Pactos anunciados limitaram-se a acordos de cooperação técnica. Petrobras manifestou interesse em voltar a explorar petróleo na ilha.
G1 / Tiago Pariz
16/01/2008
A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Cuba foi carregada de expectativas do anúncio de grandes somas de investimento. Classificada como uma iniciativa para fortalecer a parceria entre os dois países, a viagem ficou restrita a acordos tímidos e à manifestação da Petrobras de voltar a explorar petróleo no país.
Os pactos limitaram-se a cooperações técnicas para análise da rede subterrânea de águas, vigilância sanitária na área de medicamento e reforço das assessorias internacionais dos ministérios da Saúde de ambos os países.
Além disso, o Brasil comprometeu-se a aumentar a linha de financiamento para a compra de alimentos, que chega a até US$ 200 milhões, de acordo com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. "Parte desse financiamento já existia e aumentou, chegando a US$ 100 milhões. O restante vai ser usado quando os primeiros US$ 100 milhões forem utilizados", explicou o ministro. A frustração deu-se porque dois acordos que somavam quase US$ 700 milhões não foram firmados: o de investimento da malha viária cubana, no valor de até US$ 600 milhões, e o de recuperação da rede hoteleira, estimado em US$ 47 milhões. Ambos continuam em negociação entre as duas partes, segundo fontes diplomáticas.
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