sexta-feira, 31 de outubro de 2008

É hora de os governos usarem estímulos fiscais, diz Economist

BBC Brasil
31/10/2008
Em sua edição mais recente, a revista britânica The Economist traz um artigo que defende que, depois de o mundo aparentemente ter conseguido contornar um colapso no sistema bancário, é hora de os governos agirem diretamente para enfrentar a contração da economia e assim tentar evitar uma grande recessão. O instrumento sugerido é a política fiscal.
No artigo intitulado "The next front is fiscal" ("A próxima batalha é fiscal", em tradução literal) a publicação britânica explica que o mecanismo mais comum usado para estimular a economia é a taxa de juros. Mas, com a crise no sistema financeiro, cortes de juros como os vistos nas últimas semanas não são tão eficientes, com bancos acumulando reservas e segurando empréstimos. Em países como os EUA, que cortaram os juros para 1% no último dia 29, esta política está ainda mais restrita.
"A próxima política tem que ser fiscal", diz o artigo. "Quando o mercado de crédito está disfuncional, a demanda privada está desaparecendo e a confiança está fraca, um empurrão fiscal é uma boa opção". A revista cita diversas medidas em política fiscal que podem ser tomadas.
"Cortar impostos coloca mais dinheiro direto no bolso das pessoas. Aumentando seus próprios gastos, os governos podem incentivar diretamente a demanda e o emprego. Claro que este estímulo aumenta os déficits de curto prazo dos governos, mas os efeitos nocivos de uma recessão prolongada podem ser ainda maiores, como o Japão mostrou na década de 1990".

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