segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Sem CPMF, vamos ter que “cortar na veia”, afirma Lula

Rodrigo Postigo

07/01/2007

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, no Programa Café com o Presidente, que, com o fim da CPMF, o governo terá de 'cortar na veia' os gastos. Ele assegurou que os investimentos nas áreas de saúde, educação e os programas sociais serão preservados.

"A CPMF arrecadava R$ 40 bilhões e nós vamos ter o orçamento de 2008 sem esses R$ 40 bilhões. E nós resolvemos com muita seriedade e com muita tranquilidade, primeiro, anunciar ao Brasil que nós temos que cortar na veia outra vez, ou seja, temos que cortar os gastos. Isso vale para o Poder Executivo, vale para o Poder Judiciário e vale para o Poder Legislativo. A segunda coisa que nós fizemos foi a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) dos bancos, aumentamos de 9% para 15%. E os banqueiros não reclamaram. E não reclamaram por quê?
Porque os bancos tiveram muito lucro nesses últimos anos. Agora, os bancos estão ganhando eles vão poder pagar um pouco mais. E nós resolvemos, então, taxar o lucro líquido desse bancos. Nós aumentamos o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)".

Segundo Lula, tanto o IOF quanto a contribuição dos bancos vão dar ao governo por volta de R$ 10 bilhões. "Mais R$ 20 bilhões que nós vamos cortar do orçamento chegamos a R$ 30 bilhões. Os outros R$ 10 bilhões nós achamos que com o crescimento economia, com mais gente pagando imposto, com modernização da receita, a gente vai poder arrecadar".

Lula disse que para o Brasil melhorar definitivamente e transformar-se em uma grande nação, em uma grande potência, o País precisa investir muito em educação. "Por isso é que nós aprovamos o Fundeb (o Fundo da Educação Básica), é por isso que nós queremos o PDE, que é um programa de desenvolvimento da educação. E é por isso que nós estamos investindo muito em escola técnica, investindo muito em universidades, investindo muito no ProUni (o Programa Universidade para Todos), investindo muito agora no Reuni (Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidade Federais)". Segundo Lula a intenção é aumentar o número de alunos, que hoje são 12 por professor nas universidades para 18. "Eu tenho dito os números para todo mundo me cobrar em 2010", afirmou o presidente.

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