terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Vendas e produção de veículos no Brasil atingem recorde em 2007

Rodrigo Postigo

08/01/2008

As vendas e a produção de veículos no Brasil cresceram em 2007 e atingiram nível recorde, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

As vendas cresceram 27,8% no ano, atingindo 2,46 milhões de unidades nacionais e importadas. Em dezembro, as vendas de veículos novos nacionais avançaram 0,6% sobre novembro, para 209,2 mil unidades, e 13,9% contra o mesmo mês do ano anterior.

Incluindo os importados, a comercialização subiu 2,2% contra novembro e 18,3% ante dezembro de 2006 para 242,2 mil unidades.

A produção no ano passado avançou 13,9% sobre 2006, para 2,97 milhões de unidades.

Em dezembro, a produção caiu 17,7% sobre novembro, mas subiu 17,8% sobre igual período do ano anterior, para 223,2 mil unidades.

Produção industrial recuou 1,8% em novembro, aponta IBGE

Rodrigo Postigo

08/01/2008

A produção industrial brasileira recuou 1,8% em novembro com relação ao mês anterior, apontou a Pesquisa Industrial Mensal (PMI) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior queda mês-a-mês desde julho de 2005, quando houve redução de 2,7% em relação a junho. Na comparação com novembro de 2006, houve avanço de 6,7%. Em outubro de 2007, na série com ajuste zazonal, o indicador havia crescido 3,3%.

Segundo o IBGE, tanto o acumulado no ano como o dos últimos 12 meses (6 e 5,5%, respectivamente) foram maiores que as somatórias obtidas em outubro (5,9 e 5,3%, respectivamente).

A desaceleração observada na PMI, entre outubro e novembro, foi generalizada, atingindo 18 dos 27 ramos pesquisados. Os principais decréscismos vieram de veículos automotores (-3,9%), edição e impressão (-5,8%) e alimentos (-1,9%). Entre os nove ramos industriais que apresentaram crescimento, farmacêutica (5,7%) e metalurgia básica (1,3%) exerceram as influências mais expressivas.

A queda na produção de veículos automotores ocorreu após aumento de 7,7%, registrado na comparação entre setembro e outubro.

Entre as categorias de uso, apenas bens de capital apresentou aumento com relação a pesquisa anterior, com avanço de 1,2%. Puxada pelo resultado dos automóveis, a queda mais expressiva ocorreu em bens duráveis, com redução de 2,6%.

No acumulado de janeiro a novembro de 2007, em relação ao mesmo período do ano passado, 22 dos 27 ramos industriais apresentaram avanço na produção. O resultado positivo mais expressivo foi o de veículos automotores (alta de 15,1%). Já na outra ponta a maior redução foi verificada na indústria do fumo (queda de 8,1%).

Exportação brasileira de commodities tem maior nível desde 86

Rodrigo Postigo

08/01/2008

A exportação de produtos básicos brasileiros, ou commodities, chegou a 31,7% do total no ano passado, a maior proporção desde 1986.

Os produtos básicos representavam 32,6% da pauta brasileira em 1986, caíram para 30,6% no ano seguinte e continuaram em queda até chegar a 22,6% em 2000, quando voltaram a subir.

Os dados são da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), e os números do ano passado referem-se ao período entre janeiro e novembro, já que os dados totais do ano ainda não foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Nos anos 70, a proporção dos produtos básicos era bem maior. Em 1977, esses produtos representavam 57,4% da pauta brasileira.

Minério e alimentos Os principais produtos básicos exportados pelo País são minério de ferro, petróleo bruto, carne de frango, café em grão, carne bovina, soja e milho.

Ao mesmo tempo em que aumentou a exportação de produtos básicos, caiu a importância dos manufaturados na pauta de exportações brasileira.

A queda tem sido constante desde 2000, quando os industrializados representavam 59,2% do total. No ano passado, a proporção foi de 52,5% no dado acumulado até novembro.

