sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Novo prazo para recolhimento de tributos dá alívio de R$21 bi

Reuters / Fernando Exman
07/11/2008
O governo anunciou nesta quinta-feira a extensão do prazo para o recolhimento de alguns tributos por parte das empresas, em mais uma medida para compensar os efeitos da crise internacional de crédito.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a medida garantirá um alívio de aproximadamente 21 bilhões de reais para a iniciativa privada.
A medida foi anunciada durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto.
Fazem parte da lista o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Cofins, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e a contribuição previdenciária do INSS. O recolhimento do PIS/Cofins passa do dia 20 para 25 de cada mês, e nos demais casos o adiamento é de 10 dias em relação aos prazos tradicionais de recolhimento.
"É como se eles tivessem 10 dias a mais para pagar 21 bilhões de reais. É capital de giro. Nesse momento, é importante para as empresas ter esse capital de giro", explicou Mantega a jornalistas depois da cerimônia.
O ministro disse ainda que vai estudar a demanda do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), que em seu discurso durante o encontro pediu para que o aumento do prazo para o pagamento do PIS/Cofins também fosse elevado em 10 dias.
Mantega lembrou que pode ocorrer um problema operacional se o recebimento de todos os tributos for agendado para o dia 30 de cada mês.
O ministro argumentou ainda que o governo não pode aceitar receber o imposto de um mês em outro porque isso pode gerar uma lacuna na arrecadação que prejudicaria as contas públicas. "Isso não é possível", concluiu.

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