quinta-feira, 5 de março de 2009

Argentina defende "antidumping" frente ameaça de cotas do Brasil

EFE
05/03/2009
O Governo argentino defendeu hoje as medidas "antidumping" - contra a concorrência desleal - iniciadas no contexto da crise global, depois de que o Brasil admitiu que estuda estabelecer cotas para as importações a partir da Argentina.
O subsecretário de Política e Gestão Comercial do Ministério de Produção argentino, Eduardo Bianchi, disse, em comunicado, que "as medidas anti-dumping da Argentina são aplicadas a situações de concorrência desleal e, portanto, não configuram uma barreira ao comércio desenvolvido em condições normais".
Neste sentido, disse que "os procedimentos de defesa comercial aplicados pela Argentina são compatíveis com os acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC)".
O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento brasileiro, Welber Barral, admitiu na segunda-feira que estuda recorrer perante a OMC contra a Argentina, o principal parceiro comercial do Brasil no Mercosul.
Ao mesmo tempo, Barral não descartou que o Brasil imponha barreiras à entrada de leite em pó e farinha de trigo procedente da Argentina.
Segundo o Brasil, as licenças não automáticas para algumas importações e o estabelecimento de preços mínimos para alguns produtos impostos pela Argentina prejudicam 10% das exportações brasileiras.
Bianchi disse hoje que estas medidas dispostas pela Argentina "envolvem uma pequena percentagem das importações provenientes do Brasil".
"No caso dos valores critério (preços mínimos), só 4% dos produtos procedentes do país vizinho estão sujeitos a esses valores", disse.

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