A fatia dos semimanufaturados ficou em 13,7%, bastante inferior ao pico de 19,5% verificado em 1995.

Apesar da queda proporcional, o volume de exportações em dólares tem crescido desde 1990, com uma pequena redução de 1999, já recuperada no ano seguinte.

Balança comercial inicia 2008 com superávit de US$ 70 milhões

Resultado representa queda em relação ao registrado no mesmo período de 2007.Analistas esperam nova redução do saldo comercial neste ano.

G1 / Alexandre Martello

08/01/2008

A balança comercial brasileira iniciou o ano de 2008 com um superávit de US$ 70 milhões, registrado entre os dias 1 e 6 deste mês (3 dias úteis), fruto de exportações em US$ 1,49 bilhão e de importações em US$ 1,42 bilhão. O resultado é inferior ao registrado na primeira semana do ano de 2007, quando o superávit da balança comercial somou US$ 617 milhões. Na comparação pela média diária, o superávit da balança comercial também apresentou queda em relação a janeiro de 2007. Na primeira semana deste ano, o superávit, por dia útil, somou US$ 23,3 milhões, bem abaixo dos US$ 114 milhões por dia útil registrados no primeiro mês do ano passado. Em todo o mês de janeiro de 2007, o superávit somou US$ 2,51 bilhões.

Projeções para 2008

A expectativa dos analistas do mercado financeiro, do Banco Central e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é de que o superávit da balança comercial tenha nova queda neste ano - reflexo do crescimento da economia brasileira (que aumenta importações de máquinas e equipamentos) e das maiores compras de produtos importados, consequência também do dólar baixo. Para o mercado financeiro, o superávit da balança comercial, que totalizou US$ 46 bilhões em 2006 e US$ 40 bilhões no ano passado, deve recuar para US$ 31,9 bilhões em 2008. Já o Banco Central estima que o superávit da balança comercial brasileira caia para US$ 30 bilhões em 2008, ou seja, um recuo de US$ 10 bilhões frente a 2007. Neste ano, segundo o BC, as exportações devem ficar em torno de US$ 172 bilhões, enquanto que as compras do exterior devem totalizar aproximadamente US$ 142 bilhões. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o superávit da balança comercial deve ser menor ainda neste ano: US$ 25 bilhões. De acordo com projeções da entidade, as exportações devem somar US$ 175 bilhões em 2008 e as importações US$ 150 bilhões.

Ação no STF pode cancelar aumento de IOF e CSLL

Rodrigo Postigo

08/01/2008

O partido Democratas vai ingressar na tarde desta segunda-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação direta de inconstitucionalidade contra o pacote tributário do governo para compensar as perdas com a não renovação da CPMF. O presidente nacional do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou que a intenção é anular a decisão do governo em relação ao aumento da carga tributária. "A nossa ação será em razão do não cumprimento do acordo, do desrespeito às instituições e à sociedade, do cinismo do ministro (da Fazenda, Guido) Mantega, que disse que o acordo só valia até 31 de dezembro de 2007", disse.

Segundo Rodrigo Maia, as mudanças na cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é inconstitucional por que fere o princípio da isonomia tributária. O deputado afirma que o mesmo tipo de tributação não pode ter duas alíquotas diferentes (no caso, uma para pessoa jurídica e outra para física).

Contra a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), Rodrigo Maia questiona a legalidade do aumento da cobrança aos bancos sem respeitar o princípio da anualidade. "Só na cabeça do Guido Mantega, do Paulo Bernado (ministro do Planejamento) e do Romero Jucá (líder do governo no Senado) é que o banqueiro assimila aumento de tributos sem repassar o consumidor.

A tesouraria de todos os bancos sabe que a conta é muito simples: custo de captação mais impostos é igual ao custo do dinheiro para quem vai receber na outra ponta", afirmou Maia.
Segundo o deputado, o Democratas espera ter o apoio de outros partidos na ação do Supremo, inclusive de legendas da base, como o PDT.