quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Governo vai liberar crédito para exportadores devido à crise, diz ministro

Paulo Bernardo afirmou que problema não afetará crescimento do Brasil.
Para ele, efeitos da crise ainda serão vistos por pelo menos mais um ano.
G1
01/10/2008
O governo federal vai ajudar os exportadores brasileiros para que possam suportar a crise na economia mundial, segundo o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, em entrevista à Globo News.
“Temos uma determinação do presidente Lula de evitarmos que haja um contágio da economia brasileira ou, se não pudermos evitar completamente, de minimizar os efeitos”, declarou Bernardo.
O ministro explicou que não haverá um “pacote” do governo brasileiro para sobreviver à crise, mas uma série de medidas que visam garantir crédito para as empresas brasileiras e o setor exportador. “Essa crise, mesmo que não se alastre mais pelos outros segmentos da economia, claramente vai diminuir a disponibilidade de recursos. Vai diminuir o crédito, vai aumentar taxas”, disse Paulo Bernardo. O governo tentará suprir essa falta de crédito para “manter as nossas empresas com liquidez, com condições de produzir”, afirmou.
“A nossa avaliação é que pode ter uma diminuição da atividade econômica e queremos que ela seja a menor diminuição possível”, disse o ministro.
Paulo Bernardo acredita que a crise econômica ainda não afetou diretamente o bolso do brasileiro. “A rigor, nem a economia real americana foi atingida gravemente.” E afirmou que os efeitos do problema não devem atrapalhar o crescimento do país. “A economia cresceu 5,4% no ano passado. Este ano, o primeiro semestre já cresceu à taxa de 6%. E o que é melhor, os investimentos cresceram 16,2%. As famílias continuam demandando e como os investimentos estão muito fortes, mesmo que haja desaceleração, esse esforço que já foi feito vai nos levar ainda longe”, declarou.
“Pode ter uma diminuição da atividade econômica? Pode. Pode haver diminuição no nível de criação de emprego, do nível de consumo? Pode. Isso não aconteceu e a nossa previsão é de que, se isso acontecer, não vai ter um efeito devastador na economia brasileira como pode ter em outros lugares”, acredita o ministro.

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