segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Wall Street vê ’sinal ruim’ na política fiscal

BBC Brasil

11/02/2008

O aumento do salário mínimo para R$ 380 e o reajuste da tabela do Imposto de Renda dificultam ainda mais o controle das contas públicas e ameaçam o esforço do governo de aumentar a sua capacidade de investir, segundo economistas de Wall Street ouvidos pela BBC Brasil.

“Quando o mercado esperava cortes e uma atitude mais responsável do ponto de vista fiscal, vimos o contrário”, afirmou o economista responsável pela área de América Latina no banco de investimentos Dresdner Kleinwort Wasserstein, Nuno Camara.

Para Camara, o acordo entre governo e sindicatos é uma “sinalização muito ruim” para o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva porque mostra que “a opinião (do Ministério) da Fazenda não tem prevalecido”.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendia um reajuste dos atuais R$ 350 para R$ 367.
Somados, o aumento do mínimo e o reajuste da tabela do IR deverão custar R$ 1,1 bilhão aos cofres públicos.

Menos investimentos

O economista para a América Latina do banco Goldman Sachs, Alberto Ramos, diz que na prática as medidas significam que a despesa corrente continua aumentando e que será mais dificil encontrar espaço no orçamento de 2007 para aumentar investimentos.

Segundo Ramos, a falta de investimentos não só impede um crescimento mais robusto da economia, como compromete a médio prazo o controle da inflação e, por extensão, o ganho de poder aquisitivo obtido com o aumento do mínimo.

“Se você não investe e aumenta a renda, acaba tendo um crescimento da demanda sem que haja um crescimento da oferta. Isso gera inflação, que corrói o mínimo”, explica Alberto Ramos.

Para o economista, a “perda fiscal não programada” restringe ainda mais as opções do governo na elaboração de um pacote de medidas para aumentar a sua capacidade de investir e estimular o crescimento, cuja divulgação estava prevista para esta quinta-feira e foi adiada para 2007. “A ginástica vai ter que ser maior”, disse Ramos.

Já Maria Cristina Cacciamali, professora de Economia do Trabalho da Faculdade de Economia e Administração da USP, destaca o impacto “direto e positivo” que o aumento do mínimo teria na desigualdade na distribuição de renda.

“O primeiro efeito seria sobre o aumento do consumo dos grupos menos favorecidos em termos de renda e o segundo aspecto seria sobre a diminuição do leque salarial no longo e médio prazo”, disse Cacciamali, em entrevista à Agência Brasil.

Mesmo antes do acordo, economistas ouvidos pela BBC Brasil mostravam-se preocupados com o impacto fiscal do pacote de medidas estudado pelo governo.

Na expectativa de que o pacote de estímulo à economia fosse anunciado nesta quinta-feira, o diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura, Adriano Pires, temia que o governo ficasse “desesperado para liberar investimento” e adotasse medidas que “contaminassem a estabilidade econômica”.

Brasil parece imune à turbulência do mercado, diz 'FT'

BBC Brasil

11/02/2008

O Brasil parece imune à turbulência do mercado, mas o governo deve fazer mais para encorajar o crescimento a longo prazo, segundo um editorial publicado nesta segunda-feira pelo jornal britânico Financial Times.

"Menos de uma década atrás o Brasil balançava ao primeiro sinal de instabilidade nos mercados financeiros internacionais. Hoje, em contraste, o País - como grande parte da América Latina, rica em recursos - parece imune à turbulência do mercado", afirma o editorial.

O FT cita o caso da Vale, que em meio à crise está atraindo investimentos na ordem de US$ 50 bilhões enquanto faz uma oferta de US$ 90 bi pela Xstrata, uma gigante da mineração anglo-suíça.

"Ainda assim, as tensões financeiras globais devem servir de alerta para um governo que ainda precisa aprender a gastar com sabedoria, encorajar as empresas e aumentar a produtividade econômica."

O editorial lembra que, mesmo em boas condições no mercado, o crescimento econômico do Brasil no ano passado ficou atrás da China, Índia e Rússia, os outros países do grupo conhecido como Bric.

O jornal também alerta que o país dificilmente escapará totalmente da crise dos mercados. "Uma recessão ou desaquecimento nos Estados Unidos e Europa vai atingir as exportações. Desaceleração na Índia e na China deve enfraquecer os preços de matérias-primas, enfraquecendo mercados cuja força vinha sustentando a poderosa performance comercial do Brasil nos últimos anos."

Segundo o diário britânico, já há sinais da vulnerabilidade e este ano o Brasil deve registrar déficit de conta corrente pela primeira vez desde 2002, em parte porque o fortalecimento do real está encorajando indivíduos e empresas a gastar dinheiro no exterior.

