 5,7% ao ano no Brasil

Gazeta Mercantil
17/02/2009
O transporte de carga aérea no Brasil crescerá 5,7% ao ano, durante os próximos 20 anos, podendo variar entre 3,9% e 7,5%, de acordo com análise divulgada pela Boeing.
O analista de carga aérea da Boeing para a América Latina, Kai Heinicke, destacou que a expectativa é inferior ao da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que contabiliza a chegada e saída das mercadorias o que, segundo ele, duplica os resultados.
No mundo, as previsões da Boeing é um crescimento de 5,8% para o transporte de cargas nos próximos 20 anos, podendo variar entre 4,8% e 6,7%. Já em 2009, o segmento deve recuar, acompanhando a retração do Produto Interno Bruto (PIB) mundial previsto em 0,5%. A companhia é a maior fabricante mundial de aviões para transporte de cargas, responsável por 90% das aeronaves.
Segundo Heinicke, a previsão de maior crescimento para o setor é em relação à Ásia, com destaque para o mercado doméstico de transporte aéreo da China, que deverá crescer cerca de 10%, segundo previsão da companhia.
"As transportadoras asiáticas, entretanto, apostam em um crescimento de cerca de 20%. Se isso se concretizar, o desempenho do setor será ainda melhor", disse Heinicke, completando que a produção de aviões cargueiros acompanha a demanda pelo serviço de transporte.

Argentina rechaça 'Made in Brazil'

O Estado de São Paulo
17/02/2009
Industriais argentinos pediram ao governo da presidente Cristina Kirchner que "não se deixe pressionar" pelo empresariado brasileiro e continue adotando medidas protecionistas para restringir a entrada no país de produtos "made in Brazil" (fabricados no Brasil). Sintomática e estrategicamente, o pedido foi realizado antes da partida de um grupo de ministros argentinos, que chega hoje a Brasília para se reunir com representantes do governo brasileiro.
O Brasil pretende oferecer linhas de financiamento para as exportações argentinas para tentar desarmar a onda protecionista do país vizinho. Hoje, no Itamaraty, a Argentina estará representada pelos ministros Jorge Taiana, das Relações Exteriores, Carlos Fernández, da Economia, e Débora Giorgi, da Produção. Do lado brasileiro, os ministros Celso Amorim, das Relações Exteriores, Guido Mantega, da Fazenda, e Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ontem, na véspera da viagem do grupo, o ministro de Assuntos Estratégicos do Brasil, Roberto Mangabeira Unger, iniciava em Buenos Aires uma visita de dois dias com a missão de debater com o governo argentino, empresários e sindicalistas como os dois países vão enfrentar a crise global.
Ao longo de janeiro, a Argentina aplicou licenças não automáticas para a entrada de pneus e multiprocessadores de alimentos. Além disso, aplicou preço mínimo para a entrada de 50 tipos de tubos de aço e ferro e, desde a semana passada, entrou em vigor mais uma série de restrições para 800 novos produtos provenientes de todo o mundo, atingindo as vendas brasileiras de têxteis. Na semana passada, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, pediu ao governo que adote "retaliações" para compensar o protecionismo do governo argentino.

Amorim pede criatividade de Brasil e Argentina na crise

Rodrigo Postigo
17/02/2009
O ministro das Relações Exteriores Celso Amorim afirmou nesta segunda-feira que Brasil e Argentina devem ser "criativos" e buscar fórmulas que permitam que ambos avancem na integração, apesar dos obstáculos criados ao Mercosul pela crise financeira global.
"Não creio que haja fórmulas fáceis, mas o importante é poder reforçar a integração", afirmou Amorim, que na quarta-feira receberá em Brasília o chanceler argentino, Jorge Taiana.
A crise financeira internacional provocou alguns temores no Mercosul, formado também por Uruguai e Paraguai, no sentido de que possa originar medidas "protecionistas" no interior do bloco.

