quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Weathering the Storm

The specter of global stagflation looms, but in Brazil, things couldn't be better. How a sleeping giant became the world's hottest market.
Newsweek / By Mac Margolis
2008/08/04
The specter of rising food and fuel prices now threatens to destroy an era of unprecedented global prosperity, with two notable exceptions: Brazil and Canada. Both countries produce and export enough food and fuel not just to offset the worst of global inflationary pressures but even to turn the price spike from a menace to a boon. They are the only two major economies where prices have not burst the upper limit of the central bank's inflation target. And of the two, Brazil is by far the more surprising success story. The country that suffered the longest and perhaps the most debilitating bout of hyperinflation in recent history is now a rare island of relative stability and prosperity. Brazil's inflation is running at 6.5 percent, a rate that worries the country's money minders but thanks to their zeal is still the lowest level in all the major emerging markets.
Luck has helped. Brazil is blessed with vast resources, including timber, fresh water, gold and the world's largest cache of iron ore. Farms stretch from horizon to horizon, and while most of the world is running out of arable land, Brazil has more than 70 million hectares still to plow. Plumbing deep water reserves, the country has announced massive oil finds that may total 30 billion barrels, the largest discovery in the Western Hemisphere in three decades. For Brazilians, who once joked that "Brazil is the land of the future, and always will be," this good fortune is a serious shock. "Brazil has had interesting moments before, but this is extraordinary," says Otávio Vieira, executive director of private banking at the Swiss-owned Banco Safdie, who has seen his portfolio swell by 150 percent since 2006.
Although raw materials and semifinished goods still kick in two thirds of Brazil's export revenues, few nations have done as much to develop their natural bounty, whether in mining, energy or agriculture. Brazil has nearly doubled grain production in the last decade and is the only country producing cost-efficient biofuels without beggaring its food larder.

Bolivia Seeks Increased Gas-Field Investment, Economista Says

By Gareth Gore
Aug. 13 (Bloomberg) -- Bolivia will seek new operators for its natural-gas fields if the companies currently managing the concessions fail to make more investments, El Economista reported, citing President Evo Morales.
Repsol YPF SA, Petroleo Brasileiro SA, Total SA and BG Group Plc are among producers operating in the country, the Spanish daily newspaper said. Morales didn't identify any companies by name, according to El Economista.

Custo do frete aumenta até 150% no ano

Folha de São Paulo
13/08/2008
Além da vida mais difícil por causa do câmbio e da infra-estrutura precária, os exportadores brasileiros começam a desembolsar mais com os fretes. Somente neste ano, os custos para o transporte marítimo das exportações subiram entre 57% (no caso dos automóveis) e 150% (para o minério de ferro, principal produto embarcado nos portos do país).
O aumento dos fretes vem embalado pela explosão dos preços do petróleo no mercado internacional nos últimos meses. Segundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento, cada US$ 10 de alta na cotação do barril representa elevação de US$ 500 por dia no frete de navios cargueiros. Nos últimos 12 meses, o petróleo passou de US$ 71,47 para US$ 115,20 no pregão de Nova York. Nesse período, a cotação chegou a ultrapassar os US$ 145.
Os valores de frete cobrados hoje no país são os mais altos da história. E isso significa maior dificuldade no comércio. Estudo do CIBC (Banco Canadense Imperial de Comércio, na sigla em inglês) indica que esses custos já representam uma tarifa adicional de 9% sobre os produtos comercializados.
A situação no Brasil se torna mais caótica quando o aumento do frete encontra os gargalos de infra-estrutura dos portos. Segundo o consultor de Logística da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Luiz Antônio Fayet, a infra-estrutura deficiente causou prejuízo de US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões na recente safra colhida, com o pagamento de multas e taxas por causa de atrasos em embarques e desembarques.
Para o ano que vem, a estimativa é a de que 3 milhões de toneladas de milho e soja deixem de ser plantadas, dadas as dificuldades de escoar a produção. Os dois itens representam 83% da produção total de grãos atual. A soja alcançou 60,1 milhões de toneladas, e o milho, 58,5 milhões de toneladas.
"Os custos do frete já estão provocando redução da produção de soja e milho em vários Estados. Estamos condenando a produção agrícola", afirma.
No ano passado, cerca de 3 milhões de toneladas de soja precisaram ir de caminhão de São Luís (MA) para Santos (SP) e Paranaguá (PR) para serem embarcadas ao exterior.
Industriais e produtores agrícolas também pagam nas importações pelo aumento do frete. As fábricas trazem insumos, como produtos químicos e equipamentos. O campo precisa de fertilizantes, que pagaram US$ 150 milhões em taxas portuárias em 2007 pelas filas para conseguir desembarcar.
Diante dos gastos maiores para exportar e do aumento do consumo no Brasil, a indústria enfrenta quase semanalmente o dilema sobre vender para fora ou no país. "Esse jogo você vai adaptando diariamente. Quando se torna gravoso exportar, ou o empresário suspende, e tem de trabalhar para o mercado interno, ou reduz a produção", afirmou o presidente do Conselho Temático de Infra-Estrutura da CNI (Confederação Nacional da Indústria), José de Freitas Mascarenhas. O setor que sente mais rapidamente a alta nos custos, diz ele, é o químico, que depende de produtos do exterior.A dificuldade também é maior, segundo o Ministério da Agricultura, porque 40% da frota mundial de navios cargueiros está em construção. As novas embarcações ficarão prontas em três a cinco anos.
Para Flávio Benatti, presidente da Associação Nacional do Transporte de Carga e Logística, o caminho natural é o consumidor pagar a conta. "Nenhuma empresa de transporte tem gordura suficiente para absorver esse aumento."