O jornal ainda lembra que, apesar de o investimento estrangeiro estar ocorrendo em níveis recordes, o comportamento dos investidores muitas vezes é volátil.

"Por todas essas razões é vital que o Brasil faça mais para encorajar o crescimento a longo prazo. Muitas empresas já estão começando a pensar em como aumentar a produtividade, retendo lucros e reinvestindo. O governo deveria ajudar."

Para o Financial Times, o governo precisa liberalizar os regulamentos de empresas, começar a negociar reformas fiscais e trabalhistas.

"O País pode ter orgulho de seu progresso, mas é necessário um senso de urgência para manter o ímpeto."

Brazil's Economists Cut 12-Month Inflation Forecast to 4.26%

By Andre Soliani

Feb. 11 (Bloomberg) -- Brazilian economists cut their 12- month consumer price forecast to 4.26 percent from 4.30 percent a week earlier, according to the median estimate on a Feb. 8 central bank survey of about 100 analysts published today.

Canada, Brazil lead oil output growth in Americas

Fri Feb 8, 2008 10:09am EST
By Jeffrey Jones - Analysis
CALGARY, Alberta (Reuters) - Booming investment in Canada's oil sands and rising Brazilian crude production should more than make up for declines elsewhere in the Americas -- good news for the United States as it tries to reduce its reliance on Middle East imports, a Reuters survey showed.
The gains from northern Alberta's vast tar-like oil deposits and a string of discoveries off Brazil's coast point to shifting oil clout among Western Hemisphere countries more friendly to the United States, the world's top consumer.
"What we have been seeing is relatively flat or falling supplies from Mexico and Venezuela," said Greg Stringham, vice-president of the Canadian Association of Petroleum Producers.
"It really does open an opportunity for what I call secure, reliable supplies of oil from Canada into those markets."
Oil production in the Americas is set to rise by a net 150,000 barrels a day, or 0.7 percent, to 21.57 million bpd in 2008 -- equal to about a quarter of total estimated global output, according to Reuters calculations based on a survey of governments, investment banks and consultants.
Click here for a table showing the results of the survey:
ID:N08381815.
Canadian output is on track to rise by nearly 7 percent to around 3 million barrels a day, excluding gas liquids from processing plants and refineries, said Martin King, analyst at FirstEnergy Capital Corp.
"The gain that we're projecting there is virtually all oil sands-related," King said.
Two major oil sands projects, Nexen Inc's (NXY.TO: Quote, Profile, Research) $6.1 billion Long Lake venture and Canadian Natural Resources Ltd's (CNQ.TO: Quote, Profile, Research) $7.8 billion Horizon development, are slated to start up this year. Several smaller ones are also set to begin.
The overall value of planned oil sands projects and those under development is pegged at more than $100 billion, with nearly every oil major weathering surging costs to tap the largest oil source outside the Middle East.
BRAZIL GROWTH
Brazil could produce 2.32 million barrels a day, up 13 percent from 2007, including output of ethanol. Three new platforms are slated to start up, including Marlim Leste and Marlim Sul, each with a 180,000-barrel-a-day capacity.
State-run Petrobras also expects to begin a production test at the giant Tupi oil and gas field, where it has estimated reserves as high as 8 billion barrels.
U.S. output is expected to rise slightly as large Gulf of Mexico projects start up, making up for onshore declines.
Rising supply among Washington's allies has political benefits in the United States. But oil fetches a global price regardless of origin and OPEC still has a major influence on that price, said Judith Dwarkin, chief economist at Canadian research firm Ross Smith Energy Group.
World prices will react to supply disruptions whether Canadian or Venezuela crude is involved, Dwarkin said.
"Canada is not a price maker, nor is Brazil," she said.
Output from OPEC member Venezuela, where President Hugo Chavez spent the past year nationalizing energy assets, could dip slightly to 2.43 million barrels, the survey said, well below claims by the government.
The drop is blamed on a lack of investment and the impact of damage to facilities sustained in a crippling oil industry strike in 2002 and 2003, and comes after 2006 output was reduced by maintenance on heavy crude upgrader projects.
In Mexico, production may fall by 180,000 barrels a day to 3.32 million, due largely to declines at the giant Cantarell field, the country's largest crude source.
Those declines are big drivers behind a push by pipeline companies to build new capacity to Texas, hub of the largest U.S. refining region, from faraway Canada.
Already, producers ship supplies as far as Oklahoma, well beyond the traditional U.S. Midwest market for Canadian crude.
"The issues are Mexican decline and Venezuela as a wild card, but in the grand scheme of things, longer term, Canadian crude is going down south to the U.S. Gulf Coast," said Steve Fekete, a market analyst with consultants Purvin & Gertz.
(Additional reporting by Matthew Robinson in New York, Andrei Khalip in Rio de Janeiro and Catherine Bremer in Mexico City, editing by Matthew Lewis)

CVM vai criar nova divisão

Rodrigo Postigo

11/02/2008

A Comissão de Valores Imobiliários (CVM) criará uma divisão especial para monitorar o cumprimento das leis e acelerar as investigações sobre o uso de informações privilegiadas em transações realizadas no mercado acionário brasileiro - o de crescimento mais acelerado da América Latina.

