quarta-feira, 30 de setembro de 2009

CPFL quer 25% do mercado de distribuição até 2014

Agência Estado / Wellington Bahnemann
30/09/2009
Completados cincos anos da abertura da capital na Bolsa de Valores de São Paulo, a CPFL Energia já planeja sua estratégia visando os próximos cinco anos. Pelas palavras do presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior, a empresa tem metas ambiciosas a cumprir até 2014. Além de manter a liderança e expandir sua atuação em distribuição, os planos são de crescer fortemente a participação no segmento de geração, principalmente em fontes renováveis, mas também considera as térmicas como um hedge (proteção) para o parque gerador do grupo. Para suportar esse crescimento, a empresa não descarta, futuramente, reduzir o nível de dividendos aos acionistas.
De acordo com o executivo, a CPFL Energia pretende aumentar sua participação no setor de distribuição de 13% para 25% até 2014. Esse crescimento se dará por meio "da compra de ativos estratégicos e de cooperativas, além da incorporação de redes particulares em nossas áreas de concessão", disse o executivo. Sobre a aquisição de distribuidoras de outros grupos, Ferreira Júnior disse que a intenção da empresa é adquirir em áreas de fronteiras as concessões que já detém. "Existem 14 empresas de pequeno porte próximo a nós", lembrou o executivo. A empresa tem ativos de distribuição em São Paulo e Rio Grande do Sul.
Em geração, a meta da CPFL é crescer dos atuais 1,737 mil megawatts (MW) de capacidade instalada para 5,4 mil MW em 2014, o que levaria a empresa a se tornar o segundo maior player privado do setor elétrico brasileiro. "Passaríamos algumas empresas estatais e ganharíamos um grande peso nesse segmento", afirmou o executivo. Um dos principais objetivos da CPFL na área de geração é se tornar líder em fontes renováveis de energia. "Pretendemos adicionar cerca de 1 mil MW de fontes alternativas", revelou o presidente da CPFL.
Desse volume de 1 mil MW, Ferreira Júnior projetou que cerca de 200 MW deverão vir de projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH), 200 MW de usinas eólicas e 600 MW de térmicas movidas a biomassa. Inclusive, Ferreira Júnior revelou que a empresa negocia, no momento, uma parceria para o desenvolvimento de dois projetos de biomassa com usineiros, que deverão ser fechados até o final do ano. Ontem, a CPFL Energia anunciou uma aquisição na área de energia eólica cujos projetos podem chegar a 180 MW de capacidade instalada.
O executivo comentou também que uma peça-chave na estratégia do grupo é a usina Belo Monte, no Rio Xingu (PA), que o governo federal pretende licitar ainda este ano e que tem capacidade instalada de 11,2 mil MW. "Planejamos estar no bloco vencedor do leilão de Belo Monte, o que adicionaria um 2 mil MW ao nosso parque gerador", explicou o executivo, que afirmou que a participação da CPFL em um dos consórcios pode ficar entre 17% e um pouco acima de 20%.

