segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

PAC turbinado de R$ 1,1 tri pode virar 'pactóide'

Montadoras dos EUA podem sumir, alerta Paul Krugman

"Mobilização para fechar Doha é positiva", afirma Lamy

Índia anuncia pacote para estimular economia

Argentina destina US$ 9 bilhões para evitar demissões no setor automotivo

PAC turbinado de R$ 1,1 tri pode virar 'pactóide'

O Estado de São Paulo
08/12/2008
A intenção do governo de dobrar o valor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) dos R$ 503,9 bilhões anunciados em 2007 para R$ 1,111 trilhão está amparada em bases incertas. O esfriamento da economia e a alta no custo dos empréstimos podem transformar o PAC turbinado e anunciado na quarta-feira pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em um verdadeiro “pactóide”. Além disso, o programa continua tropeçando na já conhecida lentidão do governo em executá-lo.
Do novo montante anunciado, R$ 73,9 bilhões, ou 6,6%, virão do orçamento federal. O problema é que em 2009 o caixa do governo enfrentará duas dificuldades: aumento de despesas e queda na arrecadação.
O crescimento dos gastos ocorrerá por causa dos compromissos já assumidos de reajuste no salário mínimo e nos salários dos funcionários públicos. A receita será menor porque a economia crescerá menos.
A saída defendida por representantes de empresários, como os presidentes da Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, é a redução das despesas de custeio da máquina.

Montadoras dos EUA podem sumir, alerta Paul Krugman

Agencia Estado
08/12/2008
O ganhador do Prêmio Nobel de Economia deste ano, Paul Krugman, afirmou hoje que a indústria automobilística dos Estados Unidos provavelmente vai desaparecer. "Ela não é mais sustentável pela economia atual", afirmou o professor da Universidade de Princeton e colunista do jornal New York Times a jornalistas em Estocolmo, na Suécia.
Ele afirmou que os planos dos congressistas dos EUA para ajudar as três grandes montadoras norte-americanas - General Motors, Chrysler e Ford - são uma solução de curto prazo, resultado de uma "falta de disposição para aceitar o fracasso de uma grande indústria em meio à uma crise econômica". A Casa Branca e o Congresso do país estão negociando um acordo para fornecer cerca de US$ 15 bilhões em empréstimos às companhias e evitar um colapso da indústria.
Krugman venceu o Prêmio Nobel de Economia deste ano por seu trabalho sobre padrões de comércio internacional. Algumas de suas pesquisas sobre geografia econômica buscam explicar porque recursos de produção estão concentrados em certas regiões.

