Agência Brasil
18/02/2009
Três horas de reunião entre ministros brasileiros e argentinos não foram suficientes para convencer o governo do país vizinho a suspender a regra de licenças não automáticas de importação, impostas nos últimos meses a mercadorias de sete segmentos - linha branca, linha marrom, autopeças, calçados, têxteis e confecções, vidros e siderúrgicos.
“Não consideramos que tomamos medidas restritivas. As regras vigentes continuam vigentes, isso com certeza”, afirmou o chanceler da Argentina, Jorge Taiana, ao final da reunião, no Itamaraty.
O regime implica na demora de até 60 dias para a liberação de importações e é considerado, pela indústria brasileira, como uma restrição à entrada de produtos fabricados aqui. Mesmo pressionado no âmbito doméstico, o governo brasileiro não pretende – ao menos por enquanto – responder na mesma moeda, adotando medidas restritivas à entrada de produtos argentinos no país.
“O Brasil prefere não tomar as medidas porque achamos que são contraproducentes ao próprio desenvolvimento da integração. Discutimos várias outras formas que poderão atender a sensibilidades mais imediatas”, garantiu o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim. “Nossa expectativa é de que, através destas conversas, se encontrem formas mutuamente acordadas que evitem medidas de caráter unilateral. A convicção do Brasil é de que não é positivo que haja medidas dessa maneira”, reiterou.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Argentina manterá restrições à entrada de produtos do Brasil
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