EFE
08/09/2008
O Brasil e a Argentina eliminarão o dólar como moeda em seu comércio bilateral, para o qual serão utilizados reais e pesos, garantiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em entrevista publicada no jornal Clarín, de Buenos Aires, Lula disse que o acordo que lançará oficialmente este mecanismo será assinado na segunda-feira com a presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, que está no Brasil em visita oficial.
"Vamos abolir o dólar como moeda em nosso comércio", ressaltou o presidente. O Brasil é o principal destino das exportações argentinas (19% do total) e o maior fornecedor da Argentina (32% das compras).
Entre janeiro e junho deste ano, os dois países, membros do Mercosul, trocaram mercadorias no valor de US$ 14,8 bilhões, com um superávit de aproximadamente US$ 2 bilhões a favor dos brasileiros.
Nesse sentido, Lula lembrou que, este ano, o fluxo comercial entre Argentina e Brasil será superior a US$ 30 bilhões.
A respeito das divergências entre os países nas fracassadas negociações da Rodada do Desenvolvimento de Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC), disse que "não existe possibilidade de o Brasil jogar sozinho".
"Primeiro porque acredito, trabalho e aposto na integração regional, e segundo, porque, como disse em minha última visita a Buenos Aires, considero que é muito importante que Argentina e Brasil não se olhem como concorrentes, mas como parceiros", disse.
Lula disse que "é importante lembrar que mais de 70% do que a Argentina exporta para o Brasil são produtos manufaturados, o que significa mais valor agregado, mais produção e mais emprego".
"Isso é um potencial extraordinário, porque a Argentina está em processo de reindustrialização. Em função dessa realidade argentina, o Brasil tem consciência do papel que tem na Rodada de Doha e de como combinar isto com a cooperação com a Argentina para sua recuperação industrial", concluiu.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Brasil e Argentina eliminarão dólar como moeda comercial
Publicado por Agência de Notícias às 8.9.08
Marcadores: Economia, Exportação, Mercosul
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