Shipping Index’s 147% Rise Signals Jump in Commodity Currencies

By Ye Xie and Candice Zachariahs
Feb. 17 (Bloomberg) -- Shipping costs have more than doubled this year, so it may be time to buy kroner, Aussies and loonies.
The 147 percent jump in ocean-transport prices is evidence that China’s $580 billion stimulus plan will lift raw materials, said Ihab Salib, who oversees $3 billion at Federated Investments Inc. in Pittsburgh. That would benefit countries exporting them, so Salib is “actively trading” Norway’s kroner and Australian and Canadian dollars, nicknamed Aussies and loonies.
Salib and other currency traders have started using the Baltic Dry Index’s global gauge of raw-material shipping costs to help make such decisions. The index and the value of a basket of those three resource-rich countries’ currencies are increasingly moving in tandem -- 96 percent of the time in the past year, up from 84 percent in the past decade, data compiled by Bloomberg show.
“Historically, the Baltic Dry Index is a good leading indicator for commodity prices,” said Salib, who declined to detail his investments. “Commodities are very depressed right now, and they offer good long-term value. Once they come back, these currencies should do well.”
The shipping gauge is a sign that China’s stimulus spending on housing, highways, airports and power grids will have impact beyond its borders. By Feb. 28, it will have spent 25 percent of its stimulus budget, Deutsche Bank AG said Jan. 20, predicting the country’s economy will grow at a 12 percent annual rate between the fourth and first quarter, after shrinking 2.3 percent between the third and fourth.
Oil Rebound
China is the world’s biggest consumer of copper and iron ore and has helped each rally this year by about 10 percent, benefiting Australia and Canada, which account for 10 percent of world production of the two metals. Oil, Norway’s top export, will average $66 a barrel in the fourth quarter, up from an average of $40.62 since Jan. 1, according to the median forecast of 34 analysts surveyed by Bloomberg. China is the world’s second-biggest energy user.
“If a China recovery helps to set a floor on commodity prices, it should be an important boost to commodity-linked currencies,” said Jim McCormick, Citigroup Inc.’s London-based global head of currencies, in a Feb. 5 report.
So far this year, the krone is the second-best performer among the 16 most-actively traded currencies after Brazil’s real, rising 1 percent versus the U.S. dollar to 6.8814 as of 8:14 a.m. in Tokyo. The Australian dollar dropped 7.4 percent to 65.06 U.S. cents. The Canadian dollar weakened 1.9 percent to C$1.2424.
Tracking the Index
Goldman Sachs Group Inc. predicts the Australian dollar will appreciate 9.5 percent to 71 cents in six months and the krone will gain 13 percent to 6 per dollar. Though Goldman sees the Canadian dollar little changed at C$1.25, the loonie has tracked the shipping index 72 percent of the time for the past five years.
A comparison of the three currencies’ U.S. dollar values and the shipping index shows that the former often follow the latter, which is compiled by the Baltic Exchange, a London maritime organization named for the 18th Century coffee shop to which it traces its roots.
The index hit a 2 1/2-year low on Nov. 7, 2001, following the 9/11 attacks. By eight months later, the three currencies had gained an average of 9 percent. The index peaked at 11,793 on May 20, 2008. By July, the Aussie, loonie and krone all were falling steadily; in the year’s second half, they declined 27 percent, 16 percent and 27 percent, respectively. The index’s climb to this year’s Feb. 11 peak of 2055 followed a 92 percent decline in 2008.
‘Dismissed’ Significance
Richard Benson, who oversees $14 billion in currency funds at Millennium Asset Management in London, said many of his peers “dismissed” the significance of the shipping index when it started falling last year.
“It actually proved to be a very good indicator,” Benson said. “When you piece together different bits of information, and the shipping index certainly is one of them, you’ll find the market is moving in the same direction. There’s huge, huge potential for commodity currencies.”
Investors are betting on all three currencies, with net flows into them in the past three months as much as four times stronger than the past year’s average, said Samarjit Shankar, global markets strategy director in Boston for Bank of New York Mellon.
Millennium started buying Australian dollars this month and Norwegian kroner in January. Benson predicts that the krone will appreciate 5 percent to 8.30 per euro, and the Aussie will hit 72.50 cents versus the U.S. dollar, with “high 70s quite achievable.”
Bulking Up
David Tien, who helps money managers at Fischer Francis Trees & Watts oversee funds worth $29 billion as of mid-2008, said his firm has bulked up on the Aussie and the krone. Eight percent of the currency fund he oversees is in kroner and 15 percent is in Australian dollars.
Tien said the shipping index backs up other evidence that China’s stimulus is working, including its loan growth, which reached a record 1.62 trillion yuan ($237 billion) in January, twice the record set in 2008.
China’s “stimulus is really just getting under way,” Tien said. “What that means is, within about one month or two months, you are going to see a spur in commodity demand. We think it’s a great time” to invest in kroner and Aussies.
A rebound in hard commodities would benefit companies like Stavanger-based StatoilHydro ASA, Norway’s top oil producer; Potash Corp. of Saskatchewan in Canada, the world’s largest fertilizer producer by market value; and Melbourne-based BHP Billiton Ltd., the world’s biggest mining company. Those companies’ shares have risen 5.6 percent, 18 percent and 5.2 percent, respectively, this year.
Hurting Exporters
A strengthening of the krone, Aussie and loonie would hurt exporters that report in their local currencies such as Melbourne-based Alumina Ltd., a partner in the world’s biggest producer of the material used to make aluminum, and Newcrest Mining Ltd., Australia’s largest gold-mining company, which returned to profit in the first half as prices of bullion in Australian dollars rose to a record on Feb. 12.
Spending by China alone may not be enough to drive up demand for commodities and related currencies. Last month, the International Monetary Fund cut its estimate for world growth this year to 0.5 percent, the weakest since World War II.
Joel Crane, Deutsche Bank strategist in New York, said in a Feb. 13 report that while “upward momentum remains in the Baltic Dry Index,” its growth rate may slow “in the coming weeks.”
Anthony Michael, who helps oversee $158 billion globally as Asian head of fixed-income at Aberdeen Asset Management Asia Ltd., said the Canadian dollar may lag the Australian currency.
‘Favorable’ Bet
“One of our most favorable currency bets is that the Australian economy is going to recover through being leveraged off Asia much better than Canada,” said Singapore-based Michael, who advises betting on the Aussie against the loonie.
Another risk is foreign-exchange volatility, which remains high. Options traders see major currencies swinging as much as 19 percent in the next three months, compared with the four-year average of 9.7 percent, according to JPMorgan Chase & Co.’s G7 Volatility Index.
“Commodity currencies are attractive on a one-year- horizon,” said Steven Englander, chief U.S. currency strategist at Barclays Capital in New York. “First quarter, first half of the year? I am not sure. Longer-term, we expect them to appreciate significantly, but be careful about your timing.”