terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Lula nega aumento de impostos, mas diz que vai intensificar arrecadação

Presidente afirmou que 'quando todos pagarem, aí todos podem pagar menos'. Para governo, construção civil criará muitos empregos no próximo ano.

G1

22/01/2008

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (21), em seu programa de rádio “Café com o presidente”, que não pretende aumentar impostos no país, mas quer intensificar a eficiência da arrecadação.

“Tem muita gente que não paga imposto e ainda se queixa que o imposto é alto. O que nós queremos é que todos paguem porque, quando todos pagarem, aí todos podem pagar menos”, afirmou.

No início do ano, o governo anunciou o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para compensar parte da perda de R$ 40 bilhões na arrecadação com o fim da CPMF.Lula destacou o aumento da arrecadação em 2007 sem a criação de novos impostos. Segundo o presidente, isso aconteceu por causa do crescimento da economia. “Se você pegar o balanço das cem maiores empresas brasileiras, você irá perceber que elas lucraram como jamais lucraram na história desse país”, afirmou. Segundo Lula, o aumento salarial, o combate à sonegação, a abertura do capital de empresas no mercado de ações, a intensificação no controle de declarações e a criação da Super Receita colaboraram para que a arrecadação aumentasse sem que houvesse majoração nos impostos.

O presidente afirmou ainda que o crescimento da economia significa mais investimentos por parte do governo. “Nós , que em 93 anos, fizemos apenas 140 escolas técnicas e profissionais, vamos fazer mais 214 até dezembro de 2010”, disse, afirmando ainda que 13 novas universidades federais serão terminadas até o fim deste ano. Outro ponto destacado pelo presidente no programa foi a média de criação de empregos com carteira assinada, no Brasil, em 2007, que, segundo ele, foi de 134 mil a cada mês. De acordo com o presidente, durante todo o ano, foram gerados 1 milhão 617 mil novos postos de trabalho, o que, segundo ele, representa um crescimento de 31,6% em relação a 2006.

O número, afirma Lula, foi recorde desde a criação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Caged). O setor campeão na geração de empregos foi o de serviços, que criou 587 mil novos postos. Mas Lula destacou o crescimento na área da Construção Civil, de 13%. Segundo presidente, as mudanças feitas na legislação e a facilitação do crédito, permitindo que bancos privados financiassem casas ajudaram na conquista. “Eu estou convencido de que, daqui pra frente, o setor da Construção Civil, que passou mais de 25 anos sem crescer, não vai parar de crescer nos próximos 15 ou 20 anos”, explicou Lula, que comemorou o fato de que houve crescimento na geração de postos de trabalho em todo o país, com destaque para as regiões Nordeste e Sudeste.

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