sexta-feira, 5 de junho de 2009

Cartões de crédito crescem 327% em menos de 10 anos

Reforma tributária não deve sair até 2010, afirma Bernardo

Má qualidade da educação freia o Brasil, diz 'Economist'

Com pressão do Congresso, Geithner recua em proposta sobre fusão de SEC e CFTC

SEC investiga uso de análises pelos funcionários do Lehman Brothers

Monitor Mercantil / NPriori
05/06/2009
A Securities and Exchange Comission investiga se os funcionários do Lehman Brothers fizeram uso fraudulento das informações que recebiam dos analistas sobre a evolução a curto prazo dos mercados de renda variável e tendência das ações. Esse processo foi baseado na denuncia feita pelo senador republicano Charles Grassley, numa carta enviada ao regulador norte-americano. Segundo a carta do parlamentar, os especialistas enviavam as análises para a divisão interna de aconselhamento da instituição, que poderá ter feito um uso fraudulento dos dados antes de os aprovar e torná-los públicos.
O pitoresco é que a revelação foi feita num processo de arbitragem de um conflito trabalhista e partiu de Edgard Pemigiani, que exerceu as funções de analista na extinta instituição financeira. Ao ser procurado pelo Wall Street Journal, Pemigiani se recusou comentar a noticia.

Reforma tributária não deve sair até 2010, afirma Bernardo

Ministro do Planejamento ressalta, porém, aperfeiçoamentos realizados pelo governo Lula nessa área
Agência Estado / Gerusa Marques
05/06/2009
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta quinta-feira, 4, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) que "tudo indica" que o governo não conseguirá fazer a reforma tributária até 2010, último ano de mandato. "Tudo indica que vamos terminar 2010 sem ter feito a reforma tributária", afirmou Bernardo. O ministro cobrou um esforço do Congresso Nacional para votar o projeto. "Todos nós queremos a reforma tributária. Aparentemente está vencendo quem quer fazer uma guerra fiscal, quem quer manter a burocracia e quem quer manter a carga tributária inalterada. Isso é muito ruim", disse. "Com toda sinceridade, acho que dava para votar. Agora, o problema é que a cada dia fica mais difícil", disse o ministro, após a primeira parte da reunião do CDES. Segundo ele, se a reforma tributária ficar para 2011, ela só começará a ser implantada em 2013, já que esse processo é gradativo. "É um prejuízo muito grande para o País", afirmou. Ele ressaltou, no entanto, que o governo fez uma série de aperfeiçoamentos nessa área. Segundo ele, salvo algumas exceções, o governo Lula é marcado por não ter aumentado impostos. "Fizemos sucessivas negociações para diminuir tributos", disse o ministro, citando como exemplo a criação do sistema de tributação simplificada para microempresas e de pequeno porte (Simples).

