Texto da Rodada de Doha é considerado mais favorável aos países em desenvolvimento.
Para especialistas, eleições americanas exigem conclusão rápida da negociação.
G1 / Marcelo Cabral
23/06/2008
O Brasil é um dos países favorecidos com a retomada das negociações da Rodada de Doha, as discussões comerciais que pretendem facilitar o comércio global. Segundo especialistas ouvidos pelo G1, ao contrário das propostas anteriores, o novo texto divulgado pela Organização Mundial do Comércio (OMC), que pode ser aprovado até o fim de julho, é mais favorável aos países em desenvolvimento do que às nações ricas.
“O novo texto foi uma reação necessária, porque os outros pendiam muito mais para os países desenvolvidos”, diz Mário Marconini, diretor de Negociações Internacionais da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “Essa nova proposta é uma grande evolução. Ela é muito mais detalhada do que as anteriores, que quase não colocavam números no papel”, confirma André Nassar, diretor-geral do Instituto de Estudo do Comércio e Negociações Internacionais (Icone).
Segundo os analistas, a nova proposta traz a expectativa de que, após uma série de atrasos – a rodada deveria ter terminado em 2004 –, Doha possa ser concluída até o fim do ano, dependendo da evolução das negociações e de um clima político favorável. Mesmo Pascal Lamy, diretor-geral da OMC, entidade que organiza as discussões, declarou: "Estamos nos aproximando de nosso jogo final."
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Nova versão de acordo global de comércio favorece Brasil, dizem analistas
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