quinta-feira, 7 de maio de 2009

Térmicas a gás aumentam geração no Sudeste

Reforço é necessário para que reservatórios atinjam o nível de segurança de 40% da capacidade em novembro
Valor Econômico
07/05/2009
O elevado nível de água nos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste não evitará a geração de energia a partir de termelétricas a gás nas duas regiões do país. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) pediu a geração de 1.800 MW médios de térmicas complementares a partir de maio no subsistema, o que elevará o total gerado por térmicas na região para 2.500 MW médios. O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, frisou que os níveis dos reservatórios das hidrelétricas não preocupam, mas explicou que, para atingir com segurança o nível meta de 40% em novembro, foi necessário pedir o despacho de energia de algumas térmicas.
Chipp disse que as unidades que entrarão em operação serão movidas a gás natural e não a óleo combustível, insumo mais caro e mais poluente. Antes de maio, a termelétrica Norte Fluminense já gerava cerca de 700 MW médios, mas neste caso o despacho é determinado por ordem de mérito, uma vez que a energia da unidade é mais barata que a média das térmicas.
Os 2.500 MW médios que serão gerados estão garantidos pelos acordos fechados entre Petrobras e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que preveem a geração de até 4.200 MW médios de energia a partir do gás natural.
O ONS também pretende elevar a geração da termelétrica de Araucária e realizar medidas operacionais para aumentar o intercâmbio com o restante do país para disponibilizar mais energia para o subsistema da Região Sul, único dos quatro existentes no país em que o nível dos reservatórios das hidrelétricas está em níveis considerados baixos devido à seca da região.

Líderes e governo não chegam a consenso sobre MP 449

Medida trata das novas regras para parcelamento de dívidas de tributos; nova reunião está marcada para hoje
O Estado de S.Paulo / Tânia Monteiro
07/05/2009
Depois de mais de duas horas de reunião, não houve consenso entre líderes do PMDB e do PT com o governo para a votação da MP 449 que trata das novas regras para parcelamento de dívidas de tributos federais.
A área econômica, segundo o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) não concorda com o prazo de renegociação da dívida de até 240 meses. Uma nova reunião entre os líderes da base aliada está marcada para as 16 horas, na Câmara.

Incentivos puxam a lenta recuperação da indústria

Valor Online
07/05/2009
A recuperação da indústria em março e abril foi puxada pelos setores beneficiados pelas medidas anticrise
A recuperação da indústria brasileira em março e abril foi puxada pelos setores beneficiados pelas medidas anticrise, mas ela ainda é lenta. Os dados do IBGE relativos a março apontam uma quase estagnação da produção do setor de transformação em relação a fevereiro, na série com ajuste sazonal. O crescimento foi de apenas 0,06%, bastante inferior aos 0,7% de alta na indústria geral, influenciada pelo forte crescimento de 2,5% do setor extrativo.
Os dados relativos a abril apontam manutenção da trajetória de recuperação, mas sem sinais de aceleração do ritmo. Indicadores antecedentes (consumo de energia elétrica, vendas do comércio paulistano e licenciamento de veículos) mostram um abril mais fraco, em boa parte pelo menor número de dias úteis. Ao mesmo tempo, nos novos setores favorecidos por redução de impostos e linhas de crédito, as encomendas cresceram. A indústria de materiais de construção, após encerrar o primeiro trimestre em queda de 16% sobre 2008, avalia que abril pode ter resultado positivo na comparação com o mesmo mês do ano passado. No setor de eletrodomésticos, as encomendas também melhoraram.
O aumento das vendas de automóveis, eletrodomésticos e materiais de construção já traz alento, também, para os fornecedores de insumos, criando um efeito positivo ao longo da cadeia de suprimentos. Em pesquisa da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), todos os setores reportaram alta de vendas e de produção, com melhor desempenho dos segmentos que vendem para a indústria automobilística, construção civil e agronegócio. Na distribuição de aço, voltaram as encomendas dos fabricantes de eletrodomésticos e eletroeletrônicos.
Os dados do IBGE e os relatos empresariais, no entanto, confirmam a forte disparidade entre os setores na atual retomada da economia brasileira. Dos 27 segmentos pesquisados pelo IBGE, só 11 cresceram em março na comparação com fevereiro, na série com ajuste sazonal. E todas as comparações sobre 2008 ainda são bastante negativas.

Economia brasileira seduz os 'sedentos por rendimento', diz 'FT'

BBC Brasil
07/05/2009
O forte aumento nas cotações das ações brasileiras e do real pode ter sido provocado pela "sede" dos investidores por um rendimento maior para suas aplicações em um momento em que as taxas de juros nos países desenvolvidos "rondam o zero", segundo afirma reportagem publicada na edição desta quinta-feira no diário britânico Financial Times.
"Os investidores que vinham acumulando capital estão novamente procurando rendimento", diz a reportagem.
O jornal observa que entre junho e janeiro, os investidores estrangeiros tiraram mais de R$ 26 bilhões da Bolsa de Valores de São Paulo, mas que, desde então, já retornaram R$ 5,7 bilhões - somente no último mês, foram R$ 3,8 bilhões.
A reportagem cita um analista de mercados emergentes que comenta que as políticas monetárias expansionistas dos Estados Unidos aumentaram muito a liquidez no mercado, levando investidores que antes fugiam do risco de volta ao mercado.
O jornal observa que o índice Bovespa já subiu mais de 75% desde o seu ponto mais baixo, em outubro, e que a cotação do dólar, que entre agosto e dezembro havia passado de R$ 1,56 para R$ 2,48, estava sendo negociado a R$ 2,12 na quarta-feira.