Mais empresas renegociam debêntures com credores

Valor Econômico / Silvia Fregoni e Tatiana Bautzer
05/06/2009
Aumenta a cada dia o número de empresas que precisa renegociar as suas debêntures. Em alguns casos, a repactuação deve-se a problemas de caixa. Mas em muitos casos, a crise deteriorou indicadores econômicos e financeiros das companhias, causando o descumprimento de cláusulas financeiras previstas nas emissões, o que pode antecipar o vencimento dos títulos.
A Lojas Americanas renegociou no mês passado R$ 200 milhões em debêntures. As principais mudanças foram no prazo de vencimento e na remuneração de duas séries de títulos. A empresa prorrogou o vencimento de janeiro de 2011 para janeiro de 2012. Em troca, triplicou o prêmio pago sobre o CDI nos papéis, saindo de CDI mais 0,9% ao ano para CDI mais 2,8% ao ano. Os papéis previam uma amortização em 2010, que foi transferida para a nova data de vencimento. Apenas para os debenturistas da segunda série foram pagos 0,8% sobre o valor total da emissão.
Segundo a Oliveira Trust, agente fiduciário, a companhia teria preferido realizar as mudanças a fazer nova captação de recursos, que resultaria em custos maiores. Outra medida foi alterar índices financeiros das emissão. As alterações de remuneração e prazo foram aprovadas por unanimidade, mas os fundos da gestora BRZ Investimentos votaram contra a mudança de índices financeiros. Consultada, a companhia preferiu não comentar o assunto.
Os resultados da Lojas Americanas no primeiro trimestre do ano sofreram um pouco por causa da crise, com a redução de 2,1% da receita líquida sobre o mesmo período de 2008. A receita ficou 8,8% abaixo da projetada pelos analistas Renato Prado, Ronaldo Kasinsky e Christiane Reimão, da Fator Corretora. O lajida, utilizado para cálculo dos índices financeiros de debêntures, entretanto, ficou dentro das expectativas.. Foi de R$ 102 milhões, 15% acima do mesmo período do ano passado e 55% abaixo do quarto trimestre de 2008.
A Klabin Segall, de construção civil, também procurou os credores. A empresa adiou pela segunda vez o pagamento dos juros da segunda emissão de debêntures, de R$ 230 milhões. Previsto para abril, o pagamento foi adiado para 1º de junho e, agora, para 1º de julho.
Dona de uma dívida bruta de R$ 677,9 milhões, sendo quase 70% (R$ 447 milhões) em debêntures, a Klabin adiou o pagamento depois de descumprir cláusulas financeiras do prospecto. Por conta disso, a empresa chegou a ser rebaixada pela Standard & Poor's a uma classificação usada apenas para empresas inadimplentes, mas depois da renegociação a agência revisou a nota, mantendo a perspectiva negativa. O valor das debêntures é maior que o patrimônio líquido da empresa, de R$ 377,7 milhões. A auditoria Deloitte colocou ressalva no balanço alertando para o fato.
Os credores das debêntures da Klabin Segall apresentaram nesta segunda-feira um documento pedindo que a empresa cumpra determinadas condições na proposta de repactuação. Os debenturistas votarão só na semana que vem, e a empresa disse que só comentará o assunto depois da assembleia.
A construtora Gafisa é outra com problemas. Uma das cláusulas da quarta emissão da companhia, de R$ 240 milhões, feita em setembro de 2006, dizia que a dívida líquida da empresa não podia ultrapassar R$ 1 bilhão, o que aconteceu no primeiro trimestre (R$ 1,062 bilhão). A Gafisa está em renegociação com os credores.
Segundo os analistas Eduardo Silveira e Sami Karlik, da Fator, a esse é um dos motivos que levaram a companhia a preparar uma oferta de ações, que deve ficar entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões. Com a emissão de ações, a alavancagem financeira da empresa cairia de 62% para 45%.
À espera de aprovação da CVM de uma nova emissão de R$ 11 milhões em debêntures, o Hopi Hari convocou ontem os debenturistas para repactuar toda a dívida que está em mercado, sem anunciar detalhes. A reunião será no dia 18. No mesmo dia, os acionistas discutirão uma "reestruturação societária e financeira" mais ampla do parque temático.

Má qualidade da educação freia o Brasil, diz 'Economist'

