quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Bovespa crescerá 28% em 2008, afirma estudo

Rodrigo Postigo

16/01/2008

Até o final de 2008, o índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) deverá saltar para a marca de 81 mil pontos, um novo recorde que significará valorização de 28% em relação aos 63 mil pontos registrados no final de 2007. A conclusão é da última rodada do estudo "Para onde vai o mercado", realizado pela Financial Investor Relations Brasil (Firb) para acompanhar as projeções de desempenho do mercado de ações.

O estudo toma como base mais de 500 relatórios de analistas de 24 instituições financeiras.Segundo o presidente da Firb, Arleu Anhalt, os setores que deverão contribuir de modo preponderante para a elevação do Ibovespa são mineração, com previsão de crescimento de 28%; telecomunicações (39%); finanças e seguros (27%); petroquímico e gás (14%); energia elétrica (26%); varejo (42%); siderurgia e metalurgia (22%); holdings (45,9%); transporte (28%) e alimentos e bebidas (35%).

A pesquisa revela também que a projeção de aumento mais acentuado em termos absolutos, desconsiderado peso na participação do índice, refere-se ao setor sucroalcooleiro (58%).
Foram computadas projeções de valorização de ações de 57 companhias abertas pertencentes a 16 setores da economia integrantes do índice Ibovespa. A projeção resulta da soma das variações esperadas de cada papel, ponderadas pela participação relativa dentro do índice.

CVM coloca em audiência regra de fundos imobiliários

InvestNews / Silvia Regina Rosa

16/01/2008

A Comissão de Valores Mobiliários colocou em audiência pública, a partir de hoje, a minuta de Instrução que dispõe sobre os Fundos de Investimento Imobiliário (FII), visando à substituição da Instrução nº 205/94, de 14 de janeiro de 1994.

A minuta tem por objuetivo atualizar e flexibilizar as regras que regem sua constituição e o funcionamento dos FIIs. Entre as mudanças previstas na minuta estão a permissão para que o FIIs possam investir, não apenas em imóveis como já ocorre atualmente, mas também em valores imobiliários, recebíveis e ativos ligados ao setor imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), cotas de Fundos de Investimento em Participação (FIPs) e de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), além de ações ou debêntures emitidas por companhias abertas do setor.

Além disso, a CVM pretende estender as mesmas regras impostas para os CRIs e FIDCs, em relação aos limites de concentração por devedor dos créditos imobiliários em carteira, para os FIIs. O limite de concentração passa a ser de 20% do patrimônio líquido do fundo em créditos imobiliários de um único devedor ou coobrigado, limite este que só pode ser excedido no caso de investimentos em créditos de companhias abertas e de instituições financeiras, ou, quando as cotas do FII forem vendidas a um grupo restrito de investidores (menor do que 20), com investimento mínimo previsto de R$ 1 milhão.

Os fundos também poderão ser divididos em classes, agrupados de acordo com diferentes perfis de risco, em razão do estágio de maturação do investimento e do tipo de ativo que compõe sua carteira. Os investimentos poderão ser dividos em três categorias: Fundos de Propriedade Imobiliária, que investiriam preponderantemente em todos os ativos imobiliários exceto CRI, cotas de FIDC e créditos imobiliários; Fundos de Recebíveis Imobiliários, que, ao inverso, investiriam preponderantemente em CRI, cotas de FIDC e créditos imobiliários; e Fundos Híbridos, que seriam uma mistura entre ambos. Os fundos também poderiam ser classificados por maturação de investimentos. Desta forma, os fundos que apliquem uma fatia maior do patrimônio em empreendimentos em estágio inicial de maturação deveriam ser intulados de "Novos Empreendimentos", que apresentariam, na avaliação da CVM, risco maior do que os fundos em investem em empreendimentos já consolidados, normalmente visando a receber aluguéis, e possuem um perfil de investimento de renda fixa.

Para os FIIs destinados a investidores qualificados seriam prerrogativas especiais, que compreendem a dispensa da elaboração de prospecto e dos anúncios de início e encerramento de distribuição; cobrança de taxa de administração e performance com base em outros critérios que não os previstos na minuta; e admissão de títulos e valores mobiliários na integralização de cotas.

Os FIIs também terão que incluir nos prospectos de ofertas públicas informações específicas sobre a política de investimento dos fundos, descrição dos imóveis adquiridos ou cuja aquisição esteja planejada e informações sobre dados operacionais.

A nova norma pretende equiparar os FIIs aos demais fundos de investimento em termos de política de divulgação de informações, deixando de ser obrigatória a publicação de avisos na imprensa, passando a permitir a divulgação por correio eletrônico com os cotistas.