"Mobilização para fechar Doha é positiva", afirma Lamy em entrevista

Gazeta Mercantil / Leda Rosa
08/12/2008
Pascal Lamy, diretor geral da Organização Mundial de Comércio (OMC) deixa claros dois pontos essenciais no contexto da crise mundial. Primeiro, somente um acordo na Rodada Doha, de negociações para a liberalização do comércio global, garante a estabilidade e abertura das relações comerciais entre as nações. Segundo: Doha, por ser a única instância na qual se negocia multilateralmente, é essencial para a economia brasileira, porque só por meio dela é possível assegurar tetos para os subsídios dos países ricos às suas agriculturas.
Hoje, mesmo com toda a competitividade do setor agrícola nacional, os produtos das nações desenvolvidas ganham a concorrência por causa dos baixos preços. Em entrevista exclusiva à Gazeta Mercantil e ao Jornal do Brasil, Lamy diz que não trabalha com prazos limites, mas os analistas esperam que ele decida, até amanhã se convoca ou não, uma reunião ministerial de Doha para sábado, dia 13, em Genebra, Suíça.
Apesar do clima de pessimismo que predomina entre os negociadores e analistas - fermentado pela falta de alinhamento entre os países ricos e os emergentes nas reuniões bilaterais que aconteceram durante a semana -, o anúncio do novo encontro sinalizaria que ainda há chances para um entendimento, mesmo que básico, para a regulação do comércio entre os 153 países integrantes.
Gazeta Mercantil - O apelo do G20 em Washington pela conclusão da Rodada Doha se refletiu em maior flexibilidade dos negociadores nos encontros que o senhor tem mantido nas últimas semanas?
Os líderes do G20 afirmaram que querem um acordo sobre agricultura e bens industriais antes do fim do ano. Os líderes do Fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) também colocaram a rodada em evidência na reunião em Lima, Peru. Essa vontade política é uma condição necessária para chegar a um acordo. E um resultado claro foi o aumento da intensidade das negociações aqui em Genebra. Outro elemento necessário são movimentos por parte dos negociadores. Meu trabalho agora, junto com os mediadores, é exatamente avaliar o que há de movimento novo para concluir essa parte da negociação.
Gazeta Mercantil - Em quais pontos, dos quatro apontados como chaves pelo senhor (salvaguardas especiais, produtos sensíveis, acordos setoriais e erosão de preferências) têm acontecido os avanços mais importantes nestas conversas prévias?
É um trabalho em curso, não é possível neste momento apontar uma área com mais ou menos progresso do que outra. Esses quatro pontos são importantes, mas não são os únicos onde os avanços serão necessários para chegarmos a um acordo.
Gazeta Mercantil - Especificamente o que está avançando na questão das salvaguardas - que, segundo boa parte dos analistas, polarizou o último encontro em julho e dividiu os países em dois blocos, com Índia e China de um lado e o restante dos participantes de outro?
De julho para cá, os dois lados dessa questão conversaram muito. Houve muito trabalho técnico aqui em Genebra e isso contribui para encontrar uma solução para o impasse. O que ficou claro da reunião em julho é que esse tema é crucial para um certo número de países, e que será necessário encontrar uma solução para concluir as "modalidades" (acordo preliminar em agricultura e bens industriais).
Gazeta Mercantil - A julgar pelo andamento das reuniões com os negociadores seniores dos países, o senhor acredita que será possível a reunião de Doha acontecer em dezembro?
Ainda não tenho a resposta para esta questão. Os líderes do G20 instruíram os ministros de comércio a concluir um acordo em dezembro. Essa instrução precisa se traduzir em movimento na mesa de negociação. Em algum momento, ficará claro se vale a pena reunir os ministros para concluir as questões mais difíceis.
Gazeta Mercantil - O prazo para definir se haverá a reunião em dezembro é nesta segunda, dia 8?
Não trabalho com um prazo limite. Claramente o calendário é apertado. É uma decisão que precisa ser tomada em conjunto com os ministros, e logo.
Gazeta Mercantil - Quais as três maiores dificuldades que o senhor está enfrentando nestas reuniões prévias?
Temos quatro temas sobre a mesa, e são temas difíceis. Outros temas, também importantes, precisam de atenção. A base do nosso trabalho é o que chamamos em inglês de "single undertaking": tudo precisa ser decidido ao mesmo tempo para fechar um acordo. Em poucas palavras, é tudo ou nada. Se concluirmos os temas principais e algum outro ponto provocar impasse, o acordo não avança. Além disso, as decisões são tomadas por consenso: todos os participantes têm de aceitar o texto final. Isso leva tempo.
Gazeta Mercantil - Sem Doha, perde o comércio mundial. Mas o senhor considera que o Brasil está entre os que podem se considerar mais prejudicados? Por quê?
Um exemplo claro é a questão dos subsídios: o Brasil é competitivo em setores que ainda são protegidos nos mercados ricos por subsídios e tarifas altas, como produtos agrícolas. A questão dos subsídios que distorcem o comércio é um dos temas que só podem ser resolvidos num ambiente multilateral, na OMC. Sem um acordo de Doha, Estados Unidos, Europa e Japão têm um espaço enorme para aumentar a ajuda aos agricultores e prejudicar as exportações brasileiras. Um acordo limitaria esse espaço de maneira inédita. A energia que o presidente Lula e o governo brasileiro colocam nas negociações de Doha mostra a importância que esse tema tem para a economia do país.
