Correio do Brasil
18/02/2009
A aprovação, por referendo, de reeleições ilimitadas na Venezuela não deve atrapalhar a entrada do país no Mercosul, na avaliação do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Ao contrário, o chanceler acredita que o clima de tranquilidade em que transcorreu a consulta popular pode ser positivo para o processo de adesão.
– É positivo. O fato de ter transcorrido de maneira pacífica, sem incidentes e sem contestação da oposição, é algo que fortalece o presidente Hugo Chávez politicamente – afirmou o chanceler, em entrevista a jornalistas.
O ingresso da Venezuela no bloco regional já foi aprovado pela Argentina e pelo Uruguai, mas depende de aprovação do Senado brasileiro e do Parlamento paraguaio. No Congresso brasileiro, a adesão da Venezuela vem esbarrando na figura do presidente Hugo Chávez, acusado de ser ditador e antidemocrático por partidos como o DEM. A resposta do governo brasileiro e da base aliada tem sido sempre de que governantes são passageiros e o processo de integração regional é algo que transcende governos. A perspectiva de que Hugo Chávez se mantenha indefinidamente no poder dá munição ao discurso da oposição.
– Em política não existe pra sempre. Está previsto que haverá eleições, ele não estabeleceu uma ditadura. O importante é que a Venezuela continue respeitando, como tem feito, a vontade majoritária do povo e, ao mesmo tempo, levando na devida conta e da maneira adequada, os direitos da minoria. Não tem havido repressão, que eu saiba não há presos políticos na Venezuela – disse Amorim.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Brasil quer agilizar o ingresso da Venezuela no Mercosul
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