sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Governo estuda novos cortes de tributos para injetar recursos

Mercado tenta afinar comunicação

Nível de consumo sobe 2% no terceiro trimestre

Tráfego aéreo internacional de passageiros cai 1,3%

Nível de consumo sobe 2% no terceiro trimestre, diz estudo

Rodrigo Postigo
28/11/2008
O nível de consumo dos brasileiros voltou a crescer no terceiro trimestre de 2008, mesmo com a crise econômica dando seus primeiros sinais no mercado local no mês de setembro. Segundo estudo da LatinPanel, o volume das cestas de alimentos, bebidas, higiene pessoal e produtos de limpeza comprado pelo lares brasileiros aumentou 2% em comparação ao mesmo período de 2007.
A empresa acompanha a evolução de 70 categorias nos setores de alimentos, bebidas, higiene pessoal, limpeza doméstica e telecomunicações. No Brasil, mede semanalmente o consumo de 8,2 mil domicílios, o que representa 82% da população domiciliar e 91% do potencial de consumo do País.
Segundo a LatinPanel, o terceiro trimestre obteve bons resultados especialmente em função da classe AB, que expandiu suas compras, aumentando em 5% o volume consumido frente ao terceiro trimestre de 2007. Na classe DE, o crescimento foi de 2%.
As famílias da classe C mantiveram estagnado o volume de compras das cestas avaliadas pela LatinPanel no período.
A campeã do crescimento em valor foi a cesta de higiene e beleza, que registrou expansão de 5% no terceiro trimestre, no comparativo com igual período de 2007. A cesta de limpeza cresceu 3%, bebidas 2%, enquanto os alimentos ficaram estagnados.
No período acumulado do ano (janeiro a setembro), o consumo do brasileiro manteve-se estável, com uma média de 35 categorias de produtos. A cesta de alimentos registrou queda de volume da ordem de 2% e as demais registraram estabilidade.

Mercado tenta afinar comunicação

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados / Luciano Feltrin
28/11/2008
As principais entidades representativas do mercado de capitais local querem reduzir os impactos da divulgação - ou omissão - de fatos relevantes por empresas de capital aberto. Com essa difícil missão, o Comitê de Orientação para Divulgação de Informações no Mercado (Codim) divulgou ontem um pronunciamento que tenta evitar, entre outros problemas, o vazamento de informações privilegiadas. O documento traz recomendações às companhias no que diz respeito à própria conceituação de um fato relevante.
"Ficou claro durante o período de audiência pública da instrução que um fato relevante deve ser distribuído quando a empresa identificar que alguma notícia poderá influenciar decisivamente seus negócios em termos de geração de caixa ou faturamento, o que altera a decisão de compra, venda ou manutenção de acionistas no investimento nas ações da empresa", explica o diretor da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), Edison Garcia, um dos relatores do documento.
O pronunciamento também reforça a responsabilidade dos profissionais da área de relações com investidores (RI). As dez entidades que compõem o Codim entendem que essa área das companhias tem de estar cada vez mais atentas à publicidade e ao fluxo adequado de informações relevantes aos participantes do mercado acionário. "A área de RI tem de estar atenta às informações que causem impactos nas ações da empresa e, por isso, tem o dever de cobrar os administradores. A necessidade de afinar essa relação vem nos chamando a atenção há dois anos, quando começou a onda de ofertas públicas de ações na bolsa", diz Garcia.