Gazeta Mercantil - Quais seriam os outros países fortemente impactados sem Doha e por que?
Os países mais pobres podem ser os mais afetados caso não haja um acordo global. Em parte, pelas mesmas razões que se aplicam ao Brasil: os produtos exportados por esses países são os que ainda encontram barreiras elevadas em mercados importantes. Mas um risco mais amplo afetaria todos em certo grau: a possibilidade de um retorno ao protecionismo. Um acordo de Doha seria um seguro contra novas barreiras comerciais e um sinal de que o mundo pode tomar decisões coordenadas em um momento de crise global.
Gazeta Mercantil - As novas medidas protecionistas estão se espalhando pelos países, inclusive pelo Brasil, impulsionadas pela crise internacional (sempre é preciso achar um culpado e o estrangeiro é a vítima preferida nestes cenários). Nas mesas de negociações pré-Doha, que o senhor comanda agora, este espírito protecionista está mais forte?
Vejo esta questão por outro ângulo: os países querem evitar uma espiral de barreiras comerciais. A mensagem no comunicado do G20 é clara: é necessário deixar o comércio aberto neste momento de crise.
Gazeta Mercantil - A falta de uma posição comum no âmbito do Mercosul continua. Isso prejudicou a rodada em julho? E pode prejudicar novamente se houver uma reunião ministerial em dezembro?
Essa é uma decisão interna do Mercosul. Vejo que o grupo tem uma tarifa externa comum mas não tem uma política comercial única, como é o caso da União Européia. Aqui, cada participante do Mercosul é um membro da OMC e tem seus próprios negociadores.
Gazeta Mercantil - Quais são as suas expectativas sobre o novo congresso americano, majoritariamente democrata, e sobre os rumos da política comercial de Barack Obama, o futuro presidente dos Estados Unidos?
A política comercial americana tem um histórico bipartidário. Todas as decisões sobre comércio exterior, como a aprovação do Nafta e dos últimos tratados de comércio bilaterais, recebem apoio mais ou menos equilibrado de democratas e republicados. Não vejo sinais de que esse equilíbrio vá mudar. Também acredito que a troca de comando na Casa Branca terá pouco impacto sobre o rumo da política comercial. Nos EUA, comércio é uma questão de competência do Congresso.
Gazeta Mercantil - Como o senhor avalia o fortalecimento do G20 como fórum que lidera as discussões sobre a nova arquitetura financeira mundial?
Essa expansão é bem-vinda. É um sinal claro de que a geopolítica mudou. Sete ou oito líderes de países ricos não podem mais tomar decisões em nome do mundo. Esse fórum expandido, com países desenvolvidos e em desenvolvimento, reflete de maneira mais precisa a importância das economias emergentes no cenário global. A China, o Brasil, a África do Sul, a Índia e outros devem necessariamente estar à mesa de discussões. Da mesma forma, também terão uma parcela maior de responsabilidade sobre a governança global. Isso já acontece na OMC há alguns anos, e com certeza vai se repetir nas discussões de outros temas globais.
Gazeta Mercantil - Quando começa seu novo mandato e quais as três prioridades mais relevantes deste seu novo período frente da OMC?
Meu mandato atual termina em agosto de 2009. Pelas regras da OMC, eu tinha até o final de novembro para anunciar se me candidataria a um segundo mandato ou não, e fiz isso no começo do mês. Eu acredito que posso ajudar a continuar a fortalecer a instituição e o sistema multilateral de comércio. Concluir a rodada de Doha continua a ser a prioridade. Mas a decisão é dos membros da OMC. O processo de seleção começa em dezembro, com um mês de prazo para que outros candidatos se apresentem. O nosso sistema de escolha do diretor geral está entre os mais transparentes entre as organizações internacionais.
Gazeta Mercantil - Se houver uma reunião ministerial de Doha dezembro e, um acordo na reunião ministerial, quais serão os próximos passos e prazos para a rodada?
É prematuro falar em prazos, e eu não costumo responder a perguntas que começam com "se"! Mas os próximos passos são claros: o acordo que buscamos agora determinará como serão feitos os cortes de tarifas e de limites de subsídios. Quando esse trabalho estiver pronto, o passo seguinte é traduzir esse acordo em novas tarifas, novos limites. Os outros capítulos da negociação, como serviços, regras, e comércio e meio-ambiente, terão de avançar. As modalidades são simplesmente o próximo passo para a conclusão da rodada.
Gazeta Mercantil - Por que Doha era tão importante em julho e, mesmo em meio à crise financeira, continua sendo?
A crise financeira aumenta a importância e a urgência de um acordo. Volto a citar o G20: os líderes querem manter os mercados abertos e evitar novas barreiras comerciais. Um acordo de Doha tem o potencial de reduzir o espaço para novas barreiras e de esclarecer as regras que os membros da OMC aplicam entre si. Isso cria maior estabilidade, que é essencial para as decisões de investimento numa economia global. É importante também lembrar que a crise financeira já produziu um impacto no comércio, e um exemplo é a dificuldade de encontrar financiamento de curto prazo a importadores e exportadores. O Brasil sentiu esse impacto, e o BNDES teve que aumentar o financiamento para o comércio exterior. Doha não tem respostas para a crise financeira, mas seria um ato importante para fortalecer a confiança global num momento de incerteza. A estabilidade nas relações comerciais sempre foi uma das principais contribuições da OMC para a economia mundial.