A divisão será formada por 30 investigadores, entre os quais advogados, e será implementada assim que o presidente Luis Inácio Lula da Silva sancionar o decreto referente a ela, disse Maria Helena Santana, presidente da CVM, em conferência com investidores realizada em Nova York.

Emerging debt investors face test as returns negative

Sun Feb 10, 2008 1:44pm EST
By Daniel Bases
NEW YORK (Reuters) - Emerging market investors will have their mettle tested in the coming week as they face the prospects of both weak retail sales adding to recession fears and uncertainty over Venezuelan oil assets.
Overall emerging debt returns fell into negative territory last week, brought lower by weak U.S. equities and building evidence that America's economy is heading for contraction.
The benchmark JP Morgan Emerging Markets Bond Index Plus saw total returns fall 0.52 percent for the year after rising as much as 0.82 percent by mid-January.
"Next week we continue to test lower. I think that there are people out there now who are going to start worrying about actual performance since we've gone into negative territory," said Enrique Alvarez, Latin America strategist at IDEAglobal in New York.
Emerging market sovereign bonds, which are typically referred to as high-yield, high-risk investments, are still outperforming high-yield U.S. corporate bonds, according to Merrill Lynch data. Merrill's index is down 1.84 percent year-to-date.
Alvarez believes the performance of Brazil's prices in the coming week will hold the key to how the overall market performs given its standing as the most liquid market.
Brazil's long-dated bonds due 2034 and 2037, especially, have seen prices grind lower, testing support levels.
"I think it doesn't have anything to do with the fundamentals at this point in time but is related to the technical's of bond performance," he said.
The slowing U.S. economy and the mess in the credit markets are proving to have a negative impact on emerging markets, putting the theory that they have decoupled to a severe test.
U.S. retail sales data for January are due on Wednesday, with a Reuters poll of economists forecasting a 0.2 percent decline.
"Price direction in the credit markets is hard to say but probably we are due for some consolidation after this sharp spread widening. I don't think there is any imminent rally in spreads coming. They will probably tighten but not back to the levels of two weeks ago," said Igor Arsenin, emerging markets debt strategist at Credit Suisse in New York.
VENEZUELA FOCUS
The freezing of $12 billion worth of assets belonging to Venezuelan state oil company PDVSA by courts in Britain, the Netherlands and the Dutch Antilles has compounded the selling pressures on the sector.
Exxon Mobil Corp (XOM.N: Quote, Profile, Research) won the court orders in a move meant to guarantee the company will be paid in the event it wins an arbitration case brought over the nationalization of its stake in a multibillion-dollar Venezuelan heavy oil project.
"The thing to look out for now is how PDVSA is going to handle this case, either settle it or have confrontation," said Arsenin.
Venezuelan sovereign bonds plunged on the news last week because PDVSA is the government's main source of revenue.
Financing in the region could be severely impacted if Venezuela is forced to pay off Exxon Mobil. This would reduce the amount of financing it is providing to regional neighbors Argentina, Bolivia and Ecuador.
"These countries are kind of joined at the hip ... I think this is going to be a drawn-out process as far as facing Exxon in courts and make these freezes go away. On the other hand you always have the open possibility that the rhetoric from President (Hugo) Chavez inflames the situation. People are going to be very wary of that going forward," said IDEAglobal's Alvarez.
One positive note from the affair came from Fitch Ratings which said in a statement on Friday the court decisions will have "minimum impact" on the operations or credit quality of PDVSA.
(Editing by Braden Reddall)

Faturamento das MPEs paulistas é o melhor desde 2002

Rodrigo Postigo

11/02/2008

As micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas estão comemorando os resultados favoráveis registrados pelo segmento no ano passado. Uma combinação de fatores positivos possibilitou às MPEs do Estado registrarem em 2007 o maior nível de faturamento dos últimos cinco anos, confirmando a expectativa do Sebrae-SP de aumento médio de 4% no faturamento real.

