quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Governo eleva taxa de isenção da CPMF para R$ 4.340

Rodrigo Postigo

07/11/2007

Fracassou mais uma tentativa de acordo entre governo e PSDB pela aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. Em reunião nesta terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, propôs aumentar a taxa de isenção de contribuintes que ganhem até R$ 4.340. Os tucanos saíram do encontro com discurso de que a proposta ainda é insuficiente.

O líder da bancada, Arthur Virgílio (AM), vai levar os números ao restante dos senadores ainda hoje. Mas já adianta que acredita que o governo teria mais para apresentar. O PSDB quer, além do aumento da isenção, uma maior diminuição da alíquota da contribuição e mais desonerações.
"Saí da reunião com o sentimento que o governo ainda tem um limite de gordura para queimar. Vamos levar a proposta para a bancada, em uma reunião com técnicos ainda hoje, mas já dissemos que é insuficiente", disse o líder. "Quero ver o governo meter a mão no bolso dele para parar de meter a mão no bolso do contribuinte", continuou.

De acordo com o governo, subir a taxa de isenção para R$ 4.340 faz com que cerca de 90% dos contribuintes não paguem a contribuição. "Eles dizem que isenta 90% dos contribuintes, porém, eles não fazem nada pelas empresas", rebate Virgílio.

Ainda de acordo com o governo, a isenção de quem ganha até R$ 4.340 mais as deduções em outros tributos resultariam em uma renúncia fiscal de cerca de R$ 4 bilhões. Desse valor, R$ 2 bilhões resultam de perdas apenas com a CPMF, o restante de outros tributos.

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