Ivan Postigo
Como gestor a melhor contribuição que você pode dar à sua empresa é dedicando-se àquilo que melhor faz.
Caso sua vocação seja comercial, certamente a empresa ganhará muito com suas orientações e recomendações para aumento das vendas, se for industrial poderá ter uma fábrica organizada, limpa, com uma excelente estrutura de planejamento e atendimento de pedidos, ou se for administrativa terá muito que fazer nas questões contábeis e financeiras.
Para as demais áreas agregue competência, contrate quem sabe fazer, assim as questões operacionais serão executadas de forma rápida e segura e você poderá dedicar mais tempo às questões estratégicas.
Vejo sempre gestores se envolvendo em questões simples, mas por falta de conhecimento técnico transformam a situação num conflito desnecessário.
Um de meus primeiros chefes e mestres não sabia muito sobre contabilidade e sempre se atrapalhava em identificar o ativo e o passivo, então quando tínhamos que analisar o balanço ele me dizia: “ Vem na minha sala, assim eu abro a gaveta e lá tem um papel com as indicações”.
Em letras vermelhas e grandes lia-se: “Ativo do lado da porta e passivo do lado da janela “.
Era a brincadeira mensal e uma indicação simples e clara de que se não sabe fazer é melhor pedir a quem sabe, não dá para levar a mesa junto.
Muitas empresas em momentos de maior dificuldade na gestão contratam profissionais para colocá-la nos trilhos, mas passado algum tempo começam a questionar os custos e efetuam cortes, tendo como alvo os maiores salários.
Não demora muito para que comecem as observações sobre o fato de que João desenvolvia um determinado trabalho com facilidade, com erros mínimos, mas José não consegue ter o mesmo desempenho. Desnecessário dizer quantas teses vão ser levantadas!
A resposta é muito simples: João tinha experiência, João sabia fazer.
Um amigo quando ouve observações como essa costuma responder: Quando fazemos a coisa certa sempre os resultados são bons, impressionante não?
Um dia alguém vai espancá-lo! Espero que não.
Pensava nisso outro dia quando me deparei com um programa na televisão sobre refugiados na África.
Essas pessoas atravessam um trecho de um país a noite, onde há uma grande quantidade de leões. Com bastante freqüência são atacados e muitos devorados por esses animais que têm o hábito noturno de caça.
Pensando em espantá-los carregam consigo latas, panelas, tampas , e andam batendo , fazendo um enorme barulho, mas sentem que ao invés de afastá-los, estão sendo atraídos.
Um especialista que trabalha há décadas com esses animais esteve na região e confirmou que é exatamente isso que está acontecendo, e com uma lata e alguns pedaços de carne rapidamente treinou um leão. Jogava carne para o animal e batia na lata, rapidamente a fera associou o barulho com comida.
Quando as pessoas passam fazendo barulho, mesmo os leões mais distantes sabem que está chegando comida na área.
Nas nossas empresas não é diferente quando colocamos pessoas sem treinamento para cuidar de tarefas mais complexas.
Como gestor, um dos cálculos que você deve fazer é se a sua dedicação à sua especialidade não traz resultado suficiente para pagar o investimento numa equipe melhor qualificada e ainda ficar com algum lucro do que ter uma equipe com um custo menor, mas que demande seu tempo para questões não estratégicas.
Caso a sua resposta seja não, diria a você para reavaliar suas tarefas e o tempo que tem dedicado às questões estratégicas, provavelmente sua concentração está sendo em aspectos operacionais.
Depois do trabalho de organização nas empresas, com certa freqüência ouço de gestores que viviam assoberbados: “Você me arrumou tempo, eu não sei o que fazer com ele “.
Recomendo sempre que vá ao mercado para entender o que está acontecendo, para avaliar as conseqüências das medidas tomadas e políticas estabelecidas , converse com especialistas, pares, concorrentes, fornecedores, clientes, se informe.
Penso que é mais sensato se cercar de especialistas do que estar sozinho batendo lata em hora e lugar errados.
Você , o que acha ?
Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / ( 11 ) 9645 4652
ipostigo@terra.com.br
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
O alto custo da administração barata
Publicado por Agência de Notícias às 22.2.08
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Um longo caminho à lugar nenhum
Ivan Postigo
Não é difícil encontrarmos no mercado uma quantidade substancial de empresas que apesar de muitos tentativas de crescimento, reorganização, não chegaram a lugar nenhum. Algumas estão de volta ao ponto de partida, outras decidiram encolher para recomeçar e muitas acreditam que são mais lucrativas menores.
Dizia com certo desencanto uma pessoa que já não via há alguns anos : “Decidimos reduzir nosso porte , assim atenderemos melhor nosso clientes “.
Quando esta empresa vai se envolver em projetos novos e de crescimento? Provavelmente não tão cedo.
Nossa economia é complexa, o mercado é instável, os impostos são massacrantes, é verdade, mas muitas empresas não vêem seus projetos naufragarem por esses aspectos e sim por falta de vocação em planejamento, delegação e controle.
O que me leva a acreditar nisso ?
Basicamente o sucesso na arrancada do projeto!
Essas empresas num primeiro momento criam e desenvolvem ambiente para essa alavancagem, perdendo–se em seguida.
A medida que os projetos vão evoluindo os resultados são positivos, os prazos negociados são coerentes, os preços também, contudo passado alguns meses a empresa já não sabe mais dizer não a qualquer pedido que lhe seja oferecido, fazendo concessões em preços e principalmente prazos .
Cria-se a mentalidade de que o cliente tem que ser atendido a qualquer custo, sem uma observação mais clara das conseqüências.
É difícil, mas saber dizer não também preserva a saúde da gestão empresarial.
Um pedido mal negociado, com prazos extremamente apertados, não traz um problema, traz todos.
Repentinamente coloca-se toda a organização com foco numa única situação, um pedido específico , atrasando a execução de todo um programa de trabalho.
Imaginem uma situação onde as equipes trabalhem sexta , sábado e domingo para entrega de um pedido especifico, com toda tensão , cobranças e conflitos que são inerentes a situações como essa, qual a produtividade que se pode esperar das equipes na segunda-feira?
Há situações interessantes onde o pessoal de criação, em número limitado, tem algumas horas para criar as melhores coleções da vida para três empresas .
Pode dar certo ? Pode , algumas vezes, sempre não!
Tudo pode ver visto e avaliado quando se trabalha com planejamento, cronogramas, delegação e controles.
Quantas vezes não vimos pessoas discutindo por causa de um problema , onde felizmente outras tratam de resolve-lo, e ao fim de algumas horas a questão está solucionada mas o debate não!
O confronto não tinha a finalidade de encontrar a solução , mas a concordância!
Isso é terrível e reforça o conceito de que as pessoas não resistem à situações novas e mudanças , mas resistem a serem mudadas.
Na sua empresa avalie sempre se o foco está em obter melhores resultados ou maior poder.
Essa situação pode ser observada desde o confronto entre sócios até no uso de ferramental ou espaço no chão de fábrica.
Quem gosta de história vai observar que reinos poderosos foram destruídos mais por conflitos internos do que por ataques de povos invasores.
