quarta-feira, 2 de julho de 2008

Senador dos EUA pede fim da tarifa sobre etanol do Brasil

Reuters
02/07/2008
Um influente senador republicano pediu na terça-feira ao presidente americano, George W. Bush, a eliminação da tarifa imposta ao álcool brasileiro nos Estados Unidos.
O senador Richard Lugar, o republicano de mais alto nível na Comissão de Relações Internacionais da Casa, mandou uma carta a Bush em meio as reunioes do G-8, o grupo de países mais industrializados do mundo mais a Rússia, sugerindo medidas para lidar com os altos preços de petróleo e energia --incluindo uma revisão sobre a tarifa imposta aos produtores brasileiros.
Isso incluiría suspender ou reduzir a tarifa de US$ 0,54 por galão de álcool exportado do Brasil para os Estados Unidos.
"Para demonstrar liderança, os Estados Unidos deveriam remover a tarifa para o etanol brasileiro que existe hoje na indústria norte-americana", disse Lugar no documento.
Ele acrescentou que os países do G-8 deveriam também incentivar a pesquisa e a adoção comercial em grande escala de uma nova geração de biocombustíveis feita sem o uso de alimentos.
Os EUA fabricam etanol a partir do milho com custo mais alto que no Brasil, mas o lobby ruralista norte-americano tem sido bem sucedido no Congresso na manutenção de subsídios para esse tipo de biocombustível.
A discussão sobre a eliminação da tarifa para o álcool brasileiro, assim como outras medidas para lidar com os altos preços do petróleo, vem ganhando mais apoio no Congresso, disse um assessor legislativo republicano.
"Os norte-americanos querem um alívio para encher o tanque", disse o assessor, que pediu para não ser identificado.
"Quanto mais alto o preço da gasolina, maiores as chances de que a opinião pública norte-americana apóie a redução na tarifa para o etanol brasileiro, para que seja ajustada ou eliminada", acrescentou.
Um projeto de lei promovido por dois senadores prevê ajustes na tarifa e tramita atualmente no Senado norte-americano, embora seu futuro no Congresso, controlado pela oposição democrata, ainda seja incerto.

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