quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Patrimônio dos fundos de pensão cresce com boa gestão de ativos

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados / Lucia Rebouças

08/11/2007

O patrimônio administrados pelos fundos de pensão brasileiros atingiu a marca de R$ 416,4 bilhões este ano até agosto, valor equivalente a 17,0% do Produto Interno Bruto (PIB). Em relação ao final de 2006, a carteira de investimentos apresentou uma elevação de 18%.

"A excelência da gestão dos ativos possibilitou esta performance", disse Fernando Pimentel, presidente da Abrapp (associação que reúne 300 fundos), ontem na abertura do 28º Congresso Anual, que reuniu este ano um público recorde de mais de duas mil pessoas, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Segundo Pimentel, a gestão dos fundos soube aproveitar a elevação dos retornos da renda variável. "A rentabilidade dos investimentos em renda variável nos últimos 12 meses (52,2%) superou a um dos importantes indicadores de desempenho das ações na Bovespa, o IBrX 50 médio (48,5%)", acrescentou Pimentel.

Nos últimos 10 anos, os fundos cresceram a uma velocidade de 10% ao ano. Se essa evolução se mantiver, Pimentel acredita que os ativos dos fundos poderão atingir R$ 1,8 trilhão no ano de 2.020, o que representará cerca de 50% do PIB brasileiro. A adoção de práticas de governança corporativa tanto como critério para seus investimentos, quanto em sua própria gestão, foi fundamental para o crescimento do setor.

"A busca por transparência tem sido a tônica nos últimos anos", disse. Atualmente 67,2%, dos cerca de 300 fundos pesquisados, divulgaram seus modelos de governança no estatuto ou relatório financeiro anual em 2006; 43% deles tem Códigos de Ética e 19% já publicam seus Balanços Sociais.

Em parceria com o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, a Abrapp desenvolveu o Guia de Investimentos Socialmente Responsáveis, que define critérios sociais e ambientais para que os fundos de pensão possam utilizar na decisão de seus investimentos em empresas. Além disso, vários fundos de pensão, entre eles a Previ, o maior do setor, aderiram a projetos como "Carbon Disclosure Project", que é voltado ao combate ao aquecimento global.

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