Rodrigo Postigo
22/01/2008
A Bolívia honrará os contratos de fornecimento de gás ao Brasil, respeitará a propriedade privada e não expulsará os imigrantes ilegais como forma de garantir uma ampla reconciliação com o País, afirmou nesta segunda-feira, Mauricio Dorfler, embaixador boliviano em Brasília.
Após as promessas do Brasil no mês passado de investir cerca de US$ 1,5 bilhão em nova produção de gás, estradas e assistência agrícola na Bolívia, as relações entre os dois países melhoraram substancialmente, segundo o embaixador.
"Obviamente nos últimos meses a relação entre Brasil e Bolívia tornou-se muito mais positiva", disse Dorfler. "Os novos investimentos marcam um relançamento".
Duras negociações com a Petrobras, maior investidora estrangeira na Bolívia, tinham afetado as relações entre a maior economia da América Latina e um dos países mais pobres do hemisfério.
Após a nacionalização em maio de 2006 de sua indústria de gás, da qual o Brasil é o maior consumidor, a Bolívia recebeu ajuda de Venezuela e Cuba, incluindo em programas de saúde e educação.
Dorfler afirmou que a Bolívia vai cumprir com suas obrigações contratuais para fornecer gás ao Brasil através do gasoduto que une os países.
"Não existe risco de fornecimento de gás boliviano para o Brasil, o contrato está inteiramente garantido", disse Dorfler.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Bolívia honrará contratos de gás com Brasil e promete reconciliação ampla
China registra recorde de investimentos estrangeiros em 2007
Rodrigo Postigo
22/01/2007
Os investimentos estrangeiros diretos (IED) registraram um recorde em 2007 na China, com um aumento superior a 13%, apesar dos esforços do governo para conter os mesmos.
Os investimentos, que em 2006 registraram queda pela primeira vez (-4%) desde o início do século, cresceram 13,8%, a um total de 82,66 bilhões dólares, segundo o ministério do Comércio.
De 1991 a 2007, os IED no país se multiplicaram por 20.
Fora do setor financeiro, os investimentos estrangeiros US$ 74,77 bilhões, um aumento anual de 13,59%.
Para Ma Qing, do Monitor Group, um organismo de estudos econômicos, "é positivo que a China seja um dos destinos favoritos de IED no mundo".
"Isto quer dizer que a economia chinesa segue funcionando bem. Os estrangeiros têm maior retorno de investimento na China do que em outro país", destacou o economista.
Porém, este fluxo de dinheiro contribui para as bolhas em formação em certos setores e para o excesso de liquidez de uma economia chinesa que funciona a todo vapor.
Em 2007, o PIB do gigante asiático provavelmente teve seu quinto ano consecutivo de crescimento a dois dígitos.
Governo divulga 1º balanço do PAC sem CPMF
22/01/2008
O governo divulga nesta terça-feira o balanço de um ano do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Será a primeira avaliação feita após a perda dos recursos da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e também depois das medidas anunciadas pelo governo para compensar a perda do tributo. Entre elas está o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que onera o crédito - e vai contra um dos incentivos previstos pelo PAC.
As medidas econômicas para o crescimento do País abrangem estímulo ao crédito e ao financiamento, melhoria do ambiente de investimento, desoneração e administração tributária, medidas fiscais de longo prazo e consistência fiscal.
O programa foi lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007 como um "trunfo" para levar o País ao crescimento de 5% ao ano. O PAC, foi lançado no dia 22 de janeiro prometendo impulsionar a economia brasileira nos próximos três anos. Ao todo, R$ 503,9 bilhões devem ser investidos até 2010, de acordo com estimativas do governo.
O principal destino dos recursos é a área da energia, que deve receber R$ 274,8 bilhões até 2010. A área social e urbana vem em seguida, com R$ 170,8 bilhões, enquanto logística de transportes deverá contar com R$ 58,3 bilhões.
O PAC tem como um dos pilares a desoneração de tributos para incentivar mais investimentos no Brasil. Pelo plano, está prevista a redução de tributos para os setores de semicondutores, de equipamentos aplicados à TV digital, de microcomputadores, de insumos e serviços usados em obras de infra-estrutura e de perfis de aço.
Publicado por Agência de Notícias às 22.1.08
Marcadores: Tributária
Brasil pode crescer até mais de 5% sem risco de falta de energia, afirma Lula
Rodrigo Postigo
22/01/2008
Ao dar posse ao novo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na segunda-feira, em Brasília, que o Brasil pode crescer até mais de 5% sem o risco de sofrer problemas com energia.
"Você vai perceber que estamos preparados para crescer 5% e até um pouco mais sem problemas de energia", disse Lula, dirigindo-se ao novo ministro.
O presidente deu a entender que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciará dados positivos sobre energia no balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que fará na terça-feira.
"Com a sua experiência política, você terá uma surpresa extraordinária quando tiver acesso a todas as obras de energia que estão acontecendo no País", afirmou Lula, pouco depois de comentar que já vira os dados que Dilma apresentará na terça-feira.