Índia anuncia pacote para estimular economia

Medidas incluem injeção de US$ 4 bilhões e cortes em impostos.
BBC
08/12/2008
A Índia anunciou neste domingo um plano de injeção de US$ 4 bilhões em sua economia para tentar frear os efeitos da crise financeira internacional no país e aquecer o mercado.
O governo também anunciou estar planejando um aumento substancial em seus gastos no orçamento do ano que vem.
A medida foi divulgada após o Banco Central da Índia ter cortado a taxa de juros no país em um ponto percentual no último sábado. A taxa ficou em 6,5%.
Esta foi a terceira vez desde outubro que o governo indiano promove cortes em sua taxa de juros, que agora é a mais baixa desde junho de 2006.
Além dos efeitos da crise econômica, a confiança dos investidores na Índia também ficou abalada pelos ataques de Mumbai, que deixaram pelo menos 170 mortos.

Argentina destina US$ 9 bilhões para evitar demissões no setor automotivo

AFP
08/12/2008
O governo argentino anuncio neste sábado a concessão de 9 bilhões de dólares para financiar a compra de automóveis novos com o objetivo de revigorar a demanda e frear a onda de demissões num dos setores mais afetados pela crise econômica mundial.
O plano financia a compra do primeiro automóvel novo e visa a acrescentar cerca de 100.000 unidades à atual demanda, segundo informou a ministra da Produção, Débora Giorgi, ao fazer o anúncio na Casa Rosada.
"Buscamos impulsionar uma redistribuição de fundos para que deixem de se orientar para a especulação financeira e possam sustentar o nível de atividade econômica e a manutenção do emprego num setor vital para a economia", afirmou.
O plano compreende 12 modelos de carros populares, dois de cada uma das principais montadoras estabelecidas no país, por valores que não superam os 31.000 pesos (9.100 dólares) e com um financiamento de até 60 meses, a uma taxa cujo valor surgirá por licitação com base em 11% anual.
O anúncio também pretende proporcionar uma rede de segurança ao emprego de um setor que dá trabalho a 150.000 pessoas e exporta cerca de 8 bilhões de dólares anuales, quase 36% do total das vendas para o exterior de bens industriais.
Como contrapartida, os fabricantes se comprometeram em não realizar demissões depois da ocorrência de férias coletivas, reduções de horas extras e eliminação de turnos de trabalho que afetaram milhares de trabalhadores, segundo denúncias de fontes sindicais.
Esta injeção de fundos servirá para revitalizar o setor, que acusou uma baixa de 9,7% em suas vendas durante outubro passado em relação ao mês anterior e uma queda interanual de 3,9% .
Os fundos serão proporcionados pelo sistema estatal de aposentadorias e pensões (ANSES), que acaba de absorver as contribuiçoes do recentemente estatitizado sistema de previdência privada, segundo indicou o titular do ANSES, Amado Boudou, durante a coletiva na sede governamental.
Para o atual acordo, os fabricantes aceitaram reduzir em 10% seus lucros e as concessionárias os reduziram em 4,5%.
Além do compromisso de manter o plantel de empregados, outro requisito para que as empresas participem do plano será a regularização de todos os contratos de trabalho.
"Sem um mercado trabalhista formalizado e emprego registrado não pode haver segurança social sustentável", afirmou Boudou.
Por ora o plano deixa de fora a compra de veículos pesados, caminhões, utilitários e de carga.
Segundo Giorgi, durante a próxima semana serão anunciados planos similares para reativar a demanda no setor do coouro, lã, madeira e produtos de economias regionais em um pacote global que visa a preservar 1,5 milhão de postos de trabalho.

