terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Impostos representam pouco mais de 8% do spread bancário

Agência Brasil
10/02/2009
Um dos desafios que o grupo de trabalho criado por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para estudar o spread bancário terá de deparar é a incidência de tributos sobre a intermediação financeira. Segundo os dados mais recentes do Banco Central (BC), os impostos e taxas respondem por pouco mais de 8% do spread.
Os números do BC se referem a 2007, quando a participação dos tributos no spread foi de 8,09%. As informações referentes a 2008 ainda não foram divulgadas pelo Banco Central. Levando-se em conta que a maior parte da elevação no spread no último ano decorreu da alta da taxa Selic e do aumento na inadimplência, os números indicarão redução do peso dos impostos no spread, mas ainda em níveis próximos ao de 2007.
O spread é a diferença entre os juros que a instituição financeira paga para ter o dinheiro (basicamente a taxa Selic) e a taxa cobrada do cliente na hora do empréstimo. De acordo com o Banco Central, essa diferença chegava a 30,6 pontos percentuais em dezembro do ano passado, alta de 0,5 ponto percentual em relação a novembro e de 8,3 pontos percentuais em relação a dezembro de 2007, quando o spread era de 22,3 pontos percentuais.
O presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Fábio Barbosa, reclamou da cobrança de impostos sobre a intermediação financeira. Na avaliação dele, essa tributação, que não existe em muitos países, reflete-se em juros mais altos para o consumidor.

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