sexta-feira, 6 de março de 2009

Norte-americanos "protegem" marcas locais

Pesquisa sobre o mercado automobilístico detecta aumento na quantidade de pessoas que adotaram a estratégia do "Buy American", considerando somente marcas nacionais
MMOnline / Felipe Turlão
06/03/2009
Afetados por notícias de crise, como a que deu conta que as montadoras dos Estados Unidos tiveram queda nas vendas de carros de 41% em fevereiro, na comparação com 2008, os consumidores norte-americanos estão se tornando mais protecionistas no que tange às suas preferências por marcas de veículos. É a estratégia chamada de "Buy American".
O instituto Gallup identificou que 37% dos consumidores pesquisados disseram que somente consideram como opção de compra um veículo de montadora do próprio país. O índice de fevereiro é maior do que os 30% apontados em dezembro passado. Na mesma base de comparação, houve pequenas variações negativas no índice dos que consideram todos os tipos de carros, saindo de 52% para 50% agora, e nos que consideram somente carros de montadoras estrangeiras, de 15% para 12%.
A pesquisa apontou também variações nos resultados de acordo com a idade do pesquisado. O resultado é que quanto mais velha a pessoa, maior a propensão ao protecionismo. Cerca de 27% das pessoas entre 18 e 34 anos querem somente carros norte-americanos, contra 37% na faixa de 35 a 54 anos e 45% na faixa acima de 54 anos. Nesta faixa mais idosa, inclusive, os "protecionistas" são mais numerosos do que os que consideram todas as opções, com 43%.
Outra variação grande ocorre de acordo com a posição social das pessoas. Nos lares mais simples, que faturam menos de US$ 30 mil por ano, está a maior taxa de protecionistas, com 49%, contra 37% nas casas com renda a partir deste valor e até US$ 75 mil e somente 26% nos que ganham acima disso.

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