Essa lição pode e deve ser levada à nossa área comercial na sua incessante luta para obter maior participação de mercado.
Observe que as empresas que tiveram sucesso e depois recuaram sofreram mais por fracassos em atender as expectativas do que com oportunidades de mercado .
Todas não , claro, há situações em que o mercado , os preços se mostram adversos.Há setores que sofreram e sofrem brutalmente com a invasão de produtos chineses.
Ainda assim vamos encontrar exemplos bastante interessantes de empresas que para combater esse tipo de concorrência encontraram soluções com forte participação das equipes internas.
Em segmentos específicos a invasão de produtos oriundos da China provocou uma quebradeira , eliminado do mercado os mais fracos e também empresas que não tinha interesse em concorrer nas condições apresentadas, com isso as mais persistentes passaram a dominar com certa facilidade uma fatia mais significativa do mercado.
Como gestores estão observando oportunidades de crescimento, têm avaliado positivamente o potencial para expandir, acreditam no desempenho dos colaboradores?
Ótimo, então preparem-se para crescer delegando e criando canais abertos de comunicação .
Quando o poder do gestor supera o da empresa pode estar sendo criado um longo caminho para lugar nenhum!
Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
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Oportunidade, potencialidade e performance
Ivan Postigo
Há uma frase que dificilmente alguém não usou: “Tinha tudo para dar certo, mas deu errado! “.
Pode ser uma observação sobre uma viagem, a confecção de um bolo, com relação ao destino de uma pessoa ou sobre uma empresa, que será o nosso tema.
Oportunidades a vista, condições favoráveis, mas resultado frustrante. Como avaliar a questão tecnicamente?
Podemos encontrar nessa situação organizações consolidadas, algumas constituídas para explorar um determinado segmento de mercado, empresas em rápido crescimento que sofrem um revés, enfim os exemplos são diversos.
A afirmação pode também ser lida no sentido inverso: “Tinha tudo para dar errado, mas deu certo!”. Nestes casos parece haver um toque de genialidade.
Voltando ao final da segunda guerra mundial dificilmente alguém apostaria que o Japão se tornaria uma potência, pois uma ilha com poucos recursos, saindo destroçada do conflito mundial, completamente dependente de ajuda, não encontraria oportunidades claras e pior, não mostrava potencialidade. O que possibilita sucessos como esse?
Definitivamente a dinâmica dos três fatores que estamos tratando.
Quem está acostumado a avaliar projetos está sempre verificando as oportunidades para se assegurar de seu sucesso, por exemplo:
Estudamos o mercado comprador, analisamos a concorrência, consultamos o mercado quanto ao fornecimento da matéria-prima, avaliamos diversos tipos de maquinários e ferramentais, observamos o pessoal a ser contratado, os turnos na fábrica, calculamos os custos, averiguamos as disponibilidades financeiras, as fontes de financiamentos, calculamos as taxas internas de retorno ( TIR) e o tempo de retorno (Payback ).
A princípio nenhuma razão para dar errado, certo? Errado.
Considerando que o estudo foi feito de forma exaustiva e consciente é necessário garantir a sua execução, de ponta a ponta. Dois aspectos têm que ser observados, as potencialidades e performance.
Potencialidades têm que ser desenvolvidas e aprimoradas, esta é a base da performance.
É impressionante o número de empresas que encontro desenvolvendo projetos sem que na sua execução façam o efetivo uso do cronograma, ferramenta de enorme utilidade que mostra o que tem que ser feito, quando e quem deve fazer.
Data perdida gera uma quantidade infindável de prejuízos para a empresa, como aumento de custos, atrasos nas entregas, cancelamento de pedidos e conflitos internos e externos.
O mês de janeiro se encerrou, fevereiro está em curso, muitas empresas que não estão conseguindo obter os resultados esperados não terão muitas chances de reverte a situação este mês, uma vez que seus produtos não são pronta entrega, e ainda não estão conseguindo planejar e projetar os resultados dos próximos três meses.
Esta é uma situação em que a performance indica que há necessidade de melhoria das potencialidades para observação das oportunidades.
Entusiasmo, comprometimento, dedicação, superam muitas vezes as deficiências nas potencialidades e criam as oportunidades.
É comum tratarmos de performance pensando no chão de fábrica, na execução dos produtos, nas entregas, no desempenho da equipe de vendas, sem uma visão clara de futuro.
As oportunidades de mercado podem ser atendidas ou criadas como dizia Akio Morita.
Uma potencialidade pode ser desenvolvida na empresa com treinamento ou agregando competência com a contratação de especialistas.
O sucesso de um produto começa na observação de sua oportunidade, passa pela avaliação da potencialidade da empresa em fabricá-lo, vende-lo e entrega-lo e se consolida com o comprometimento com a performance.
Esse processo de conscientização deve ser levado por toda organização de forma que cada pessoa saiba o que está fazendo e por quê? .
Caso sua empresa forneça componentes para clientes diretamente na linha de montagem, atendendo a um contrato que estabeleça multa por atraso, deve ouvir com freqüência: “ Temos que atender os prazos, eles não podem parar!”.
Na realidade a frase deveria ser: “ Nós não podemos parar! “.
Lembre-se sempre : Suas oportunidades, sua potencialidade, sua performance, seu sucesso . Ou não !
Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
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Empresa familiar – Um pé no céu outro no inferno?
Ivan Postigo
Usando o jargão popular, qualquer que seja a adaptação, este assunto dá um livro.
São inúmeras as razões pelas quais uma ou mais pessoas decidem criar uma empresa familiar.
Você pode estar pensando que uma só pessoa não cria uma empresa familiar, no máximo cria uma empresa!
É verdade, mas por aspectos diversos alguns gestores acabam agregando ao negócio familiares.
Podem convidar as esposas para ajudá-las a coordenar o processo produtivo, controlar as finanças, tratar dos assuntos bancários, fazer as compras, mas também envolver primos, tios, cunhados, sogros, filhos, enfim, aqueles com os quais tem boas relações para auxilia-lo a tratar dos negócios.
Outros, junto com familiares reúnem os capitais e criam um negócio, dividindo, conceitualmente, as responsabilidades, os riscos e somando a esperança.
A questão é saber se são sócios nos negócios e sonhos ou o são por convencimento! Uma pessoa bem sucedida, admirada na família, facilmente convence alguns a segui-lo na empreitada.
A idéia de poder trabalhar com os familiares, criando algo juntos, sem limites, podendo conversar, apoiando e recebendo apoio é sensacional. Poder solicitar ajuda, ter a resposta com a maior boa vontade e empenho é colocar um pé no céu.
Agora, atenção, pessoas que riem juntas tomando uma cerveja, fazendo um churrasco, freqüentando clubes, não importa sua condição econômica, normalmente pouco sabem do humor do futuro sócio. Até o momento só trataram de amenidades.
Ninguém cria um negócio sem esperar lucros, quanto mais rápido o retorno for necessário, maiores serão as cobranças, as expectativas e os riscos de questionamentos e confrontos.
Conversar com um sócio que não é membro da família sobre seu desempenho é diferente de tratar com um familiar. As chances no primeiro caso do assunto ficar restrito à empresa são imensamente que maiores que no segundo.