Brazil's Lula more popular despite slower economy-poll

Fri Dec 5, 2008 10:04am EST
By Raymond Colitt
BRASILIA, Dec 5 (Reuters) - Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva's approval rating has soared to a record level despite the recent slowdown in Latin America's largest economy, an opinion poll showed on Friday.
The approval rating of the charismatic former union leader jumped to 70 percent from 64 percent in September, largely because much of the public approves of the way he is handling the economy, according to a Datafolha poll published in Folha de Sao Paulo daily.
It is the highest rating for any president since Brazil's return to democracy in 1985 after 21 years of military rule.
"The economic crisis hasn't reached the population yet to the point of creating great concern," Mauro Paulino, Datafolha's director, was quoted as saying by Folha.
Lula had presided over the country's most vigorous economic expansion in decades, but pollsters had expected his approval to fall as Brazil's economy slowed.
Many economists believe Brazil will fare better in the current crisis than Europe or the United States because of its large domestic consumer market and relatively closed economy.
But they also say the worst of the economic slump still lies ahead. Brazil had been roaring ahead at around 6 percent annual growth, but growth is expected to slow to 2-3 percent next year.
In a sign of growing economic trouble, mining giant Vale (VALE5.SA: Quote, Profile, Research, Stock Buzz)(RIO.N: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) this week cut 1,300 jobs and put 5,500 more on paid leave, and Volvo (VOLVb.ST: Quote, Profile, Research, Stock Buzz) laid off 430 workers at one of its Brazil plants.
Even with daily signs of the downturn, over a quarter of Brazilians said they were unaware of the global crisis and 61 percent thought Lula handled the economy well, the poll showed.
Lula has benefited from broad personal popularity. His folksy charm and common man background are popular particular among the poor, and he earned the nickname the "Teflon" president for bouncing back from several corruption scandals in his first term.
Despite Lula's popularity, his party did worse than expected in local elections in October, raising doubts whether his magic touch would be enough to help elect his uncharismatic chief of staff, Dilma Rousseff, his likely presidential candidate in 2010. Lula can't run for a third consecutive term.
The poll surveyed 3,486 people from Nov. 25-28 and has a margin of error of plus or minus 2 percentage points.
($1=2.556 reais)
(Additional reporting by Inae Riveras; Editing by Jackie Frank)

Brazil Central Bank May Hold Rates on Currency Drop: Week Ahead

By Joshua Goodman
Dec. 8 (Bloomberg) -- Brazil’s central bank may hold its benchmark interest rate at a two-year high this week as it gauges whether the slowing economy will lessen the impact of a weakening currency on inflation.
Policy makers led by President Henrique Meirelles will keep the overnight rate at 13.75 percent for the second consecutive meeting, according to 19 of 21 economists surveyed by Bloomberg. The other two analysts forecast a reduction.
Brazil, Latin America’s largest economy, may be heading toward a technical recession as the global crisis crimps consumer spending and export demand, Morgan Stanley said in a report last week. Yet inflation remains close to the upper limit of the government’s target band, stoked by a three-month, 29 percent slide in the local currency against the U.S. dollar.
“The central bank doesn’t operate like the Federal Reserve; its only mandate is to control prices,” said Carlos Thadeu de Freitas, chief economist at SLW Asset Management. “Until the real stabilizes, and merchants replenish their stocks, we won’t see the full impact on inflation from the devaluation.”
Annual inflation in November slowed to 6.39 percent from 6.41 percent the previous month, surprising all 40 analysts in a Bloomberg survey who were predicting the index would quicken. The central bank targets inflation of 4.5 percent, plus or minus two percentage points.
Economic growth in Brazil will moderate to 2.8 percent next year, its slowest pace since 2003, from 5.2 percent in 2008, according to the latest central bank survey of economists published last week.
Interest-Rate Cuts
Vendors afraid of losing sales at a time of sluggish demand have so far been absorbing most of the impact of higher prices for imported components and dollar-priced commodities, said Thadeu de Freitas. Economists are split over whether a continued slide in the currency will flame inflation in a context of restrained credit and declining activity.
RBC Capital Markets on Nov. 28 said the central bank will start cutting rates as early as March in response to the “severity” of the global crisis. Thadeu de Freitas said monetary easing won’t begin until the fourth quarter of 2009.
The deteriorating economic outlook won’t be reflected when the national statistics agency releases third-quarter economic growth report on Dec. 9, economists said. Gross domestic product, the broadest measures of goods and services, probably jumped 6 percent in the third quarter from a year earlier, according to a Bloomberg survey of five economists.
Markets
Last week, the real fell 5.2 percent to 2.4335 per dollar, paring losses after the central bank stepped up interventions to shore up the currency. The yield on the government’s zero-coupon bond due January 2010 fell 1.21 percentage points to 13.43 percent, according to Banco Votorantim.
The benchmark Bovespa index dropped 3.4 percent to 35347.39 points. Cosan SA Industria e Comercio, the world’s second-biggest sugar-cane processor, fell 17 percent, leading decliners. Tam SA, Brazil’s largest airline by market value, was the biggest gainer with a 25 percent advance.
The following is a list of events in Brazil this week:

