quinta-feira, 19 de março de 2009

Estudo faz levantamento inédito de oportunidades e carências do mercado de sustentabilidade no Brasil

Portal Fator
19/03/2009
O mercado sustentável brasileiro representa 0,8% do mercado mundial e deve crescer cerca de 5 a 7% ao ano até 2020. O índice é próximo ao crescimento esperado do mercado mundial, estimado em torno de 6,5% ao ano até 2020. Apesar da perspectiva favorável, atualmente as companhias nacionais investem menos de 1% de seu faturamento em tecnologias sustentáveis e a ampliação do investimento depende principalmente de três fatores: custos de equipamentos mais atrativos, a partir da ampliação da oferta doméstica e melhor acesso à importação; maior intercâmbio tecnológico; e harmonização e simplificação da legislação, com fiscalização mais transparente e efetiva.
Estas conclusões fazem parte do estudo “Tecnologias Sustentáveis no Brasil”, realizado pela consultoria Roland Berger Strategy Consultants, em parceria com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil Alemanha. Iniciado no segundo semestre de 2008, o estudo foi desenvolvido em três partes: pesquisa secundária, pesquisa online com 100 empresas brasileiras líderes de mercado e entrevistas pessoais com 10 das maiores empresas no país.
A maioria dos participantes da pesquisa identificou insuficiências sérias na disponibilidade de tecnologias sustentáveis no Brasil, como equipamentos e tecnologias para redução de emissões atmosféricas, para a promoção de energias renováveis ou eficiência energética ou para a melhoria na gestão dos resíduos sólidos.
Segundo o estudo, em 2007, os investimentos brasileiros em meio ambiente (gestão de resíduos sólidos, água e saneamento e poluição atmosférica) somaram US$ 5,2 bilhões, enquanto os investimentos em energias renováveis foram de US$ 6,7 bilhões.
“Podemos afirmar que houve grandes avanços, mas comparando com a Alemanha, o potencial de crescimento é evidente: o setor ambiental daquele país é cerca de 15 vezes maior que o mercado brasileiro, totalizando aproximadamente US$ 82 bilhões; e os investimentos em energia renováveis giram em torno de US$ 40 bilhões, aproximadamente seis vezes o mercado brasileiro”, analisa Thomas Kunze, sócio da Roland Berger Strategy Consultants.
Embora a sustentabilidade e a preocupação ambiental tenham avançado nos últimos anos, o Brasil ainda enfrenta grandes desafios: o índice de reciclagem é de apenas 12% (comparado com 57% na Alemanha), somente 39% das cidades possuem destinação adequada para resíduos sólidos e o saneamento básico está disponível em apenas 51% dos domicílios . A legislação ambiental também se desenvolveu, mas ainda há espaço para fortalecimento da aplicação de novas regulamentações.
“Esse cenário aponta para grandes oportunidades de desenvolvimento do mercado sustentável no Brasil. Assim, é esperado um crescimento do investimento público no setor, ampliando as oportunidades de parcerias público–privadas (PPPs), concessões e privatizações. Além disso, o Brasil se tornou uma importante força em determinadas tecnologias sustentáveis e deve alavancar esta liderança em escala global”, destaca Thomas Kunze.