Nós temos simpatia pelos mais fracos e não é raro toda a família abordar o sócio contestador em busca de maior compreensão e transformar um assunto empresarial normal em uma série de pequenos conflitos.
Uma das questões delicadas em empresas familiares é simpatia ou não por um determinado funcionário, quer seja ele competente ou não. Existe uma tendência muito grande na família das pessoas se influenciarem.
João aprecia o trabalho de seu funcionário Joaquim, mas Pedro pouco sabe de seu desempenho e por algumas razões não tem simpatia por este. Para azar de Joaquim, João ouve muito as observações de Pedro e é altamente influenciado por este. A carreira e o futuro de Joaquim na empresa têm grandes chances de não ser muito longa.
Podemos encontrar situações extremamente complicadas, onde um dos sócios, majoritário ou não, é o patriarca. Pessoa de difícil relacionamento que está ressentida com a perda de poder devido ao crescimento profissional dos filhos.
Como não pode e não quer deixar a sociedade resolve questionar o desempenho de todos que não são seus subordinados enfraquecendo o comando dos filhos , também acionistas .Sempre nas reuniões familiares torna um objeto de contestação .
Um dia, por unanimidade, os filhos resolvem defender um dos funcionários, Antonio, que bem conhecem, dedicado, pronto para qualquer projeto, despertando a ira do patriarca.
No dia seguinte depois de muita relutância e negociação, Antonio é comunicado a fazer as malas e deixar a empresa.
Para Antonio o drama se encerra, vai ao mercado e se recoloca, os que ficaram enfrentarão algumas dificuldades para continuar o trabalho que este fazia com competência
Qualquer contestação é rapidamente rebatida: Ninguém é insubstituível. É verdade, assim como todos os cogumelos são comestíveis. Alguns, uma vez só.
Uma coisa é certa, é impossível ficar com um pé em cada lado, uma hora terão que ser colocados juntos.
Aquele que tiver colocado os pés no céu parabéns, fantástico, trabalhe duro para que assim se mantenha, aquele que ainda não se decidiu, como disse Dante Alighieri na Divina Comédia: “Deixai toda esperança , ó vós que entrais “ , Inferno , Canto III, 9 , portanto reflita bem, a decisão é sua , você é soberano .
Ter uma empresa, sem sócios, não envolver os familiares, é uma alternativa, pode evitar uma série de desentendimentos, mas também é bom lembrar que é como morar sozinho: É sempre sua vez de lavar a louça.
Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
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Onipotência na gestão – O dilema de João
Ivan Postigo
Little Big João trabalhou muitos anos administrando empresas de terceiros, tem perfil arrojado, não ouve muito as pessoas, trabalhou duro, chegou à gerência e acredita na sua capacidade empresarial.
Juntou algum dinheiro, montou uma empresa em sociedade com amigos, mas pela contundência de suas colocações acabou os afastando e com um pouco de esforço comprou suas cotas. Agora é o comandante do navio.
Nosso pequeno grande homem agora tem uma empresa só sua e determinou que as coisas serão feitas à sua maneira, sem intromissões, palpites ou interferências.
Os projetos e desenvolvimentos de produtos deverão estar prontos em 48 horas, o ciclo de produção que era de 70 dias agora será de 45 dias, nenhum pedido será recusado por causa de preço e prazo de entrega. Chegou a hora de mostrar aos concorrentes o poder de João.
Uma ação forte em vendas e rapidamente a carteira está explodindo com pedidos a entregar. O lema é : Tragam os pedidos e nós os atenderemos.
O volume de trabalho é tanto que a equipe de engenharia e desenvolvimento criou algumas categorias para os projetos, mas já não sabe o que classificar como prioritário, urgente e urgentíssimo. Não importa quantas horas tenham que trabalhar, para João tudo é possível !
Os fornecedores sob o mesmo incentivo aceitaram os pedidos de matérias-primas com prazos mais apertados, mas como não conseguem atender as datas de entrega vivem em reuniões com a equipe de produção e compras de João.
As equipes da fábrica, sob constante pressão, mudam os programas de fabricação a cada telefonema e visita dos clientes ameaçando cancelar os pedidos.
Os vendedores já não visitam mais os clientes, evitando cobranças dos pedidos não atendidos, e dedicam o tempo a reclamar e cobrar os gerentes de produção.
João tenta se multiplicar analisando o mau resultado da carteira dos próximos meses, cobrando a equipe de vendas, questionando seus gerentes operacionais, ligando para os fornecedores cobrando entrega de materiais, avaliando os custos que considera altos e precisa ser reduzido, preferencialmente com corte de pessoal, liberando horas extras para atender pedidos atrasados, correndo na fábrica para evitar perda de pedidos, assumindo responsabilidades por eventuais problemas com outros clientes e aprovando novos empréstimos para equacionar o caixa.
As reuniões, quando possível serem feitas, para avaliação dos pedidos e encaminhamento de problemas começam com discussões e terminam em lamentações e recordações dos bons tempos em que cada um dos presentes podia trabalhar com mais racionalidade.
Reduzir o volume de pedidos é proposição inaceitável, não se deve perder espaço para os concorrentes. Aumentar o prazo de entrega está fora de cogitação, não importa quantas argumentações sejam apresentadas, João tem firme convicção que o prazo de 45 dias é suficiente.
Vender mais, atendendo as necessidades dos próximos meses, é factível na visão de João, até lá a maioria dos pedidos atrasados estarão nas mãos dos clientes, acredita nosso gestor.
Os bancos? Ah, sim os bancos! Eles continuarão a conceder crédito, afinal estão tendo lucro!
João tem uma equipe dedicada com quem às vezes almoça, lamenta-se, conta suas histórias de sucesso, critica as opiniões, irrita-se, mas não os ouve, afinal nenhum deles tem sua visão e determinação.
Empresas como a de João aparecem e desaparecem todos os dias, algumas ainda resistem algum tempo.
João, quer sua empresa sobreviva ou não, continuará acreditando na sua enorme capacidade administrativa, não dividindo a gestão com ninguém.
Um dia quem sabe, num segmento de negócios sem muita concorrência, sua onipotência até poderá dar certo.
Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
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Influências dos modelos mentais no sucesso e fracasso empresarial
Ivan Postigo
Imaginar modelos mentais não é difícil, entender como se formam e explicá-los definitivamente é um processo complexo.
Os modelos que desenvolvemos e se consolidam em nossas mentes vêm de informações que nos são passadas na infância, no desenrolar de nossas vidas e de experimentos que vivenciamos.
A ficção , por anos a fio, nos tem dito que os marcianos são extraterrestres verdes vindos do planeta vermelho, portanto se dermos à um grupo de pessoas folhas , lápis de cor e pedirmos para que os desenhem teremos homenzinhos, homens altos, com antenas, sem antenas , mas a maioria os pintará verdes.Aquele que se atrever pintá-lo amarelo certamente causará espanto e provocará uma série de questionamentos .
Marcianos amarelos fazem parte de nossos modelos mentais ? Acredito que para a maioria das pessoas não .
Coloque pintores numa sala, de forma que não possam se comunicar e de frente para uma janela com visitas para uma montanha, e peça que a retratem. Findo o trabalho verá que um quadro será completamente diferente do outro, não pelo que viram , mas pelo que experimentaram, sentiram, perceberam, conexões mentais que fizeram, concluíram.
Esses modelos podem ser analisados desde situações inocentes como a dos extraterrestres à questões mais complexas como recordes nos esportes a serem batidos ou transações comerciais a serem feitas.
Quantas vezes você presenciou pessoas resistindo em fazer uma ligação telefônica para falar com alguma empresa, marcar uma visita, achando que não dará certo ? Também certamente já viu o inverso, pessoas que pelas recusas poderiam ter desistido continuarem a insistir como se a palavra “ não “ , sobre elas , não tivesse o menor efeito.
A primeira desenvolveu um modelo mental de desconforto a segunda de possibilidade de superação .
Um grande exemplo disso acontece com os recordes nos esportes . Um recorde pode durar anos, mas uma vez batido será superado seguidamente até a próxima marca onde pareça imbatível, quando o processo se repetirá .
Isso faz lembrar a história dos besouros , onde as leis da física dizem que estes por sua constituição não podem voar, contudo eles não sabe disso e voam.
Uma forma interessante de estudar os modelos mentais é observando a moda das roupas.
Esta em determinadas épocas é bastante arrojada em cortes , cores , desenhos, a princípio choca a sociedade , mas rapidamente é aceita , para anos depois ao nos depararmos com as fotos da época , rirmos e nos perguntarmos como pudemos usar aquilo!
Não quer dizer que todos aceitem e usem os modelitos da época, vamos encontrar pessoas que não absorvem com facilidade as novidades e , na verdade, aumentam a rejeição .
A capacidade de experimentação , absorvendo ou rejeitando posteriormente , nos prepara para conviver com novas idéias, novos conceitos , sucesso e fracasso.
Um aspecto importante nas nossas vidas, que nos ajuda na evolução como pessoas e profissionais , é a disposição de testar e questionar nossos modelos mentais .
Nossas experiências , nossos sucessos e fracassos , nos levam à convicções e crenças que não são necessariamente verdades, portanto testá-las é fundamental para que possamos reafirmá-las ou refutá-las, uma vez que estas guiam nossas decisões.
Você como empresário , como gestor , ajudou no desenvolvimento de uma cultura na empresa , fruto de seus modelos metais, que ao mudarem , ao sofrerem transformações podem entrar em choque com suas idéias , determinações, gerando debates, discussões e conflitos.
Ser bem sucedido em um projeto não depende de se obter unanimidade de conceitos, mas é fundamental que se entenda como estes se formam, e isso está ligado aos nossos modelos mentais.
Estes podem ser parecidos com os de nossos pares na empresa, nunca idênticos, mesmo que a diferença seja uma leve variação no tom do verde do nosso marciano.
Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
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Um corpo a procura de uma cabeça
Ivan Postigo
Quando iniciei minha carreira, já faz alguns anos, havia um jargão estúpido que era usado com freqüência: “ Você não é pago para pensar, faça o que eu estou mandando! “.
Para quem ouvia soava extremamente desagradável, contudo quem emitia esses ruídos achava estar produzindo uma pérola.
Essa afirmação durava o tempo do sucesso, pois no primeiro revés ouvia-se o lamento: Ninguém me ajuda a pensar!
Você pode estar se perguntando o que me fez lembrar esse tipo de comportamento.
Eu trabalho com organização, sistematização, equacionamento de questões que conduzem empresas à melhores resultados, para isso dependo do ato pensar.
Preciso de todas as informações que puder obter com meus esforços, de todos os colaboradores da empresa, e de nossa disposição de pensar, e como li uma vez, de ruminar, até chegarmos a uma solução factível que nos leve ao sucesso.
Quando me deparo com situações em que há um impedimento no ato de pensar fico assombrado.
Li esta semana uma curta nota num jornal onde uma pessoa questionada sobre sua atuação respondeu: “ Não sou paga para pensar “. Refletia sobre isso quando me deparei com uma citação num artigo sobre gestão empresarial que dizia que devemos parar de contratar pessoas do pescoço para baixo caso queiramos ter equipes capacitadas para tratar das complexas questões em que estão envolvidas as nossas empresas.
Uma vez que contratemos uma pessoa do pescoço para baixo não vamos impedi-la de pensar, mas nada temos a contestar caso nos de a resposta que tanto me chamou a atenção.
O mundo empresarial é atacado de tempos em tempos por ondas ou modelos de gestão, muitos dos quais são passageiros. Isso, mais do que uma forma de ganhar dinheiro inventada por seus criadores, são ferramentas que nos ajudam a refletir e uma vez implementadas a gerar resultados.
Raciocinemos tendo como exemplo a mais corriqueira de todas: A caixinha de sugestões.
Todos que trabalham ou trabalharam numa empresa devem ter se deparado com um programa de melhorias com a caixinha de sugestões.
No lançamento fazemos discursos, as coletas dos bilhetes são diárias, entregamos brindes, todos correm para colocar uma sugestão, qualquer que seja, chegamos até fazer ato ecumênico, contudo uma sugestão dada no corredor, na mesa do refeitório, num e-mail, nem sempre tem o mesmo valor daquela colocada na caixinha, mas só no período em que esta fizer parte da onda.
Estive em muitas empresas onde me pediram para escrever procedimentos operacionais como se estes fossem panacéias, contudo sempre tive o cuidado de verificar se já não o tinham feito e na maioria das vezes sim. Encontrei manuais operacionais cuidadosamente elaborados , esquecidos e negligentemente empilhados
A sugestão de praticá-los nunca foi acatada dado ao descrédito atribuído, não por falhas nestes, para por duas razões básicas: a incapacidade de aprendizado e recusa na retenção das informações. Quem estudar a história dessas empresas notará que há corpos demais e cabeças de menos.
Todos nós queremos fazer parte de um projeto vencedor, gostamos de opinar, ver nossas idéias sendo apreciadas, ter uma satisfação caso recusadas, quando isso não acontece nos excluímos.
Os gestores, tomadores de decisão, precisam estar atentos e abertos para a dinâmica do processo participativo, caso contrário quando os tempos difíceis vierem, eles vêm, queiram ou não, estarão com suas empresas acéfalas, e terão sob sua responsabilidade um corpo a procura de uma cabeça .
Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
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Intolerância com o velho, relutância com o novo
Ivan Postigo
Não importa o tipo de trabalho que você desenvolva , plantando hortaliças ou desenvolvendo softwares , todos os dias novidades estarão sendo colocadas à sua disposição para ajudá-lo , algumas de fácil assimilação , outras mais complexas.
O uso das inovações tecnológicas e o envolvimento com as novas tendências dependerão de muitos e particulares fatores, desde o interesse pela inovação até a disponibilidade financeira.
Toda processo de reestruturação empresarial enfrenta em maior ou menor grau a questão complexa da inovação.
