EFE
21/10/2008
Os ministros do Trabalho dos países-membros do Mercosul reconheceram hoje que a crise financeira internacional pode afetar o crescimento regional e propuseram ações coordenadas para enfrentar ameaças como o desemprego.
Em declaração assinada hoje no Rio de Janeiro, os ministros e seus representantes pediram ações coordenadas para preservar a expansão econômica e os empregos em cada um dos países do bloco sul-americano, formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
No entanto, o texto dos ministros do Mercosul contrasta com o otimismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, repetido perante a imprensa pelo ministro do Trabalho Carlos Lupi, que disse que a crise "das hipotecas" não afetará o Brasil.
"Nosso cenário não é esse (...). Pode ser que não cresça tanto como prevíamos, mas queda não haverá", disse Lupi ao ser consultado sobre as projeções Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O conteúdo da declaração coincide também com um relatório da OIT que advertiu hoje em Genebra que a crise aumentará em 20 milhões o número de desempregados no mundo até 2009.
Os ministros do Mercosul também recomendaram que seja fortalecido o mercado regional por meio de uma maior integração entre os países-membros e evitar que a região "se transforme em uma das variáveis de ajuste para as economias que sofrem com maior força as conseqüências da crise internacional".
O documento foi assinado também pelos ministros do Trabalho de Paraguai, Uruguai e Venezuela, além de pela vice-ministra do Trabalho da Argentina, Noemi Rial.
Ao manifestar sua "preocupação com a grave crise no mercado financeiro e suas eventuais repercussões" nos países, os ministros assinalaram que será afetado o ritmo de crescimento econômico e estão ameaçadas as políticas de promoção de emprego, combate à pobreza e a aceleração do desenvolvimento.
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Mercosul adverte que crise pode atrasar crescimento
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