O Estado de São Paulo
17/02/2009
Industriais argentinos pediram ao governo da presidente Cristina Kirchner que "não se deixe pressionar" pelo empresariado brasileiro e continue adotando medidas protecionistas para restringir a entrada no país de produtos "made in Brazil" (fabricados no Brasil). Sintomática e estrategicamente, o pedido foi realizado antes da partida de um grupo de ministros argentinos, que chega hoje a Brasília para se reunir com representantes do governo brasileiro.
O Brasil pretende oferecer linhas de financiamento para as exportações argentinas para tentar desarmar a onda protecionista do país vizinho. Hoje, no Itamaraty, a Argentina estará representada pelos ministros Jorge Taiana, das Relações Exteriores, Carlos Fernández, da Economia, e Débora Giorgi, da Produção. Do lado brasileiro, os ministros Celso Amorim, das Relações Exteriores, Guido Mantega, da Fazenda, e Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ontem, na véspera da viagem do grupo, o ministro de Assuntos Estratégicos do Brasil, Roberto Mangabeira Unger, iniciava em Buenos Aires uma visita de dois dias com a missão de debater com o governo argentino, empresários e sindicalistas como os dois países vão enfrentar a crise global.
Ao longo de janeiro, a Argentina aplicou licenças não automáticas para a entrada de pneus e multiprocessadores de alimentos. Além disso, aplicou preço mínimo para a entrada de 50 tipos de tubos de aço e ferro e, desde a semana passada, entrou em vigor mais uma série de restrições para 800 novos produtos provenientes de todo o mundo, atingindo as vendas brasileiras de têxteis. Na semana passada, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, pediu ao governo que adote "retaliações" para compensar o protecionismo do governo argentino.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Argentina rechaça 'Made in Brazil'
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