Terra / Denise Campos de Toledo
07/10/2008
As medidas anunciadas pelo governo vão no sentido certo, tentam trazer liquidez para o mercado brasileiro, também prejudicado pelo aperto do crédito no exterior. Faltam linhas para os exportadores e falta crédito até para bancos menores, que dependiam muito de captações no exterior. Banco Central e BNDES vão viabilizar maior oferta tanto de dólares como de reais. Mas só isso pode não ser suficiente para tranqüilizar o mercado.
Primeiro, é preciso ver como vão funcionar as novas linhas. Se vão chegar a quem precisa e no montante necessário. Depois tem o cenário internacional também muito pesado.
Os pacotes de socorro financeiro lançados pelos governos dos Estados Unidos e da Europa vão levar um tempo para serem implementados. Novos casos de quebra de bancos ou boatos quanto a essa possibilidade continuam atingindo o mercado e abalando a confiança. Ninguém sabe ao certo até onde vai a crise. E o temor de novos problemas estrangula ainda mais o crédito. Enquanto não houver um alívio também dessa situação lá fora, o mercado aqui não tem condições de estabelecer um comportamento mais equilibrado. Principalmente quando atingido por ondas de pânico.
Sempre é possível contar com nuvens mais claras, mas o céu ainda está mais para tempestades. É sempre bom lembrar que o Brasil não está com fundamentos abalados e tem munição para gastar, medidas a serem lançadas até com o colchão de liquidez que conseguiu formar nos últimos anos. Isso deixa o País em condições muito melhores do que das economias mais ricas, que já convivem com os sinais de recessão.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Medidas anunciadas pelo governo podem não ser suficientes
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