Os softwares de gestão, cada vez mais poderosos e ágeis, oferecem todos os anos versões atualizadas que demandam treinamento, atualização dos computadores, aumento de memória, espaço em disco e muitas vezes a sua efetiva troca. Esses avanços e facilidades, que demandam investimentos, trazem à luz do processo de gestão debates sobre as necessidades efetivas dessas implementações, que geram desembolsos e, nem sempre , trazem resultados facilmente observáveis.
Em gestão todos querem informações rápidas e confiáveis, contudo nem todos entendem a demanda em equipamento, softwares e metodologia para que isso seja obtido.
Tratando de inovação podemos, por vício, nos restringirmos a debater sempre os aspectos ligados às informações, relatórios de produção, balanços, resumos financeiros, contudo a realidade é bem mais complexa.
Equipamentos para fabricação de produtos têxteis que no passado um técnico gastava de três dias a uma semana para trocar um desenho, hoje o trabalho é feito em minutos.A situação é complexa porque em muitos casos não há como adaptar um computador à máquina, a solução é a efetiva troca e isso demanda o comprometimento de valores significativos.
Um equipamento mecânico é robusto e tem enorme durabilidade, para muitos empresários o seu sucateamento, sem um valor efetivo de venda, parece um absurdo. Quanto mais antigo o equipamento menos possibilidades de negócios são encontradas , uma vez que este pouco pode servir como peça de reposição .
As novas tecnologias trazem uma nova cultura e um novo jeito de fazer as coisas, gerando choques e muitas vezes embaraços e dificuldades de adaptação.
Considerando que algo tão visível a palpável como a evolução dos equipamentos já gera desconforto para sua adaptação o que dizer então das idéias e conceitos de gestão?
Vamos considerar um exemplo simples, corriqueiro, mas que dá uma exata noção do choque que o processo gera.
Os apontamentos de produção, onde uma pessoa ou operador anota num formulário a quantidade de produtos fabricados e depois estes dados são resumidos em outros quadros, manualmente ou via planilha eletrônica, cada vez mais estão sendo substituídos por leitores adaptados na própria máquina, onde as informações, quadros e relatórios independem do auxiliares.
O operador ou os técnicos apenas tem que garantir o correto funcionamento do equipamento, ficando a cargo do usuário final, tomador de decisões, a adequação dos dados coletados aos formatos que gostaria de ter.
Simples, perfeito, esse processo atende aos sonhos de todos os gestores?
Nem sempre verdade!
O usuário recebia um relatório com uma estreita visão do processo, quando queria algo mais abrangente pedia à algum subordinado que o fizesse, com a nova tecnologia tem à sua disposição infinitas formas de análise, onde ele mesmo pode desenvolver o modelo.
Tudo o que era sonhado hoje traz alguns agentes complicadores: Estudar a tecnologia e seus recursos , envolver-se pessoalmente com o processo, ter a sua disposição uma infinidade de dados e possibilidades de cruzamentos e a obrigação de estabelecimento de uma rotina .
Sem essa nova tecnologia uma máquina quando parava avisava o operador com um sinal sonoro ou uma luz que acendia, com os novos recursos pode avisar a quem for necessário, dentro de padrões pré-estabelecidos.
Num desses processos um empreendedor, que sempre reclamava estar desinformado pela lentidão dos apontamentos, nos dizia após alguns dias de testes : “Não quero esse programa no meu computador , são muitas informações e não tenho paciência para lidar com isso . Quando quiser saber se as máquinas estão funcionando ou não vou à fábrica, se eu ficar olhando isso o dia todo vou ficar louco “.
Todo processo de mudanças traz desconforto, contudo maior será para aquele que tem intolerância com velhas formas e relutância com as novas.
Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
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Prospecção de clientes – Ferramenta fundamental para impulsionar seus negócios
Ivan Postigo
Para uma análise das dificuldades de prospecção de clientes vamos considerar dois produtos simples, básicos e conhecidos por todo mundo: prego e martelo.
Caso decida comprá-los onde poderia encontrá-los?
Em mercearias, em feiras livres, em casas de ferragens, em lojas têm de tudo, casas de material de construção, em super e hipermercados?
Modelos simples, básicos, é possível que encontre em todos esses lugares, os mais sofisticados e com aplicações definidas, possivelmente em casas de material de construção ou ferragens.
Há alguns meses eu procurei um produto e não o consegui encontrar em minha cidade , então entrei em contato com a fábrica e solicitei que me informassem seus clientes , nesta região , onde poderia comprar o que precisava . A resposta foi que procurasse em lojas do ramo .
Tratando do nosso exemplo, pregos e martelo, deveríamos considerar todas as possibilidades que mencionei acima como lojas do ramo ?
Certamente que não, mas se a empresa que os produz concentrar sua busca por clientes no conceito lojas do ramo, certamente vai estreitar seu leque de possibilidades de negócios.
Essa gama variada de possibilidades dificulta aos gestores comerciais o domínio dos canais de distribuição de seus produtos.
Com uma freqüência bastante grande, gestores que tem interesse em colocar seus produtos em determinados segmentos de mercado me contatam para saber se conheço vendedores com penetração em canais determinados, uma vez que não estão tendo sucesso e não sabem como localizar o contato e como aborda-lo. Outros ainda , me procuram porque gostariam de ampliar o leque de possibilidades de negócios , mas não tem nenhuma idéia como faze-lo.
Nada desenvolve mais a capacidade de percepção de oportunidades de negócios que os pés na rua para visitas e conversas sobre distribuição de produtos.
O seu cliente que vendem aos consumidores finais tem uma infinidade de informações para lhe passar , portanto não apenas os convençam a comprar mais a cada visita, ouça-os , pergunte o que gostaria de saber , eles lhe darão ótimas dicas.
Uma vez que encontre um segmento de mercado , um tipo de loja , onde seu produto não é vendido questione por que.Procure avaliar se o seu produto tem aderência àquele tipo de negócio .
Existem situações em que as possibilidades são praticamente nulas, eu não procuraria pregos e martelos numa loja de tecidos, contudo olhando o mercado vamos encontrar oportunidades diversas que alguém teve a ousadia de explorar.
A prospecção, mais do que uma tarefa, é uma mentalidade a ser desenvolvida.
O seu vendedor tem que estar atento às oportunidades e sempre informá-las à gerência para que esta possa avaliar e desenvolver possibilidades de negócios.
O fato de que as empresas tem a tendência de seguir o líder faz com que todos, de uma forma ou outra, estejam sempre atuando nos mesmos canais de distribuição e clientes.
Nosso país com dimensões continentais pode oferecer inúmeras oportunidades de venda em segmentos de negócios que a empresa explora, mas que por deficiência ou falta de recursos ainda não pode atingi-lo. Quando se vê em condições de faze-lo surge a pergunta : Como fazer essa prospecção?
Caso a gerencia verifique que o fato se dá na área de atuação de seus vendedores , a questão é de treinamento , contudo quando em área inexplorada , o caminho é preparar uma equipe de prospecção e a contratação ou adequação de vendedor para o local.
Oportunidade percebida e não aproveitada é oportunidade perdida. A dinâmica de mercado não permitirá que fique sem exploração por muito tempo.
Quantas idéias você já teve e acabou não explorando e logo em seguida a encontrou sendo praticada em algum lugar?