Event Date
Weekly Trade Balance 12/08
Third-Quarter GDP 12/09
FGV Inflation Preview - IGP-M 12/10
Central Bank Rate Decision 12/10

Argentina Announces $3.8 Billion in Stimulus

The New York Times
By ALEXEI BARRIONUEVO
Published: December 5, 2008
RIO DE JANEIRO — Less than a month after taking over billions of dollars in private pension funds, the Argentine government said it would use some of the nationalized assets to help farmers and industry weather the global economic downturn afflicting one of Latin America’s most vulnerable economies.
The government on Thursday announced a $3.8 billion stimulus package that will grant low-cost loans to farmers, automakers and other exporters, who have struggled as the slowing world economy has trimmed demand.
The move is the latest attempt by the government of President Cristina Fernández de Kirchner to restore flagging confidence in her handling of the economy.
Argentina has a history of creating its own economic crises, and Argentines are skeptical when its leaders try to blame others, as Mrs. Kirchner did again in a speech on Thursday.
“Perhaps we Argentines are going to have to suffer a part of this tragedy,” she said, addressing banking, automotive and industrial leaders.
Business leaders and analysts reacted cautiously to the new stimulus package, saying that it was a step in the right direction but that bolder moves would be needed to head off a major devaluation of currency or a default in the country, which economists have said could happen by 2010.
“These measures are really poorly designed and ineffectual,” said Daniel Kerner, an analyst with Eurasia Group, a risk consulting firm. “Unless you really solve the issue of lack of confidence in policy and in the government, almost nothing is going to be effective. This is like giving aspirin to a person that has cancer.”
Foreign investment has slowed severely, and Argentines continue to pull their money out of the banking system at a rapid clip, which has conjured memories of the country’s crippling 2001 loan default and 2002 currency devaluation. In October, $4 billion left the banking system, and Mr. Kerner said the total for 2008 would top $25 billion.
Economists have criticized Argentina for reacting more slowly than neighboring Chile and Brazil in trying to contain the fallout from the global economic crisis.
Argentina faces a more complex domestic political situation than its neighbors. A prolonged battle with farmers over proposed export taxes, which ended in defeat for Mrs. Kirchner in July, led to a sharp fall in her approval rating. Recent moves to nationalize Aerolíneas Argentinas and the pension funds have stoked concern both at home and among foreign investors that the government is desperate to avoid an economic crisis next year, when some $22 billion in loans and other payments will come due.
In recent days the government has announced a series of quick-fix measures, like raising gasoline prices and lowering subsidies on electricity usage, to save money. But also, last week the president sent a bill to Congress that would offer tax breaks to stimulate local investment and encourage companies to keep workers on the payroll. She also announced a $21 billion public works program, the details of which are still pending.
The Argentine economy grew by at least 8 percent a year from 2003 to 2007, but economists expect growth to fall to 7 percent this year and much lower next year.
Argentines have been reluctant to give Mrs. Kirchner credit for her efforts to steady the ship. Her approval rating has hovered around 30 percent. That contrasts with Luiz Inácio Lula da Silva, Brazil’s president, whose approval rating was at 70 percent according to a poll that was published this week in the newspaper Folha de São Paulo.
Mr. da Silva’s approval ratings remain high as Brazil struggles with credit concerns and layoffs at major companies. A slowdown in Brazil, Argentina’s biggest trading partner, would affect Argentina more than any other economy in the region, economists said.
Most of Argentina’s $3.8 billion in loans will come from state-run banks and from assets that the government pulled in from last month’s takeover of the country’s 10 largest private pension funds, Mrs. Kirchner said Thursday.