quarta-feira, 24 de junho de 2009

SEC estuda limites mais curtos para fundos de renda fixa

Reuters News
24/06/2009
Os reguladores do mercado de capitais dos Estados Unidos estão considerando reduzir os limites de vencimento dos fundos de renda fixa para proteger investidores, depois que as perdas repentinas do ano passado na indústria atingiram o Reserve Primary Fund, disse nesta terça-feira uma fonte familiar ao assunto.
A Securities and Exchange Commission (SEC) deve se reunir na quarta-feira para analisar propostas para fortalecer as regras para os fundos.

Regra contábil tem reduzida adesão no Novo Mercado

DCI / Eduardo Puccioni
24/06/2009
Estudo realizado por uma grande empresa de auditoria no Brasil mostra que, das 100 companhias que fazem parte do Novo Mercado, o nível mais alto de governança corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), apenas 8 anunciaram seu resultado financeiro dentro da nova norma contábil, ou seja, ainda é necessário que 92 empresas apresentem resultados em International Financial Reporting Standards (IFRS).
Este assunto preocupa os especialistas, já que a adequação à norma será obrigatória a partir de 2010. Outra preocupação é em relação à difícil implementação. "Temos clientes que ainda não conseguiram concluir seus resultados em IFRS porque ainda apresentam dúvidas", afirma o executivo da empresa, que não quis revelar seu nome.
Mas o especialista afirma que nem todas as companhias terão grandes dificuldades, pois as que têm ações negociadas na Bolsa de Nova York (Nyse) já fazem uma divulgação parecida, nos padrões chamados US GAAP. "Para estas empresas a mudança é mais simples", explica o executivo.
Através de sua assessoria de imprensa, a BM&F Bovespa explica que "exige nas regras dos segmentos diferenciados de governança [Nível 2 e Novo Mercado] que as companhias apresentem demonstrações financeiras em padrão internacional, que pode ser US GAAP [padrão americano] ou IFRS [padrão internacional]. Em 2007, foi editada Instrução da CVM que define que as companhias abertas apresentem suas demonstrações contábeis consolidadas em IFRS a partir do exercício de 2010", explica a nota.
O comunicado diz ainda que "cerca de 25 empresas do Novo Mercado apresentaram demonstrações financeiras referentes ao exercício de 2008 de acordo com os IFRS". Portanto, restam cerca de 75 empresas a realizar a mudança para IFRS.
Apesar de toda a preocupação, a regulação para as empresas do Novo Mercado diz que a "divulgação de demonstrações financeiras tem de ser de acordo com padrões internacionais IFRS ou US GAAP", o que facilita a tarefa das companhias abertas. Mesmo assim, as empresas são obrigadas a divulgar seus resultados dos dois últimos anos em IFRS, ou seja, o balanço anual de 2008 e o de 2009.
Para Pedro Malan, trustee do IASC Foundation e ex-ministro da Fazenda, "a crise financeira global é uma oportunidade para avançarmos no processo da convergência contábil", afirmou, durante palestra especial de encerramento do 11º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, promovido pelo Instituto de Relações com Investidores (IBRI) e pela Associação Brasileira de Companhias Abertas (ABRASCA).
Malan salientou a importância de se resolverem problemas de regulação, supervisão, fair value, impairment e fez um apelo para que os profissionais de Relações com Investidores atentem para a urgência do processo de migração para os IFRS e estejam prontos para acompanhar as mudanças. "O uso das normas internacionais apresenta-se como uma vantagem competitiva para as empresas brasileiras", diz Malan.
Para o ex-ministro, o Brasil é um país-chave no processo de convergência contábil por conta do peso do nosso mercado de capitais e do respeito que instituições como o Banco Central, a CVM e a Susep conquistaram. "Queremos uma língua contábil universal que seja falada e interpretada por todos. O Brasil está se estruturando para isso, avançamos, e o resto do mundo reconhece que temos competência para isso", ressaltou Malan, ao final da apresentação.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) já divulgou, em 2008, 14 orientações sobre o assunto, e até 2010 deverá chegar a 50 o número de orientações.