Estando seguro que as oportunidades que a empresa tem estão sendo bem aproveitadas o caminho para o crescimento passa pela prospecção.
Tarefa trabalhosa, demorada, que demanda critério, organização, persistência, mas que certamente abrirá à sua empresa uma gama de oportunidades.
Caso não tenha experiência para o desenvolvimento desse trabalho, adicione competência. Seus concorrentes com certeza estão fazendo algo nesse sentido nesse momento.
Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
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Solução única para problemas diferentes
Ivan Postigo
Conversava com alguns amigos, entre eles o proprietário de uma bela academia de ginástica que nos dizia estar tomando providências para melhorar os resultados.
Ops, melhoria de resultados, então a todos interessa afinal quem não tem sob sua responsabilidade atividades que necessitam de lucro?
Ouvidos atentos, mas o plano não tinha nada que já não tivéssemos observado em outros locais. Mudança de layout, maior supervisão na limpeza e corte de duas funcionárias. Quando questionado o quanto isso contribuiria, a resposta entusiasmada foi mil reais por mês.
Hum, não é de se jogar fora, mas ao preço de cem reais por mês doze alunos a mais não cobririam esse valor, pagando inclusive os impostos? Foi o próximo questionamento.
Sim, mas como conseguir os alunos? Contestação feita.
Nosso amigo, proprietário da academia, nos interrompe e diz que conseguir alunos não é o problema, retê-los sim.
Ok, então a questão deve focada nas razões pelas quais os alunos não permanecem na academia!
Podemos colocar na lista a falta de motivação, dificuldade em fazer parte da turma, compromissos e inabilidade de adequar o horário, falta de sintonia com os professores orientadores e principais motivadores e muitas outras, entre elas uma que me têm chamado a atenção, as pequenas lesões.
Isso tudo afasta os alunos das academias, mas como a questão é tratada?
O aluno deixa a academia e tem um prejuízo que é descuido com a saúde, para o proprietário é perda de receita.
Ambos perdem, contudo como gestor de um negócio é importante tomar uma medida para equacionamento das receitas e despesas. Normalmente reduz-se o quadro funcional como forma de cortar custos, ainda que em muitos casos as horas extras aumentem!
Não seria mais lógico agir no sentido de criar um programa de incentivo, de identificação com a academia, com vídeos de cuidados com a saúde, alimentação, benefícios do treinamento, para motivar e reter os alunos?
Sem dúvidas, mas aprendemos que cortar custos é fundamental, desde que iniciamos nossa carreira como administradores e fazemos disto a Panacéia.
O termo Panacéia é muito utilizado com o significado de "Remédio para todos os males". Redução do quadro funcional, com alto índice de contratação e dispensa como também é conhecido, acaba sendo a Panacéia.
Imagine que a única espécie de árvore que conhecemos é o ipê amarelo. Entramos numa floresta e nos deparamos com um deles, florido, rapidamente o identificamos.
Para ter uma melhor visão da floresta no afastamos, de longe a contemplamos. O que vamos identificar? Vários ipês amarelos!
Quando alguém nos perguntar que árvores tem naquela floresta diremos: Ipês amarelos, afinal é a única que sabemos identificar.
Assim também nos têm sido largamente ensinado. Para melhorar os resultados corte custos, reduza o quadro de pessoal.
Isso corrobora uma antiga afirmação de que quem apenas aprendeu a usar o martelo acha que tudo é prego.
A empresa é um sistema dinâmico, a queda nas vendas, nas receitas, não reduz o trabalho em algumas áreas, portanto a redução de pessoal pode trazer conseqüências mais sérias.
Programas de redução de pessoal têm que ser bem estudados, pois a maioria que vi não se mostrou eficaz, as necessidades foram cobertas com horas extras, muito mais caras e com resultados ruins, sem que outras ações tenham sido implementadas. Pouco tempo depois a recomposição do quadro mostrou necessária, com custos maiores.
Quanto maior for a sua empresa, maiores serão a exigências quanto ao entendimento da dinâmica sistêmica, de forma que soluções mais criativas serão necessárias.
Conversava há algumas semanas com um empresário que num segmento de seus negócios tem apenas um cliente que demanda mensalmente, em média, 25.000 peças do produto. As entregas dificilmente são feitas integralmente, parte dos pedidos é cancelada, mas o cliente apesar do desconforto continua comprado.
Esse empresário sabe que ter apenas um cliente nesse segmento é muito arriscado, precisa de pelo menos mais um, mas como está não poderá supri-lo.
Como os pedidos não têm sido atendidos trocam-se funcionários e supervisão e de acordo com a oscilação da carteira cortam-se custos, com a redução do quadro. Prego que aparece merece martelada.
Uma pequena terceirização de alguns trabalhos, no último mês, já permitiu à empresa um melhor desempenho e atendimento dos pedidos programados, além de evitar cancelamentos.
Com a solução única para problemas diversos muitas empresas não decolam, continuam patinando por falta de entendimento sistêmico e identificação de soluções.
Ivan Postigo
Economista , Bacharel em contabilidade , pós-graduado em controladoria pela USP
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Reforma tributária prevê desoneração da folha
Terra / Jeferson Ribeiro
22/02/2008
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou na manhã desta quinta-feira ao Conselho Político da Coalizão (composto por presidentes e líderes congressistas de partidos da base aliada do governo) a proposta de reforma tributária que será enviada ao Congresso Nacional na semana que vem. Entre as principais novidades está a desoneração da folha de pagamento, a unificação das alíquotas estaduais de ICMS, transformando o tributo em IVA Estadual (Imposto de Valor Agregado Estadual) e a unificação da Cide, do PIS e da Cofins no IVA Federal.
A princípio a proposta já prevê e extinção da cobrança do salário educação que onera a folha de pagamento em 2,5%. Contudo, até o final da semana, o governo estuda outras formas de desoneração da folha. Uma das alternativas é reduzir a cobrança do INSS sobre a folha em até 5 pontos percentuais. Contudo, isso ainda depende de avaliações da Fazenda.
O coordenador da proposta no âmbito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Germano Rigotto, disse que a idéia será debatida até amanhã. "O governo acha que pode apresentar mais novidades em relação à folha. Estão em estudo algumas alternativas. O norte da proposta é esse", comentou.
A perda da contribuição para a educação será compensada pelo Tesouro Nacional com a arrecadação do que o governo trata como "base ampliada de arrecadação", composta pelo IVA Federal, o Imposto de Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).
Como algumas empresas não são tributadas com PIS e Cofins, o IVA terá pelo menos três alíquotas diferentes. Essas alíquotas serão discutidas no Congresso Nacional e pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne os secretários de Fazenda de todos os Estados.
O IVA federal será cobrado no destino da mercadoria. A mesma sistemática será adotada no IVA Estadual. A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) também deixará de existir. O governo passará a tributar o lucro das empresas apenas pelo IRPJ.
Segundo Rigotto, o espírito da reforma é a simplificação tributária. Por isso, muitos impostos serão extintos e cobrados nessa base ampliada.
A reforma assegura ainda mecanismos de incentivo à exportação por meio da compensação tributária mais ágil. Segundo os deputados que participaram da reunião do Conselho Político, a proposta prevê que os créditos tributários, principalmente sobre IPI, sejam devolvidos às empresas quase que imediatamente. Hoje, essa compensação ocorre em até 24 meses.
