sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mercado tenta afinar comunicação

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados / Luciano Feltrin
28/11/2008
As principais entidades representativas do mercado de capitais local querem reduzir os impactos da divulgação - ou omissão - de fatos relevantes por empresas de capital aberto. Com essa difícil missão, o Comitê de Orientação para Divulgação de Informações no Mercado (Codim) divulgou ontem um pronunciamento que tenta evitar, entre outros problemas, o vazamento de informações privilegiadas. O documento traz recomendações às companhias no que diz respeito à própria conceituação de um fato relevante.
"Ficou claro durante o período de audiência pública da instrução que um fato relevante deve ser distribuído quando a empresa identificar que alguma notícia poderá influenciar decisivamente seus negócios em termos de geração de caixa ou faturamento, o que altera a decisão de compra, venda ou manutenção de acionistas no investimento nas ações da empresa", explica o diretor da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), Edison Garcia, um dos relatores do documento.
O pronunciamento também reforça a responsabilidade dos profissionais da área de relações com investidores (RI). As dez entidades que compõem o Codim entendem que essa área das companhias tem de estar cada vez mais atentas à publicidade e ao fluxo adequado de informações relevantes aos participantes do mercado acionário. "A área de RI tem de estar atenta às informações que causem impactos nas ações da empresa e, por isso, tem o dever de cobrar os administradores. A necessidade de afinar essa relação vem nos chamando a atenção há dois anos, quando começou a onda de ofertas públicas de ações na bolsa", diz Garcia.

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