sexta-feira, 5 de junho de 2009

Reforma tributária não deve sair até 2010, afirma Bernardo

Ministro do Planejamento ressalta, porém, aperfeiçoamentos realizados pelo governo Lula nessa área
Agência Estado / Gerusa Marques
05/06/2009
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta quinta-feira, 4, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) que "tudo indica" que o governo não conseguirá fazer a reforma tributária até 2010, último ano de mandato. "Tudo indica que vamos terminar 2010 sem ter feito a reforma tributária", afirmou Bernardo. O ministro cobrou um esforço do Congresso Nacional para votar o projeto. "Todos nós queremos a reforma tributária. Aparentemente está vencendo quem quer fazer uma guerra fiscal, quem quer manter a burocracia e quem quer manter a carga tributária inalterada. Isso é muito ruim", disse. "Com toda sinceridade, acho que dava para votar. Agora, o problema é que a cada dia fica mais difícil", disse o ministro, após a primeira parte da reunião do CDES. Segundo ele, se a reforma tributária ficar para 2011, ela só começará a ser implantada em 2013, já que esse processo é gradativo. "É um prejuízo muito grande para o País", afirmou. Ele ressaltou, no entanto, que o governo fez uma série de aperfeiçoamentos nessa área. Segundo ele, salvo algumas exceções, o governo Lula é marcado por não ter aumentado impostos. "Fizemos sucessivas negociações para diminuir tributos", disse o ministro, citando como exemplo a criação do sistema de tributação simplificada para microempresas e de pequeno porte (Simples).

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