Fundos de emergentes captam mais, mas volumes são menores

Valor Online
24/06/2009
A instabilidade observada em meados de junho, que colocou freio na valorização das bolsas e das commodities e deu fôlego ao dólar, também influiu na movimentação global dos fundos de ações. No entanto, os mercados emergentes seguiram atraindo novos recursos pela 15ª semana consecutiva, embora em volume menos expressivo.
Segundo a EPFR Global, todos os fundos de ações emergentes levantaram US$ 1,2 bilhão na semana encerrada dia 17. A cifra é 65% menor que a registrada na segunda semana do mês e a mais baixa em oito semanas.
A quantidade de dinheiro enviada ao Brasil também foi menor. Foram US$ 133 milhões na semana, resultado que contrasta com os números da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que sugerem a saída de mais R$ 1 bilhão em aplicações de investidores estrangeiros (que incluem compra direta) no mesmo período.
Ainda de acordo com dados da EPFR Global, os Fundos de Ações da Ásia (ex-Japão) levantaram US$ 693 milhões. No entanto, como os agentes passaram a questionar a composição do crescimento econômico na China, a Índia ganhou destaque dentro do grupo. Os fundos voltados ao país captaram US$ 156 milhões no período, enquanto os Fundos de Ações da China ganharam, apenas, US$ 24 milhões.
Ainda entre os emergentes, os Fundos de Ações da Europa, Oriente Médio e África (EMEA, na sigla em inglês) ganharam outros US$ 113 milhões. Dentro desse grupo, a Rússia chama atenção ao marcar a 14ª semana seguida com saldo positivo.
Com os fundos de ações perdendo apelo na semana, o que chamou mais a atenção dos especialistas da consultoria foi o saque de US$ 55 bilhões dos "money market funds", que prezam liquidez e segurança, mas têm baixo retorno. Essa foi a maior retirada semanal desde que tal categoria começou a ser acompanhada.
Segundo analista-sênior da EPFR Global, Cameron Brandt, o pagamento trimestral de impostos nos Estados Unidos e a oportunidade de arbitragem entre os fundos de índice explicam os saques exagerados nos money market funds.
"Mas o movimento geral dos fundos manteve a tendência observada desde meados de março. O dinheiro que estava fora do mercado continua em busca de maiores retornos e alguma proteção contra a já antecipada perda de valor do dólar", disse Brandt, em comunicado.
De maneira geral, todos os fundos de ações acompanhados, sejam de emergentes ou de desenvolvidos, captaram US$ 508 milhões na semana encerrada dia 17, enquanto todos os fundos de renda fixa (ex-money market funds) levantaram US$ 3,1 bilhões.

Consumo de energia cai 4,4% no País em maio, aponta EPE

Reuters
24/06/2009
O consumo de energia elétrica no País caiu em maio, ficando em 31.209 GWh. O recuo, pelo sexto mês consecutivo, foi de 4,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo a pesquisa mensal da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a queda é de 2,7% no acumulado do ano.
Considerando os 12 meses terminados em maio, contudo, ainda se observa expansão, de 1,2%, ainda segundo a EPE.
De acordo com o levantamento, os efeitos da crise financeira internacional sobre a atividade industrial são os grandes responsáveis pela queda no consumo de energia, já que a demanda industrial, que foi de 15.087 GWh em maio de 2008, atingiu 13.221 GWh no mês passado - uma queda de 12,4%.
O consumo total de energia não é menor graças ao comportamento do consumo das residências e do setor de comércio e serviços, que cresceram 3,6% e 2,9%, respectivamente.
"A redução de impostos sobre eletrodomésticos e outras medidas tomadas pelo governo no enfrentamento da crise têm logrado manter certa expansão no consumo de energia das famílias e do setor terciário", explicou a EPE.
Segundo a EPE, a indústria vinha demonstrando sinais de recuperação com quedas menores nos últimos meses, mas em maio voltou a indicar recuo acentuado, registrando queda de 1,1% contra abril, com concentração maior na região Sudeste. A segunda região mais afetada é a Nordeste, informou a EPE.