Brasil tenta recuperar fluxo comercial com a Argentina

DCI / Karina Nappi
19/03/2009
A visita da presidente da Argentina, Cristina Kirchner ao Brasil, que acontece amanhã em São Paulo, pode ser o primeiro sinal de tentativa de acordo entre os dois países, para a recuperação do fluxo comercial, que vem em trajetória de queda. Analistas ouvidos pelo DCI disseram que o crescimento da balança comercial e o fluxo verificados no ano passado não serão repetidos pelos próximos dois anos. A balança comercial continuará superavitária para o Brasil, e o fluxo comercial não deve passar dos US$ 18 bilhões, após os US$ 30 bilhões registrados no ano passado.
O Brasil fechou o mês de fevereiro com um aumento de 7,79% nas exportações para a Argentina e 9,52% nas importações em relação ao mês anterior. Estes dados possibilitaram o crescimento da balança comercial entre os países que desde novembro do ano passado sofre com fortes quedas na corrente comercial. De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior até novembro de 2008 os valores de exportação passavam com folga a casa do bilhão exportado, este mês a balança fechou com somente US$ 693 milhões, se comparado com fevereiro do ano anterior houve uma queda de 49,52%.
Um dos principais motivos apontados pelo gestor de negócios da Câmara Brasil-Argentina do Rio Grande do Sul, Jorge Flores, é a retração do comércio mundial e não somente do comércio entre os países vizinhos. No entanto, o desequilíbrio a favor do Brasil será constante, uma vez que a Argentina ainda não conseguiu recuperar sua economia, antes mesmo desta crise financeira. "A Argentina precisa criar um pensamento de longo prazo, pois só assim conseguirá se recuperar tão rapidamente quanto é previsto", explica Flores.
O valor total exportado para a Argentina sofreu uma queda de 47,42% quando comparado com o mesmo período de 2008. No entanto, se compararmos com o mês anterior, houve um aumento de 7,79%. Segundo o professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite, o motivo apresentado foi à quebra na produção de alimentos por motivos naturais, sofridos pela Argentina. "O nosso vizinho sofreu uma forte seca, o que prejudicou sua produção no trimestre passado e no primeiro trimestre deste ano, e fez com que fosse importado um número superior de produtos."

A importância da gestão tributária no atual cenário econômico

FISCOSoft / André Koller Di Francesco Longo
19/03/2009
Gestão Tributária! Pois é. Inadmissível seria tocar em ponto de tamanha importância sem introduzir o presente com as palavras de Sidney Smith relatando a Inglaterra de 1.840, em que assim transcrevia a situação que via:
" Taxam todos os artigos que entram na bocca, cobrem o corpo ou estão debaixo dos pés; taxam o calor da luz e a locomoção; taxam tudo que existe sobre ou nas águas; tudo o que vem do estrangeiro ou se fabrica no país; taxam a matéria prima e todo novo valor accrescentado pelo trabalho do homem; taxam o molho d alcaparra, que aguça o apetitte, e a droga que restitue a saúde; o arminho que orna a toga do juiz, e a corda que enforca o criminoso ; o sal do pobre e os condimentos dos ricos; os pregos de cobre dos ataúdes , e as fitas da noiva.
No leito ou em pé, ao levantar ou deitar, é preciso pagar".
Certamente, apesar do transcurso do tempo este texto encontra-se tão atual por retratar uma situação vivida por todos, demonstrando como o Estado sempre lidou com a tributação e como os contribuintes estão submetidos a ela.
Desta forma, estar submetido a uma situação é diferente de saber lidar com ela. Assim, através de um choque ortodoxo a Gestão tributária visa confrontar conhecimentos da administração, contabilidade e direito, buscando em uma visão multidisciplinar aparato técnico para apoiar o tomador de decisões, aquele que pode até demitir todos seus funcionários, ficar esquecido pela sociedade, mas sempre será lembrado pelo Estado que jamais o esquecerá até o último tostão de tributo pago, mesmo que seja na penumbra do cárcere.
Assim, como a atual crise econômica teve origem no mercado de crédito e não no mercado de trabalho, é importante buscar estímulos fiscais ao aumento de gastos.
Desta forma, a Gestão Tributária busca compor visões distorcidas por cada "expert" e seus próprios óculos, situação onde cada profissional deve externar o máximo de conhecimentos em relação a sua área de especialidade, mensurando o impacto econômico de cada decisão tomada em relação a situação tributária da Empresa.
Assim, Estados devem Cooperar, pois as Empresas vão buscar as melhores vantagens com menos onerosidade. Então, se é bom ter o Empresário por perto - pois ele gera impostos, empregos e cria riquezas - Porque não uma anistia fiscal?
Certamente em tempos de crise, muitos empobrecem mas outros tantos enriquecem, e talvez temos à acertiva daqueles que lograram êxito na forma em que foram amparados para tomada de suas decisões.
Desta forma, gestão tributária é um trabalho interpretativo, traçado pela linha da legalidade, sendo árduo na medida em que deve prosseguir na busca da sobrevivência econômica das Empresas e na criação de uma sociedade fiscalmente justa, antes de chegarmos a um fim bem retratado nas palavras de Marcelo Campos: Que a própria morte venha a ser considerada uma prática evasiva.

