segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Varejo engatinha na direção do e-commerce

Gazeta Mercantil / Etiene Ramos
01/09/2008
Grandes redes do varejo pernambucano ainda engatinham na direção do e-commerce mas sabem que ele será importante para enfrentar a concorrência. Algumas nem possuem site, como as lojas de móveis e eletrodomésticos Hermol e a Eletroshopping, ambas com forte presença na Região Metropolitana do Recife seja em lojas de bairros populares ou em shoppings centers, mas planejam uma ofensiva virtual para breve. "Estamos definindo a estrutura de distribuição e de vendas on-line. Ate o final do ano esperamos concluir e lançar o site já com e-commerce", revela o gerente de Marketing da Hermol, Eclésio Batista.
A Via Sports, rede de material esportivo com 12 lojas em Pernambuco e nas capitais do Ceará, Piauí e Maranhão, também pretende invadir o campo virtual mas, mesmo que o pontapé inicial seja dado este ano, a jogada será finalizada em 2009. "Embora as vendas on-line dos concorrentes ainda não atinjam as das nossas lojas, a gente não pode demorar muito a entrar no e-commerce", diz Marcos Ribeiro, gerente de marketing da Via Sports.
A grife de lingerie sofisticada Fruit de La Passion, com lojas em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Recife não esperou e, no ano passado, criou um hotsite de vendas para oferecer aos clientes as suas coleções, em todas as cores e tamanhos disponíveis. "Não almejamos um alto faturamento mas sim atender ao nosso público que não conseguia encontrar tudo o que queria nas revendas multimarcas que vendem Fruit de La Passion em cidades onde não temos lojas próprias", explica o empresário Luis Antonio Bourdon, que administra, a partir do Recife, as vendas on-line da grife para todo o Brasil. A distribuição é feita por contrato com os Correios e o valor da entrega já é calculado pelo site, conforme o peso da peça e o local de destino, e inserido no valor final da compra, fechada apenas com os cartões de crédito Visa, Amex e Mastercard. Experiente no ramo, Luiz Antonio, diz que lingerie não é fácil de vender nem mesmo no balcão, mas tem tido boa aceitação na internet.
De farda Já os produtos eletrônicos e de informática não exigem tanto e quem quer vender pela internet não precisa de muita estrutura. Um bom exemplo é o da Lucbuy, loja virtual dos irmãos Luciane e Luciano Santa Clara, do Recife. Com a expertise adquirida no Mercado Livre, um grande shopping virtual que hospeda vendedores informais ou empresas cobrando comissões pelas vendas fechadas, e a chegada do Supersimples, eles saíram da informalidade abrindo uma pessoa jurídica no ano passado e hoje chegam a vender até R$ 7 mil por mês. As vendas são sincronizadas pelo Mercado Livre que fica com 4,49% de comissão e, segundo Luciano Santa Clara, ainda podem crescer muito. "O e-commerce é maravilhoso. Sempre fui arrojado e nunca tive medo da internet. Nunca dei, nem levei cano", diz o militar da Aeronáutica que, depois do expediente na base aérea, rende a irmã e trabalha, muitas vezes, até de madrugada.

