Ivan Postigo
Meu amigo Molto Parola, chega em casa um dia e me diz: Olha, você comanda pessoas?
Hum, mas só entre nós aqui: Já teve sobre seu comando aquele sujeito a quem você dava uma tarefa, dizia exatamente o queria, como queria, e ele ou fazia completamente diferente ou dava um toque pessoal que embolava tudo?
As idéias vinham fora de hora, de forma estranha, muitas vezes impediam o término da tarefa no prazo necessário?
Você procurava não se irritar e orientá-lo, mas mesmo assim ele tentava convencê-lo de que estava certo, não importando o que você dissesse?
O sujeito era mau? Não, claro que não!
Trabalhava muito, até demais, pois para fazer o que você pedia e mais toda a complicação que criava, tinha que se desdobrar.
Tirando esse “pequeno fator”, você podia contar com ele para tudo, era pau-para-toda-obra, mas desde que tivesse o toque pessoal!
Enviar para cursos de organização e métodos de trabalho, TWI, técnicas de supervisão, formação de equipes de alto impacto, médio impacto, baixo impacto, nenhum impacto, você já tinha feito, mas o toque pessoal continuava atazanando sua vida.
Falar com ele sobre isso?
Nossa, quantas vezes? Umas, duas vezes ?Não!
Todas as vezes, mas mesmo nessa hora havia o toque pessoal!
Ameaçar dispensá-lo ? Dispensá-lo de vez? Transferi-lo para outro departamento, mudá-lo de cargo ?
Bom, algumas dessas coisas já tinham acontecido, e ele voltou a trabalhar com você sem perder o toque pessoal!
Você, logicamente, já tinha conversado com todas as pessoas que poderiam ajudá-lo , mas não encontrava explicação
Um dia, abençoado dia, você abre um livro e encontra uma pequena história:
Gervásio, belo gato de raça, relações públicas da empresa Belos Pelos, fabricante de cosméticos para gatos, foi convidado para ir a um concurso de beleza em Londres, onde também conheceria a rainha.
Malas feitas, nosso aristocrático gato, segue para Londres e ali chegando, do alto de um telhado avista Genésio, rato malandro, esperto, conhecedor dos bons e maus lugares da cidade, zanzando despreocupadamente.
Imediatamente Gervásio dispara na direção de Genésio e ambos saem em carreira desabalada, escadas, muros e telhados afora.
Pega, não pega, pega, não pega, Genésio escapou como sempre quando era perseguido.
Cansado, roupa rota, suado, irritado, contrariado, Gervásio volta e descobre que além daqueles prejuízos e incômodos não conseguia achar mais as malas.
Restava uma só opção à Gervásio, ver o concurso de longe e esquecer o tal do encontro para conhecer a rainha. Infelizmente uma oportunidade raríssima.
Por que Gervásio que foi à Londres para ver o concurso e conhecer a rainha por alguns minutos se esqueceu de tudo e foi perseguir Genésio, um rato que não conhecia e nunca lhe havia feito nada?
Parece uma pergunta difícil de ser respondida? Não, claro que não!
Gervásio é um gato, gatos perseguem ratos, então não importa o que estejam fazendo, quando virem um rato sairão em sua perseguição, darão um toque pessoal!
Contada a história, meu amigo me diz: Quando der uma incumbência a um gato esteja preparado, se aparecer um rato ele o perseguirá, ainda que esteja em Londres para ver a rainha!
Ivan Postigo
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
Fone 11 4526 1197 e 11 9645 4652
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