quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Faturamento recua, mas empresários estão otimistas

Agência Sebrae
12/02/2009
Em dezembro de 2008, o faturamento médio real das micro e pequenas empresas (MPE) paulistas ficou -10,6% na comparação com o mesmo mês em 2007. Entre os fatores que contribuíram para esse resultado destacam-se os efeitos da crise financeira mundial, que levaram à queda na atividade em setores específicos, como o automobilístico; a aceleração da inflação até meados do ano e a boa base de comparação, uma vez que 2007 registrou a melhor receita real das MPE desde 2003.
Todos os setores apresentaram desempenho negativo na receita real na comparação de 12 meses (dezembro de 2008 x dezembro de 2007): -13,6% no comércio, -10,3% na indústria e – 3,5% em serviços. A receita total das 1,3 milhão de MPE paulistas, em dezembro de 2008, foi de R$ 22,4 bilhões, o que significa uma redução de R$ 2,6 bilhões em relação a dezembro de 2007.
Na comparação mês a mês (dezembro de 2008 contra novembro de 2008), o movimento foi contrário: alta de faturamento real de 1,9%, puxado por serviços (+4,2%) e comércio (+3,1%). A indústria ainda registrou queda (-4,7%). Em comparação a novembro de 2008, o aumento na receita total foi de R$ 400 milhões.
No balanço geral de 2008, os pequenos negócios paulistas apresentaram recuo de faturamento na ordem de 4,4%, na comparação com o mesmo período de 2007. Estima-se que esse resultado tenha tirado da receita das MPE o equivalente a R$ 12,3 bilhões. A receita total em 2008 ficou em R$ 266,4 bilhões.
“A queda no faturamento médio das MPE foi particularmente forte no último trimestre de 2008 e esteve associada aos efeitos da crise internacional. A retração do crédito na economia e a atitude defensiva de consumidores, que reduziram suas compras a prazo e novos financiamentos, respondem pela maior parte da queda registrada no ano. Outro fator que pesou foi a aceleração da inflação. Durante 2008, os preços praticados pelas pequenas empresas foram corrigidos bem abaixo da inflação, contribuindo para a queda real do valor do faturamento do setor”, analisa Marco Aurélio Bedê, gerente do Observatório das Micro e Pequenas Empresas do Sebrae/SP.

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