Arrecadação da Previdência bate recorde em maio

Terra
24/06/2009
A Previdência Social registrou recorde de arrecadação líquida em maio de 2009, atingindo R$ 14,4 bilhões. De acordo com divulgação do Ministério da Previdência nesta terça-feira, é o maior valor mensal desde 1995, início da série histórica (excetuados os meses de dezembro). A despesa global teve queda de 0,9% em comparação ao mês anterior.
O crescimento da arrecadação foi de 8% em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a receita foi de R$ 13,3 bilhões. Em relação à arrecadação de abril deste ano, que correspondeu a R$ 14,2 bilhões, houve aumento de 1,6%.
O déficit da Previdência em maio deste ano ficou em R$ 2,7 bilhões, contra R$ 3,1 bilhões em abril. Houve também queda de 5,6% do déficit no comparativo com o mesmo período do ano passado. A necessidade de financiamento em maio de 2008 foi de R$ 2,9 bilhões.

SEC charges 4 with helping Madoff

Agency claims that firms and executives recruited investors and fed money for giant Ponzi scheme.
See all CNNMoney.com
By Aaron Smith, CNNMoney.com staff writer
Last Updated: June 23, 2009: 7:04 AM ET
NEW YORK (CNNMoney.com) -- The Securities and Exchange Commission on Monday charged a brokerage firm and several individuals with raising money from investors to feed Bernard Madoff's Ponzi scheme.
The SEC brought a civil enforcement action against Cohmad Securities Corp., its chairman Maurice Cohn, chief operating officer Marcia Cohn and registered representative Robert Jaffe with securities fraud. The SEC filed the case in U.S. District Court in Manhattan.
The Cohns and Jaffe are accused of courting investors for Madoff's massive scheme, which used fresh investments from unsuspecting investors to make payments to more mature investors and creating the false appearance of legitimate returns.
Separately, the SEC charged California-based investment adviser Stanley Chais with securities fraud. Chais is accused of operating feeder funds that poured money into Madoff's Ponzi scheme.
The defendants helped Madoff "cultivate an air of exclusivity by pretending that he was too successful to trouble himself with marketing to new investors," while providing "a constant in-flow of funds to sustain his fraud," said Robert Khuzami, director of the SEC's enforcement division, in a prepared statement.
Both SEC complaints seek injunctions, financial penalties and court orders requiring the defendants to turn over ill-gotten gains.
Over two decades, the Cohns and Jaffe raised billions of dollars from hundreds of investors for Madoff and were paid $100 million for their troubles, according to the SEC. The SEC accuses the defendants of being fully aware that Madoff was operating a Ponzi scheme.
Defense lawyers for Jaffe called the SEC complaints "baseless."
"The complaint filed today, which we learned about only from the press, smacks of impulsiveness and efforts at self-justification," Jaffe's lawyers at the firm Arkin Kaplan Rice said in a statement. "It is unfair, baseless in the law, and is inaccurate in its understanding of the facts and of Mr. Jaffe."
Lawyers for the Cohns were not immediately available for comment.
The SEC described Chais as an investment adviser for 40 years who "has held himself out as an investing wizard, purporting to execute a complex trading strategy on behalf of hundreds of investors, despite in actuality being an unsophisticated investor who did nothing more than turn all of the investors' assets over to Bernard Madoff."
Between 1995 and 2008, Chais charged $269 million in fees, and withdrew $546 million from Madoff accounts, said the SEC. The government agency said Chais was "a close friend of Madoff since at least the 1960s."
But Chais' lawyer, Eugene Licker, said that Chais is actually a victim, not a perpetrator, of Madoff's scheme.
"The complaint filed today by the SEC paints a distorted and false picture of Stanley Chais, borrowing liberally from baseless allegations by private plaintiffs trying to benefit themselves," wrote Licker, in a statement to CNNMoney.com. "Like so many others, Chais was blindsided and victimized by Bernard Madoff's unprecedented and pervasive fraud. Mr. Chais and his family have lost virtually everything - an impossible result were he involved in the underlying fraud."
Madoff has been locked up in the Metropolitan Correctional Center since March 12, when he pleaded guilty to masterminding the most massive Ponzi scheme of all time. He orchestrated the scheme through his firm, Bernard L. Madoff, which he founded in 1960.
Madoff's maximum sentence is 150 years in a federal prison, based on his guilty plea to 11 criminal counts, including fraud, money laundering, perjury, false filing with the Securities and Exchange Commission and other crimes. Madoff is set to be sentenced on June 29.
Thus far, investigators have identified 1,341 investors in Madoff's firm with losses exceeding $13 billion.