O nível do rendimento médio pago aos empregados, outro destaque do mês, também ficou acima do esperado. O clima de euforia influenciou positivamente as expectativas dos empresários que, já no mês de janeiro, encontram-se otimistas para 2008.

A pesquisa é realizada mensalmente pelo Observatório das Micro e Pequenas Empresas do Sebrae-SP, com apoio da Fundação Seade, junto a 2,7 mil micro e pequenas empresas do comércio, indústria de transformação e prestadoras de serviços de todo o Estado, a mostra representativa dos 1,3 milhão de MPEs da indústria da transformação, comércio e serviços.

Previsão para pagamento de tributos é de R$ 5,9 bilhões

Rodrigo Postigo

11/02/2008

A previsão para pagamento de tributos federais é de R$ 5,970 bilhões. O Sistema Financeiro Nacional (SFN) abriu com sobra de reais, algo em torno de R$ 18 bilhões.

Há entrada de R$ 20,793 bilhões no caixa dos bancos dos leilões informais (go-around) realizado pelo Banco Central (BC) e mais R$ 3,420 bilhões de outras operações. Em contrapartida estão saindo do sistema R$ 1,7 bilhão de operações compromissadas.

No mercado a vista, as primeiras ofertas de recursos de juros indicam taxa anual de 11,18%, ou 0,80% de taxa efetiva. Os investidores aguardam a atuação da autoridade monetária, que deve realizar leilão informal para equilibrar a liquidez do sistema.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

BNDES descarta risco de falta de energia nos próximos anos

Folha Online /Cirilo Junior

08/02/2008

Os projetos de geração de energia elétrica aprovados ou que estão sendo avaliados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) indicam que não faltará energia no país nos próximos anos. A avaliação foi feita nesta quinta-feira pelo presidente do banco, Luciano Coutinho, que vê, no curto prazo, um quadro de segurança energética.

"Os projetos desenham um quadro de que não faltará energia nos próximos anos, embora o balanço ainda seja apertado", afirmou.

Coutinho destacou as aprovações, no ano passado, de três projetos hidrelétricos que garantirão aumento de 2.275 MW (megawatts) à capacidade instalada do país. A hidrelétrica de Estreito (1.087 MW) recebeu financiamento de R$ 2,6 bilhões; a hidrelétrica Foz do Chapecó (855 MW) obteve crédito de R$ 1,6 bilhão, e a de Simplício (333 MW), R$ 1 bilhão.

O diretor de Infra-Estrutura do BNDES, Wagner Bittencourt, afirmou que as operações relativas a projetos de geração elétrica vêm aumentando substancialmente na carteira do banco.

"Não só os projetos hidrelétricos, mas vemos usinas eólicas, usinas térmicas movidas por bagaço de cana e PCHs [Pequenas Centrais Hidrelétricas] com grande potencial de crescimento", acrescentou.

Fluxo fica negativo em US$ 2,35 bi

Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados / Viviane Monteiro

08/02/2008

Refletindo a crise internacional, o fluxo cambial do País - resultado gerado pela entrada e saída de dólares na economia - apresentou déficit US$ 2,357 bilhões no primeiro mês do ano, ao contrário do verificado em janeiro do ano passado, quando o saldo havia ficado positivo em US$ 3,77 bilhões. O número é o primeiro negativo desde setembro do ano anterior, quando a saída de dólares do Brasil atingiu US$ 3 milhões, segundo dados do Banco Central, divulgados ontem.
O fluxo cambial é a diferença entre os resultado do saldo comercial, que ficou positivo em US$ 4,173 bilhões, e o financeiro, que foi negativo em US$ 6,530 bilhões em janeiro de 2008. Do lado da balança comercial, as exportações somaram US$ 15,307 bilhões, abaixo dos US$ 17,335 bilhões em janeiro de 2007, e as importações em US$ 11,134 bilhões, bem acima dos US$ 7,272 bilhões em igual mês do ano anterior. Já na parte financeira, as compras de dólares somaram US$ 32,608 bilhões (ante US$ 17,193 bilhões) e as vendas, US$ 39,138 bilhões, contra US$ 23,486 bilhões em janeiro de 2007.

A queda verificada no fluxo cambial em janeiro decorre do temor de recessão da economia dos Estrados Unidos e da turbulência mundial, segundo a economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria, O cenário já reflete a saída de capital da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

A economista Adriana Dupita, da LCA Consultores, disse que em janeiro saíram da Bovespa R$ 4,73 bilhões, o equivalente a US$ 2,67 bilhões, levando-se em conta o dólar médio do mês a US$ 1,77. "Isso faz parte do movimento global (das bolsas) atual, pois alguns investidores que estão com perdas em alguns mercados, como o americano, saem de um país, como o Brasil, porque precisam recompensar essas perdas lá. Mas isso não mostra crise no Brasil", ressalta Adriana.