Pesquisa: 74% das empresas esperam lucro menor em 2009

Reuters
19/03/2009
Uma sondagem da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) junto às suas associadas detectou que a maioria delas espera queda nos lucros, na receita e no nível de empregos em 2009, quando comparado ao ano anterior.
De acordo com a pesquisa, que ouviu companhias dos setores de energia elétrica, petróleo e gás, saneamento básico, portos, rodovias, telecomunicações e ferrovias, 74% das companhias espera lucro menor em 2009, enquanto 20% acreditam em aumento dos ganhos e 6% esperam que ele se mantenha no mesmo patamar de 2008.
Entre as companhias ouvidas, 41% também espera receitas menores este ano, ante um índice de 35% que acredita em aumento das vendas. Além disso, segundo a pesquisa, 69% das entrevistadas acredita que o nível de emprego ficará menor este ano sobre 2008, enquanto 20% espera aumentar os quadros e 11% projeta manter a base inalterada.
Entre os dados positivos apontados pela sondagem da Abdib está a declaração da maioria das empresas de que os investimentos serão mantidos e até elevados. Um total de 43% das ouvidas afirmou que as empresas investirão mais em 2009 que no ano passado, enquanto 22% vêem o investimento estável e 35% projeta redução no capital investido.
A maior parte dos empresários (54%) também acredita que a inflação deste ano será menor que em 2008. Para 57% dos consultados, a atual taxa de câmbio será mantida e todos os empresários acreditam na manutenção da queda da taxa Selic - 80% estimam que ela chegue a 9,75% no final deste ano.

Emerging Markets Spared Worst Start on China, Chile (Update1)