SP terá mais R$ 7,5 bi para investimentos em infra-estrutura

Terra / Vagner Magalhães

01/09/2008
O Estado de São Paulo assinou nesta sexta-feira, com o governo federal, o Programa de Reestruturação e Ajuste Fiscal 2008/2010 (PAF), que permitirá ao governo do Estado ampliar em cerca de R$ 7,5 bilhões os investimentos em obras de infra-estrutura.
"São Paulo está executando um programa robusto de investimentos. Isso se deve ao bom desempenho fiscal e a redução da dívida (proporcional) do Estado", afirmou o ministro da Fazenda Guido Mantega, durante evento em São Paulo, onde a parceria foi formalizada.
Do total, R$ 4 bilhões saíram do Tesouro estadual e os outros R$ 3,5 bilhões serão contratados em operações de crédito com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird).
Pelo acordo, o governo de São Paulo assegurou o direito de ampliar o seu limite de endividamento em decorrência do bom desempenho fiscal obtido com o aumento de receitas e a redução de despesas. Segundo a administração estadual, os recursos serão disponibilizados até 2010.
"Mesmo com a liberação de aumento do endividamento, o Estado está obedecendo à risca a lei de responsabilidade fiscal. As obras onde os recursos serão alocados são fundamentais para a população do Estado. O País está vivendo um momento virtuoso e propício para estes novos investimentos", disse Mantega.
No ano passado, o superávit primário do Estado atingiu R$ 6,3 milhões, valor 36% superior à meta. "O governo do Estado tem conseguido diminuir o desequilíbrio verificado em suas contas ao registrar sucessivos e crescentes superávits primários desde 1995", afirmou o governador José Serra (PSDB), que assinou o acordo com o Ministério da Fazenda.
Os valores serão aplicados em cinco grandes obras: expansão da Linha 5 (Lilás) do Metrô da capital, entre Largo Treze e a Chácara Klabin (ligação com a Linha 2 - verde), com recursos estimados em R$ 4,9 bilhões; modernização da Linha 11 (Coral) da CPTM, com investimento de R$ 286 milhões; recuperação da malha viária do Estado de São Paulo (rodovias vicinais), recursos de R$ 815 milhões; programa de recuperação sócio-ambiental da Serra do Mar e sistema de mosaicos da Mata Atlântica, com investimento de R$ 736 milhões, e o programa Várzeas do Tietê, que prevê a recuperação das várzeas remanescentes da bacia Alto Tietê, com valor estimado em R$ 683 milhões.

Small farmers to join Brazil sustainable cane move

Fri Aug 29, 2008 10:11am EDT
By Inae Riveras
SAO PAULO (Reuters) - Dozens of small and medium-scale farmers in Brazil's Sao Paulo state will grow sugar cane certified as meeting strict social and environmental standards, the region's cane producers association said late on Thursday.
Several ethanol companies like Cosan and Louis Dreyfus signed deals to produce and export verified sustainable ethanol in the last couple of months to address consumers' concerns over the impact of ethanol which powers almost all the country's new cars.
But now some of the state's small producers in the world's top sugar cane producer will be able to join them.
"We want to have a product with total traceability, from cane seeding to the final product. We believe there's a market for this kind of product, especially in Europe," said Fernando Cesar Gregorio, head of the Bariri Sugarcane Suppliers Association.
The sustainability of Brazil's cane-based ethanol has been called into question by Europe, which is likely to demand stricter environmental and labor standards on imports.
The program will have 50 small and medium-scale cane suppliers who farm up to 3,500 hectares and produce an estimated 260,000 tonnes of cane per year. Some of them are family farmers.
They must refuse the use of child or slave labor, limit their use of agrochemicals, and gather their cane with mechanical harvesters as opposed to cutting it manually. Manual cutting involves burning the plant's foliage, which pollutes the air.
Production standards, which will come into force on August 30, were set by Organizacao Internacional Agropecuaria (OIA), a private company which provides inspection and certification services.
All of the cane supplied under the plan will be crushed at the Dela Colletta mill which will also produce according to these standards. The entire process will be audited by an independent company.
Some of the requirements -- many of them set by law -- are already observed by these producers, but they want to certify "they are doing it right," Gregorio said.
Jose Carlos Reis, agroenergy coordinator at Sebrae, a consultancy for small and medium firms which will provide technical assistance to the growers, said this was the first time small-scale growers were offered the chance to join an environmental and social certification program.
The program also encourages alternating the planting of cane with grain to boost food production and avoid problems associated with monoculture, which can exhaust soil fertility.
"Many people say sugar and ethanol are only for large-scale producers, and we're showing this is not true. These are small suppliers who are organized and looking ahead," Reis said.
Gregorio added no deal had yet been clinched with any foreign importers, but he said certified biofuel was likely to attract a premium as it would be more marketable.
(Editing by Reese Ewing and Jim Marshall)