Indústria fecha 2007 com o maior crescimento desde 2004, diz CNI

Rodrigo Postigo

08/02/2008

As vendas reais (descontada a inflação) da indústria brasileira avançaram 5,1% em 2007 na comparação com um ano antes, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O ritmo de expansão do faturamento das indústrias em 2007 ficou muito próximo do que ocorreu em 2004, quando as vendas reais cresceram 5,4%. O relatório diz que o ano foi especialmente favorável à indústria de transformação.

No ano, houve expansão em 15 dos 19 setores pesquisados pela CNI, com destaque para máquinas e equipamentos (com participação de 1,2 ponto percentual no total de crescimento), alimentos e bebidas (1,0 ponto percentual) e veículos automotores (0,9 ponto percentual).

Somente em dezembro do ano passado, ante dezembro de 2006, houve crescimento de 5,8% nas vendas industriais. Os dados mostram um crescimento de seis meses consecutivos, considerando a série com ajuste sazonal. Somente no segundo semestre, a variação foi de 7% ante o mesmo período de 2006.

Operação de crédito paga IOF e juros

Estado de São Paulo

08/02/2008

Parcelamento é com ou sem IOF? A pergunta passou a ser importante na hora de o consumidor aceitar um parcelamento de uma compra com cartão de crédito. Depois do pacote que aumentou alíquotas do IOF, o uso do dinheiro de plástico ficou mais caro. Mas é perfeitamente possível fugir desse aumento. Comprar parcelado só quando o financiamento é feito pela loja e evitar o crédito rotativo são duas dicas importantes.

Desde o início de janeiro, a alíquota do IOF passou de 1,5% para 3,38% ao ano para a maioria das operações, como o parcelamento de compras com juros e uso do crédito rotativo. Para quem usa o cartão, é possível evitar esse aumento. A primeira dica vale para as compras parceladas com juros. Nesse caso, é preciso perguntar à loja quem oferece o crédito. Tais operações podem ser feitas de duas formas: com crédito do próprio varejista ou com recursos da administradora do cartão. Quando a operação é feita pela loja, não há incidência de IOF e o aumento do imposto não é sentido. Já nos financiamentos feitos pelas administradoras, há incidência de IOF, que, nesse caso, mais que dobrou.

Outra dica é para quem costuma pagar apenas parte da fatura. Quando isso ocorre, o restante da conta entra no chamado crédito rotativo. Nesses casos, o cliente paga juros e a nova alíquota do IOF sobre o valor que deixou para o mês seguinte. Portanto, o melhor é pagar o valor integral, sem recorrer ao crédito das operadoras. Vale lembrar que nos casos em que a compra é realizada sem parcelamento e a fatura é paga integralmente, o consumidor está isento de IOF e juros.

Projetos do PAC receberam R$ 5 bilhões do BNDES

Rodrigo Postigo

08/02/2008

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social desembolsou no ano passado R$ 5 bilhões para investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas áreas de energia, logística, social, urbana e de administração pública.

O presidente do banco, Luciano Coutinho, informou que 183 projetos se acham em carteira ou em análise na instituição, e somam R$ 66 bilhões em financiamento.

Na área social, o diretor das áreas de Inclusão Social e de Crédito do BNDES, Élvio Lima Gaspar, informou que foram aprovados mais de R$ 3 bilhões para o setor de saneamento. Segundo ele, "a média histórica do banco não chegava a R$ 1 bilhão".

"Pelo que tem ainda de saneamento dentro do PAC para contratação, isso nos leva a crer que o BNDES vai ter uma atuação muito importante nessa área", afirmou o diretor.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou no passado recursos no valor de R$ 6 bilhões somente para a área de saneamento. Este ano, a expectativa é que sejam autorizados mais R$ 6 bilhões.

Sudeste responde por 60% das importações e exportações

Rodrigo Postigo

08/02/2008

A região sudeste também foi responsável pela maioria das importações brasileiras em janeiro. Segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os quatro estados da região, que representaram 60,5% das exportações do Brasil no período, importaram 58,7% do total do País no mês.

Assim como nas exportações, São Paulo continua sendo o Estado que mais compra do exterior, sendo responsável, sozinho, por 39,1% de todos os produtos que entram no País.

As importações brasileiras em janeiro de 2008 ficaram em US$ 12,332 bilhões, 45,6% a mais do total contabilizado no mesmo mês de 2007. O maior crescimento no quesito foi verificado na região sul, que importou 91,3% a mais (de US$ 1,365 para US$ 2,612 bi) na mesma comparação. Em comparação ao total do Brasil, o sul foi responsável por 21,2%.