Inspetor da SEC sugere ações para evitar fraudes como a de Madoff

Valor Online
30/09/2009
O inspetor da Securities and Exchange Commission (SEC), David Kotz, responsável pela fiscalização das ações da agência, agregou hoje algumas sugestões para que a autarquia seja mais eficiente no combate a fraudes como a praticada por Bernard Madoff, cuja atuação foi alvo de cinco investigações por 16 anos, sem sucesso.
A proposta de Kotz para melhorar as operações de investigação prevê interação maior entre membros de escalão mais baixo na SEC e aqueles de nível mais alto.
A agência, responsável pela supervisão e regulamentação do mercado de capitais dos EUA, recebe anualmente cerca de 700 mil queixas e denúncias externas.
O inspetor sugere que a SEC estabeleça uma orientação formal de avaliação dos vários tipos de queixas e treine a equipe em relação a essas novas diretrizes.
Também aponta para a necessidade de as queixas serem revistas por pelo menos duas equipes familiarizadas com o assunto antes de que seja tomada alguma iniciativa adicional.
As denúncias também devem ser encaminhadas para uma equipe que tenha pelo menos um integrante que tenha amplo conhecimento sobre o esquema de pirâmide financeira, usado por Madoff em seu esquema de fraude.
O inspetor também sugere a exigência de memorandos a serem preparados ao longo da investigação que incluam detalhes do tipo de perícia necessária para outras equipes envolvidas na investigação. Para Kotz, é preciso uma ação cargo a cargo para identificar as deficiências da agência reguladora.
O inspetor já havia se manifestado no dia 2 de setembro, quando apontou os problemas de investigação na SEC no caso Madoff, embora não tenha indicado ligação suspeita entre agentes e funcionários do órgão e o autor da fraude. O inspetor lembrou, na ocasião, que a SEC falhou ao não se aprofundar sobre as inconsistências do caso e se negou a aceitar ofertas de denunciantes.

Investimento de R$ 74 bi agita o setor ferroviário

Valor Online / Samantha Maia
30/09/2009
De 2003 a 2006, o setor ferroviário de passageiros teve sua produção voltada exclusivamente para o mercado externo
O trem-bala e a Copa de 2014 conduzirão R$ 74,4 bilhões em investimentos públicos para a indústria ferroviária, que quase desapareceu e ressurgiu nesta década. De 2003 a 2006, o setor ferroviário de passageiros teve sua produção voltada exclusivamente para o mercado externo. Agora, destina 15% ao mercado doméstico. De 2005 a 2008, a produção nacional de trens de passageiro cresceu 147%.
A perspectiva de lançamento do trem-bala São Paulo-Rio e de projetos de metrô e veículos leves sobre trilhos (VLT) em capitais que se preparam para receber os jogos da Copa de 2014 atraiu a atenção de empresas estrangeiras e levou multinacionais já instaladas no país, como Alstom e Bombardier, a cogitar a diversificação das linhas de produção. A espanhola CAF é uma das que chegaram ao país, inicialmente para atender encomenda de 48 trens da CPTM e 17 do Metrô de São Paulo. A perspectiva de novos contratos animou a empresa a se instalar em Hortolândia (SP) e cumprir a exigência contratual de 60% de nacionalização. O projeto não depende só do comportamento do mercado interno. A intenção é tornar a fábrica uma plataforma de exportação para a América Latina.
Há 15 anos, a Alstom se instalou no país atraída por uma onda de investimentos que não teve continuidade. A empresa, a única fabricante de trens de passageiros antes da entrada da CAF, conseguiu se manter com exportações. O cenário mudou em 2007 e de lá para cá fechou vários contratos para o Metrô e a CPTM, em São Paulo, VLTs e trens para Brasília. A companhia agora aguarda licitações em fase de preparação para mais 33 trens da CPTM e 26 trens do Metrô paulistano. "Se o mercado continuar dessa forma, pensamos em ampliação e em implantação de novas fábricas", diz Ramon Fondevila, diretor-geral da Alstom.
O quadro de fornecedores nacionais aumentou por conta dos investimentos em andamento. O índice médio de nacionalização do setor hoje é de 70%, segundo dados do Simefre, entidade que reune fabricantes de materiais e equipamentos ferroviários e rodoviários. A Marcopolo, do segmento rodoviário, quer se tornar fornecedora para o setor ferroviário de passageiros. Segundo José Antônio Fernandes Martins, vice-presidente da empresa, o plano deve se confirmar com o projeto do trem-bala.