SEC Moves to Pull Plug On U.S. Accounting Standards

By KARA SCANNELL and JOANNA SLATER

WSJ
August 28, 2008; Page A1
WASHINGTON -- The Securities and Exchange Commission signaled the demise of U.S. accounting standards, kicking off a process Wednesday that could ultimately require all publicly listed American companies to follow an international model instead.
Introduced in two steps, the shift could eventually cut costs for companies and smooth cross-border investing. At the same time, investors worry it will create confusion, especially during the transition. Other critics worry that the international system offers too much wiggle room for companies, compared with the more precise rules enshrined in U.S. standards.
The SEC's proposal would allow some large multinational companies to report earnings according to international accounting beginning in 2010. The SEC estimates at least 110 U.S. companies would qualify based on their market capitalization, among other factors. The agency also laid out a road map by which all U.S. companies would switch to International Financial Reporting Standards, or IFRS, beginning in 2014, at the expense of U.S. Generally Accepted Accounting Principles, the guiding light of accountants for decades.
The proposals will be open for public comment for 60 days and could be finalized later this year.
U.S. corporations gave the news a qualified welcome. Margaret Smyth, controller at aerospace and building-services conglomerate United Technologies Corp., said the possibility of having one set of books around the world, though still years away, would result in "tremendous savings." In the short term, Ms. Smyth said the shift would be expensive and added that "there are some issues that still need to be worked out," particularly in the realm of tax accounting.
The SEC says the change will help the U.S. to compete globally because many other nations use the international standards or plan to do so. Larger companies, especially those with overseas subsidiaries, have urged the SEC to move in this direction. They hope a single accounting standard will enable U.S. investors to more easily compare a retailer in the U.S. with one in France, for example.
SEC Chairman Christopher Cox noted that 100 countries around the globe use IFRS and two-thirds of U.S. investors currently own securities of foreign companies.
"The increasing world-wide acceptance and U.S. investors' increasing ownership of foreign companies make it plain that if we do nothing and simply let these trends develop, comparability and transparency will decrease for U.S. investors and issuers," he said.
The proposal marks the capstone of Mr. Cox's push as chairman to lower global barriers for U.S. investors. It also stems from a concern, voiced more loudly before the credit crunch took hold, that Wall Street was losing business to overseas competitors. In particular, some say the New York Stock Exchange and other U.S. exchanges have been a less attractive place for global companies to list their shares because of the distinct U.S. accounting standards.
Mr. Cox will likely step down following the November presidential election and the next administration could have different priorities. But several observers say it's likely the shift to IFRS will still occur.
Skeptics, even those who agree with the concept of a common accounting language, called the SEC's approach wrongheaded. Barbara Roper, director of investor protection at the Consumer Federation of America, said allowing certain U.S. companies to switch ahead of others would "shift the burden of the translation between the two accounting languages onto investors."
When companies can choose which standard to use, "there's every reason to believe...they'll choose the language that paints their financials in the rosiest light," she added.
The U.S. accounting system, which is ingrained in textbooks, business schools and company treasuries, is based on detailed rules, while the international system expects companies to follow broad principles. In practice, the systems differ on smaller matters, such as the timing of when a company should note any change in the value of an investment.
Under U.S. GAAP, for example, research and development costs are generally treated as expenses when they occur. Under the international standards, once a project gets to the development stage the costs are spread out over time. GAAP also provides specific instructions for industries such as oil and insurance. IFRS doesn't.