A entrada em vigor de todas as mudanças leva em conta períodos longos de transição. Se aprovada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) ainda esse ano, o IVA Federal passaria a ser implementado em 2010. Serão necessários pelo menos dois anos depois da aprovação congressual para implementar a reforma. O IVA Estadual terá seis anos de transição.
CPMF Logo após a apresentação da proposta de reforma tributária, alguns parlamentares já demonstravam disposição de recriar a CPMF. "Nós vamos propor a recriação da CPMF. Não necessariamente como ela era, mas queremos ressuscitar o modelo. Claro, haveria redução de outros impostos para compensar isso", disse o líder do PR, deputado Luciano Castro (PR-RR).
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Brasil e Argentina começam no segundo semestre a abolir dólar das trocas
Rodrigo Postigo
22/02/2008
A partir do segundo semestre deste ano, Brasil e Argentina deverão começar a abolir o dólar das trocas. A previsão é do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. "Em breve, haverá os primeiros testes sobre a operacionalidade do sistema", afirmou nessa quinta-feira em Buenos Aires.
Segundo Amorim, a utilização de moedas locais - real e peso - nessas transações é o primeira etapa para a adoção de uma moeda comum. "Isso é um passo para uma moeda comum também no horizonte", afirmou.
Inicialmente, de acordo com o ministro, as operações em moedas locais serão limitadas. "Talvez em termos de valor ou volume de comércio não seja, de pronto, a maior parte do comércio, mas será a maior parte das operações. Isso já vai ajudar, desde logo, muitas empresas pequenas e médias a negociarem", avaliou.
O protocolo de intenções para criar um sistema de pagamentos bilateral em moedas locais foi assinado pelos dois países em 2006, durante Reunião dos Ministros de Economia e da Fazenda e Presidentes dos Bancos Centrais do Mercosul e Estados Associados, em Brasília. A medida foi tomada com o objetivo de facilitar as transações e reduzir os custos de operação entre Brasil e Argentina, uma vez que o sistema dispensa a conversão das moedas nacionais em dólares.
Argentina may pressure Brazil over natgas-report
Thu Feb 21, 2008 9:02am EST
BUENOS AIRES, Feb 21 (Reuters) - Argentina may apply pressure on local units of Brazil's state oil company Petrobras in a battle to increase its share of Bolivian natural gas supplies and ease wintertime shortages, a newspaper reported on Thursday.
The government will review natural gas supplies to Petrobras's Argentine petrochemical plants if Brazil does not agree to let Argentina have more natural gas from Bolivia, Clarin newspaper reported on Thursday.
"If Brazil cannot cut its natural gas demands by 2 to 3 million cubic meters a day to redirect that amount to Argentina, the government will not have any option but to review local petrochemical businesses where Petrobras is a big natural gas consumer," an unnamed source at the Planning Ministry told Clarin.
Officials at the ministry were not immediately available to comment on the report.
Brazil's Luiz Inacio Lula da Silva arrives in Buenos Aires on Thursday evening for two days of talks with Argentina's Cristina Fernandez on energy and military projects. Bolivia's Evo Morales joins them for breakfast on Saturday to talk about natural gas.
Brazil's presidential spokesman Marcelo Baumbach said on Wednesday that Lula is "sensitive" to Argentina's natural gas needs but he said that Brazil cannot just give up on the fuel it gets from Bolivia.
"Brazil's priority is its internal supplies and for that reason, it is not able to review the supply volume already set out in the contract (with Bolivia)," Baumbach said.
Petrobras (PETR4.SA: Quote, Profile, Research) has a petrochemical complex in Argentina, as well as a fertilizer plant and a polystyrene plant. Its local arm is Petrobras Energia Participaciones (PCH.BA: Quote, Profile, Research).
Five years of booming economic growth have expanded power demand in Argentina, where the electricity supply is highly dependent on natural gas for thermal generators that use 40 million cubic meters per day.
Argentina supplies most of that but there are fears that, if Bolivian supplies continue low, the country will face energy shortages during the southern hemisphere winter in June and July.
Bolivia has said it will not be able to meet fully its export commitments to neighbors Argentina and Brazil until 2009.
Bolivia currently supplies Brazil with about 28 million cubic meters of gas and needs 6 million to 7 million cubic meters a day for its domestic market. Natural gas exports to Argentina are well below the current maximum contract level of 7.7 million cubic meters per day.
On a recent trip to Brazil, Bolivian Vice President Alvaro Garcia Linera essentially said Brazil and Argentina must sort out between themselves how to divide up Bolivia's natural gas exports. (Reporting by Fiona Ortiz and Cesar Illiano in Buenos Aires and Julio Villaverde in Brasilia)
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Brazil shifts to creditor status
Bloomberg News
02/22/2008
Brazil, the world's largest emerging-market debtor for decades, became a net foreign creditor for the first time in January.International reserves, swelled by investment inflows and record exports of agricultural commodities and oil, probably exceeded gross foreign liabilities last month by about $4 billion, Banco Central do Brasil said Thursday."This is the most significant economic event that's happened to Brazil in a long time," said David Cortes, who manages about $200 million of emerging market debt for BullTick in Miami.Brazil's shift to net creditor status may bolster investor confidence in Latin America's biggest economy and help the country win an investment-grade debt rating.Brazil in 2005 repaid its debt to the International Monetary Fund, the Washington-based lender that bailed out the country over four decades.Brazilian exports have tripled since President Luiz Inacio Lula da Silva took office in 2003 on rising world demand for soybeans, iron ore, beef and other Brazilian products.An accompanying surge in foreign direct investment, including stock and bond purchases by nonresidents, has driven up the value of Brazil's currency, the real -- in turn boosting the nation's purchasing power abroad.The real rose to 1.711 per U.S. dollar Thursday, its strongest level since 1999, from 1.725 on Wednesday."This achievement is the direct outcome of our implementation in recent years of prudent and consistent macroeconomic policies," said Henrique Meirelles, the country's central bank president.International reserves, including cash and other financial assets, rose to a record $171.6 billion in January, more than 10 times the $17 billion that Brazil had when Lula assumed power.The country's stock market in recent weeks has recovered nearly all of its losses incurred when most world markets slumped in January, and it is nearing its record high set in December.The Bovespa stock index inched up 44.74 points to 63,792 on Thursday. It is down less than 0.2% year to date and is 3% below its all-time high of 65,790 reached Dec. 6.By contrast, the U.S. Standard & Poor's 500 index is down 8.6% year to date and off 14.2% from its peak in October.But the world economic slowdown may test whether Brazil's efforts to diversify export markets and bulk up reserves are enough to safeguard long-term growth, analysts say.
Publicado por Agência de Notícias às 22.2.08
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Emerging debt-Prices up on rate hopes, Brazil rating optimism
Thu Feb 21, 2008 5:41pm EST
By Walter Brandimarte
NEW YORK, Feb 21 (Reuters) - Emerging sovereign debt prices rose on Thursday on hopes the U.S. Federal Reserve will further cut interest rates to support the world's largest economy, boosting the appetite for higher-yielding assets as a result.
