terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Produção de veículos cai 27,1% em janeiro, diz Anfavea

Sob pressão de Obama, Senado vota pacote de estímulo

Reservas caem abaixo de US$ 200 bi com vendas do BC

Faturamento do Polo Industrial de Manaus bate recorde em 2008

Bolívia tem planos para estatizar empresas do setor elétrico

Produção de veículos cai 27,1% em janeiro, diz Anfavea

Reuters
10/02/2009
A produção de veículos no Brasil foi 27,1% menor em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano anterior e ficou 186,1 mil unidades. Em relação a dezembro de 2008, o número foi 92,7% maior, informou nesta segunda-feira a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
O mercado esperava com ansiedade os dados, depois que a produção industrial brasileira como um todo apresentou queda recorde em dezembro, puxada pelo setor automotivo.
As vendas subiram 1,5% na comparação mensal e caíram 8,1% ano a ano, para 197,5 mil unidades.
As vendas externas de veículos novos despencaram 48,1% em janeiro sobre dezembro e recuaram 60,1% sobre o ano anterior, atingindo 22,6 mil unidades. Em valor, as exportações declinaram 50,5% contra dezembro e 58,2% na comparação anual, para US$ 428,3 milhões.
O nível de emprego no setor automotivo caiu 1,5% em janeiro contra o mês anterior, mas subiu 3,7% na comparação anual, para 126.188 postos de trabalho.
O destaque do mês foi a General Motors , cujas vendas de automóveis e comerciais leves saltaram de 29.310 em dezembro para 38.151 unidades em janeiro.
A Fiat registrou vendas de 43.312 unidades, alta ante as 42.567 unidades de dezembro, o que a coloca em primeiro lugar no País.
Em seguida, Volkswagen aparece em segundo lugar, com comercialização de 41.134 unidades no mês passado contra vendas de 40.374 unidades em dezembro.
A Ford teve vendas praticamente estáveis, passando de 22.603 em dezembro para 22.561 em janeiro.

Impostos representam pouco mais de 8% do spread bancário

Agência Brasil
10/02/2009
Um dos desafios que o grupo de trabalho criado por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para estudar o spread bancário terá de deparar é a incidência de tributos sobre a intermediação financeira. Segundo os dados mais recentes do Banco Central (BC), os impostos e taxas respondem por pouco mais de 8% do spread.
Os números do BC se referem a 2007, quando a participação dos tributos no spread foi de 8,09%. As informações referentes a 2008 ainda não foram divulgadas pelo Banco Central. Levando-se em conta que a maior parte da elevação no spread no último ano decorreu da alta da taxa Selic e do aumento na inadimplência, os números indicarão redução do peso dos impostos no spread, mas ainda em níveis próximos ao de 2007.
O spread é a diferença entre os juros que a instituição financeira paga para ter o dinheiro (basicamente a taxa Selic) e a taxa cobrada do cliente na hora do empréstimo. De acordo com o Banco Central, essa diferença chegava a 30,6 pontos percentuais em dezembro do ano passado, alta de 0,5 ponto percentual em relação a novembro e de 8,3 pontos percentuais em relação a dezembro de 2007, quando o spread era de 22,3 pontos percentuais.
O presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Fábio Barbosa, reclamou da cobrança de impostos sobre a intermediação financeira. Na avaliação dele, essa tributação, que não existe em muitos países, reflete-se em juros mais altos para o consumidor.

Faturamento do Polo Industrial de Manaus bate recorde em 2008

Valor Online
10/02/2009
O faturamento das empresas do Polo Industrial de Manaus atingiu o recorde de US$ 30,128 bilhões em 2008, montante 17,25% superior aos US$ 25,695 bilhões registrados em 2007. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e consideram os dados passados por 388 das cerca de 550 fábricas da região.
As exportações cresceram 12,56% sobre 2007, somando US$ 1,174 bilhão, com aumento de venda de celulares, concentrados para bebidas e motocicletas.
A média mensal de faturamento foi de US$ 2,647 bilhões, impulsionada pelos resultados dos três primeiros trimestres do ano. A receita percebida em novembro (US$ 2,108 bilhões) e dezembro (US$ 1,541 bilhão) ficou abaixo dessa média - em parte pelo menor volume de pedidos no fim de ano, uma vez que os bens a serem vendidos no Natal são encomendados antes, e em parte como efeito da crise econômica mundial.
Em termos de produção, os melhores desempenhos foram dos fabricantes de peças para ar condicionado, de telas de cristal líquido e de plasma, de câmeras digitais e de motocicletas.
No último bimestre de 2008, as empresas da zona franca reduziram o número de funcionários diretos de 114 mil para 100,3 mil, tanto pela retração do consumo quanto pela demissões de temporários.

