Invertia / Maria Clara Cabral
23/11/2007
Ao chegar no terceiro Congresso do PSDB em Brasília, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso negou que a bancada do Senado do partido esteja indecisa em relação à matéria que prorroga a CPMF até 2011. O ex-presidente disse que a mudança de posição do partido acontece porque os senadores da bancada estão pensando no Brasil e que "o povo cansou de pagar tributos."
Segundo ele, independentemente da pressão de governadores tucanos, o partido já tomou uma posição clamaramente contrária à prorrogação do chamado "imposto do cheque".
Fernando Henrique afirmou que a contribuição era necessária durante o seu mandato, quando o tributo foi criado. "Temos que ter sempre uma posição e, no caso da CPMF, ela já foi tomada; a CPMF foi criada no meu governo e eu apoiei, porque na época havia uma escassez de recursos. A análise agora, no entanto, é outra. Não tem crise de identidade nenhuma. Isso é passado e por isso temos uma posição clara."
O primeiro turno de votação da CPMF no Senado está programado para acontecer no dia 14 de dezembro. Para ser aprovada, ela precisa ter o apoio de, no mínimo, 49 de 81 senadores. Os tucanos chegaram a negociar com a o governo, sinalizando com a possibilidade de votar a favor da matéria. Os pedidos dos tucanos, no entanto, não foram contemplados e anunciaram que vão votar contra a matéria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário