Rodrigo Postigo
07/11/2007
A moeda norte-americana caiu 0,80%, para R$ 1,736. É o menor patamar de fechamento desde 31 de março de 2000. Agora, mesmo com a alta nas duas primeiras sessões do mês, o dólar registra queda de 0,12% em novembro.
"É fluxo (de entrada). A coisa é pura e simples", disse Vanderlei Arruda, gerente de câmbio da corretora Souza Barros, explicando a valorização do real.
O ingresso de dólares foi engrossado pelo maior apetite por risco dos investidores estrangeiros, que tiveram um pregão mais leve após uma sucessão de notícias negativas sobre o setor financeiro nos últimos dias.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também refletia o momento mais calmo, e subia mais de 2% à tarde. "E todos os dados da economia local estão dando condições para que essa trajetória (de queda) se realize", acrescentou Arruda.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Dólar fecha no menor nível desde março de 2000
Publicado por Agência de Notícias às 7.11.07
Governo eleva taxa de isenção da CPMF para R$ 4.340
Rodrigo Postigo
07/11/2007
Fracassou mais uma tentativa de acordo entre governo e PSDB pela aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. Em reunião nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, propôs aumentar a taxa de isenção de contribuintes que ganhem até R$ 4.340. Os tucanos saíram do encontro com discurso de que a proposta ainda é insuficiente.
O líder da bancada, Arthur Virgílio (AM), vai levar os números ao restante dos senadores ainda hoje. Mas já adianta que acredita que o governo teria mais para apresentar. O PSDB quer, além do aumento da isenção, uma maior diminuição da alíquota da contribuição e mais desonerações.
"Saí da reunião com o sentimento que o governo ainda tem um limite de gordura para queimar. Vamos levar a proposta para a bancada, em uma reunião com técnicos ainda hoje, mas já dissemos que é insuficiente", disse o líder. "Quero ver o governo meter a mão no bolso dele para parar de meter a mão no bolso do contribuinte", continuou.
De acordo com o governo, subir a taxa de isenção para R$ 4.340 faz com que cerca de 90% dos contribuintes não paguem a contribuição. "Eles dizem que isenta 90% dos contribuintes, porém, eles não fazem nada pelas empresas", rebate Virgílio.
Ainda de acordo com o governo, a isenção de quem ganha até R$ 4.340 mais as deduções em outros tributos resultariam em uma renúncia fiscal de cerca de R$ 4 bilhões. Desse valor, R$ 2 bilhões resultam de perdas apenas com a CPMF, o restante de outros tributos.
Publicado por Agência de Notícias às 7.11.07
Petróleo ultrapassa US$98 o barril com estoques baixos
Rodrigo Postigo
07/11/2007
Os preços internacionais do petróleo ultrapassaram nesta quarta-feira o patamar de 98 dólares por barril, por conta da fraqueza do dólar e as preocupações de operadores com a possibilidade de uma crise de combustíveis durante o inverno no Hemisfério Norte por conta dos baixos estoques da commodity.
O contrato norte-americano para dezembro subia 1,57 dólar, batendo novo recorde a 98,26 dólares o barril, às 7h51 (horário de Brasília).
Em Londres, o contrato do tipo Brent subia 1,62 dólar, cotado a 94,87 dólares.
Publicado por Agência de Notícias às 7.11.07
Visita de Gabrielli à Bolívia 'não resolve abastecimento de gás'
Invertia
07/11/2007
A visita do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, nesta terça-feira, a La Paz, na Bolívia, não deverá resolver, no curto prazo, o problema de abastecimento de gás no Brasil, de acordo com representantes dos governos brasileiro e boliviano que acompanham as novas negociações. "Não quero gerar falsas expectativas para a reunião que teremos com o senhor Gabrielli", disse o ministro boliviano de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, durante entrevista nesta segunda-feira, em seu gabinete, em La Paz.
"Juntos, vamos fazer um balanço da situação com nossas equipes técnicas e definir uma agenda nesta relação Brasil e Bolívia", afirmou, evitando maiores detalhes, apesar das perguntas dos jornalistas. No governo brasileiro, a expectativa é de que Gabrielli converse com Villegas sobre o aumento dos investimentos brasileiros na Bolívia, a partir de um plano apresentado recentemente ao governo boliviano, e ainda sobre a possível ampliação do fornecimento de gás ao Brasil.
"Mas nada será resolvido, de vez, antes de um prazo de, no mínimo, três anos. Até lá é quase impossível que se consiga aumentar a atual quantidade de gás boliviano para o volume que o Brasil necessita", disse um negociador brasileiro que há mais de um ano acompanha as discussões sobre a questão energética entre os dois países.
De acordo com negociadores brasileiros, a Petrobras deverá ampliar em 1 milhão de metros cúbicos por dia, dentro de um ano, o gás que manda da Bolívia para o Brasil. Mas a quantidade, se confirmada, seria insuficiente. "A Petrobras e o governo brasileiro estão agindo agora, principalmente, para evitar que a situação piore daqui a três anos. Mas no curto prazo a situação parece complicada", afirmou o negociador brasileiro.
A previsão é de que Gabrielli se encontre com Villegas na manhã desta terça-feira, em La Paz, e retorne ao Brasil no fim do dia. No final de semana, em Santiago, no Chile, durante a cúpula Ibero-americana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá conversar, mesmo que rapidamente, com o presidente da Bolívia, Evo Morales, antes do encontro confirmado para o dia 12 de dezembro, em La Paz.
O assunto será a escassez de gás no Brasil, o cumprimento do contrato atual de fornecimento de 30 milhões de metros cúbicos diários de gás boliviano para o mercado brasileiro e ainda o possível aumento dos investimentos programados até agora e do abastecimento do produto para o País.
Publicado por Agência de Notícias às 7.11.07
Analistas prevêem menos riscos, apesar de incertezas na AL em 2008
France Presse
07/11/2007
Com economias fortalecidas, os países da América Latina poderão enfrentar sem maiores riscos os efeitos da crise do mercado de créditos imobiliários nos Estados Unidos, embora ainda se deva esperar por mais incerteza para 2008 na região, disseram analistas de investimentos, nesta terça-feira, em Miami (Flórida).
Os possíveis efeitos nas economias latino-americanas da crise dos créditos hipotecários de risco ("subprime") nos Estados Unidos foram analisados no encerramento da Assembléia Anual da Federação de Bancos Latino-Americanos (Felatan), que se reuniu durante dois dias em Miami.
"A região está mais forte, com classificações robustas", disse Mauro Leos, diretor e analista de riscos para a região da firma de serviços de investimento Moody´s.
Em conseqüência da crise financeira americana, porém, "vai haver um aumento da volatilidade na América Latina, e o impacto será sentido em todos os países, com menos crescimento e mais incerteza", considerou.
"Quando se fala de descolamento da América Latina frente a situações de crises que outras regiões vivem, não se deve perder de vista que se está em um período de mudança", completou Leos.
Segundo o analista, o subcontinente está vivendo "o princípio do fim de um período muito bom", que abrirá caminho para uma etapa de correção, com variáveis mais ajustadas à realidade. "O próximo ano será de transição e, em 2009, veremos mais claramente para onde vai a economia mundial e a latino-americana".
Para Paulo Leme, diretor de investigações de mercados emergentes da firma Goldman Sachs, "algumas economias latino-americanas serão mais atingidas (pela crise dos 'subprimes'). Em especial, as que comerciam majoritariamente com os Estados Unidos: México, América Central e Caribe".
"Outros países com comércio mais diversificado, com grande intercâmbio com a Ásia e que são fortes em 'commodities', não se verão afetados", opinou.
Para Leme, a região mantém uma boa perspectiva para 2008. "Há certa volatilidade, mas é bastante razoável. Nosso cenário principal não é de risco, como tampouco estamos prognosticando uma recessão para os EUA".
Publicado por Agência de Notícias às 7.11.07
Bovespa fecha outubro com déficit externo de R$ 1,8 bilhão
Rodrigo Postigo
07/11/2007
O saldo de investidores estrangeiros na Bovespa registrou déficit de R$ 1,814 bilhão de reais no mês de outubro, segundo dados da bolsa paulista.
O total de compras foi R$ 49,737 bilhões, contra vendas de R$ 51,552 bilhões. No ano, o saldo está negativo em quase R$ 2 bilhões.
Em outubro, o Ibovespa subiu 8%, enquanto no ano a valorização é de cerca de 47%.
Publicado por Agência de Notícias às 7.11.07