Entre os Estados, o maior crescimento verificado no País o de três da região nordeste: Piauí, com crescimento de 309% - de US$ 2,1 milhões em janeiro passado para US$ 8,7 milhões neste ano; Alagoas, crescimento de 211,7% - de US$ 6 mi para US$ 18,7 mi, e Rio Grande do Norte, aumento de 140,1%, passando de US$ 8,2 mi para US$ 19,7 mi.

Exportações

A região Sudeste foi responsável por 60,5% do total de US$ 13,2 bilhões de exportações brasileiras em janeiro de 2008, segundo o MDIC. São Paulo permanece como principal Estado exportador, com US$ 3,9 bilhões em vendas para o exterior no período.

A região Sul ficou na segunda colocação entre as maiores regiões exportadoras, respondendo por 17,3% do total. A região Nordeste participou com 9,6%, a Norte com 6,7% e a Centro-Oeste com 4,1%.

No desempenho dos Estados, foram destacados pelo MDIC o crescimento das exportações, em relação a janeiro do ano passado, do Rio de Janeiro (alta de 18,5%), Paraná (55,2%), Bahia (44,2%), Mato Grosso (71,6%) e Pará (25,3%).

UPDATE 1-Brazil posts $2.36 bln Jan net outflow vs Dec inflow

Thu Feb 7, 2008 9:52am EST
(Adds data on trade, financial transactions)

SAO PAULO, Feb 7 (Reuters) - Net outflows of U.S. dollars from Brazil totaled $2.357 billion in January, compared with inflows of $5.397 billion in December, the central bank said on Thursday.
Outflows from financial transactions reached $6.53 billion last month, while trade-related transactions recorded a surplus of $4.173 billion.
Data on banks' dollar positions showed banks were less bearish on the Brazilian currency, the real BRBY.
Banks had long dollar positions of $2.79 billion at the end of January, compared with $7.332 billion at the end of December. A long position on the dollar is a bet that the U.S. currency will strengthen against the real.
(Reporting by Silvio Cascione, Translated by Todd Benson, editing by Walker Simon)

Brazil Lifts Tariffs on Wheat Imports Through June, Valor Says

By Romina Nicaretta
Feb. 7 (Bloomberg) -- Brazil lifted tariffs on wheat imported from countries outside of the Mercosur trade bloc in a bid to stem inflation, Valor Economico reported.
The duties will be suspended until June 30, when Brazil starts harvesting its wheat crop, Valor said, citing Edilson Guimaraes, economic policy secretary at the Agriculture Ministry.
Brazil produced 3.8 million metric tons of wheat in the crop harvested in the second half of last year, Valor said. Brazil consumes 10.2 million tons a year, the newspaper said.
Argentina is Brazil's largest wheat supplier, and Canada and the U.S. are the biggest sources outside Mercosur, Valor said. Mercosur is made up of Brazil, Argentina, Uruguay and Paraguay.