Lula criticou os "pessimistas" que alardeiam riscos energéticos, injustificáveis em sua opinião.
"Há duas hipóteses: ou não querem que as coisas aconteçam nesse país ou parece que querem contribuir para o aumento do preço da energia", atacou.
Lula nega aumento de impostos, mas diz que vai intensificar arrecadação
Presidente afirmou que 'quando todos pagarem, aí todos podem pagar menos'. Para governo, construção civil criará muitos empregos no próximo ano.
G1
22/01/2008
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (21), em seu programa de rádio “Café com o presidente”, que não pretende aumentar impostos no país, mas quer intensificar a eficiência da arrecadação.
“Tem muita gente que não paga imposto e ainda se queixa que o imposto é alto. O que nós queremos é que todos paguem porque, quando todos pagarem, aí todos podem pagar menos”, afirmou.
No início do ano, o governo anunciou o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para compensar parte da perda de R$ 40 bilhões na arrecadação com o fim da CPMF.Lula destacou o aumento da arrecadação em 2007 sem a criação de novos impostos. Segundo o presidente, isso aconteceu por causa do crescimento da economia. “Se você pegar o balanço das cem maiores empresas brasileiras, você irá perceber que elas lucraram como jamais lucraram na história desse país”, afirmou. Segundo Lula, o aumento salarial, o combate à sonegação, a abertura do capital de empresas no mercado de ações, a intensificação no controle de declarações e a criação da Super Receita colaboraram para que a arrecadação aumentasse sem que houvesse majoração nos impostos.
O presidente afirmou ainda que o crescimento da economia significa mais investimentos por parte do governo. “Nós , que em 93 anos, fizemos apenas 140 escolas técnicas e profissionais, vamos fazer mais 214 até dezembro de 2010”, disse, afirmando ainda que 13 novas universidades federais serão terminadas até o fim deste ano. Outro ponto destacado pelo presidente no programa foi a média de criação de empregos com carteira assinada, no Brasil, em 2007, que, segundo ele, foi de 134 mil a cada mês. De acordo com o presidente, durante todo o ano, foram gerados 1 milhão 617 mil novos postos de trabalho, o que, segundo ele, representa um crescimento de 31,6% em relação a 2006.
O número, afirma Lula, foi recorde desde a criação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Caged). O setor campeão na geração de empregos foi o de serviços, que criou 587 mil novos postos. Mas Lula destacou o crescimento na área da Construção Civil, de 13%. Segundo presidente, as mudanças feitas na legislação e a facilitação do crédito, permitindo que bancos privados financiassem casas ajudaram na conquista. “Eu estou convencido de que, daqui pra frente, o setor da Construção Civil, que passou mais de 25 anos sem crescer, não vai parar de crescer nos próximos 15 ou 20 anos”, explicou Lula, que comemorou o fato de que houve crescimento na geração de postos de trabalho em todo o país, com destaque para as regiões Nordeste e Sudeste.
Volume de vendas do comércio varejista nacional aumentou 9,6% em 2007, segundo Serasa
Rodrigo Postigo
22/01/2008
O volume de vendas do comércio varejista nacional aumentou 9,6% em 2007, na comparação com 2006. É a maior alta desde 2001, segundo o Indicador Serasa de Atividade do Comércio. As vendas das lojas do varejo especializado cresceram 12,3% no ano passado, em relação ao anterior.
Já as vendas dos hipermercados, supermercados e do varejo de alimentos e bebidas (mercearias, açougues, quitandas, distribuidoras de bebidas etc.) subiram 6,6% no período. Na relação de dezembro de 2007 com dezembro de 2006, as vendas do varejo tiveram alta de 8,6%. O volume de vendas dos hipermercados, supermercados e do varejo de alimentos e bebidas aumentou 5,2%, ao passo que o varejo especializado registrou elevação de 12,1% no seu volume de vendas no período.
Para os técnicos da Serasa, o grande desempenho do comércio em 2007 foi alavancado pelo crédito e pelo estabelecimento de prazos mais longos para pagamento. Isto pode ser comprovado pelo desempenho do varejo especializado, que é caracterizado por produtos de maior valor agregado e, portanto, dependente de financiamento.
Destacaram-se no ano, segundo a entidade, as vendas recordes de automóveis e as facilidades de crédito oferecidas pelo segmento, em termos de juros e prazos alongados. Do lado do trabalhador, o aumento da massa salarial e do emprego formal (com carteira assinada) e a inadimplência praticamente estabilizada foram determinantes para o crescimento do crédito e do comércio. Aliados a esses aspectos estão o real valorizado, que estimulou a demanda por importados, inclusive no comércio de alimentos, e a queda das taxas de juros. A inflação de vários produtos básicos acabou prejudicando vendas maiores do comércio de hipermercados, supermercados e do varejo de alimentos.