Abrasce lança pós-graduação para o mercado de shopping centers

Curso será oferecido pela Associação em parceria com o Insper – Ibmec São Paulo, a partir de 2010
Portal do Shopping
30/09/2009
Acontece no dia 01 de outubro, em São Paulo, o lançamento do Shopping Center Management Program, um curso de pós-graduação, que será oferecido pela Associação Brasileira de Shopping Centers – Abrasce, a partir de março de 2010. A pós-graduação será realizada em parceria com o Insper – Ibmec São Paulo e tem o objetivo de capacitar tecnicamente os profissionais para o setor, com um conteúdo customizado e focado no mercado.
O curso é estruturado em sete módulos: Operação e Projetos; Marketing; Finanças; Aspectos Legais e Jurídicos; Estratégia Coorporativa e Planejamento; Pessoas; e Módulo Aplicativo. A grade terá a duração de 15 meses/aula. O público alvo são gestores de shopping centers, que atuam em diversas áreas funcionais dos empreendimentos.
Entre os convidados do evento de lançamento está o economista Eduardo Gianetti, que ministrará uma palestra sobre as dimensões da crise internacional e as perspectivas da economia brasileira.
A abertura será feita pelo presidente da Associação, Luiz Fernando Veiga e pelo Claudio Haddad, Diretor Presidente do Insper – Ibmec São Paulo. Na mesma oportunidade, Décio Pecin, Superintendente de Operações da ABRASCE, apresentará o 11º Congresso Internacional de Shopping Centers e Exposhopping, maior evento do setor de shoppings da América Latina.
Educação - O Shopping Center Management Program é resultado do empenho da Abrasce em contribuir para o constante aprimoramento dos profissionais do setor. Além deste, a Associação realiza seminários, cursos e encontros regionais, em todo o Brasil. Outro ponto que merece destaque é o acervo mantido pela Associação, em Biblioteca própria, disponível para pesquisas dos profissionais do mercado e estudantes.
Lançamento Shopping Center Management Program, 01/10/2009, às 18h30., no Insper – Ibmec São Paulo, Rua Uberabinha, s/n – São Paulo/SP.
Abrasce - A Associação Brasileira de Shopping Centers - Abrasce - é a entidade que representa o setor no Brasil. Com 33 anos de atuação, reúne entre seus associados os principais empreendedores, administradores, prestadores de serviços e lojistas do setor e tem por objetivo o fortalecimento dessa indústria em âmbito nacional. Em parceria com o International Council of Shopping Centers - ICSC, promoverá, em outubro de 2010, o 11º Congresso Internacional de Shopping centers, evento que acontece a cada dois ano. [www.portaldoshopping.com.br]

Serasa: comércio está confiante no Dia das Crianças

Agência Estado
30/09/2009
A confiança do comércio do Brasil no Dia das Crianças é um termômetro, para este ano, de um Natal melhor que o de 2008. A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial, divulgada hoje, mostra que 49% dos comerciantes têm esperança de acréscimo no faturamento do 12 de Outubro, o maior nível entre as datas comemorativas do ano. De acordo com a Serasa Experian, como a data é uma indicação do consumo para o 25 de Dezembro, espera-se vendas maiores nas comemorações de fim de ano, pois em 2008 o movimento foi brando em razão dos resultados da crise econômica internacional no País.
Ainda assim, o Dia das Crianças deste ano perde para o de 2008, quando 52% dos entrevistados esperavam um aumento do faturamento. A porcentagem de 2009 repete a de 2007. O levantamento foi feito com 1.011 executivos do varejo, entre os dias 4 e 17, e superou a expectativa para o Dia dos Pais. Para este ano, 37% dos varejistas apostam na manutenção do faturamento e 14%, na queda. Os que aguardam uma elevação nas vendas esperam um aumento médio de 15,4%. Os pessimistas, que preveem declínio, esperam 18,7% a menos de faturamento.
Por tamanho, as grandes empresas são as mais otimistas, com 68% dos entrevistados com a expectativa de elevação no faturamento, 24% de manutenção e somente 8% de queda. Depois, vêm as companhias médias, com 57% aguardando um aumento do faturamento, 31% prevendo estabilidade e 12%, recuo. Nas pequenas empresas, 46% esperam alta das vendas e 39% estabilidade, o mesmo quadro de 2008. Já 15% acreditam que haverá uma performance pior.
Por região, o Norte (57%), Nordeste (52%) e Centro-Oeste (55%) são as mais otimistas sobre uma possível alta no faturamento para o Dia das Crianças. Em seguida estão o Sudeste, com 49%, e o Sul, com 44%. Os varejistas indicam que os presentes mais comprados na próxima data comemorativa serão brinquedos (68%), jogos eletrônicos (11%), telefones celulares (9%), roupas, sapatos e tênis (6%), artigos eletrônicos (3%), chocolates e doces (1%), DVDs, CDs e livros (1%), computadores e equipamentos (1%) e outros (1%).

