segunda-feira, 22 de setembro de 2008

América Latina gasta mais com frete que nações desenvolvidas, diz BID

Folha Online

22/09/2008

Ao mesmo tempo que a América Latina se destaca como exportadora de produtos minerais e agrícolas, a região enfrenta o desafio de ter custos de transporte mais elevados que as nações desenvolvidas, segundo estudo do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) sobre o impacto dos custos de transporte nos negócios da América Latina e Caribe, divulgado nesta segunda-feira.
"A região, lar dos maiores exportadores de minério de ferro e de suco de laranja do mundo e dos maiores produtores de cobre e prata, tem custos de transporte mais elevados do que as nações desenvolvidas", diz o estudo.
Em relação aos Estados Unidos, a região gasta quase o dobro para importar seus produtos, de acordo com o estudo, que analisou dados de nove países latino-americanos. A Argentina, por exemplo, gasta 22% mais que os Estados Unidos para importar seus produtos, o Chile, duas vezes mais e o Paraguai, mais do que o quádruplo.
As exportações latino-americanas e caribenhas para os Estados Unidos pagam taxas de frete oceânico que são, em média, 70% mais altas do que as taxas pagas por exportações da Holanda, um país reconhecido pela eficiência de seus portos.
Pelo ar, os custos de frete aumentaram muito mais rápido na região do que na China e no resto do mundo. As taxas de frete aéreo em 2006 no Caribe, por exemplo, eram 36% mais altas do que em 1995. Enquanto isso, a China manteve seus custos abaixo da marca de 1995, apesar da elevação dos preços do petróleo.

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