Governo estuda novos cortes de tributos para injetar recursos

Segundo fonte do governo, estudos feitos até agora mostram que há espaço para promover novos cortes no IOF
Agência Estado / Renata Veríssimo
28/11/2008
Para injetar mais recursos na economia, a equipe econômica estuda cortar tributos, como uma nova rodada de reduções nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Os estudos feitos até agora mostram que há margem para novos cortes de IOF, caso seja necessário. A avaliação é de que, nesse momento, os cortes devem continuar sendo pontuais. O governo está monitorando os setores econômicos e, caso identifique dificuldades de crédito, poderá promover novos cortes. "Não acho que o corte de impostos deva ser linear. Deve continuar sendo calibrado, caso a caso", informou uma fonte do governo. Há cerca de duas semanas, o Ministério da Fazenda reduziu o IOF para as operações de financiamento de motos para pessoa física. O setor havia registrado uma queda forte nas vendas. Semanas antes, o governo reduziu IOF para os investimentos estrangeiros. A equipe econômica avalia que uma redução mais ampla de impostos só será possível quando houver mais clareza sobre o cenário econômico em 2009. "Para adotar estas medidas estruturais temos que aguardar como será o ritmo de crescimento econômico no ano que vem", disse uma fonte da área econômica. Segundo ela, continua na gaveta a proposta de reestruturar as alíquotas do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), para reduzir a carga tributária para as classes mais baixas. "Essa é uma medida forte. Por isso, também depende de termos esta clareza". A redução de impostos é uma das pernas de um tripé anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para reduzir os impactos da crise financeira internacional na economia real. O governo anunciou que manterá os investimentos e que pretende reduzir o custo das operações financeiras das empresas. Todos os esforços são para evitar um desaquecimento forte da demanda que possa levar a uma onda de demissões. No caso dos investimentos, além das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo continua contando com a criação do Fundo Soberano do Brasil (FSB), que deve receber mais de R$ 14 bilhões este ano. Estes recursos poderão ser usados em obras de infra-estrutura num momento de baixo crescimento econômico. Mas se o FSB não for aprovado pelo Senado até o final do ano, o Tesouro Nacional já estuda uma outra alternativa para evitar que este dinheiro vire superávit primário e seja usado no pagamento dos juros da dívida pública. "Tem solução", disse a fonte sem dar detalhes. Para reduzir o custo das operações financeiras, além da redução de IOF, o governo espera que os bancos oficiais promovam uma onda de redução de taxas de juros cobradas do tomador final. O Banco do Brasil já reduziu o custo dos empréstimos a pessoas físicas e empresas. A Caixa Econômica Federal, por sua vez, informou que deverá anunciar na semana que vem o corte dos juros nas operações de crédito às empresas. A orientação é para que os bancos adotem o papel de liderança na ampliação da oferta de crédito e redução do custo dos empréstimos. O governo acredita que esta postura puxará para baixo os juros cobrados pelos bancos privados.

Crise financeira custou US$ 5 tri, aponta o Foro de Davos

Rodrigo Postigo
28/11/2008
Cinco trilhões de dólares foram perdidos por conta da crise financeira global, afirmou nesta quinta-feira o presidente e fundador do Foro Mundial de Davos, Klaus Schwab, que também anunciou uma participação recorde de líderes mundiais no próximo encontro, em janeiro.
O Foro chegou a prever a crise no sistema financeiro em seu relatório anual de riscos, divulgado no início do ano. "Não sou dramaticamente pessimista quanto o futuro, apenas realisticamente pessimista", declarou o economista suíço.
Ele acrescentou que a pior crise financeira desde a Grande Depressão dos anos 1930 fará com que a 39ª edição do Foro de Davos seja a mais importante de sua história e terá uma grande participação.
Schwab assinalou que ao encontro de cinco dias assistirão cerca de 160 líderes políticos assim como 1,2 mil chefes empresariais, sociais e sindicais.
A lista completa e confirmada de participantes será divulgada em janeiro. No dia 28 o encontro terá início com um discurso do primeiro-ministro russo Vladimir Putin.

Brasil e Argentina dão passo para construir hidrelétrica

EFE
28/11/2008
Três grupos se apresentaram na licitação para realizar os estudos prévios à construção da hidrelétrica Garabí, um projeto que Brasil e Argentina planejam iniciar sobre o rio Uruguai, na fronteira comum, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais.
As propostas recebidas incluem a realização dos "estudos de inventário do projeto partilhado entre Argentina e Brasil do rio Uruguai", explicou o ministro de Planejamento argentino, Julio de Vido.
"A avaliação desta apresentação estará pronta em 19 de dezembro para entregá-la aos presidentes" da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que deram a ordem para que seja "acelerada" a construção, assegurou o ministro.
Os participantes da licitação são um consórcio integrado pelas companhias argentinas Esin e Proa e a brasileira Engenharia, outro chamado Consórcio Internacional de Empresas do Rio Uruguai e um terceiro denominado Alto Uruguai, formado por firmas dos dois países envolvidos no projeto.
Cristina e Lula ratificaram, em fevereiro, a decisão de construir Garabí, apesar das advertências de especialistas sobre os impactos sociais, econômicos e ambientais que terá a hidrelétrica.
O projeto, concebido há 35 anos, foi desarquivado em 2007 perante a crise energética que atingiu a Argentina e as advertências de que o Brasil poderia sofrer um novo blecaute.
Fontes oficiais explicaram que a licitação tem como objetivo contratar uma empresa de consultoria que durante 18 meses avaliará o rio Uruguai na zona onde se prevê a construção.

