quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Governo faz economia recorde para pagar juros, mas investimentos ainda patinam

De janeiro a outubro, superávit primário somou R$ 95,6 bilhões.
Investimentos em infra-estrutura somam R$ 5,5 bi; meta é de R$ 13,8 bi.
G1 / Alexandro Martello
26/11/2008
O Governo Central realizou um superávit primário, isto é, a economia feita para pagar juros da dívida pública e tentar manter a sua trajetória de queda, recorde de R$ 95,6 bilhões de janeiro a outubro deste ano, o equivalente a 4% do Produto Interno Bruto (PIB), informou nesta terça-feira (25) a Secretaria do Tesouro Nacional. Em igual período do ano passado, o superávit primário somou R$ 61,3 bilhões, ou 2,92% do PIB. Desse modo, a economia feita para pagar juros da dívida subiu expressivos 55,8% nos dez primeiros meses deste ano. "As receitas do Governo Central, líquidas de transferências a estados e municípios, cresceram 4,4% acima do crescimento nominal do PIB no período (12,7%), enquanto as despesas apresentaram decréscimo de 1,5%", explicou o Tesouro Nacional. Somente em outubro deste ano, quando houve piora da crise financeira internacional, a economia feita para pagar juros somou R$ 14,6 bilhões, valor muito mais alto do que os R$ 6,1 bilhões de setembro. "Até outubro, não houve impacto da crise. Mas ainda não se pode projetar o que vai acontecer no futuro. É um momento de cautela. É cedo para uma visão mais definitiva", disse o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, explicando que a crise pode ter impacto na arrecadação do governo federal.

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