sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Lula pode fechar acordo sobre energia nuclear na Argentina

Segundo Celso Amorim, projeto conjunto pode incluir a fabricação de reatores.No setor de aviação, Embraer estuda aproveitar instalações de fábrica em Córdoba.

Agência Estado

22/02/2008

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega a Buenos Aires com propostas de vários acordos para assinar com Cristina Kirchner. Segundo o chanceler Celso Amorim, um dos principais será na área de energia nuclear, o qual “terá repercussões dentro e fora dos dois países”. Sem oferecer maiores detalhes, Amorim destacou que o acordo de energia nuclear “será para uso pacífico e terá um grande impacto”.

Há dois anos, a Argentina lançou um ambicioso programa de energia nuclear, envolvendo recursos de aproximadamente US$ 2 bilhões. A reativação da atividade atômica na Argentina prevê a conclusão da central Atucha II, estudos para a construção da quarta geradora nuclear, reformas da central de Embalse e a retomada da produção de urânio enriquecido.

Este último constará no acordo que os presidentes assinarão nesta sexta-feira. “Estamos dando um passo para a integração estratégica nuclear e até industrial, com projetos de uso de energia nuclear e de fabricação de reatores”, comentou o ministro das Relações Exteriores.

Os acordos e protocolos de intenções incluem ainda a produção, em conjunto, de energia por meio da construção do complexo de Garabi, no Rio Uruguai. “Há uma grande disposição da nossa parte em relação a Garabi e o documento fará menções importantes sobre isso, inclusive vai detalhar um cronograma. Os trabalhos estão acelerados”, afirmou Amorim, completando que há um protocolo também para a construção de uma terceira ponte sobre o Rio Uruguai, ligando a Argentina e o Brasil, como parte do projeto de Garabi.

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