A minuta também prevê a possibilidade de colocação parcial das cotas do FII, sendo cancelado o saldo eventualmente não-colocado, a fim de facilitar a distribuição de suas cotas. Outras mudanças também visam impor novos requisitos para emissões de cotas e a para avaliação dos bens utilizados na integralização de cotas.

O prazo para envio de sugestões e comentários com relação à minuta posta em audiência pública vai até o dia 15 de fevereiro de 2008.

Liberdade econômica: corrupção deixa País em 101º lugar

Invertia

16/01/2008

O Brasil é 101º país no ranking entre as economias mais livres do mundo, segundo estudo divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Heritage e pelo Wall Street Journal. O ranking levou em conta 163 nações, julgadas também pelo nível de corrupção, e elegeu Hong Kong em primeiro lugar.

Hong Kong foi considerada pelo ranking a economia mais adaptada à condição de livre mercado - que oferece liberdade às exportações, à entrada de capitais e à entrada de investidores estrangeiros.

Em termos de corrupção, o Brasil recebeu sua pior nota, com 33 pontos. Outros problemas em relação ao País são as regras para investimentos diretos, a falta de respeito à propriedade intelectual e o setor bancário.

"Um sistema de impostos confuso, estrutura de transporte inadequada e barreiras para o investimento estrangeiros são impedimentos ao crescimento", ressalta a pesquisa.
Em relação aos 29 países do continente americano, o Brasil aparece na 21º colocado em liberdade econômica, bem atrás de nações como o México (44º lugar), Peru (55º) e Paraguai (77º).

Vendas da indústria crescem pelo 5º mês consecutivo, diz CNI

Rodrigo Postigo

16/01/2008

As vendas da indústria brasileira cresceram 6,8% em novembro em relação ao igual período de 2006, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Já a comercialização entre outubro e novembro cresceu 0,7%, quinta alta consecutiva que o setor registra.

Segundo o levantamento, houve também um aumento de 5,1% nas vendas no acumulado dos primeiros 11 meses de 2007 em relação ao mesmo intervalo do ano retrasado. De acordo com a confederação, esse aumento foi devido, principalmente, a produção dos setores de máquinas e equipamentos, alimentos e bebidas e veículos automotores.

Visita de Lula frustra expectativa de investimentos em Cuba

Pactos anunciados limitaram-se a acordos de cooperação técnica. Petrobras manifestou interesse em voltar a explorar petróleo na ilha.

G1 / Tiago Pariz

16/01/2008

A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Cuba foi carregada de expectativas do anúncio de grandes somas de investimento. Classificada como uma iniciativa para fortalecer a parceria entre os dois países, a viagem ficou restrita a acordos tímidos e à manifestação da Petrobras de voltar a explorar petróleo no país.

Os pactos limitaram-se a cooperações técnicas para análise da rede subterrânea de águas, vigilância sanitária na área de medicamento e reforço das assessorias internacionais dos ministérios da Saúde de ambos os países.

Além disso, o Brasil comprometeu-se a aumentar a linha de financiamento para a compra de alimentos, que chega a até US$ 200 milhões, de acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. "Parte desse financiamento já existia e aumentou, chegando a US$ 100 milhões. O restante vai ser usado quando os primeiros US$ 100 milhões forem utilizados", explicou o ministro. A frustração deu-se porque dois acordos que somavam quase US$ 700 milhões não foram firmados: o de investimento da malha viária cubana, no valor de até US$ 600 milhões, e o de recuperação da rede hoteleira, estimado em US$ 47 milhões. Ambos continuam em negociação entre as duas partes, segundo fontes diplomáticas.

Venezuela quer aliança com Brasil e México para exploração e reservas

Rodrigo Postigo

16/01/2008

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, alertou que os principais consumidores mundiais de petróleo enfrentam queda no fornecimento da commodity e afirmou que o país espera trabalhar em conjunto com o Brasil e o México para elevar as reservas da região.

Chávez disse ainda que os países desenvolvidos precisam encontrar formas de reduzir seu consumo de combustíveis não-renováveis e aproveitou para criticar o alto consumo norte-americano, que representa 25% do total mundial. A Venezuela está entre os cinco principais fornecedores de petróleo para os Estados Unidos.

O venezuelano afirmou ter discutido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o presidente do México, Felipe Calderón, formas de unir forças no setor de exploração de petróleo, durante a posse do novo presidente da Guatemala, Álvaro Colom.