By Michael Patterson
March 19 (Bloomberg) -- Just about the only equities gaining in the worst start to a year for the global stock market since 1990 are emerging economies, from Shanghai to Santiago and Tunis to Taipei.
Of the 15 benchmark indexes that rose this year, only one is from a developed country, Sweden. China’s Shanghai Composite Index rallied 22 percent and Russia’s Micex Index rose 20 percent. The gains during the first global recession since World War II are a surprise because emerging markets suffered more than the U.S. and western Europe during past economic slowdowns, according to RidgeWorth Investments’ Alan Gayle.
“Historically we grouped all the emerging markets together and said they were more vulnerable to economic downturns,” said Gayle, a Richmond, Virginia-based senior investment strategist at RidgeWorth, which oversees about $60 billion. “This cycle has made apparent the differentiation within emerging markets. The relative growth story remains good in some of these countries.”
Investors flocked to China on forecasts its economy will grow 8 percent this year, while shares in Russia, Brazil and Chile climbed as prices for their oil, iron ore and copper rebounded after the worst drop in the Reuters/Jefferies CRB Index on record last year. The MSCI World Index was down 14 percent for the quarter through yesterday after paring a loss of as much as 25 percent this year.
‘Bear-Market Rally’
The MSCI World advanced 1.5 percent at 9:22 a.m. in London today on speculation the Federal Reserve’s plan to buy $300 billion of government bonds may end the recession. The MSCI Emerging Markets Index rose 1.9 percent.
The gains since March 9, driven by speculation that the worst of financial-company losses are over after the biggest U.S. banks said they were profitable in January and February following $1.2 trillion in writedowns worldwide, signal a “bear-market rally,” said Morgan Stanley Global Wealth Management’s David Darst.
“Don’t think that the winter is over,” said Darst, the New York-based company’s chief investment strategist. “This is a time maybe to take some profits.”
While the Shanghai index of shares listed in mainland China rose this year, the shares of those stocks traded in Hong Kong fell as international investors lost confidence in China’s earnings growth, and the economic expansion slowed.
Seven of the countries with rising stock indexes in 2009 -- Colombia, Peru, Venezuela, Pakistan, Tunisia, Jamaica and Sri Lanka -- have a total market capitalization under $100 billion, compared with $9.4 trillion in the U.S.
‘Bottoming Process’
“There may be momentary trading opportunities” in developing countries, said Frederic Dickson, who oversees $20 billion at D.A. Davidson & Co. in Lake Oswego, Oregon. Most markets will tend to “shadow the U.S. market, which seems to be going through a volatile bottoming process,” he said.
In Russia, the world’s largest energy exporter, the stock market surged this year as policy makers stabilized the ruble after it dropped 34 percent since June by raising interest rates, curbing bank refinancing and threatening to sell more foreign reserves.
Oil’s 7.9 percent rebound this year through yesterday helped drive the rally. Moscow-based OAO Lukoil, Russia’s second-biggest producer, gained 27 percent. Even after this year’s advance, the Micex is valued at 3.4 times its companies’ reported profits, the lowest level among major markets worldwide, Bloomberg data show.
China Stimulus Plan
“The best reason to go long Russia today is that it’s so cheap,” said James Beadle, the chief investment strategist at Pilgrim Asset Management Ltd. in Moscow. “I also believe there’s going to be a resurgence of some kind in the resource sector” as countries boost infrastructure spending, he said.
China’s Premier Wen Jiabao said this month that the government’s 4 trillion yuan ($585 billion) stimulus package will keep its 8 percent growth target for this year within reach, even after exports fell 26 percent in February.
Anhui Conch Cement Co., China’s largest producer, climbed 36 percent this year as New York-based Goldman Sachs Group Inc. and Frankfurt-based Deutsche Bank AG upgraded the shares, citing increased demand. Conch is based in Wuhu, Anhui province.
“Within emerging markets, we have China high up the list because of the policy effort,” said Michael Dicks, the London- based head of research and investment strategy at Barclays Wealth, which oversees about $203 billion.
Chile, Israel
Brazil’s Bovespa index climbed 6.9 percent as higher iron- ore imports from China sparked a 13 percent rally in Rio de Janeiro-based Cia. Vale do Rio Doce, the world’s biggest manufacturer. The country’s banking system is also boosting investor confidence after Brazilian lenders avoided the mortgage losses that dragged down bank shares across Europe and the U.S., according to Deutsche Bank analyst Mario Pierry.
The IPSA index in Chile, the world’s biggest copper maker, added 5.7 percent this year as prices for the metal rallied 33 percent and the central bank cut interest rates at the fastest pace in 15 years.
Israel’s TA-100 Index increased 7.6 percent after a natural- gas discovery off the coast of Haifa boosted shares of Petach Tikva-based Avner Oil & Gas Ltd. and Netanya-based Delek Group Ltd. by more than 120 percent. Taiwan’s Taiex index added 9.9 percent on higher sales forecasts for Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. and Mediatek Inc. tied to stronger demand from China. Both companies are based in Hsinchu.
South Korea’s Kospi climbed 4 percent, helped by an improved profit outlook for Suwon-based Samsung Electronics Co.
Sweden’s OMX Stockholm 30 Index rose 0.1 percent as the nation’s weakening currency improved the earnings projections for exporters such as Stockholm-based Ericsson AB.
“There are early signs that a little bit more risk-taking is afoot,” said Mark Konyn, the Hong Kong-based chief executive officer of RCM Asia Pacific Ltd., which oversees $11 billion. “We’re starting to see at the margin a re-allocation to equities.”

Brazil’s Central Bank Sees Room to Cut Rates as Demand Slows

By Andre Soliani and Joshua Goodman
March 19 (Bloomberg) -- Brazilian central bank policy makers said they have room to keep cutting interest rates as domestic demand and the economy slow, according to the minutes of their March 10-11 meeting posted on the bank’s Web site today.