CVM edita regra que acelera registro

Valor Online
13/08/2008
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu a norma que permitirá procedimentos simplificados para registros de ofertas públicas de valores mobiliários por meio do estabelecimento de convênios com órgãos de auto-regulação do mercado. A Instrução 471 prevê que a instituição conveniada pode fazer análise prévia da operação das companhias que optarem por esse mecanismo e emitir um relatório recomendando ou não o registro. Depois disso, a CVM tem sete dias úteis para fazer sua análise, podendo deferir ou não o registro ou ainda solicitar documentos, alterações ou dados adicionais.
A CVM manteve a proposta inicial de não permitir que as primeiras emissões realizadas por uma empresa sejam analisadas no âmbito desses convênios, por entender que os processos de abertura de capital e ofertas iniciais de ações são operações mais complexas. Assim, os procedimentos simplificados valerão apenas para companhias abertas que já tenham feito emissões prévias. O mesmo vale para lançamento de BDRs por empresas estrangeiras.
Se houver pedido de documentos adicionais por parte da CVM, as empresas terão prazo de 20 dias úteis para responder. Na minuta prévia, o prazo previsto era de 10 dias. Após o cumprimento das exigências, a CVM terá quatro dias úteis para responder. Se a empresa alterar outras informações por conta própria, esse prazo de análise passa a ser de sete dias úteis. Caso haja algum pedido de dispensa de requisito, isso será analisado pela própria CVM e poderá implicar interrupção de prazo.
Vale lembrar que fazer os procedimentos por meio do convênio será opcional, ou seja, as companhias poderão continuar submetendo as operações somente à autarquia. Se a entidade habilitada conseguir ser mais ágil na primeira parte da análise, isso representa uma economia de tempo para a empresa emissora, mas também poderá implicar maior custo.
As regras previstas na instrução terão detalhes adicionais acertados a partir de cada convênio firmado. Nesses documentos, a CVM poderá, se considerar necessário, "restringir e dosar o alcance dos valores mobiliários a serem abrangidos". Inicialmente, a idéia era começar com as debêntures.
A Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) já manifestou interesse em firmar convênio com a autarquia, e outras entidades auto-reguladoras poderão também apresentar proposta. As que forem aprovadas deverão seguir um manual e regras pré-estabelecidas. De acordo com o texto da instrução, a CVM se reserva o direito de acompanhar o trabalho feito pela entidade conveniada.
Os analistas que realizarem o trabalho fora da autarquia também terão que seguir as mesmas limitações impostas aos funcionários da CVM, inclusive em relação à limitação de negociação com valores mobiliários. As ofertas apresentadas para análise das entidades conveniadas também deverão ter prospecto preliminar divulgado na internet.

Governo estuda concessão de mais 1.608 km de rodovias

Rodrigo Postigo
13/08/2008
O governo federal encomendou estudos de viabilidade para a concessão de mais três trechos de rodovias à iniciativa privada. Segundo o Ministério dos Transportes, os alvos do estudo fazem parte da 3ª etapa da 2ª fase do cronograma de concessões rodoviárias e incluem trechos da BR-101, na Bahia e Espírito Santo, e a BR-470, em Santa Catarina, totalizando 1.608 km.
O estudo dos trechos, segundo o Ministério dos Transportes, serve para apurar se eles viabilidade comercial para a iniciativa privada. Caso sejam consideradas viáveis, as rodovias serão leiloadas. O levantamento está sendo feito por um consórcio de bancos, sob a coordenação do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Neste mesmo lote, ainda estavam previstas a concessão das rodovias BR-060 (da rodovia DF-001 a entrada da BR-153) e da BR-153 (do entrada BR-060 à divisa de Goiás com Minas Gerais). No entanto, segundo o ministério, os trechos ainda estão em análise interna no órgão.
Atualmente, também estão sob estudo de viabilidade comercial, segundo o Ministério dos Transportes, um pacote de trechos de rodovias federais no Estado de Minas Gerais, que totalizam 2.066 km e estão inclusos na 3ª etapa da 1ª fase do programa de concessões.
Outro pacote de rodovias, que cortam a Bahia e totalizam 637 km, já tiveram os estudos de viabilidade comercial concluídos e devem ir à leilão até 31 de setembro, informou o ministério.
O programa de concessão de rodovias federais no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve início no ano passado, com o leilão de 2,6 mil km de rodovias, entre elas a Régis Bittencourt (BR-116, entre Curitiba e São Paulo) e a Fernão Dias (BR-381, entre Belo Horizonte e São Paulo).