Bolívia tem planos para estatizar empresas do setor elétrico

Reuters / Diego Oré
10/02/2009
A Bolívia prepara um plano para estatizar as empresas de energia elétrica do país, controladas na sua maioria por companhias estrangeiras, informou na segunda-feira o novo ministro de Hidrocarbonetos e Energia, Osca Coca.
Após tomar posse, Coca recebeu das mãos do antecessor, Saúl Avalos, um documento com a estratégia para estatizar as geradoras e transportadoras elétricas.
"Analisarei a documentação, e antes do fim de semana me referirei ao tema", disse Coca.
As maiores geradoras de energia da Bolívia são a Corani, que tem 50 por cento do controle vinculado à Ecoenergy International --subsidiária da GDF Suez-- e a Guaracachi, na qual a britânica Rurelec detém metade do pacote acionário.

Brazilian Bond Yields Rise After Economists Raise CPI Forecast

By Adriana Brasileiro
Feb. 9 (Bloomberg) -- Brazil’s local currency bond yields rose the most since November after a central bank survey showed faster estimates for inflation, raising speculation the central bank may not act as aggressively in easing borrowing costs.
“There is some concern about a pickup in inflation,” said Ricardo Lemos, a fixed-income strategist at Sao Paulo-based Liquidez, Brazil’s largest currency derivatives brokerage.
The yield on Brazil’s zero-coupon local-currency bonds due January 2010 jumped 16 basis points, or 0.16 percentage point, to 11.24 percent at 2:26 p.m. New York time, after most trading in Brazil had ended. It was the biggest advance since the yield rose 20 basis points on Nov. 13.
Yields on the benchmark bond had fallen 95 basis points from the start of the year to Jan. 21, when the central bank unexpectedly lowered the Selic overnight rate by a full percentage point to 12.75 percent. The cut, the biggest since 2003, was a bid to fuel growth in Latin America’s largest economy as the global recession reduces demand for the country’s exports and financial assets.
Economists forecast the benchmark IPCA consumer price index will end 2009 at 4.73 percent, compared with a previous estimate of 4.60 percent, according to a weekly central bank survey taken Feb. 6 and published today.
Consumer prices measured by the FIPE economics research institute probably rose 0.46 percent in the month to Feb. 7, compared with an advance of 0.36 percent in the previous period, according to the median of estimates by nine economists in a Bloomberg survey shows. FIPE is scheduled to release the data at 2 a.m. New York time.
The yield on Brazil’s overnight futures contract for July delivery climbed seven basis points to 11.65 percent.
Brazil’s real fell 0.7 percent to 2.2595 per U.S. dollar, from 2.2435 on Feb. 6.
The currency strengthened 3.5 percent last week, the biggest increase since November, on speculation government measures worldwide will ease the global recession and increase demand for Brazilian exports and financial assets.

UPDATE 2-Brazil Jan auto output surges, sales gain

Mon Feb 9, 2009 11:22am EST
(Recasts, adds February data, economist comments)
By Elzio Barreto
SAO PAULO, Feb 9 (Reuters) - Automobile production in Brazil surged in January for the first time in six months, industry figures showed on Monday, as companies restarted assembly lines after putting the brakes on output to cope with weakening demand.
Output jumped 92.7 percent in January from the previous month, after sinking 47.1 percent in December and 34.4 percent in November, the national automakers' association Anfavea said on Monday. From a year ago, output was down 27.1 percent.
New automobile sales in January firmed 1.5 percent from the previous month, the second month of gains after a 9.4 percent increase in December because of tax breaks. Auto sales were up marginally in Latin America's largest economy.
Automakers said the output rebound has continued, with average production in the month through Feb. 6 rising to 10,800 vehicles a day from 8,900 last month.
Despite signs of a recovery in the automobile sector, Brazil's economy is still struggling with slumping consumer demand for appliances, electronics and other goods in the wake of the global credit crunch.
"It's too early to say the worst is behind," said Marianna Costa, chief economist at brokerage Link Investimentos in Sao Paulo. "There are still some effects of the credit crunch in the rest of the real economy and the job market. It will be a tough first quarter."
The tax breaks that have helped prop up car sales expire at the end of March. Early figures from February show average sales rising to 9,800 vehicles a day from 9,400 in January, Anfavea said.
Output in January reached 186,100 vehicles, while sales totaled 197,500, Anfavea said. Brazil's recent auto boom hit a peak last July when free-flowing credit pushed sales to 288,100 and output to 317,700.
Brazil is a major market for global automakers such as Italy's Fiat (FIA.MI), Germany's Volkswagen AG (VOWG.DE), U.S.-based General Motors Corp (GM.N) and Ford Motor Co (F.N). Asian and French manufacturers are also boosting their presence in Brazil, Latin America's largest economy.
Fiat sold 43,312 cars and trucks in January, 1.75 percent more than the previous month. Volkswagen sales firmed 1.9 percent to 41,134 units, GM sales jumped 30 percent and Ford sales edged 0.2 percent lower, Anfavea said.
Exports plunged 50.5 percent in January from December to $428.3 million. (Additional reporting by Vanessa Stelzer, editing by Matthew Lewis)