Studies Deem Biofuels a Greenhouse Threat

The New York Times
By ELISABETH ROSENTHAL
Published: February 8, 2008
Almost all biofuels used today cause more greenhouse gas emissions than conventional fuels if the full emissions costs of producing these “green” fuels are taken into account, two studies being published Thursday have concluded.
The benefits of biofuels have come under increasing attack in recent months, as scientists took a closer look at the global environmental cost of their production. These latest studies, published in the prestigious journal Science, are likely to add to the controversy.
These studies for the first time take a detailed, comprehensive look at the emissions effects of the huge amount of natural land that is being converted to cropland globally to support biofuels development.
The destruction of natural ecosystems — whether rain forest in the tropics or grasslands in South America — not only releases greenhouse gases into the atmosphere when they are burned and plowed, but also deprives the planet of natural sponges to absorb carbon emissions. Cropland also absorbs far less carbon than the rain forests or even scrubland that it replaces.
Together the two studies offer sweeping conclusions: It does not matter if it is rain forest or scrubland that is cleared, the greenhouse gas contribution is significant. More important, they discovered that, taken globally, the production of almost all biofuels resulted, directly or indirectly, intentionally or not, in new lands being cleared, either for food or fuel.
“When you take this into account, most of the biofuel that people are using or planning to use would probably increase greenhouse gasses substantially,” said Timothy Searchinger, lead author of one of the studies and a researcher in environment and economics at Princeton University. “Previously there’s been an accounting error: land use change has been left out of prior analysis.”
These plant-based fuels were originally billed as better than fossil fuels because the carbon released when they were burned was balanced by the carbon absorbed when the plants grew. But even that equation proved overly simplistic because the process of turning plants into fuels causes its own emissions — for refining and transport, for example.
The clearance of grassland releases 93 times the amount of greenhouse gas that would be saved by the fuel made annually on that land, said Joseph Fargione, lead author of the second paper, and a scientist at the Nature Conservancy. “So for the next 93 years you’re making climate change worse, just at the time when we need to be bringing down carbon emissions.”
The Intergovernment Panel on Climate Change has said that the world has to reverse the increase of greenhouse gas emissions by 2020 to avert disastrous environment consequences.
In the wake of the new studies, a group of 10 of the United States’s most eminent ecologists and environmental biologists today sent a letter to President Bush and the speaker of the House, Nancy Pelosi, urging a reform of biofuels policies. “We write to call your attention to recent research indicating that many anticipated biofuels will actually exacerbate global warming,” the letter said.
The European Union and a number of European countries have recently tried to address the land use issue with proposals stipulating that imported biofuels cannot come from land that was previously rain forest.
But even with such restrictions in place, Dr. Searchinger’s study shows, the purchase of biofuels in Europe and the United States leads indirectly to the destruction of natural habitats far afield.
For instance, if vegetable oil prices go up globally, as they have because of increased demand for biofuel crops, more new land is inevitably cleared as farmers in developing countries try to get in on the profits. So crops from old plantations go to Europe for biofuels, while new fields are cleared to feed people at home.
Likewise, Dr. Fargione said that the dedication of so much cropland in the United States to growing corn for bioethanol had caused indirect land use changes far away. Previously, Midwestern farmers had alternated corn with soy in their fields, one year to the next. Now many grow only corn, meaning that soy has to be grown elsewhere.
Increasingly, that elsewhere, Dr. Fargione said, is Brazil, on land that was previously forest or savanna. “Brazilian farmers are planting more of the world’s soybeans — and they’re deforesting the Amazon to do it,” he said.
International environmental groups, including the United Nations, responded cautiously to the studies, saying that biofuels could still be useful. “We don’t want a total public backlash that would prevent us from getting the potential benefits,” said Nicholas Nuttall, spokesman for the United National Energy Program, who said the United Nations had recently created a new panel to study the evidence.
“There was an unfortunate effort to dress up biofuels as the silver bullet of climate change,” he said. “We fully believe that if biofuels are to be part of the solution rather than part of the problem, there urgently needs to be better sustainability criterion.”
The European Union has set a target that countries use 5.75 percent biofuel for transport by the end of 2008. Proposals in the United States energy package would require that 15 percent of all transport fuels be made from biofuel by 2022. To reach these goals, biofuels production is heavily subsidized at many levels on both continents, supporting a burgeoning global industry.
Syngenta, the Swiss agricultural giant, announced Thursday that its annual profits had risen 75 percent in the last year, in part because of rising demand for biofuels.
Industry groups, like the Renewable Fuels Association, immediately attacked the new studies as “simplistic,” failing “to put the issue into context.”
“While it is important to analyze the climate change consequences of differing energy strategies, we must all remember where we are today, how world demand for liquid fuels is growing, and what the realistic alternatives are to meet those growing demands,” said Bob Dineen, the group’s director, in a statement following the Science reports’ release.
“Biofuels like ethanol are the only tool readily available that can begin to address the challenges of energy security and environmental protection,” he said.
The European Biodiesel Board says that biodiesel reduces greenhouse gasses by 50 to 95 percent compared to conventional fuel, and has other advantages as well, like providing new income for farmers and energy security for Europe in the face of rising global oil prices and shrinking supply.
But the papers published Thursday suggested that, if land use is taken into account, biofuels may not provide all the benefits once anticipated.
Dr. Searchinger said the only possible exception he could see for now was sugar cane grown in Brazil, which take relatively little energy to grow and is readily refined into fuel. He added that governments should quickly turn their attention to developing biofuels that did not require cropping, such as those from agricultural waste products.
“This land use problem is not just a secondary effect — it was often just a footnote in prior papers,”. “It is major. The comparison with fossil fuels is going to be adverse for virtually all biofuels on cropland.”

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

White Sugar Drops for Fourth Day as Funds Sell on Oversupply

By Marianne Stigset

Feb. 6 (Bloomberg) -- White sugar declined for a fourth consecutive day in London as funds liquidated their contracts on forecasts that a supply glut will extend for a third straight season. Cocoa rose and robusta coffee fell.

The global sugar market will post a 1 million metric ton surplus in the 2008-2009 season, extending two consecutive years of oversupply, Tom McNeill, director of Societe Kingsman SA in Australia, told a sugar conference in Dubai yesterday. The International Sugar Organisation expects the market to move into a shortfall in the 12 months ending in September next year.
``There's still a surplus out there,'' Peter Hoyt, a sugar trader with Sucden (U.K.) Ltd. in London, said on the phone. ``You're not finding too many homes for it.''