Reforço à exportação

O Estado de São Paulo
01/09/2008
O governo federal deverá reforçar em setembro sua política de comércio exterior com a regulamentação do drawback verde-amarelo. As empresas poderão, finalmente, desfrutar da redução de tributos na compra de insumos nacionais - matérias-primas, bens intermediários e embalagens - para a produção e o acondicionamento de bens destinados à exportação. Será uma desvantagem a menos em relação às indústrias dos países mais ativos no mercado internacional. As indústrias beneficiadas ficarão livres, na compra desses insumos, do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), do PIS-Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). A suspensão dos impostos havia sido concedida em 12 de maio, por meio de instrução normativa da Receita Federal, mas faltava regulamentar a medida e montar o sistema eletrônico para a implantação do novo regime. O drawback verde-amarelo é parte da política industrial anunciada no primeiro semestre pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. O drawback tradicional, conhecido há décadas no Brasil, permite apenas a suspensão dos tributos cobrados sobre insumos estrangeiros, quando são incorporados em produtos destinados à exportação. O mecanismo era em princípio benéfico, mas produzia pelo menos um efeito indesejável, pois estimulava a importação de matérias-primas e bens intermediários disponíveis no Brasil e criava uma situação injusta para uma parte dos produtores brasileiros. Com a regulamentação do novo mecanismo pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), essa distorção será corrigida e, além disso, a carga tributária suportada pelos exportadores ficará um pouco menos pesada. A tributação é uma das principais desvantagens dos produtores brasileiros quando têm de enfrentar concorrentes estrangeiros tanto no mercado internacional quanto no mercado interno. As facilidades federais, no entanto, resolvem apenas parte desse problema. O poder de competição das empresas brasileiras é também afetado pelo Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), pago aos Estados. As mercadorias são isentas desse tributo quando embarcadas para o exterior, mas, ainda assim, a desvantagem fiscal é muito grande. Não há isenção para os insumos nem para a compra de máquinas e equipamentos (neste caso, há um crédito recuperável em 48 meses, quase uma brincadeira de mau gosto).Além disso, outros créditos acumulados por exportadoras são recebidos com muita dificuldade. Segundo estimativas não oficiais, mas consideradas confiáveis, o estoque de créditos fiscais acumulados contra todos os Estados já alcança o valor de R$ 17 bilhões. O governo federal não pode forçar os Estados a participar de políticas como a do drawback verde-amarelo. Nem mesmo um governo estadual pode conceder um benefício desse tipo unilateralmente, sem aprovação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). A solução para problemas como esse virá somente com a reforma tributária, se o projeto não for muito desfigurado nem ficar emperrado numa das Casas do Congresso. Por enquanto, a ponte entre a política industrial e a de comércio exterior continua dependendo principalmente da Camex, quando o assunto é tributação. Na quinta-feira, esse mecanismo funcionou novamente, com a inclusão de mais 181 equipamentos - máquinas e bens de informática e de telecomunicações - na lista de ex-tarifários. O Imposto de Importação sobre esses produtos, sem similares nacionais, cai temporariamente para 2%. Essa redução facilitará investimentos estimados em US$ 2,59 bilhões em vários setores. Os principais beneficiários são os segmentos de metalurgia, papel e celulose e embalagens, segundo a Camex. Empresas podem pedir a inclusão de bens de produção na lista de ex-tarifários, quando não encontram similares no mercado interno. Facilidades como essas não eliminam, mas atenuam, pelo menos, a desvantagem causada pela valorização cambial, um importante fator de encarecimento dos produtos nacionais. Para nivelar o jogo sem manipular o câmbio, o setor público teria de atacar muitos outros problemas fora do alcance dos próprios empresários, como os custos logísticos, por exemplo. Na tributação ainda falta corrigir muitas e graves distorções.

Meirelles Sees Brazil Inflation Slowing to 4.5% (Update1)

By Andre Soliani and Camila Fontana
Aug. 29 (Bloomberg) -- Brazilian central bank President Henrique Meirelles said he sees signs that inflation is slowing back to the 4.5 percent target for the first time since policy makers started raising interest rates in April.
``Fortunately, the central bank is taking the right measures and we are seeing real signs that inflation is converging to the mid-point of the target,'' Meirelles told reporters in Sao Paulo today.
Policy makers have increased Brazilian interest rates at each of their last three meetings, pushing the so-called Selic rate to 13 percent from a record-low 11.25 percent in a bid to curb the fastest inflation since 2005.
As food prices ease, economists expect annual inflation, as measured by the benchmark IPCA index, to slow for the first time in 10 months, according to a Bloomberg survey. The national statistics agency on Sept. 5 will report that consumer prices in the 12 months through August rose 6.2 percent, according to the median estimate of seven economists.
Yields on interest rate futures fell after Meirelles spoke. The yield on the contract for January 2010 delivery, the most actively traded in Sao Paulo, fell as much as 4.5 basis points to 14.640 percent from 14.685 percent yesterday. At 12:58 p.m. New York time, the yield was 14.670 percent.
``Markets reacted positively to the comments by Meirelles that inflation is in fact slowing,'' Roberto Padovani, chief economist for Brazil at Banco WestLB AG in Sao Paulo, said in a telephone interview.
Still, Padovani expects the central bank to increase the so-called Selic rate to 13.75 at its Sept. 9-10 meeting and will push it up to 14.75 percent by year-end.msg wi
Central bankers at their July 22-23 meeting said they will act ``vigorously'' to bring inflation to target from over 6 percent to 4.5 percent next year, according to the minutes of the meeting published July 31.