Tráfego aéreo internacional de passageiros cai 1,3%

EFE
28/11/2008
O tráfego internacional de passageiros caiu 1,3% em outubro em relação ao mesmo mês do ano anterior, informou nesta quinta-feira a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, sigla em inglês).
Pelo segundo mês consecutivo o número de passageiros diminuiu, embora em menor ritmo em outubro do que em setembro, quando caiu 2,9%. Em relação ao tráfego de cargas houve recuo de 7,9% em outubro, o quinto mês consecutivo de queda acentuada.
"A sombra continua e a situação da indústria permanece crítica. Enquanto a queda do preço do petróleo é um alívio, agora a recessão é a maior ameaça para os lucros das companhias", declarou o diretor-geral da Iata, Giovanni Bisignani.
"A diminuição no número de passageiros pode ser temporária. Entretanto, a forte queda do tráfego de mercadorias indica que o pior ainda está por vir", acrescentou.
Por áreas geográficas, a África teve queda de 12,9%, seguida da região da Ásia e Pacífico (6,1%). A América Latina registrou recuo de 4,5%, o Oriente Médio de 3,5% e a América do Norte de 0,8%, enquanto a Europa foi a única a registrar crescimento (1,8%).
Em relação ao transporte de cargas, a maior redução aconteceu na América Latina (11,4%), seguida da região da Ásia e Pacífico (11%), da América do Norte (7,6%) e da Europa (5,4%). O Oriente Médio e a África tiveram aumento do tráfego de mercadorias, de 1% e 3%, respectivamente.

Brazil's IGP-M price index rises 0.38 pct in Nov

Thu Nov 27, 2008 5:08am EST
SAO PAULO, Nov 27 (Reuters) - Brazil's broadest inflation measure, the IGP-M index , rose 0.38 percent in November after a 0.98 percent jump the previous month, data showed on Thursday.
The wholesale-heavy index, released by the Getulio Vargas Foundation, was expected to climb 0.46 percent in November, according to the median forecast of 20 economists surveyed by Reuters. Estimates ranged from 0.34 percent to 0.58 percent.
The wholesale price component, which accounts for 60 percent of the overall weighting, rose 0.30 percent after surging 1.24 percent in October.
The consumer price component, which has a 30 percent weighting in the index, jumped 0.52 percent following a 0.25 percent increase last month.
The construction component, with about a 10 percent weighting, rose 0.65 percent following a 0.85 percent increase in October.
The IGP-M is used to adjust prices of rent and some utility contracts annually. The index has clocked a cumulative rise of 9.95 percent since the start of the year and 11.88 percent in the 12 months through November. (Reporting by Renato Andrade; Editing by Mike Nesbit)

Brazil Stocks Wobble in Light Trading

By THE ASSOCIATED PRESS
Published: November 27, 2008
Filed at 12:49 p.m. ET
SAO PAULO, Brazil (AP) -- Brazilian stocks briefly tracked gains for European and Asian markets on Thursday before dipping slightly. Other markets rose moderately.
Brazil's Ibovespa index was down 0.35 percent to 36,343 in afternoon trading. The country's currency, the real, was up at 2.2 per dollar.
Thursday's initial advance for the Ibovespa came after investors cheered China's 1 percentage-point interest rate cut to spur private borrowing and support a multibillion-dollar stimulus package to keep the nation's economy from slowing too fast.
Brazil, Latin America's biggest economy, is a big exporter to China of raw materials and commodities including iron ore and soy.
Mexico's main IPC index rose by nearly 1 percent to 20,168 in midday trading Thursday, while Colombia's IGBC index rose 2 percent to 7,372.
Chile's IPSA index crept upward 0.45 percent from Wednesday's close to 2,431, and Argentina's Merval index was up nearly 2 percent at 971.
U.S. markets were closed Thursday for the Thanksgiving holiday.