But the rise in prices was not enough to avoid a widening in yield spreads over U.S. Treasuries, considered an important measure of risk aversion.
Spreads widened 9 basis points on the benchmark JP Morgan EMBI+ index 11EMJ, as investors rushed from U.S. stocks to the relative safety of Treasuries, causing the biggest daily drop in long-dated Treasuries yields in a month.
Expectations of more U.S. rate cuts were boosted by news that the U.S. Mid-Atlantic factory production slumped this month to its lowest level since the last recession.
Overall emerging debt returns still climbed 0.23 percent, according to the EMBI+, with Brazil's bonds jumping 0.5 percent on the index on speculation that ratings agencies might be close to upgrading the country to investment grade.
Expectations of an upgrade grew after the Brazilian central bank said the country became a net foreign creditor in January, when dollar-denominated assets exceeded liabilities by more than $4 billion. For details, see [ID:nN21471119].
"Investors bet that (the news) could trigger a 2008 upgrade to investment grade," RBC Capital Markets' analysts wrote in a report, noting that the Brazilian real BRBY also closed at its strongest level since May 1999 after the news.
Talking to journalists in Rio de Janeiro, Brazil's Finance Minister Guido Mantega said investors are already pricing in an expected upgrade of Brazil's ratings this year.
Brazil's global bond due 2040
Ecuador's debt returns soared 1.03 percent on the EMBI+ after Finance Minister Fausto Ortiz told Reuters the country has no plans to restructure its foreign debt this year. [ID:nN21491191]
President Rafael Correa had spooked markets last year when he took over with vows to restructure the country's debt, which he often dubbed "illegal."
Argentina's bonds underperformed the market, on the other hand, after Fitch warned the country may encounter difficulties in refinancing its debt if market conditions deteriorate sharply. [ID:nWNA2650]
The agency reaffirmed its "B" rating on Argentina's local-currency debt, however, and repeated it would remove its "Restrictive Default" rating on the country's foreign-currency bonds if the government were to open a new exchange offer for holdouts of the 2005 debt restructuring.
Latin American stocks also showed resilience to a fall of more than 1 percent seen in the main U.S. equity indexes. The Morgan Stanley Capital International stock index for the region .MILA00000PUS gained 0.91 percent, as high commodity prices supported bourses in the region.
"Most people expected and so far have got it right that emerging markets would outperform core markets, on the credit side particularly," said David Spegel, global head of emerging markets debt strategy at ING in New York.
"In that regard, high commodity prices just add to the expectation that EM credits and companies and fundamentals are much more resilient than they used to be," he added. (Editing by Jan Paschal)
Publicado por Agência de Notícias às 22.2.08
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Jornal: status de credor pode render grau de investimento
BBC Brasil
22/02/2008
O anúncio do Banco Central de que o Brasil passou a ser credor no cenário internacional, graças ao crescimento de suas reservas internacionais, foi destaque na edição desta sexta-feira no jornal americano Los Angeles Times.
"A mudança do Brasil para o status de credor pode aumentar a confiança dos investidores na maior economia da América Latina e ajudar o Brasil a obter a classificação de grau de investimento", afirma o LA Times.
A mudança de status se deu porque, pela primeira vez, as reservas internacionais - ativos que o governo e o setor privado possuem no exterior - ultrapassaram a dívida externa.
O jornal comenta que o País pagou seu débito com o FMI e as exportações triplicaram desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao poder em 2003, graças ao aumento na demanda global por soja, minério de ferro, carne e outros produtos brasileiros.
"Um aumento do investimento estrangeiro direto, inclusive a compra de ações e títulos por não residentes, provocou alta do valor do real, aumentando o poder de compra do Brasil no exterior."
"O real chegou a 1,711 por dólar na quinta-feira, sua maior valorização desde 1999", destaca o jornal americano.
O jornal comenta ainda que as reservas internacionais alcançaram a alta recorde de US$ 171,6 bilhões em janeiro, mais do que dez vezes mais do que os US$ 17 bi de quando Lula assumiu o governo.
"Nas últimas semanas, o mercado de ações do País recuperou quase as perdas contraídas com a queda generalizada dos mercados mundiais em janeiro, e está chegando perto da alta recorde de dezembro."
Mas, apesar da boa notícia, o país ainda enfrenta desafios, conclui o jornal: "o desaquecimento econômico global poderá testar se os esforços do Brasil para diversificar seus mercados de exportação e acumular reservas foram suficientes para salvaguardar o crescimento a longo prazo, dizem analistas."
Lula pode fechar acordo sobre energia nuclear na Argentina
Segundo Celso Amorim, projeto conjunto pode incluir a fabricação de reatores.No setor de aviação, Embraer estuda aproveitar instalações de fábrica em Córdoba.
Agência Estado
22/02/2008
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega a Buenos Aires com propostas de vários acordos para assinar com Cristina Kirchner. Segundo o chanceler Celso Amorim, um dos principais será na área de energia nuclear, o qual “terá repercussões dentro e fora dos dois países”. Sem oferecer maiores detalhes, Amorim destacou que o acordo de energia nuclear “será para uso pacífico e terá um grande impacto”.
Há dois anos, a Argentina lançou um ambicioso programa de energia nuclear, envolvendo recursos de aproximadamente US$ 2 bilhões. A reativação da atividade atômica na Argentina prevê a conclusão da central Atucha II, estudos para a construção da quarta geradora nuclear, reformas da central de Embalse e a retomada da produção de urânio enriquecido.
Este último constará no acordo que os presidentes assinarão nesta sexta-feira. “Estamos dando um passo para a integração estratégica nuclear e até industrial, com projetos de uso de energia nuclear e de fabricação de reatores”, comentou o ministro das Relações Exteriores.
Os acordos e protocolos de intenções incluem ainda a produção, em conjunto, de energia por meio da construção do complexo de Garabi, no Rio Uruguai. “Há uma grande disposição da nossa parte em relação a Garabi e o documento fará menções importantes sobre isso, inclusive vai detalhar um cronograma. Os trabalhos estão acelerados”, afirmou Amorim, completando que há um protocolo também para a construção de uma terceira ponte sobre o Rio Uruguai, ligando a Argentina e o Brasil, como parte do projeto de Garabi.
Redução da CPMF não foi repassada aos preços
Rodrigo Postigo
22/02/2008
O fim da CPMF diminuiu a carga tributária, mas isso não foi repassado aos preços dos produtos. De acordo com o Estado de S. Paulo, em vez de ficarem mais baratos, alguns produtos até encareceram, segundo levantamento realizado pelo professor Marcos Cintra, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A pesquisa mostra que no preço final de um automóvel, por exemplo 1,69% correspondia ao tributo. Mesmo com o fim da cobrança, houve uma alta de 0,26% no valor dos carros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na pesquisa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro.
Já para a indústria farmacêutica, a CPMF pesava 1,49%, mas em janeiro a alta dos preços foi de 0,15%. Nos eletroeletrônicos, pesava 1,74%, mas os produtos subiram 0,11%.
Publicado por Agência de Notícias às 22.2.08
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