SEC Watchdog Pushes Changes After Madoff Failure

By THE ASSOCIATED PRESS
Published: September 29, 2009
Filed at 9:26 p.m. ET
WASHINGTON (AP) -- The watchdog of the Securities and Exchange Commission has recommended a new system for handling the thousands of tips and complaints the agency receives and other changes to prevent another breakdown like the one that allowed Bernard Madoff's massive fraud to go undetected for 16 years.
The proposals from SEC Inspector General David Kotz for the agency's enforcement and inspections operations also include making it easier for junior-level enforcement attorneys to bring their concerns to top managers.
In a report late last month, Kotz detailed how the SEC bungled five investigations of Madoff's business between June 1992 and last December, when the financier confessed the scheme to his sons. Top SEC officials have pledged to fix the problems and say they already have made major changes.
''We found that enforcement staff lacked adequate guidance on how to appropriately analyze complaints,'' said one of the two reports Kotz issued Tuesday. ''As a result, enforcement staff did not conduct a thorough review of a complaint brought to their attention in 2001 regarding Madoff.''
The SEC receives an estimated 700,000 tips and outside complaints a year.
Looking at the agency's Office of Compliance Inspections and Examinations, Kotz recommends that it establish a specific process for identifying red flags and potential violations of securities laws. Also, within three years, half of the OCIE staff -- now at 828 -- should become formally certified as examiners.
Kotz recommended that the SEC:
--Establish formal guidance for evaluating various types of complaints and train staff on using the new guidelines.
--Require tips and complaints to be reviewed by at least two people familiar with the subject matter before deciding not to take further action.
--Assign investigations to teams with at least one member who has specific knowledge of Ponzi schemes. In Ponzi, or pyramid, schemes, new investors' money is used to pay earlier investors, creating a high rate of return that cannot be sustained.
--Require planning memos to be prepared during investigations that include details of the type of expertise that is needed from other people not involved in the investigation, both inside and outside the SEC.
Kotz's earlier review found that the enforcement attorneys and investigators assigned to probe Madoff were inexperienced and their work wasn't adequately supervised.
The 2001 complaint, made to the SEC by private fraud investigator Harry Markopolos, included some 30 red flags indicating that Madoff was running a Ponzi scheme, Kotz's report noted.
Madoff, who pleaded guilty in March, is serving a 150-year sentence in federal prison in North Carolina for what could be the biggest Ponzi scheme in history. It destroyed thousands of people's life savings, wrecked charities and gave the financial system another big jolt.
The legions of investors who lost money included Hollywood celebrities, ordinary people and famous names in business and sports -- as well as big hedge funds, international banks and charitable foundations worldwide.
Federal prosecutors said earlier this month that a search of financial records, including microfilm records dating to 1979, show that investors suffered net losses exceeding $13 billion.
Kotz also is recommending ''employee-by-employee'' action to ensure the SEC fixes the deficiencies. No SEC employees have been fired specifically for the bungled investigations of Madoff, though the heads of the enforcement division and inspections office have left in recent months.
SEC Chairman Mary Schapiro, who took over in January, has brought changes to the agency and revamped enforcement efforts. SEC Enforcement Director Robert Khuzami, who joined the agency in March, says that he has started the most extensive restructuring of his division in at least 30 years.
''We concur in all of the recommendations in the report,'' Khuzami wrote in a memo to Kotz. ''In fact, (the enforcement division) has already taken significant steps toward creating a better organized and more effective division.''