UPDATE 1-Wal-Mart plans $809 mln Brazil investments in 2009

Tue Jun 23, 2009 5:00pm EDT
* Wal-Mart raises Brazil investment by a third
* To open 90 new stores
* Sees no sign of consumer spending retraction
SAO PAULO, June 23 (Reuters) - Wal-Mart Stores Inc (WMT.N) plans to invest 1.6 billion reais ($809 million) in Brazil in 2009, betting an economic recovery in Latin America's largest economy will stoke consumer demand.
"The worst is over and from here on we will have a rebound in Brazil's economy," said Hector Nunez, chief executive of the U.S. retailer in Brazil.
Wal-Mart's investment this year, a third more than last year and its largest since entering the country 14 years ago, will go partly towards opening 90 new stores as well as to the 348 it now operates, he said.
Nunez said he expected Brazil's economy to grow by 1.5 percent to 1.8 percent in the second quarter after a first quarter in which he said the company had felt no retraction in consumer spending despite the economic slowdown.
Brazil's economy shrank 0.8 percent in the first three months of the year, officially putting it in recession. But the economy surprized economists who had expected a sharper contraction after a 3.6 percent plunge in the fourth quarter of 2008.
"We will have a good year. Our growth in the first five months of the year has been quite positive in real terms," Nunez said, without giving details. "For the second quarter we have a good performance, if not as good as the first." ($1=1.978 reais) (Reporting by Alberto Alerigi, Writing by Elzio Barreto, editing by Leslie Gevirtz)

UPDATE 1-Wal-Mart plans $809 mln Brazil investments in 2009

Tue Jun 23, 2009 5:00pm EDT
* Wal-Mart raises Brazil investment by a third
* To open 90 new stores
* Sees no sign of consumer spending retraction
SAO PAULO, June 23 (Reuters) - Wal-Mart Stores Inc (WMT.N) plans to invest 1.6 billion reais ($809 million) in Brazil in 2009, betting an economic recovery in Latin America's largest economy will stoke consumer demand.
"The worst is over and from here on we will have a rebound in Brazil's economy," said Hector Nunez, chief executive of the U.S. retailer in Brazil.
Wal-Mart's investment this year, a third more than last year and its largest since entering the country 14 years ago, will go partly towards opening 90 new stores as well as to the 348 it now operates, he said.
Nunez said he expected Brazil's economy to grow by 1.5 percent to 1.8 percent in the second quarter after a first quarter in which he said the company had felt no retraction in consumer spending despite the economic slowdown.
Brazil's economy shrank 0.8 percent in the first three months of the year, officially putting it in recession. But the economy surprized economists who had expected a sharper contraction after a 3.6 percent plunge in the fourth quarter of 2008.
"We will have a good year. Our growth in the first five months of the year has been quite positive in real terms," Nunez said, without giving details. "For the second quarter we have a good performance, if not as good as the first." ($1=1.978 reais) (Reporting by Alberto Alerigi, Writing by Elzio Barreto, editing by Leslie Gevirtz)