Kirchner discutirá energia, moeda e cooperação nuclear no Brasil

AFP
01/09/2008
A presidente argentina, Cristina Kirchner, fará uma visita oficial ao Brasil nos dias 6 e 7 de setembro, para analisar temas de energia e cooperação nuclear, assim como o avanço para o abandono do dólar nas operações comerciais bilaterais, anunciou uma fonte do governo, neste sábado.
O intercâmbio comercial em moedas locais está sendo testado em operações simuladas por 26 entidades bancárias da Argentina e 16 do Brasil e está em sua última fase de ajuste, com avaliações "satisfatórias", de acordo com o Banco Central argentino.
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Cristina Kirchner discutirão o avanço do projeto para criar a Comissão Binacional de Energia Nuclear e o Centro Binacional de Nanotecnologia, com o objetivo de trabalhar em parceria.
Hoje, o chanceler argentino, Jorge Taiana, comentou que Cristina será "convidada de honra" do presidente Lula para os festejos pelo dia da Independência do Brasil.
A visita é uma retribuição de Cristina à que Lula fez a Buenos Aires, em agosto passado, junto com uma numerosa delegação de empresários brasileiros.

Estados Unidos se rendem ao padrão internacional

Antes de tomar decisão final sobre IFRS, SEC irá considerar estágio de preparação das companhias
Gazeta Mercantil
30/08/2008
A Securities and Exchange Commission (SEC) colocou em audiência pública a proposta de roteiro (ou roadmap, no jargão em inglês) para a implantação do International Finance Reporting Standard (IFRS) pelas empresas americanas e internacionais com ações negociadas no mercado de ações local. O roadmap antecipa a obrigatoriedade de apresentação de demonstrações financeiras em IFRS para 2014, 2015 ou 2016, dependendo do porte da companhia, e permite a adoção antecipada, ainda em 2009, para empresas de grande porte. De acordo com o roadmap, aproximadamente 110 companhias em 34 setores industriais se qualificam para a adoção antecipada do IFRS.
Antes de tomar sua decisão final sobre a migração para o IFRS, a SEC irá considerar o estágio de preparação das companhias americanas, auditores e usuários, incluindo a extensão e disponibilidade de ensino e treinamento em IFRS. Para tornar-se elegível a companhia que poderá antecipar a adoção do IFRS, a SEC definiu uma série de critérios. Entre eles, ser uma das 20 maiores empresas (com base no valor de mercado) em seu segmento de industrial e participar em uma indústria em que o uso do IFRS é maior do que qualquer outra base contábil. Para essas companhias, a SEC também deverá requerer, por um ano, uma reconciliação do IFRS com o US GAAP ( que é o padrão contábil dos Estados Unidos), além de uma reconciliação não auditada para três anos nas demonstrações financeiras em IFRS para o US GAAP, até que o IFRS se torne obrigatório.
A SEC discute a adesão ao IFRS há um ano. Em 7 de agosto de 2007, publicou um documento (concept release) no qual discutia se companhias americanas de capital aberto deveriam ter a opção de preparar suas demonstrações financeiras em IFRS de acordo com as normas do International Accounting Standards Board (IASB), contou Sutcliffe. Este documento foi emitido durante a mudança da regra que permitiu que as empresas estrangeiras registradas na SEC produzissem suas demonstrações financeiras preparadas com base no IFRS sem uma convergência para o padrão contábil americano.
Apesar das preocupações levantadas em relação aos problemas na implementação, há um forte apoio para uma mudança obrigatória, e não somente opcional em direção ao IFRS. Isso foi visto nos diversos debates que a SEC realizou sobre o assunto entre dezembro de 2007 e agosto de 2008. Nessas mesas-redondas, os participantes expressaram suas opiniões em diversos tópicos relacionados à aceitação de demonstrações financeiras preparadas de acordo com o IFRS, com um forte apoio à migração.
O roadmap deverá determinar o que deverá ser apresentado pelas empresas em suas primeiras demonstrações em IFRS a serem enviadas na SEC. Considerando uma adoção em 2014, uma companhia com data-base em 31 de dezembro, deverá apresentar: balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e 2013 e demonstração do resultado, fluxo de caixa e mutação do patrimônio líquido para os exercícios finalizados em 31 de dezembro de 2014, 2013 e 2012.
Adicionalmente, o IFRS 1 (Primeira Adoção das Normas Internacionais) requer a apresentação de um balanço de abertura na data de transição, que no nosso exemplo é 1/1/2012.