White sugar for March delivery fell $3.10, or 0.9 percent, to $327.10 a metric ton as of 10:12 a.m. on the Liffe exchange in London. Prices have slid 5 percent since the end of last week.
Raw sugar futures for March delivery fell 0.09 cent, or 0.8 percent, to 11.77 cents a pound on ICE Futures U.S.

``There's fund liquidation in both London and New York,'' Hoyt said. ``Speculative demand has dried up. Raw is going to head a bit lower, with the March contract going towards 11.50 cents.''
Hedge-fund managers and other large speculators decreased their net-long position in New York sugar futures in the week ended Jan. 29, according to U.S. Commodity Futures Trading Commission data.

Long Positions

Speculative long positions, or bets prices will rise, outnumbered short positions by 169,291 contracts on ICE Futures U.S., formerly known as the New York Board of Trade, the Washington-based commission said in its Commitments of Traders report on Feb. 1.

A surplus of sugar production, higher inventories and freight costs may push sugar prices lower, Jean-Pierre Jentile, head of soft commodities at Societe Generale SA, said in an interview yesterday.

``Prices could go down to around 10 cents a pound again,'' Jentile said. ``Anything above 10 cents is speculative. There's no reason for us to be at current price levels.''

Robusta coffee for delivery in March fell $22, or 1 percent, to $2,135 a ton. Prices have gained 34 percent in the past 12 months.

Cocoa climbed 7 pounds, or 0.6 percent, to 1,217 pounds ($2,383) a ton on Liffe. Cocoa has gained 17 percent this year.

To graph technical gauges for sugar: Moving Averages Relative Strength Index Fibonacci Back Test Technical Gauges

Adesão ao Supersimples supera expectativa do Comitê Gestor

Agência Brasil / Kelly Oliveira

06/02/2008

Os pedidos de adesão de micro e pequenas empresas ao Simples Nacional, o Supersimples, em janeiro chegaram a 309.598, segundo nota divulgada hoje (1º) pela Receita Federal. O número superou em mais de 100 mil as expectativas do Comitê Gestor do Simples Nacional. O prazo para a regularização de pendências e para fazer a opção terminou às 20h de ontem. De acordo com a Receita, do total de pedidos, 153.198 apresentaram alguma pendência junto à Receita Federal do Brasil, aos estados ou municípios. Outras 109.053 solicitações foram aceitas imediatamente e 23.544 indeferidas por problemas cadastrais.

Nos 31 dias de janeiro, foram feitos 23.803 pedidos de empresas em início de atividade. A Receita Federal do Brasil, estados e municípios terão até 20 de fevereiro para informar ao Comitê Gestor do Simples Nacional as empresas que ainda têm pendências. O resultado das opções com pendências será divulgado no Portal do Simples, disponível na página da Receita (www.receita.fazenda.gov.br), em 22 de fevereiro. As novas empresas em início de atividade podem aderir ao regime simplificado de arrecadação ao longo do ano.

As empresas optantes prestam todas as informações por meio do Portal do Simples Nacional.

América Latina perde terreno e a China cresce no mercado de alta tecnologia

Rodrigo Postigo

06/02/2008

A China é responsável pela maior parte do crescimento em alta tecnologia nos países emergentes, setor no qual a América Latina aparece como o mais fraco dos produtores, segundo estudo divulgado nesta terça-feira.

O trabalho realizado por Kevin Gallagher, da Universidade de Boston, e Roberto Porzecanski, da Universidad Tufts, conclui que o crescimento da China nas indústrias tecnológicas representa um desafio muito importante para a América Latina, que não conseguiu manter sua competitividade no mercado.

"A competitividade dos países latino-americanos em matéria de alta tecnologia está parando ou se deteriorando rapidamente para a grande maioria dos produtos" do ramo, afirmam os pesquisadores em um documento publicado pelo Centro de Estudos Latino-americanos da Universidade da Califórnia.

"Não especulamos sobre as causas (...), mas nossos estudos mostram que os esforços da China para desenvolver sua própria capacidade tecnológica e competitividade foram muito mais bem-sucedidos" que os da América Latina, adverte o documento.

O êxito da China é ainda mais surpreendente, segundo o estudo, se for levado em conta que em 1980 o país ocupava a 99ª posição entre as nações exportadoras de tecnologia - já em 2005, o gigante asiático estava no mesmo nível do líder mundial, os Estados Unidos, com 12,4% das exportações globais.