Ivan Postigo
Lembra daquela famosa frase quando nos defrontamos com um problema corriqueiro e em tom de desabafo dizemos: “Não, isto nunca aconteceu aqui?”,
Talvez seja esta a sua expressão quando terminar de ler este artigo e refletir sobre alguma questão na sua empresa.
Quantas vezes você já não se deparou com situações onde deu suas sugestões ou companheiros de trabalho apontaram soluções óbvias e não foram acatadas pela pessoa que enfrenta uma dificuldade?
Parecendo tão lógica a saída apontada, tendo a concordância de pessoas razoáveis , por que quem mais necessita não aceita?
Quando se defrontar com alguém tem que excesso de confiança com dificuldades para entender uma situação, avaliando com cuidado seu comportamento, perceberá que infelizmente esta pessoa se encontra num estado de incapacidade perceptiva.
Qualquer orientação não soara bem e suas atitudes não serão observadas como ajuda e sim intromissão. A tendência é que esta reaja de modo intransigente, considerando-o um intruso.
Isso independe de formação, função, cargo, pois poderá encontrar esse comportamento em seus chefes ou subordinados.
Você pode me perguntar: “Isso é um mal, então qual o remédio a ser aplicado?”.
É verdade, um mal às vezes bastante sério, levando empresas e tarefas às situações bem complicadas.
O único medicamento que faz efeito em quem que está sendo afetadas por esse mal é uma dose maciça de realidade. Isso não é uma vacina, pois há pessoas que permanentemente vivem em estado de incapacidade perceptiva.
Já notou que há indivíduos com uma incrível de resistir à dor e só procuram um médico quando a sua saúde está bastante complicada?A busca por solução para problemas de gestão não é diferente.
Não tenho a menor dúvida de que se um profissional bater a porta de sua empresa oferecendo uma hora de orientação grátis, para lhes mostrar o caminho para resolver o problema que lhe for apontado, haverá enorme resistência em recebê-lo.
Esse investimento de tempo pode não conduzir a nada sobrenatural, mas pode abrir enormes horizontes, de qualquer forma a tendência será dizer não.
Isso me faz lembrar a cena de um filme onde o diretor de uma empresa cinematográfica, bem sucedido e convicto de suas decisões, se lamenta pelo fato de não ter observado com mais cuidado o roteiro do filme “E o vento levou”.
“Dizia, desanimado:” E eu ainda perguntei na ocasião, quem vai se interessar por um filme sobre a guerra civil americana?”“.
A incapacidade perceptiva está intimamente ligada às nossas convicções.
Convicção é uma palavra muito usada em nosso vocabulário. Para entender determinadas decisões e pontos de vista alheios é preciso entender o que quer dizer a palavra convicção .
Convicção é um sentimento de certeza com relação a algo.
Desta forma se quisermos dirigir nossas vidas devemos assumir um controle consciente de nossas convicções. Precisamos compreender primeiro o que realmente são e como se formam.
O domínio dessa questão vai nos permitir mostrar às pessoas porque pensamos e agimos de uma determinada maneira.
Isso sendo entendido pelos interlocutores, quando há lógica no processo e as pessoas conversam sobre idéias e não discutem por teimosias, chega-se a um consenso.
Nem todo confronto de idéias e pontos de vista divergentes é ruim, uma vez que imagens e opiniões aparentemente opostas, quando bem conduzidas , criam a tensão necessária para descobrirmos a verdade.
Um conflito de opiniões quando analisado dessa forma leva a novas descobertas, contudo é preciso saber administrá-los, pois nessas situações usamos mais o instinto do que a arte de pensar.
Para negociar pontos de vistas divergentes são necessários tolerância e respeito humano de forma que o processo seja vantajoso para todos e a questão seja tratada num processo de ganha-ganha.
Ivan Postigo
Postigo Consultoria de Gestão Empresarial
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sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Incapacidade perceptiva e gestão empresarial
Publicado por Agência de Notícias às 9.11.07
Marcadores: Colunista - Ivan Postigo
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