Brazilian economy is the real lure for the yield-hungry

Financial Times
By Jonathan Wheatley in São Paulo
Published: May 7 2009 03:00 Last updated: May 7 2009 03:00
The huge rally in Brazilian equities and currency over the past two months has left many analysts searching for convincing explanations.
The main São Paulo Stock Exchange Index, the Bovespa, rose from 35,000 points in early March to almost 52,000 points yesterday morning.
The index is up by more than 75 per cent from its low point last October, though still a long way from its high of more than 73,000 points a year ago.
Meanwhile, the real - which slipped against the US dollar from R$1.56 to R$2.48 between August and December - was trading at R$2.12 yesterday morning.
It recovered so quickly this week that the central bank started buying US dollars again for the first time since September.
"I've got to tell you, it's very confusing," said Alvise Marino, emerging markets analyst at IDEAglobal, a New York research firm.
On the one hand, the economic news coming out of Brazil - and indeed all emerging markets and the wider world - is really not that good.
Industrial production fell by more than 10 per cent year-on-year in March after three consecutive monthly falls of about 17 per cent.
Vehicle sales - a key indicator, which plummeted in December but had been recovering this year on the back of short-term tax breaks - fell again in April by 13.6 per cent from March.
Very slight recoveries in retail sales and consumer and business confidence are a long way from explaining investors' ebullience.
On the other hand, however, Brazil's prospects certainly compare well with those of other countries.
Its $200bn in foreign currency reserves provide a solid cushion against volatility and remove any threat of debt default.
Indeed, Brazil is a net creditor to the world and is preparing to lend money to the International Monetary Fund.
While the government's room for action on the fiscal side is constrained by falling tax revenues and rising spending on payroll, leaving little money for stimulus-inducing spending, it has plenty of room for action in monetary policy.
The central bank has been cutting its target overnight rate this year but at 10.25 per cent it is still very high and the bank is expected to go on cutting as inflation remains subdued.
Another explanation is that with real interest rates in the developed world round zero, investors who had been hoarding cash are once again looking for yield.
Overseas investors took more than R$26bn from the São Paulo Stock Exchange between June and January.
Since then, more than R$5.7bn has returned, including R$3.8bn last month alone.
"The US has been pursuing very aggressive, expansionary monetary policies and this has created a very strong increase in liquidity," Mr Marino said.
"Investors who were very averse to risk are now more comfortable about getting back into the market. The fact is that the Brazilian real remains the bellwether for international risk appetite."

Auditors see SEC deficiencies

By MARCY GORDON, AP Business Writer Marcy Gordon, Ap Business Writer – Wed May 6, 12:12 am ET
WASHINGTON – The Securities and Exchange Commission has made progress in tightening its procedures for managing its caseload of enforcement investigations but internal communications and use of resources still must be improved, congressional auditors have concluded in a new report.
The workings of the SEC's enforcement division have come under intense congressional scrutiny after revelations in December that the agency failed to detect the massive Ponzi scheme run by money manager Bernard Madoff, despite red flags raised to its staff by outsiders over the course of a decade.
The report released Wednesday by the Government Accountability Office, Congress' investigative arm, said the turmoil in the financial markets that began in mid-2008 has "underscored the importance of the role (the enforcement division) plays."
While noting that the division has brought several actions with record penalties against companies and senior executives in recent years, the report said there are questions about its "capacity to effectively manage its activities and fulfill its critical law-enforcement and investor-protection responsibilities."
The enforcement division faces challenges in balancing its personnel and other resources against a ballooning workload, while it grapples with inefficient operations and deficiencies in its information systems, the GAO auditors said. The division's overall resources have been at a stable level, but the number of investigative attorneys dropped 11.5 percent from fiscal years 2004 through 2008, the review found.
The GAO undertook the review last summer at the request of Sen. Christopher Dodd, D-Conn., chairman of the Senate Banking Committee, and Sen. Jack Reed, D-R.I., who heads the subcommittee with oversight of the SEC. It did not address the SEC's regulatory failure in the Madoff situation — an issue being examined by the SEC's inspector general.
Reed's panel is holding a hearing Thursday on the SEC's enforcement operation. Scheduled witnesses include Robert Khuzami, a former federal prosecutor who was installed as the agency's enforcement director in February, and GAO official Richard Hillman.
SEC Chairman Mary Schapiro, an Obama appointee, named Khuzami to replace Linda Thomsen, the enforcement chief since May 2005 who had become a lightning rod for criticism by lawmakers and others.
Schapiro also took several actions intended to strengthen and speed the SEC's enforcement efforts. For example, she ended a two-year-old policy requiring agency enforcement attorneys to get approval from the SEC commissioners before negotiating fines and penalties with companies accused of violations.
The old policy was considered to have resulted in delays in cases and fewer fines and penalties against companies, the GAO report said.
Christopher Cox, who was the SEC chairman in 2007 when the policy was put into effect, said Tuesday that it was a pilot program "designed to test ways to speed up cases and improve oversight," and was used in only nine enforcement cases of more than 1,000. "But the GAO analysis supports (Schapiro's) decision to end the pilot and pursue other approaches," Cox said in a statement.
Cox, a former Republican congressman from California, also said he was "heartened" by other findings in the GAO report, notably that staff turnover in the enforcement division has decreased and that enforcement activity has been fairly level while caseload backlogs have declined.
Schapiro, in written comments to the GAO, said she agreed with its recommendations and the agency was taking steps to put them into action. They include considering a new structure for the office in charge of collecting penalties from companies and distributing recovered funds to aggrieved investors, and reviewing the enforcement division's resources.