BBC Brasil
05/06/2009
Um artigo na edição mais recente da revista britânica The Economist traça um panorama da situação da educação no Brasil e afirma que a má qualidade das escolas, "talvez mais do que qualquer outra coisa", é o que "freia" o desenvolvimento do País.
Citando os maus resultados do Brasil no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), realizado a cada três anos pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a revista afirma que, apesar dos grandes investimentos e progressos em setores como política e economia, em termos de educação, o país está "bem abaixo de muitos outros países em desenvolvimento".
A publicação compara a situação brasileira à da Coréia do Sul, que apresenta bons resultados no Pisa. "Até a década de 1970, a Coréia do Sul era praticamente tão próspera quanto o Brasil, mas, ajudada por seu sistema escolar superior, ela saltou à frente e agora tem uma renda per capita cerca de quatro vezes maior".
Sindicatos
Para a revista, entre os principais motivos para a má qualidade da educação no País está o fato de muitos professores faltarem por diversas vezes às aulas e os altos índices de repetência, que estimulam a evasão escolar.
Na opinião da Economist, o governo precisa investir mais na educação básica. "Assim como a Índia, o Brasil gasta muito com suas universidades ao invés de (gastar) com a alfabetização de crianças". A publicação afirma ainda que o Brasil precisa de professores mais qualificados. "Muitos têm três ou quatro empregos diferentes e reclamam que as condições (de trabalho) são intimidadoras e os pagamentos baixos".
Afirmando que, apesar da situação, os governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva conseguiram avanços - embora vagarosos - no setor, a revista afirma que os sindicatos de professores "representam um grande obstáculo para melhorias".
"Quase qualquer coisa que atrapalhe sua paz causa greves", afirma a publicação britânica, dizendo que o sindicato dos professores do Estado de São Paulo, por exemplo, se opôs "a uma proposta que obrigava os novos professores a fazerem testes para assegurar que são qualificados".
A Economist defende que a receita para melhorar a educação no país seria "continuar reformando o sistema escolar, enfrentar os sindicatos dos professores e gastar mais em educação básica".
"A conquista do mundo - mesmo a amigável e sem confrontos que o Brasil busca - não virá para um País onde 45% dos chefes de famílias pobres têm menos de um ano de escolaridade", diz a publicação.

Com pressão do Congresso, Geithner recua em proposta sobre fusão de SEC e CFTC

Info Money
05/06/2009
Fontes ligadas a parlamentares norte-americanos afirmam que o secretário do Tesouro do país, Timothy Geithner, não pressionará o Congresso para aprovação da fusão entre SEC (Securities Exchange Commission) e a CFTC (Commodity Futures Trading Commission).
As informações foram colhidas por agências internacionais, em meio à reação negativa de muitos deputados e senadores à proposta do poder executivo para rever a legislação que regula o sistema financeiro norte-americano. O Tesouro deseja as novas medidas antes do final deste mês.
Geithner teria sido convencido a recuar na proposta sobre a fusão dos órgãos que supervisionam os mercados de ações e futuros no país, após jantar que reuniu os chefes das comissões sobre o tema no Congresso.

BG Finds Oil at Another Well in Brazil’s Santos Basin (Update2)

By Guy Collins and Eduard Gismatullin
June 5 (Bloomberg) -- BG Group Plc, the U.K.’s third- largest natural gas producer, said it discovered oil at another well in the pre-salt Santos Basin off Brazil’s shore.
The Iracema well is under 2,210 meters (6,850 feet) of water and located about 250 kilometers (160 miles) from Rio de Janeiro and 33 kilometers northwest of the Tupi well. Petroleo Brasileiro SA and Galp Energia SGPS SA of Portugal are the project partners.
A “test confirmed the presence of light oil located at depths of around 5,000 meters,” Reading, U.K.-based BG said today in a statement. “Drilling is ongoing.”
Tupi is part of the so-called pre-salt area, which may hold 50 billion to 100 billion barrels of oil, enough to supply all U.S. needs for seven to 13 years. Tupi is the largest oil find in the Americas since Mexico’s Cantarell was discovered in 1976.
Petrobras said yesterday the Iracema well “reinforces expectations” its Tupi discovery holds five to eight billion barrels of oil and natural gas.
The partners last month announced the start of commercial oil production at the Tupi field. They also said they planned to start drilling a second well, Tupi P1, this month.
BG plans to invest as much as $5 billion through 2012 to develop pilot projects in the Tupi, Iara and Guara fields. Its share of output from the fields will reach 400,000 barrels of oil equivalent a day by 2020, BG said in its annual report.
Together with Petrobras and Repsol YPF SA, BG reported a discovery of light oil at the Iguacu well in the Santos Basin in April. It also found oil at the Corcovado-1 well in the same region. BG plans to drill the Sagittario well off Brazil’s shore this year.
Galp, Portugal’s biggest oil company, is expanding exploration in regions including the Santos Basin and Angola to gain greater access to crude supplies and rely less on refining and distribution of fuel in Iberia. It plans to invest a total 4.3 billion euros ($6.1 billion) through 2013 to develop projects including Tupi.