Ivan Postigo
Não importa a situação de mercado, sempre encontraremos alguma empresa, em algum lugar, em algum segmento de negócios, crescendo, ainda que seja um período recessivo.
Pode ser um fabricante de pílulas para dores de cabeça, mas haverá sempre alguém, em algum lugar, com um projeto dando resultados. Não podemos esquecer que em épocas de grandes crises , principalmente em períodos de guerra, grandes invenções apareceram .
Bolos passaram a ser vendidos em fatias porque ninguém os queria comprar inteiros por falta de poder aquisitivo, hoje isso se tornou pratica comum.
Preste atenção e veja que nem sempre os inventores tiraram o maior proveito financeiro de suas invenções.
Quantas patentes não são vendidas anualmente para pessoas que conseguem enxergar oportunidades e como melhor tirar proveito da invenção?
Quantas empresas não se arrastavam em meio a dificuldades financeiras e uma vez trocado o comando ou os acionistas se tornaram verdadeiras jóias empresariais?
Como empreendedores, como gestores, quanto maior for nossa percepção e aceitação de nossa limitação de competência, maior será nossa possibilidade de expandi-la, estudando, nos informando, adicionado-a com a contratação de pessoas que nos oriente ou que desenvolva essa capacidade em nossa empresa.
Quem trabalha com comprometimento, buscando resultados, promovendo negócios, está normalmente trabalhando no seu limite de competência.
Como perceber quanto estamos no limite?
Quando assuntos novos não encontram aderência nos nossos conhecimentos, quando temos dificuldades de desenvolve uma tarefa e nos faltam informações, quando as informações que temos não nos levam ao resultado desejado, às vezes sequer chegamos próximos, mas sabemos que há pessoas conseguindo, isso é sinal que estamos no limite.
Um alerta: limite de competência naquele assunto, naquela questão especificamente.
Conheço pessoas com uma capacidade de desenvolvimento de produtos extraordinária, mas um total fracasso como vendedor.
Com um deles, já rimos muito juntos, pois nunca tinha visto um profissional com tanto domínio de o assunto gaguejar tanto ao falar de sua criação. Um criador inseguro frente a sua criação.
Ele me dizia sempre: “Quer acabar de vez com o negócio, peça que eu saia sozinho a campo vender”.
Por outro lado conheço empresários com uma tremenda capacidade para desenvolvimento de negócios, fechamento de vendas, mas um verdadeiro problema quando entra na fábrica.
No primeiro caso a competência foi adicionada com a contratação de um especialista e o resultado tem sido bem favorável, no segundo a competência entra e sai, de tempos em tempos.
Vê-se claramente que no primeiro caso há a percepção da limitação de competência, no segundo, como dizemos popularmente, a ficha não caiu ainda.
Dizem os psicólogos que o que motiva muitas pessoas às mudanças é a dor, eu costumo dizer que em gestão quem não muda é porque não perdeu o suficiente.
Poderia alguém questionar: “Há um limite para essa perda?”.
Eu diria que não, já vi empresas irem à falência sem que os gestores mudassem o comportamento.
Um empreendimento não fracassa de uma hora para outra, o que leva a isso é uma série de acontecimentos, e o mais terrível do processo é a fase de agonia, que pode durar anos, onde se repete o mesmo erro seguidamente, sem que a ajuda profissional seja procurada.
Poderia resumir esse estado de espírito da seguinte forma: “Eu criei esta empresa, eu a tiro desta situação!”.
A experiência que criou a empresa era positivo, de crescimento, demandava um tipo de competência. Fazer os ajustes demanda outro tipo de ação, de conhecimentos, às vezes legais outras vezes jurídicos, e isso têm que ser adicionado.
Todos os dias encontro empresas que não alavancam seus negócios com recursos do BNDES por pura falta de conhecimento como acessá-los.
Simples, aumente seu limite de competência adicionando-a e obtenha melhores resultados.
Ivan Postigo
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fones (11) 4526 1197 / (11) 9645 4652
ipostigo@terra.com.br
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Gestão empresarial e limite de competência
Publicado por Agência de Notícias às 8.11.07
Marcadores: Colunista - Ivan Postigo
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