Importações do agronegócio disparam 40,5% e saldo cai 15,1%

Compras externas do setor em SP somam US$ 3,47 bilhões entre janeiro e junho, segundo informações do IEA
Agência Estado / Gustavo Porto
13/08/2008
O saldo comercial da balança do agronegócio paulista caiu 15,1% no primeiro semestre de 2008, ante igual período de 2007, e atingiu US$ 4,22 bilhões. A queda ocorre pela disparada de 40,5% nas importações do setor, que chegaram a US$ 3,47 bilhões entre janeiro e junho, e ainda pela alta de apenas de 3,4% nas exportações, para US$ 7,69 bilhões no semestre.
As informações, divulgadas nesta terça-feira, 15, são do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/MDIC).
Apesar da queda porcentual, o superávit do agronegócio paulista evitou um déficit maior na balança geral do comércio exterior de São Paulo. No primeiro semestre de 2007, o Estado registrou um déficit de US$ 2,82 bilhões, que atingiria US$ 7,04 bilhões, se fosse excluído o desempenho do setor agropecuário. No período, as importações paulistas nos demais setores - sem o agronegócio - somaram US$ 26,69 bilhões e as exportações atingiram US$ 19,65 bilhões.
Os cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações do agronegócio paulista, de janeiro a junho de 2008, foram cana e sacarídeas, com US$ 2,95 bilhões, bovídeos e bovinos (US$ 1,63 bilhão), frutas (US$ 1,05 bilhão), produtos florestais (US$ 971,30 milhões) e cereais/leguminosas/oleaginosas (US$ 549,71 milhões). Juntos, esses setores movimentam 93,12% do faturamento do agronegócio paulista com exportações.
Os dados mostram ainda que a exportação paulista segue com alto valor agregado. A participação dos produtos industrializados na receita com as vendas externas é de 76,2% e os básicos representam 23,8%. São Paulo exporta 61,4% dos produtos processados do agronegócio nacional.

Mercosul e Egito vão negociar acordo comercial

Agência Estado / Denise Chrispim Marin
13/08/2008
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o ministro da Indústria e Comércio do Egito, Rachid Mohamed Rachid, acertaram hoje trabalhar para o lançamento de negociações de um acordo de comércio entre o Mercosul e o Egito. Desde julho de 2004, as duas partes mantêm um acordo quadro que define o arcabouço legal para essas negociações. Até hoje, porém, essas negociações não avançaram.
Doha
O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, deixou claro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em conversa por telefone nesta manhã, que ainda quer trabalhar ao lado do Brasil na retomada da Rodada Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC). Essa mensagem de Singh foi relatada por Amorim.
A conversa entre os dois chefes de Estado faz parte da estratégia para a retomada das negociações que foram paralisadas em julho passado com vistas à possível conclusão do acordo final da Rodada Doha até o final deste ano.
Em seguida a essa conversa, Amorim também conversou, por telefone, com o ministro do Comércio indiano, Kamal Nath, o principal negociador da Índia. Esses movimentos se deram em paralelo às conversações que estão ocorrendo hoje, em Nova Délhi, entre o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, e autoridades indianas.
Após estas negociações, Lamy irá a Washington para tratar da retomada da Rodada Doha com a administração de George W. Bush.

Transporte de passageiros no País aumenta 7%

Rodrigo Postigo
13/08/2008
O número de passageiros transportados no País por 19 companhias aéreas nacionais cresceram 7% em julho com relação ao mesmo período de 2007, atingindo um total de 4,2 milhões. Já o número de assentos ofertados durante o mesmo período cresceu 14,8%, um total de 6,3 milhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pela Agência Nacional Civil (Anac).
Entre as líderes no setor, a TAM respondeu por 2,1 milhões de passageiros transportados em vôos domésticos, o que corresponde a um crescimento de 8%, e ampliou sua participação no mercado de 50,62% para 51,09%. Sua oferta de assentos somou 3 milhões em julho, aumento de 13,8% em um ano.
Já a Gol ofertou 2,3 milhões de assentos em vôos domésticos, crescimento de 14,8% em um ano, e 1,4 milhão de passageiros transportados, um aumento de 2,7%. Porém, sua participação no mercado com relação ao número de passageiros diminuiu de 36,82% para 35,33%.
A Varig aparece em 3º lugar com 469 mil assentos ofertados e 272 mil passageiros transportados, um aumento de 131,9% e 152,5% em um ano, respectivamente. Com relação à participação no mercado, responde por 6,44% dos passageiros transportados, ante 2,73% em julho de 2007.
Já, no 4º e 5º lugar, aparecem a Webjet, que obteve crescimento de 257,4% em sua oferta de assentos e 273,8% no número de passageiros transportados. Conseqüentemente, sua participação no mercado aumentou de 0,91% para 3,17% em um ano.
Por outro lado, a participação da Ocean Air no mercado diminuiu nacional de 2,70% para 2,09%. Sua oferta de assentos e o número de transporte de passageiros diminuíram no período 19,3% e 17,3%.