quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Vendas no varejo têm maior crescimento desde 2001

Invertia / Daniel Gonçalves

17/01/2008

O volume de vendas e a receita do comércio brasileiro tiveram alta de 1,6% no mês de novembro de 2007 em relação ao mês de outubro, apontou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com novembro de 2006, a alta (9,9%) é a maior para o mês desde o início da pesquisa, em 2001.

Com o resultado, o setor se recuperou da perda de 0,1% registrada no mês anterior. O avanço foi o segundo maior registrado no ano passado, ficando atrás somente de janeiro, que apresentou aumento de 1,9% tanto no volume quanto na receita em relação a dezembro de 2006. Os dados apresentados constam da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), elaborada pelo instituto.

Nas demais comparações (séries sem ajuste sazonal), o indicador acumula alta de 9,7% de janeiro a novembro de 2007 ante igual período de 2006, e expansão de 9,2% nos últimos 12 meses. Para a receita nominal, as taxas foram 13,3%, 11,6% e 10,9%, respectivamente.

Em novembro, quatro dos cinco grupos pesquisados tiveram alta em vendas e receita nominal. tecidos, vestuário e calçados (1,6%); combustíveis e lubrificantes (1,5%); móveis e eletrodomésticos (1,4%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%) puxaram a alta. Neste último segmento, segundo o IBGE, o crescimento ocorreu porque os preços de alguns alimentos caíram - principalmente os do leite e seus derivados.

Para o IBGE, o resultado do setor em 2007 pode ser recorde. A queda de outubro, segundo o órgão, ocorreu por ajustes no orçamento das famílias.

Mesmo assim, segundo o economista Nilo Lopes de Macedo, da coordenação de serviços e comércio do IBGE, é muito improvável que o setor consiga manter o mesmo ritmo de crescimento nos dados de dezembro.

"A queda do dólar, o aumento da renda familiar e a confiança na política econômica do governo colaboraram para este grande crescimento", explicou. Para ele, outro fator que contribuiu para o resultado foi a antecipação, por parte das famílias, das compras de Natal.

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